“O maior crime da Frelimo não é a corrupção, é a destruição da Educação” em Moçambique avalia professor Adriano Nuvunga
Há poucos dias dos moçambicanos elegerem o seu 5º Presidente, um novo Parlamento e pela primeira vez Governadores provinciais o professor de Ciência Política e Administração Pública, Adriano Nuvunga, avaliou as eleições do próximo dia 15 como as “menos competitivas na negativa. A qualidade dos candidatos é baixíssima, é a mais baixa de sempre”. O também director Centro para a Democracia e Desenvolvimento declarou ao @Verdade que: “O maior crime da Frelimo não é a corrupção, é a destruição da Educação”.
Subiu para 31 pessoas as vítimas mortais a campanha para as Eleições Gerais no nosso país Adriano Nuvunga considerou que “esta é não propriamente violenta, 1999 foi uma campanha violentíssima, 2004 foi uma campanha violentíssima, Gaza sobretudo, e 2009 também, mas houve menos mortes nesse tempo”.
“Mas uma coisa que houve também nesse tempo é que a imprensa estava muito mais activa e era muito mais independente. A imprensa hoje não está independente. A imprensa, as televisões cobrem dentro de uma estrutura propagandística. Na primeira eleição só havia TVM mas o Savana teve um papel histórico, o Metical teve um papel histórico, nessa altura lia-se jornais mas agora é tudo fast-food das televisões, e todas as televisões estão manipuladas, todas elas com a excepção da RTP. Esse é o figurino neste momento, há muita coisa que ocorre que a imprensa não mostra. Os helicópteros de Nyusi ninguém mostra, ninguém vai mostrar mas os próprios jornalistas andam lá dentro, mas não mostram. A real logística não é mostrada, em termos de liberdade de imprensa estamos piores”, avaliou o académico.
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 58- 24 de Setembro de 2019
Insurgentes matam 12 pessoas e incendeiam casas e sede da Frelimo em Cabo Delgado
Um grupo de insurgentes realizou ontem (23 de setembro) dois ataques em distritos de Mocímboa da Praia e Muidumbe em Cabo Delgado. O ataque de Muidumbe deu-se no Posto Administrativo de Mbau, a 83 km da vila sede de Mocímboa da Praia, por volta das 18h00 e prolongou-se até 1h00 da manhã. Ao todo, 10 pessoas morreram resultado do ataque. Metade das casas da aldeia, incluindo a sede local da Frelimo, foram incendiadas.
Na manhã de hoje, a população local saiu em busca de meios de transporte para abandonar a aldeia de Mbau para outros pontos da província de Cabo Delgado, reportam os nossos correspondentes.
Na aldeia, forças da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) tentaram repelir o ataque, levando a uma troca de tiros que se prolongou por várias horas.
O Chefe do Posto Administrativo de Mbau, Adriano Ahmed, também se tinha refugiado nas matas por causa do ataque. Ele disse que quando os guerrilheiros entraram na povoação os insurgentes encontraram muitos jovens concentrados a consumir álcool. “Muitos morreram no local”, acrescentou Ahmed.
Os insurgentes também arrombaram barracas e apoderaram-se de mercadorias. “De seguida, atearam fogo nas barracas e saíram da aldeia com uma viatura cheia de mercadorias", acrescentou o Chefe do Posto.
O posto administrativo de Mbau tem 5588 eleitores recenseados em 10 assembleias de voto.
Este foi o segundo ataque no mesmo dia. O primeiro ocorreu na povoação de Limala, localidade de Mengueleua, distrito de Muidumbe e resultou em duas mortes. Os insurgentes surpreenderam dois homens com idades
compreendidas entre 28 a 30 anos quando se encontravam na machamba tendo sido mortos e esquartejados, por volta das 10h00 de ontem.
Estes são o sétimo e oitavo ataques de insurgentes em Cabo Delgado desde o início da campanha eleitoral. O primeiro ataque perpetrado foi em Outubro de 2017. Entretanto, até hoje, suas causas são pouco conhecidas.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-58-24-09-19
Posted on 24/09/2019 at 17:48 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Eleições 2019 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Ataque a sede da Frelimo deixa 15 mortos em Mocímboa da Praia
Um ataque à sede da Frelimo, partido no poder, em Mocímboa da Praia, na província moçambicana de Cabo Delgado, na noite de segunda-feira, 23, deixou 15 mortos e vários feridos.
A informação foi confirmada à VOA nesta terça-feira, 24, por um observador da Sala da Paz, que acompanha a implementação do Acordo de Paz Definitiva, e por dois correspondentes do Centro de Integridade Pública (CIP).
Entre os mortos está um militar que se encontrava no local.
As autoridades ainda não se pronunciaram.
Esta notícia será actualizada a qualquer momento.
VOA – 24.09.2019
Posted on 24/09/2019 at 17:34 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
23/09/2019
“Aquilo que é nulo não é reestruturável” afirma professor de Direito constitucional sobre a nulidade da dívida da EMATUM
O argumento do Governo de Filipe Nyusi que não pode repudiar a dívida inconstitucional e ilegal da EMATUM e por isso está a reestruturá-la com os credores “não há que fazer isso, porque aquilo que é nulo não é reestruturável, não há volta a dar em relação” ao Acórdão do Conselho Constitucional (CC) explicou o professor de Direito Constitucional, António Leão.
O docente da Universidade Católica de Moçambique assinalou o quão difícil foi o órgão de soberania “cumprir a sua missão com as armadilhas que tem na própria lei” e disse ao @Verdade que a fiscalização da constitucionalidade das dívidas da Proindicus e MAM pode ter outra jurisprudência pois em Moçambique não há espaço para a criação de precedentes.
O ministro da Economia e Finanças disse a jornalistas, no passado dia 23 de Agosto, que após ouvir vários especialistas de Direito o entendimento do Governo é que Moçambique tem que aceitar a lei que foi acordada para dirimir conflitos resultantes da dívida contraída em 2013 pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) mesmo violando a Constituição da República, que é a lei do Reino Unido.
“O que ficou claro é que nós temos que negociar, temos que negociar com os bondholders, temos que fechar, temos de negociar com os bondholders de boa-fé”, esclareceu o ministro Adriano Maleiane, num encontro informal com editores dos meios de comunicação em Moçambique, onde argumentou que pagar aos credores “de boa-fé” é um adiantamento para que o nosso país possa sair da situação de pais caloteiro que impede a retoma de um Programa financeiro com o Fundo Monetário Internacional, veda o acesso aos mercados de capitais e até limita os financiamentos de instituições multilaterais e os milhões serão recuperados através das acções que a Procuradoria-Geral da República está a encetar contra os moçambicanos que se beneficiaram das dívidas ilegais e também contra o Grupo Privinvest.
No entanto professor de Direito Constitucional, António Leão, deixou claro que “não há que fazer isso, porque aquilo que é nulo não é reestruturável, não há volta a dar em relação” ao Acórdão do Conselho Constitucional que declarou “a nulidade dos actos inerentes ao empréstimo contraído pela EMATUM,SA, e a respectiva garantia soberana conferida pelo Governo, em 2013, com todas as consequências legais.”
“O poder Executivo deve, salvo melhor opinião, abster-se de praticar actos tendentes a co-validação, sanação ou reestruturação. Em segundo lugar nenhum tribunal pode condenar o Estado moçambicano a praticar actos devidos em substituição de actos declarados nulos”, declarou o académico da Universidade Católica.
O docente da Universidade Católica de Moçambique assinalou o quão difícil foi o órgão de soberania “cumprir a sua missão com as armadilhas que tem na própria lei” e disse ao @Verdade que a fiscalização da constitucionalidade das dívidas da Proindicus e MAM pode ter outra jurisprudência pois em Moçambique não há espaço para a criação de precedentes.
O ministro da Economia e Finanças disse a jornalistas, no passado dia 23 de Agosto, que após ouvir vários especialistas de Direito o entendimento do Governo é que Moçambique tem que aceitar a lei que foi acordada para dirimir conflitos resultantes da dívida contraída em 2013 pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) mesmo violando a Constituição da República, que é a lei do Reino Unido.
“O que ficou claro é que nós temos que negociar, temos que negociar com os bondholders, temos que fechar, temos de negociar com os bondholders de boa-fé”, esclareceu o ministro Adriano Maleiane, num encontro informal com editores dos meios de comunicação em Moçambique, onde argumentou que pagar aos credores “de boa-fé” é um adiantamento para que o nosso país possa sair da situação de pais caloteiro que impede a retoma de um Programa financeiro com o Fundo Monetário Internacional, veda o acesso aos mercados de capitais e até limita os financiamentos de instituições multilaterais e os milhões serão recuperados através das acções que a Procuradoria-Geral da República está a encetar contra os moçambicanos que se beneficiaram das dívidas ilegais e também contra o Grupo Privinvest.
No entanto professor de Direito Constitucional, António Leão, deixou claro que “não há que fazer isso, porque aquilo que é nulo não é reestruturável, não há volta a dar em relação” ao Acórdão do Conselho Constitucional que declarou “a nulidade dos actos inerentes ao empréstimo contraído pela EMATUM,SA, e a respectiva garantia soberana conferida pelo Governo, em 2013, com todas as consequências legais.”
“O poder Executivo deve, salvo melhor opinião, abster-se de praticar actos tendentes a co-validação, sanação ou reestruturação. Em segundo lugar nenhum tribunal pode condenar o Estado moçambicano a praticar actos devidos em substituição de actos declarados nulos”, declarou o académico da Universidade Católica.
Posted on 23/09/2019 at 21:14 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 57- 23 de Setembro de 2019
Tragédia de Songo: sobreviventes narram como o acidente fatal aconteceu
Amado Mateus, de 18 anos de idade, é estudante finalista na Escola Secundária de Mágoè, onde frequenta 12ª classe. É residente do 1º Bairro da localidade de Daque, em Mágoè, a sensivelmente 140 quilómetros do local onde ocorreu o fatídico acidente, no monte Mbonga, em Songo.
Na manhã de domingo, 22, Amado e outras dezenas de jovens do seu distrito foram transportados em camião de carga para a Vila de Songo, onde foram assistir ao comício do candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi. Pelo menos 7 dos ocupantes do camião morreram nessa viagem. Amado sobreviveu mas guarda sequelas físicas e psicológicas do sinistro.
“O carro perdeu o controlo e depois virou. Feriram-se muitas pessoas e outras morreram no local”, conta Amado Mateus, que contraiu ferimentos ligeiros no braço. O sobrevivente já se encontra na sua casa em Mágoè, depois de ter recebido assistência médica no Hospital Rural de Songo.
No acidente morreram alguns conhecidos de Amado, todos provenientes de Mágoè: “Paulo, Stélio, Tate, Elias, Senhor Vicente e Sandra”, conta o sobrevivente.
Leia aqui Download Eleicoes-gerais-57-23-09-19
Posted on 23/09/2019 at 17:42 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Governo sul-africano convida ex-PR moçambicano Chissano para averiguar xenofobia
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, convidou os antigos chefes de Estado de Moçambique Joaquim Chissano e da Tanzânia Jakaya Kikwete para averiguarem as causas da recorrente violência contra estrangeiros naquele país, noticiou hoje a imprensa sul-africana.
Cyril Ramaphosa anunciou o pedido que endereçou a Joaquim Chissano e a Jakaya Kikewete durante uma sessão extraordinária do parlamento sul-africano, convocada para debater os ataques xenófobos naquele país.
"Eles vão fazer recomendações sobre as medidas que podemos tomar para impedir que esses incidentes aconteçam de novo", afirmou o Presidente sul-africano.
O Governo sul-africano, prosseguiu, vai igualmente mobilizar organizações humanitárias do país e internacionais para a elaboração de iniciativas.
"Não há lugar para a xenofobia neste país, nem há lugar para a criminalidade, quer seja cometida por estrangeiros, quer seja cometida pelos locais", acrescentou.
Ecoando o anúncio feito por Cyril Ramaphosa, o ministro na Presidência da África do Sul, Jackson Mthembu, afirmou que a iniciativa traduz a sinceridade do combate que as autoridades querem travar.
"Como África do Sul, devemos ser vistos de forma honesta nesta matéria, sem esconder o que quer que seja", afirmou Mthembu.
O governante adiantou que uma equipa composta apenas por figuras da África do Sul não teria credibilidade aos olhos dos países de origem dos cidadãos atacados durante a onda de violência contra estrangeiros.
"Essa é uma questão [da composição da equipa de investigação] em que temos de pensar", declarou.
Desde 01 de setembro, pelo menos 12 pessoas morreram, entre as quais um estrangeiro, cuja nacionalidade não foi revelada, segundo informações oficiais.
De acordo com dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicano, mais de 400 moçambicanos na África do Sul manifestaram interesse em regressar ao país desde os primeiros episódios de xenofobia, mas apenas 138 recorreram ao apoio do Estado para voltar a Moçambique.
Lusa – 23.09.2019
NOTA: Muito bonito e simpático por Parte do Governo sul-africano. Mas porque será que Joaquim Chissano não aplica os seus dotes para ajudar a acabar com os insurgentes no norte e centro de Moçambique? Estará à espera de ser convidado? Com tantas aptidões que lhe são atribuídas porque não em e para Moçambique os seus esforços?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Cyril Ramaphosa anunciou o pedido que endereçou a Joaquim Chissano e a Jakaya Kikewete durante uma sessão extraordinária do parlamento sul-africano, convocada para debater os ataques xenófobos naquele país.
"Eles vão fazer recomendações sobre as medidas que podemos tomar para impedir que esses incidentes aconteçam de novo", afirmou o Presidente sul-africano.
O Governo sul-africano, prosseguiu, vai igualmente mobilizar organizações humanitárias do país e internacionais para a elaboração de iniciativas.
"Não há lugar para a xenofobia neste país, nem há lugar para a criminalidade, quer seja cometida por estrangeiros, quer seja cometida pelos locais", acrescentou.
Ecoando o anúncio feito por Cyril Ramaphosa, o ministro na Presidência da África do Sul, Jackson Mthembu, afirmou que a iniciativa traduz a sinceridade do combate que as autoridades querem travar.
"Como África do Sul, devemos ser vistos de forma honesta nesta matéria, sem esconder o que quer que seja", afirmou Mthembu.
O governante adiantou que uma equipa composta apenas por figuras da África do Sul não teria credibilidade aos olhos dos países de origem dos cidadãos atacados durante a onda de violência contra estrangeiros.
"Essa é uma questão [da composição da equipa de investigação] em que temos de pensar", declarou.
Desde 01 de setembro, pelo menos 12 pessoas morreram, entre as quais um estrangeiro, cuja nacionalidade não foi revelada, segundo informações oficiais.
De acordo com dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicano, mais de 400 moçambicanos na África do Sul manifestaram interesse em regressar ao país desde os primeiros episódios de xenofobia, mas apenas 138 recorreram ao apoio do Estado para voltar a Moçambique.
Lusa – 23.09.2019
NOTA: Muito bonito e simpático por Parte do Governo sul-africano. Mas porque será que Joaquim Chissano não aplica os seus dotes para ajudar a acabar com os insurgentes no norte e centro de Moçambique? Estará à espera de ser convidado? Com tantas aptidões que lhe são atribuídas porque não em e para Moçambique os seus esforços?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Desmaios de alunos continuam na Escola Secundária de Inhaminga
O problema de desmaios de alunos na Escola Secundária de Inhaminga continua. O Autarca apurou que o fenómeno, a cada dia, assume proporções cada vez maiores, pondo em risco a integridade de todos os intervenientes no processo docente-educativo, pois aquando da entrada em transe os estudantes atiram pedras contra os vidros das janelas da escola e muitos estudantes já foram atingidos por esses verdadeiros projécteis.
As aulas, na essência, têm sido ministradas com grandes lacunas pois desde que o fenómeno “ataques de espíritos” iniciou nos meados do 2º trimestre deste ano, nunca houve sossego naquela instituição de ensino público.
Cansados de se verem sujeitos a ataques, constantes e em número cada vez crescente, os alunos da Escola Secundária de Inhaminga chegaram a paralisar as aulas na última segundafeira (16Set19).
Ao longo da semana passada, os alunos de classes com exames chegaram a ser transferidos para receber aulas no Instituto de Formação de Professores Primários de Inhaminga, mas a solução acabou sendo cancelada porque não resultou os efeitos desejados: os alunos continuaram a desmaiar no novo recinto.
Na noite da última quinta-feira (19Set19) foi feito trabalho espiritual envolvendo membros da AMETRAMO, aguardando-se ainda a confirmação dos resultados, pois na sexta-feira não houve aulas por ter sido o dia da vila e hoje na sequência da visita ao distrito do Presidente da República.
O AUTARCA – 23.09.2019
As aulas, na essência, têm sido ministradas com grandes lacunas pois desde que o fenómeno “ataques de espíritos” iniciou nos meados do 2º trimestre deste ano, nunca houve sossego naquela instituição de ensino público.
Cansados de se verem sujeitos a ataques, constantes e em número cada vez crescente, os alunos da Escola Secundária de Inhaminga chegaram a paralisar as aulas na última segundafeira (16Set19).
Ao longo da semana passada, os alunos de classes com exames chegaram a ser transferidos para receber aulas no Instituto de Formação de Professores Primários de Inhaminga, mas a solução acabou sendo cancelada porque não resultou os efeitos desejados: os alunos continuaram a desmaiar no novo recinto.
Na noite da última quinta-feira (19Set19) foi feito trabalho espiritual envolvendo membros da AMETRAMO, aguardando-se ainda a confirmação dos resultados, pois na sexta-feira não houve aulas por ter sido o dia da vila e hoje na sequência da visita ao distrito do Presidente da República.
O AUTARCA – 23.09.2019
Posted on 23/09/2019 at 16:41 in Ensino - Educação - Juventude, Religião - Igrejas, Saúde | Permalink | Comments (0)
Moçambique curva-se aos mártires de Inhaminga
CHERINGOMA
O MONUMENTO erguido em homenagem aos mártires de Inhaminga, cuja inauguração será feita hoje, no distrito de Cheringoma, em Sofala, pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, expressa, de forma simbólica, o reconhecimento aos combatentes da gesta libertária moçambicana. Em declarações, sábado, ao “Notícias”, na vila de Inhaminga, o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, disse que o Governo edificou uma obra, que tem a perspectiva de garantir a perenidade da história dos moçambicanos, particularmente, a da luta de libertação nacional que culminou com a proclamação da independência nacional, em 1975.
Por isso, sublinha o governante, com esta infra-estrutura, o Governo não só presta um justo tributo aos combatentes, como também curva-se à população de Inhaminga, que foi, inocentemente, massacrada pelo regime fascista português. “Com a edificação deste património, o Governo está a trazer Inhaminga para o mundo, mas também fazendo-a reflectir na história de Moçambique”, disse o ministro, para quem esta obra tem a perspectiva de garantir perenidade deste acontecimento nacional.
Até porque, avançou, esta era uma página da nossa história que se pretendia ocultar, sobretudo, pelo regime colonial português, uma vez que, nos relatos da ocupação colonial os capítulos sobre os massacres perpetrados pela tropa portuguesa foram “rasgados” ou, simplesmente, branqueados. “Durante muitos anos tentou-se branquear estes actos macabros. Mas, é interessante que na sua investigação, a equipa do Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC) foi encontrar, em Portugal, alguns soldados que participaram nesta barbárie. E hoje já idosos, contaram, com remorsos,
o que fizeram. Estão, claramente, com peso de consciência”, disse, acrescentando que “esta história não é somente nossa, mas também universal. Por isso, devemos dá-la a conhecer”. Estabelecendo uma analogia, Dunduro refere ser recorrente falar-se de genocídios ou holocaustos perpetrados na fase mais negra da história da humanidade, mas, dificilmente se abordam os massacres feitos pelos colonos em África, principalmente, os protagonizados, em Moçambique, pelo regime colonial português. “Este é um dos acontecimentos que nunca tinha sido denunciado nesta dimensão. Por isso, achamos que é melhor que moçambicanos venham cá, para perceberem o que o regime colonial fez contra este povo e, por extensão, nos locais, onde, esteve presente”, aconselha.
O MONUMENTO erguido em homenagem aos mártires de Inhaminga, cuja inauguração será feita hoje, no distrito de Cheringoma, em Sofala, pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, expressa, de forma simbólica, o reconhecimento aos combatentes da gesta libertária moçambicana. Em declarações, sábado, ao “Notícias”, na vila de Inhaminga, o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, disse que o Governo edificou uma obra, que tem a perspectiva de garantir a perenidade da história dos moçambicanos, particularmente, a da luta de libertação nacional que culminou com a proclamação da independência nacional, em 1975.
Por isso, sublinha o governante, com esta infra-estrutura, o Governo não só presta um justo tributo aos combatentes, como também curva-se à população de Inhaminga, que foi, inocentemente, massacrada pelo regime fascista português. “Com a edificação deste património, o Governo está a trazer Inhaminga para o mundo, mas também fazendo-a reflectir na história de Moçambique”, disse o ministro, para quem esta obra tem a perspectiva de garantir perenidade deste acontecimento nacional.
Até porque, avançou, esta era uma página da nossa história que se pretendia ocultar, sobretudo, pelo regime colonial português, uma vez que, nos relatos da ocupação colonial os capítulos sobre os massacres perpetrados pela tropa portuguesa foram “rasgados” ou, simplesmente, branqueados. “Durante muitos anos tentou-se branquear estes actos macabros. Mas, é interessante que na sua investigação, a equipa do Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC) foi encontrar, em Portugal, alguns soldados que participaram nesta barbárie. E hoje já idosos, contaram, com remorsos,
o que fizeram. Estão, claramente, com peso de consciência”, disse, acrescentando que “esta história não é somente nossa, mas também universal. Por isso, devemos dá-la a conhecer”. Estabelecendo uma analogia, Dunduro refere ser recorrente falar-se de genocídios ou holocaustos perpetrados na fase mais negra da história da humanidade, mas, dificilmente se abordam os massacres feitos pelos colonos em África, principalmente, os protagonizados, em Moçambique, pelo regime colonial português. “Este é um dos acontecimentos que nunca tinha sido denunciado nesta dimensão. Por isso, achamos que é melhor que moçambicanos venham cá, para perceberem o que o regime colonial fez contra este povo e, por extensão, nos locais, onde, esteve presente”, aconselha.
Uma vez construído este monumento, Silva Dunduro deseja, que figuras das artes, cultura e da investigação sócio-culural se façam ao local para terem um melhor entendimento sobre o que foi o massacre de Inhaminga, de modo a continuarem a produzir obras a respeito deste e de outros factos marcantes. Edificado no bairro do Aeródromo, que dista há cerca de cinco quilómetros da vila de Inhaminga, sede do distrito de Cheringoma,
o monumento é composto por dois murais artísticos interpretativos, que contam a história do avanço da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), nas frentes de Manica e Sofala, e o massacre perpetrado pela tropa colonial portuguesa em retaliação a esta epopeia. Tem ainda três pilares, de cinco metros cada, com informação histórica descritiva, que simbolizam as três valas comuns que o regime colonial português fez em Inhaminga para enterrar as mais de três mil pessoas mortas ao longo dos oito meses de duração destas matanças (Agosto de 1973 a Abril de 1974).
NOTÍCIAS – 23.09.2019
NOTA: Tudo bem. Mas para quando um monumento aos milhares de mortos da FRELIMO?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
o monumento é composto por dois murais artísticos interpretativos, que contam a história do avanço da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), nas frentes de Manica e Sofala, e o massacre perpetrado pela tropa colonial portuguesa em retaliação a esta epopeia. Tem ainda três pilares, de cinco metros cada, com informação histórica descritiva, que simbolizam as três valas comuns que o regime colonial português fez em Inhaminga para enterrar as mais de três mil pessoas mortas ao longo dos oito meses de duração destas matanças (Agosto de 1973 a Abril de 1974).
NOTÍCIAS – 23.09.2019
NOTA: Tudo bem. Mas para quando um monumento aos milhares de mortos da FRELIMO?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Radicalização Islâmica no Norte de Moçambique O Caso de Mocímboa da Praia Setembro de 2019
Introdução
Numa altura em que Moçambique ainda estava num longo processo negocial com vista a pôr termo ao conflito decorrente dos resultados eleitorais das eleições gerais de 2014, o país foi surpreendido, a 5 de Outubro de 2017, com notícias de um ataque armado às instituições do Estado na vila-sede de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado. Perpetrado
por um grupo desconhecido, com reivindicações da prática de um Islão radical, este ataque armado era um fenómeno novo no processo político moçambicano e trazia uma série de questões não só do ponto de vista da natureza do grupo e suas motivações, como também no que se refere às implicações políticas, sociais e económicas do próprio fenómeno para o país.
Numa altura em que Moçambique ainda estava num longo processo negocial com vista a pôr termo ao conflito decorrente dos resultados eleitorais das eleições gerais de 2014, o país foi surpreendido, a 5 de Outubro de 2017, com notícias de um ataque armado às instituições do Estado na vila-sede de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado. Perpetrado
por um grupo desconhecido, com reivindicações da prática de um Islão radical, este ataque armado era um fenómeno novo no processo político moçambicano e trazia uma série de questões não só do ponto de vista da natureza do grupo e suas motivações, como também no que se refere às implicações políticas, sociais e económicas do próprio fenómeno para o país.
Posted on 23/09/2019 at 11:30 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Letras e artes - Cultura e Ciência, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
22/09/2019
Universidades Velhas, Universidade Idosas [Elementos de Autocrítica]
Por Major Manuel Bernardo Gondola
Atenção! Não [confunda] idoso com velho. Idosa é uma pessoa que tem bastante idade. Velha é aquela pessoa que [pensa] que já sabe tudo, que pensa que já conhece e que não precisa mais aprender.
Idosa é uma pessoa com 70 anos de idade, 80 anos de idade. Velho, você pode ser e eu também, com 20 ou 30 anos de idade, 60 ou 70 anos.
E…, então, o grande perigo das nossas Universidades hoje no país, não é de ficarem idosas mas é sim de ficarem velhas. Aliás, as principais Universidade do país [UEM, UP, ISPU,UC,], que são as primeiras formas que têm mais de 50, 30 e 20 anos de história, correram em vários momentos e ainda correm um risco, não de ficarem idosas mas, de ficarem velhas.
Mas, qual é a diferença repito entre o idoso e o velho? O velho é aquele, que [pensa] que já sabe tudo, é aquele que [pensa] que, já está pronto. Repare; em português há uma palavra emprestada do latim, que se usa em francês, se usa em espanhol e se usa em inglês. Em português, nós usamos com frequência a palavra perfeito.
Perfeito, como sabem os que estudaram o latim, significa feito por completo, feito por inteiro, ou seja, concluído. Por isso, cuidado Universidades moçambicanas porque, uma Universidade [envelhece] quando os homens e as mulheres, que neles representam e actuam consideram que, o que fazem é perfeito. Quer dizer, já está feito por completo, feito por inteiro e…, basta reproduzir.
Como vê, nós vivemos num mundo hoje em que, há uma [veloz] mudança nos modos de fazer, de [pensar] e de actuar. Qual é o grande risco disso? É nós ficarmos satisfeitos ou satisfeitas.
Moçambique cresce só 2,5% este ano mas acelera para 10% em 2024 - Standard Bank
O departamento de estudos económicos do Standard Bank prevê que Moçambique cresça 2,5% este ano, e acelere para 3,7% em 2020, crescendo a dois dígitos a partir de 2024, devido às exportações de gás natural.
“Mudámos a nossa previsão de crescimento do PIB [produto interno bruto] para 2019 e 2020, com a primeira a ser revista 0,2 pontos em baixa, para 2,5%, e a segunda aumentada em 0,2 pontos, para 3,7%”, lê-se no relatório de outubro sobre os mercados financeiros africanos.
A mudança deve-se “à política monetária mais prudente que o esperado e aos desafios orçamentais deste ano, que abrandam a despesa agregada”, explica o Standard Bank.
No documento, enviado aos investidores e a que a agência Lusa teve acesso, os analistas do maior banco a operar em África afirmam que "o crescimento do PIB deverá acelerar para níveis acima dos 10% a partir de 2024, antes de estabilizarem numa taxa de 4% a longo prazo".
Estas previsões estão sustentadas na expectativa de que três centrais de processamento de gás natural estejam a produzir em 2024 mais de 30 milhões de toneladas por ano, argumentam os analistas.
O relatório nota ainda que "com o início da construção dos trens de gás natural liquefeito, os fluxos de investimento direto estrangeiro devem sustentar a economia, quer na formação de capital bruto, quer no que diz respeito à liquidez em moeda estrangeira, fazendo com que as taxas de juro possam descer".
Ainda assim, a economia de Moçambique enfrenta desafios, alertam os analistas, vincando que "a capacidade institucional limitada, as deficiências na facilidade de fazer negócios, a limitada mão de obra qualificada e a falta de um setor privado vibrante vão limitar a participação local nos projetos de gás natural liquefeito”.
Uma situação que a ocorrer, frisa o documento, reduzirá “os potenciais benefícios para a economia nacional".
Para os projetos de gás natural mudarem realmente o país, salientam os analistas do Standard Bank, era preciso duas condições: "por um lado, progresso nas reformas estruturais e matérias de governação e, por outro, fazer com que metade da população que vive em pobreza saia dessa condição".
LUSA – 22.09.2019
“Mudámos a nossa previsão de crescimento do PIB [produto interno bruto] para 2019 e 2020, com a primeira a ser revista 0,2 pontos em baixa, para 2,5%, e a segunda aumentada em 0,2 pontos, para 3,7%”, lê-se no relatório de outubro sobre os mercados financeiros africanos.
A mudança deve-se “à política monetária mais prudente que o esperado e aos desafios orçamentais deste ano, que abrandam a despesa agregada”, explica o Standard Bank.
No documento, enviado aos investidores e a que a agência Lusa teve acesso, os analistas do maior banco a operar em África afirmam que "o crescimento do PIB deverá acelerar para níveis acima dos 10% a partir de 2024, antes de estabilizarem numa taxa de 4% a longo prazo".
Estas previsões estão sustentadas na expectativa de que três centrais de processamento de gás natural estejam a produzir em 2024 mais de 30 milhões de toneladas por ano, argumentam os analistas.
O relatório nota ainda que "com o início da construção dos trens de gás natural liquefeito, os fluxos de investimento direto estrangeiro devem sustentar a economia, quer na formação de capital bruto, quer no que diz respeito à liquidez em moeda estrangeira, fazendo com que as taxas de juro possam descer".
Ainda assim, a economia de Moçambique enfrenta desafios, alertam os analistas, vincando que "a capacidade institucional limitada, as deficiências na facilidade de fazer negócios, a limitada mão de obra qualificada e a falta de um setor privado vibrante vão limitar a participação local nos projetos de gás natural liquefeito”.
Uma situação que a ocorrer, frisa o documento, reduzirá “os potenciais benefícios para a economia nacional".
Para os projetos de gás natural mudarem realmente o país, salientam os analistas do Standard Bank, era preciso duas condições: "por um lado, progresso nas reformas estruturais e matérias de governação e, por outro, fazer com que metade da população que vive em pobreza saia dessa condição".
LUSA – 22.09.2019
Posted on 22/09/2019 at 21:19 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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