AS ONGS E SOCIEDADE CIVIL NACIONAIS ESTÃO OU NÃO AO SERVIÇO DOS INTERESSES EXTERNOS? A resposta a esta pergunta é clara: estão sim, pelas seguintes razões.
Nos documentos de política externa dos países ocidentais bem como nas estratégias de assistência ao desenvolvimento está escrito que usarão a ajuda externa para avançar as suas agendas globais, expandir seus “valores” e promover seus interesses.
Ora, em abono da verdade, que se diga: a terceira vaga da democratização e principalmente em África resulta da derrocada do Socialismo. As guerras, golpes e contragolpes que a Africa assistiu nas décadas de 60-70 são igualmente resultado da guerra-fria que opunha os dois grandes blocos.
O enfoque desses estados hegemónicos em instituições não-estatais, vulgo sociedade civil tem um único objectivo: agitar mudanças de governos que eles julgam hostis. Sim, isso mesmo. O contrário se vê na Arabia Saudita e no Egito, onde os Estados são os maiores recetáculos da ajuda militar e de todo aparelho de repressão. Portanto, a sociedade civil tem sido fortalecida para ser usada como postos-avançados das agendas que só coincidem com a marginalidade do interesse nacional.
O enfoque desses estados hegemónicos em instituições não-estatais, vulgo sociedade civil tem um único objectivo: agitar mudanças de governos que eles julgam hostis. Sim, isso mesmo. O contrário se vê na Arabia Saudita e no Egito, onde os Estados são os maiores recetáculos da ajuda militar e de todo aparelho de repressão. Portanto, a sociedade civil tem sido fortalecida para ser usada como postos-avançados das agendas que só coincidem com a marginalidade do interesse nacional.
Posto isto, interessa perguntar: por que é que as tais organizações da sociedade civil se recusam cabalmente em aceitar esta realidade? A razão é simples: peso de consciência. Eles sabem que prestam contas aos governos estrangeiros, ou seja, a quem lhes dá dinheiro fácil e precisam encobertar o patrão assumindo elas próprias a causa. No limite, agem como o cavalo de troia para a destruição do sonho e interesse nacional.
Temos como evitar isso? Por agora não. A dependência económica fará com que até próxima década continuemos neste jogo de cintura. Todavia, à medida que o estado for capaz de resolver os problemas estruturantes da nação, dos cidadãos, do empresariado nacional e do desenvolvimento no geral, tais organizações se irão tornar cada vez irrelevantes. Nos meus cálculos, as coisas tenderão a melhorar a partir de 2030, altura que a economia do País começará a registar um crescimento económico de 2 dígitos e assim, o Estado agirá com celeridade e pujança no tecido social e na economia dos moçambicanos.
LEMBRE-SE
Os estados só financiam o que for do seu interesse e o que lhes confere vantagens.
Os estados só financiam o que for do seu interesse e o que lhes confere vantagens.
Pensar o contrário é pura ingenuidade ou corrupção mental.
Apêndice: Prioridades da Assistência ao Desenvolvimento de algumas potências do Mundo
EUA: 4) Protect core US interests by advancing democracy and human rights and strengthening civil society: Strengthen effectiveness of diplomacy and development investments
Canada: 5) Inclusive governance
França: 4) Peace and stability
União Europeia: 4) Peace – peaceful and inclusive societies, democracy, effective and accountable institutions, rule of law, and human rights for all’, which includes a focus on humanitarian assistance.
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