Por Major Manuel Bernardo Gondola
Atenção! Não [confunda] idoso com velho. Idosa é uma pessoa que tem bastante idade. Velha é aquela pessoa que [pensa] que já sabe tudo, que pensa que já conhece e que não precisa mais aprender.
Idosa é uma pessoa com 70 anos de idade, 80 anos de idade. Velho, você pode ser e eu também, com 20 ou 30 anos de idade, 60 ou 70 anos.
E…, então, o grande perigo das nossas Universidades hoje no país, não é de ficarem idosas mas é sim de ficarem velhas. Aliás, as principais Universidade do país [UEM, UP, ISPU,UC,], que são as primeiras formas que têm mais de 50, 30 e 20 anos de história, correram em vários momentos e ainda correm um risco, não de ficarem idosas mas, de ficarem velhas.
Mas, qual é a diferença repito entre o idoso e o velho? O velho é aquele, que [pensa] que já sabe tudo, é aquele que [pensa] que, já está pronto. Repare; em português há uma palavra emprestada do latim, que se usa em francês, se usa em espanhol e se usa em inglês. Em português, nós usamos com frequência a palavra perfeito.
Perfeito, como sabem os que estudaram o latim, significa feito por completo, feito por inteiro, ou seja, concluído. Por isso, cuidado Universidades moçambicanas porque, uma Universidade [envelhece] quando os homens e as mulheres, que neles representam e actuam consideram que, o que fazem é perfeito. Quer dizer, já está feito por completo, feito por inteiro e…, basta reproduzir.
Como vê, nós vivemos num mundo hoje em que, há uma [veloz] mudança nos modos de fazer, de [pensar] e de actuar. Qual é o grande risco disso? É nós ficarmos satisfeitos ou satisfeitas.
Moçambique cresce só 2,5% este ano mas acelera para 10% em 2024 - Standard Bank
O departamento de estudos económicos do Standard Bank prevê que Moçambique cresça 2,5% este ano, e acelere para 3,7% em 2020, crescendo a dois dígitos a partir de 2024, devido às exportações de gás natural.
“Mudámos a nossa previsão de crescimento do PIB [produto interno bruto] para 2019 e 2020, com a primeira a ser revista 0,2 pontos em baixa, para 2,5%, e a segunda aumentada em 0,2 pontos, para 3,7%”, lê-se no relatório de outubro sobre os mercados financeiros africanos.
A mudança deve-se “à política monetária mais prudente que o esperado e aos desafios orçamentais deste ano, que abrandam a despesa agregada”, explica o Standard Bank.
No documento, enviado aos investidores e a que a agência Lusa teve acesso, os analistas do maior banco a operar em África afirmam que "o crescimento do PIB deverá acelerar para níveis acima dos 10% a partir de 2024, antes de estabilizarem numa taxa de 4% a longo prazo".
Estas previsões estão sustentadas na expectativa de que três centrais de processamento de gás natural estejam a produzir em 2024 mais de 30 milhões de toneladas por ano, argumentam os analistas.
O relatório nota ainda que "com o início da construção dos trens de gás natural liquefeito, os fluxos de investimento direto estrangeiro devem sustentar a economia, quer na formação de capital bruto, quer no que diz respeito à liquidez em moeda estrangeira, fazendo com que as taxas de juro possam descer".
Ainda assim, a economia de Moçambique enfrenta desafios, alertam os analistas, vincando que "a capacidade institucional limitada, as deficiências na facilidade de fazer negócios, a limitada mão de obra qualificada e a falta de um setor privado vibrante vão limitar a participação local nos projetos de gás natural liquefeito”.
Uma situação que a ocorrer, frisa o documento, reduzirá “os potenciais benefícios para a economia nacional".
Para os projetos de gás natural mudarem realmente o país, salientam os analistas do Standard Bank, era preciso duas condições: "por um lado, progresso nas reformas estruturais e matérias de governação e, por outro, fazer com que metade da população que vive em pobreza saia dessa condição".
LUSA – 22.09.2019
“Mudámos a nossa previsão de crescimento do PIB [produto interno bruto] para 2019 e 2020, com a primeira a ser revista 0,2 pontos em baixa, para 2,5%, e a segunda aumentada em 0,2 pontos, para 3,7%”, lê-se no relatório de outubro sobre os mercados financeiros africanos.
A mudança deve-se “à política monetária mais prudente que o esperado e aos desafios orçamentais deste ano, que abrandam a despesa agregada”, explica o Standard Bank.
No documento, enviado aos investidores e a que a agência Lusa teve acesso, os analistas do maior banco a operar em África afirmam que "o crescimento do PIB deverá acelerar para níveis acima dos 10% a partir de 2024, antes de estabilizarem numa taxa de 4% a longo prazo".
Estas previsões estão sustentadas na expectativa de que três centrais de processamento de gás natural estejam a produzir em 2024 mais de 30 milhões de toneladas por ano, argumentam os analistas.
O relatório nota ainda que "com o início da construção dos trens de gás natural liquefeito, os fluxos de investimento direto estrangeiro devem sustentar a economia, quer na formação de capital bruto, quer no que diz respeito à liquidez em moeda estrangeira, fazendo com que as taxas de juro possam descer".
Ainda assim, a economia de Moçambique enfrenta desafios, alertam os analistas, vincando que "a capacidade institucional limitada, as deficiências na facilidade de fazer negócios, a limitada mão de obra qualificada e a falta de um setor privado vibrante vão limitar a participação local nos projetos de gás natural liquefeito”.
Uma situação que a ocorrer, frisa o documento, reduzirá “os potenciais benefícios para a economia nacional".
Para os projetos de gás natural mudarem realmente o país, salientam os analistas do Standard Bank, era preciso duas condições: "por um lado, progresso nas reformas estruturais e matérias de governação e, por outro, fazer com que metade da população que vive em pobreza saia dessa condição".
LUSA – 22.09.2019
Posted on 22/09/2019 at 21:19 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 56- 22 de Setembro de 2019
Actuação da Polícia favorece Frelimo na campanha eleitoral
Desde o começo da campanha eleitoral nossos repórteres um pouco por todo o país reportam casos de falta de imparcialidade, excesso de zelo e inacção por parte de agentes da Polícia, favorecendo sempre os simpatizantes da Frelimo.
No distrito de Balama, Cabo Delgado, agentes da Polícia que escoltavam a caravana da Frelimo quarta-feira dia 18 no povoado de Mualia, assistiram a um caso de agressão movido por simpatizantes da Frelimo contra um simpatizante da Renamo em seu estabelecimento comercial por este ostentar panfletos da Renamo. Os agentes da Polícia que estavam no local não intervieram para repor a ordem. A vítima contraiu ferimentos ligeiros como resultado do espancamento.
No distrito de Manica, na província com o mesmo nome, a Renamo queixa-se de não estar a beneficiar de escolta policial nas suas deslocações pelas localidades de Chadzuca e Mundonguara, a 30 quilómetros da sede do distrito. “A nossa caravana desloca-se sem acompanhamento da Polícia mesmo depois de termos entregue o nosso programa às autoridades policiais”, disse o delegado da Renamo ao Boletim.
No distrito de Morrumbene, Inhambane, o MDM e a Renamo não têm sido escoltados pela polícia durante a campanha. Entretanto, nas suas deslocações pelas localidades, as caravanas da Frelimo são acompanhadas por 4 agentes da Polícia.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-56-22-09-19
Posted on 22/09/2019 at 20:22 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Angola com recessão de 1% este ano e crescimento de 1,4% em 2020
O departamento de estudos económicos do banco sul-africano Standard Bank estima que Angola registe uma nova recessão económica este ano, de 1%, acelerando depois em 2020 para uma expansão de 1,4% do produto interno bruto (PIB).
“A economia de Angola deve sair da recessão de quatro anos em 2020, com os renovados investimentos no setor petrolífero a ajudarem a estabilizar a produção em 1,4 milhões de barris por dia, ainda que de forma temporária, como resultado da melhoria no ambiente regulatório e reformas estruturais”, lê-se no relatório de outubro sobre os mercados financeiros africanos.
No documento, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas do maior banco africano pioram ligeiramente a previsão de crescimento para Angola, em 0,1 pontos percentuais, para 2020, antevendo um crescimento de 1,4%, “esperando que o lento declínio da inflação e a depreciação nominal do kwanza continuem a prejudicar a procura agregada”.
Muito provavelmente, acrescentam, “a economia vai continuar em recessão este ano, com o PIB a contrair-se 1%, já que a previsível contribuição positiva das exportações é insuficiente para eliminar o impacto negativo da despesa quer pública quer privada, com o investimento a não crescer tanto como o necessário”.
O Governo de Angola “vai continuar empenhado em cumprir o programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que ajuda muito nas reformas estruturais que o país precisa para garantir o regresso à estabilidade macroeconómica”, afirmam os analistas do Standard Bank.
A desonestidade nunca dá certo, não!
Por Roberto Júlio Tibana
Anda aí a dizer que já existe paz, que isso é o resultado de cinco anos durante os quais atravessou rios e galgou montanhas para falar com todos para encontrar a paz, e que conseguiu! Que isso mostra que com ele 'dá certo'. E que por isso agora pede mais tempo para completar outras coisas que não conseguiu fazer porque estava concentrado no assunto da paz.
Que não existe paz em Moçambique (mesmo no sentido limitado do calar de armas) os factos falam por si. O que deveria dizer aos moçambicanos é quantos ex-combatentes da Renamo já foram desarmados e desmobilizados, e quantos estão em processo de Reintegração Social. Pode dar esse informe? E também o plano que tem para o Governo recuperar a segurança em Cabo Delgado e outros lugares do país onde existem focos de violência armada que tende a escalar.
Que falou com todos, também existem provas do contrário. Deliberadamente ignorou muitos, falou com alguns secretamente (o vício das secretas, como se não bastassem as que se tornaram ilegais!...). Por isso chegou aonde tínhamos avisado que iria desaguar: na paz podre, falsa. Resultado de quererem continuar a jogar esperteza (tipo jogadores de batota) com assuntos de Estado e de interesse nacional. Com agravantes, pois no processo agiram para silenciar as vozes da razão, em conluio com uma parte da comunicação social cooptada aos seus desígnios, e instrumentalizaram os órgãos do Poder de Estado e exercício efectivo da democracia (como a Assembleia da República).
É como aquela esfarrapada acerca do calote de 2.2 biliões de Dólares Americanos, em que diz que nunca passou cheques enquanto ministro, depois de ter dito que foi culpa deles (os da mão externa, claro!) que emprestaram dinheiro a um pobre sem se preocuparem em saber se ia poder pagar. Assim só quem consente ser tratado como imbecil pode acreditar na sua sinceridade enquanto não disser o que sabe, quando soube, qual foi o seu papel, e se beneficiou ou não dos dinheiros desviados nesse calote das outras secretas.
Pode repetir tanto que há paz em Moçambique, pode exigir e espernear por todos os elogios, mas esta não será daquelas mentiras que de tanto se repetir as pessoas acabem por acreditar nela, muito menos que ela se torne verdade.
Pode repetir tanto que há paz em Moçambique, pode exigir e espernear por todos os elogios, mas esta não será daquelas mentiras que de tanto se repetir as pessoas acabem por acreditar nela, muito menos que ela se torne verdade.
Batota com a paz não só não esta certo, como não vai nunca dar certo. De facto, pode levar tempo, mas a esperteza e a desonestidade sempre dão mal.
Não! Contigo só com roubo de votos como fazem sempre, porque nunca deu certo e não vai dar jamais!
Risco da conjuntura pressiona subida de preços no país
A Área de Estudos Económicos do Millennium Bim antevê uma subida geral de preços no último trimestre deste ano, em Moçambique, devido ao agravamento de choques internos e externos.
Na componente externa, os economistas deste banco comercial apontam os efeitos da xenofobia que se regista na vizinha África do Sul, afectando os sectores de transporte e comércio.
Na componente externa, os economistas deste banco comercial apontam os efeitos da xenofobia que se regista na vizinha África do Sul, afectando os sectores de transporte e comércio.
Incertezas no mercado petrolífero, aliada a restrições da produção global, escalada de tensões entre as principais economias e a elevada dívida interna, são outros factores que poderão ditar o agravamento do custo de vida em Moçambique.
“Não obstante as condições económicas favorecerem a projecção da inflação em torno de um dígito, antevemos uma postura prudente na condução da política monetária”, refere a Área de Estudos Económicos do Millennium Bim, na sua mais recente nota sobre a conjuntura económica.
“Não obstante as condições económicas favorecerem a projecção da inflação em torno de um dígito, antevemos uma postura prudente na condução da política monetária”, refere a Área de Estudos Económicos do Millennium Bim, na sua mais recente nota sobre a conjuntura económica.
Em Agosto passado, o nível geral de preços registou uma aceleração mensal de 0,11%, contrariando a trajectória de deflação (queda de preços) observada nos dois meses anteriores.
No período em análise, a cidade da Beira foi a mais cara do país, ao registar um agravamento de custo de vida na ordem de 3,98%, seguida de Nampula e Maputo com 3,55% e 0,62%, respectivamente.
No período em análise, a cidade da Beira foi a mais cara do país, ao registar um agravamento de custo de vida na ordem de 3,98%, seguida de Nampula e Maputo com 3,55% e 0,62%, respectivamente.
Posted on 22/09/2019 at 10:27 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0)
21/09/2019
A GUERRA - Um programa de Joaquim Furtado (RTP) - Episódio nº 10(video)
O MPLA ataca em Angola, retirando à FNLA o monopólio da luta armada. Em Moçambique, é a FRELIMO que avança nos distritos do Norte, obrigando a sucessivos reforços das forças portuguesas. Pelas minas usadas pela guerrilha, o Niassa é conhecido entre os militares como o "estado de minas gerais», enquanto Mueda, em Cabo Delgado, é a "terra da guerra". De todo o Ultramar, as mensagens televisivas dos soldados são ansiosamente esperadas em cada Natal que passa.
Posted on 21/09/2019 at 19:33 in A GUERRA de Joaquim Furtado(RTP), História | Permalink | Comments (0)
Os 500 anos da fantástica expedição de volta ao mundo iniciada por Fernão de Magalhães
Antes de que a expedição iniciada por Magalhães completasse a primeira volta pelo planeta, sua tripulação ficou fascinada por uma longa lista de realidades que nunca pensaram existir.
O século 16 era o pleno apogeu do que os europeus chamaram de “era dos descobrimentos”.
Foi um momento da história em que Espanha e Portugal repartiam o mundo. As potências de então competiam por expandir seus territórios em um planeta que, a julgar pelas travessias como a de Colombo, em 1492, ainda guardava grandes surpresas.
Isso foi confirmado pela primeira volta ao mundo iniciada há 500 anos pelo português Fernão de Magalhães sob patrocínio da Coroa espanhola e que, sem dúvida, é uma das maiores epopéias da história da humanidade.
Passaram-se quase três anos desde aquele 20 de setembro de 1519 até que vinte sobreviventes da expedição, capitaneados pelo espanhol Juan Sebastián Elcano depois da morte de Magalhães, concluíram a duras penas sua grande façanha marítima.
Mas antes de voltarem ao ponto de partida e demonstrar por fim que a Terra era redonda, aquela tripulação de europeus ficou fascinada com uma longa lista de lugares, animais e plantas que jamais pensaram existir.
Com o aniversário de 500 anos da primeira volta ao mundo, a BBC News Mundo repassa algumas delas.
O estreito de Magalhães e outros territórios
Magalhães estava convencido de que existia um canal que conectava o mar do Norte (Atlântico) com o mar do Sul (o Pacífico, cujo descobrimento foi artribuído a Vasco Núñez de Balboa seis anos antes do início da expedição).
Assim, ao chegar à costa americana, começou a descer e descer em busca dessa conexão. Não foi fácil, e antes de conseguir eles entraram em dezenas de lugares errados, como o rio da Prata.
Por fim, em 21 de outubro de 1520 avistaram um novo canal e começaram a navegar suas profundas águas entre tormentas glaciais e fiordes. Era o estreito de Magalhães.
“Quando vemos hoje o mapa no Google Earth, fica claro que é um estreito complicadíssimo. Mas imagine naquela época: um labirinto de rochas, cheio de correntezas”, descreve Adelaida Sagarra, professora de história da América na Universidade de Burgos, na Espanha.
Mas antes, Magalhães já tinha feito história como o primeiro europeu a chegar naquela região do extremo sul da América que batizariam como Patagônia, embora aquele não fosse o único lugar que essa expedição do “velho mundo” veria pela primeira vez.
Aconteceu depois, em 1521, já no Pacífico, com as Ilhas Marianas, apelidadas na época como Ilhas dos Ladrões. Magalhães deu esse nome em “homenagem” às brigas e abordagem que sofreram pelos chamorros, a população indígena do local.
Posted on 21/09/2019 at 15:58 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
Semanário Savana nº 1341 de 20.09.2019
Posted on 21/09/2019 at 15:30 in Dívidas ocultas e outras, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Eleições: Monitoria das ONGs é antipatriotismo ou causa nacional?
Serviço antipatriótico é como é visto a monitoria que as ONGs fazem ao processo eleitoral. O financiamento externo é percebido como um "crime". Será que o dinheiro do Ocidente tira a credibilidade ao trabalho das ONGs.
Em determinados setores moçambicanos cresce a ideia de que, de uma maneira geral, as organizações da sociedade civil, OSC, servem a interesses estrangeiros obscuros. E nesta época eleitoral, em particular, esse entendimento está a ser largamente disseminado nas redes sociais, numa aparente tentativa de descredibilizar as ONGs que mais visibilidade têm na monitoria do processo.
Convidado a avaliar o quadro, o sociólogo Elísio Macamo disse: "Acho que essa é uma opinião muito problemática, é caraterística forte da nossa esfera pública e infelizmente de sempre desfiar teorias de conspiração para explicar coisas que se podem explicar de outra maneira."
O académico acha que o cerne da questão não é o levantado pelos críticos: "Não acredito que as organizações da sociedade civil estejam ao serviço de potências, a questão não é essa. Só que elas, pela sua natureza, prestam-se a isso. E é esse o problema, elas podem não se dar conta de que certas posturas e coisas que fazem servem mais a interesses obscuros do que os interesses que essas organizações afirmam defender, que são interesses nacionais."
"Há uma lógica estrutural que faz com que o trabalho dessas organizações seja vulnerável a esse tipo de constrangimentos, e é isso que temos de apreciar", sugere Elísio Macamo.
Entretanto, é preciso reconhecer que é também graças ao monitoramento paralelo dessas organizações que os ilícitos são cada vez mais denunciados, permitindo, teoricamente, uma oportunidade para o aperfeiçoamento dos mecanismos eleitorais.
Posted on 21/09/2019 at 10:40 in Cooperação - ONGs, Eleições 2019 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
20/09/2019
Estado Islâmico reivindica ataques em Moçambique
O Estado Islâmico (EI) reivindicou dois ataques no norte de Moçambique contra postos do exército afirmando ter morto vários elementos das forças de segurança.
A reivindicação foi feita na sua publicação Al-Naba na qual o EI adianta que as vilas atacadas foram as de Quiterajo e Cobre.
No primeiro ataque, diz o EI, os os agressores, para além de matarem “muitos elementos do posto militar”, capturaram armas e “queimaram casas da vila cristã em vingança pelos muçulmanos”.
No ataque à vila de Cobre foram também mortos “muitos elementos” do exército e destruídos “veículos e tanques”.
As reivindicações coincidem com noticias de um recrudescer de ataques em Cabo Delgado, agora contra posições das forças de segurança.
Na semana passada, registou-se um ataque contra o quartel da Unidade de Intervenção Rápida em Quiterajo, no qual terão sido mortos seis elementos das forças de segurança, de acordo com os meios de informação moçambicanos.
Por seu lado, o Centro de Integridade Pública (CIP) revelou que 10 pessoas teriam sido raptadas durante esse ataque que se terá prolongado durante toda a noite.
VOA – 20.09.2019
Posted on 20/09/2019 at 21:48 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (3)
Marfim ilegal foi transformado em cimento em fábrica da Arrábida (Portugal)
Instituto de Conservação da Natureza e Polícia Judiciária destruíram 1500 quilos de marfim de origem ilegal na cimenteira da SECIL no Outão.
Funcionários da cimenteira preparam os dentes de elefante para serem destruídos
Apreendidos no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) realizada há cerca de dois anos, 1500 quilos de marfim acabaram por ser destruídos nos fornos da cimenteira do Outão, na Arrábida, esta sexta-feira. O material ilegal, constituído maioritariamente por presas de elefantes africanos e asiáticos, fora detectado pelas autoridades policiais durante uma ação relacionada com tráfico de droga.
Tratando-se de partes de animais incluídos nos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), a ação de destruição contou com o envolvimento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que é a autoridade CITES em Portugal.
“O comércio internacional de marfim de elefante está proibido, com isenções estritamente limitadas” de acordo com esta convenção internacional, que no espaço europeu ainda tem regras mais rigorosas, indica o ICNF. Todo o material apreendido no âmbito da CITES tem de ser destruído, como forma de desincentivar o comércio internacional de espécies protegidas e combater a caça furtiva.
Com a colaboração da empresa SECIL, os 1500 quilos de marfim acabaram moídos na pedreira e misturados com pedra e clínquer para fabrico de cimento.
EXPRESSO(Lisboa) – 20.09.2019
Funcionários da cimenteira preparam os dentes de elefante para serem destruídos
Apreendidos no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) realizada há cerca de dois anos, 1500 quilos de marfim acabaram por ser destruídos nos fornos da cimenteira do Outão, na Arrábida, esta sexta-feira. O material ilegal, constituído maioritariamente por presas de elefantes africanos e asiáticos, fora detectado pelas autoridades policiais durante uma ação relacionada com tráfico de droga.
Tratando-se de partes de animais incluídos nos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), a ação de destruição contou com o envolvimento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que é a autoridade CITES em Portugal.
“O comércio internacional de marfim de elefante está proibido, com isenções estritamente limitadas” de acordo com esta convenção internacional, que no espaço europeu ainda tem regras mais rigorosas, indica o ICNF. Todo o material apreendido no âmbito da CITES tem de ser destruído, como forma de desincentivar o comércio internacional de espécies protegidas e combater a caça furtiva.
Com a colaboração da empresa SECIL, os 1500 quilos de marfim acabaram moídos na pedreira e misturados com pedra e clínquer para fabrico de cimento.
EXPRESSO(Lisboa) – 20.09.2019
Posted on 20/09/2019 at 21:28 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Portugal, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
Fragilidade do Estado em Moçambique “é o resultado das nossas opções como país ao longo dos anos”
Salvador Forquilha, o director do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), instituição que antecipou as crises que Moçambique está a enfrentar, desafiou nesta quinta-feira (19) os políticos nacionais: “em nenhuma parte do mundo a reconciliação se faz de discursos, ela é feita de acções concretas do ponto de vista do processo de construção das instituições” e alertou que a actual fragilidade do Estado “é o resultado das nossas opções como país ao longo dos anos”.
Forquilha, intervindo na abertura da Conferência que assinalou os 12 anos de uma das mais reputadas instituições independentes de pesquisa em Moçambique, começou por recordar “a tendência para a institucionalização da violência em Moçambique”.
“Com efeito, a história do processo político moçambicano nos últimos 50 anos tem sido marcado por violência recorrente, a guerra anti-colonial, a guerra civil, os sucessivos e recorrentes conflitos eleitorais e muito recentemente a violência armada em Cabo Delgado. O país tem estado a viver de violência em violência, apesar dos discursos triunfalistas das elites sobre a chamada paz efectiva e reconciliação a realidade mostra que Moçambique ainda tem um longo caminho por percorrer, particularmente no que se refere a reconciliação”, afirmou o director do IESE.
Salvador Forquilha, que é doutorado em Ciência Política enfatizou: “Na verdade em nenhuma parte do mundo a reconciliação se faz de discursos, ela é feita de acções concretas do ponto de vista do processo de construção das instituições”.
Posted on 20/09/2019 at 19:52 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0)
Linchados cinco trabalhadores de empresa de mineração no norte do país
Residentes do distrito do Cuamba, província de Niassa, norte do país, lincharam na quarta-feira cinco funcionários de uma empresa mineira, disse hoje à Lusa fonte policial.
"Populares enfurecidos dirigiram-se a um acampamento de uma mineração de nome Gems Group e atearam fogo", disse Alves Mate, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) no Niassa.
O ataque aconteceu pelas 10:00 e a população levou os homens, um dos quais segurança e outros quatro trabalhadores da mineração, todos moçambicanos.
"Agrediram, lincharam, queimaram-nos vivos", acrescentou o porta-voz da PRM.
A população justificou o ataque por julgar que as cinco vítimas, em ligação a cidadãos chineses residentes na zona, eram traficantes de órgãos humanos e autores de furtos, resolvendo fazer justiça pelas suas próprias mãos.
A polícia diz que deteve dois homens tidos como instigadores do linchamento e está a trabalhar no sentido de ter mais informações.
"Os casos de linchamento têm sido frequentes", queixou-se Alves Mate, alguns dos quais com a "presença de crianças" na assistência, que encaram o crime como uma norma social.
A PRM tem realizado campanhas para dissuadir os residentes da prática de agressões organizadas.
LUSA – 20.09.2019
NOTA: Mas que país é este?
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