25 de Setembro 2019 18h19 - 151 Visitas
Um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) foi morto por populares, há 48 horas, no distrito de Pebane, província da Zambézia, acusado de pertencer ao grupo que supostamente sorve sangue humano, comumente denominado “chupa sangue”, à noite.
O caso ocorreu terça-feira, na Ilha de Docorro, localidade de Nicadine, posto administrativo de Magiga, quando a vítima, afecta ao Posto Policial de Magiga, pretendia se inteirar das circunstâncias que levaram ao incêndio de três casas, por pessoas desconhecidas, alegadamente porque as infra-estruturas pertenciam a um moçambicano que também chupava sangue das pessoas na zona.
Na sequência, a vítima deslocou-se ao Posto Policial de Magiga, acompanhado por outro agente da PRM. Chegados ao local, eles foram surpreendidos por oito indivíduos, os quais arrancaram os seus telemóveis e a motorizada em que se faziam transportar.
Porque os ânimos exaltaram-se, um agente conseguiu fugir do local, deixando o seu colega, chefe do Posto Policial. Este acabou morto, acusado de integrar o grupo chamado “chupa sangue”.
Na tentativa de dispersar o grupo enfurecido, o agente da lei e ordem disparou oito tiros para o ar, sem no entanto dissuadir as pessoas que teimavam em persegui-lo.
O polícia correu e escondeu-se num mangal, tendo sido neutralizado pela população e espancado até à morte, segundo as declarações do porta-voz do Comando Provincial da PRM na Zambézia, Sidner Lonzo, quando interpelado pelo “O País”.
Lonzo adiantou que, em conexão com o caso, oito pessoas já foram detidas, acusadas de envolvimento no crime.
Recorde-se que “chupa sangue” é um boato que de há tempos a esta parte ocorre em muitas comunidades da província da Zambézia. Vezes sem conta, o boato culmina com a destruição de bens e em mortes.
O referido boato diz respeito à existência de alguém que passa de casa em casa e chupa sangue dos humanos até a morte, à calada da noite.
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