Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 80- 12 de Setembro de 2019
Tragédia em Nampula: Frelimo fala em 10 mortes e Nyusi prossegue com a campanha
A Frelimo ainda não tem evidências claras sobre o incidente ocorrido na tarde desta quarta-feira na cidade de Nampula e que resultou na morte de aproximadamente uma dezena de pessoas e vários feridos. A tragédia ocorreu no fim de um comício popular dirigido por Filipe Nyusi, candidato do partido às eleições presidenciais. Entretanto, um dia depois (12 de Setembro), o comandante provincial da PRM, Joaquim Sívio, foi demitido e, neste momento, uma (Comissão de Inquérito) está a levar a cabo uma investigação e dentro de 15 dias poderá emitir um relatório detalhado sobre as causas da tragédia informou Moisés Gueves, Director de Inspecção do Comando-Geral da Polícia.
“Este incidente culminou com 10 óbitos, dos quais 6 do sexo feminino e quatro masculinos”, disse em conferência de imprensa o primeiro secretário da Frelimo em Nampula, Agostinho Trinta. Segundo Trinta, a Frelimo aguarda com serenidade o pronunciamento das autoridades policiais.
Segundo reportou o jornal Ikweli, às 17h, as mortes terão sido causadas pela queda de uma bancada no Estádio 25 de Junho, onde decorreu o comício de Filipe Nyusi. "Parte de uma bancada, concretamente a localizada na parte directa do portão principal do estádio cedeu e, com efeito, os espectadores ficaram em pânico, o que resultou na procura, em debandada, de uma saída" lê-se no jornal Ikweli, um periódico local.
Até o momento o número de mortes não está confirmado. Entretanto, fontes ouvidas pelo Boletim alegam que o número de óbitos em conexão com o incidente subiu. “Hoje o número de mortes subiu, porém, esta informação está trancada à sete chaves", revelou uma fonte ao Boletim. Na manhã de hoje, a TVI, órgão de informação internacional, falou de 16 mortes resultantes do acidente.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-50-12-09-19
Posted on 12/09/2019 at 19:56 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
40 milhões de dólares para credores da EMATUM estão cabimentados no Orçamento de Estado de 2019
O ministro da Economia e Finanças revelou ao @Verdade que no deficitário Orçamento de Estado (OE) de 2019 estão cabimentados os 40 milhões de dólares que vão ser pagos aos credores da dívida ilegal da EMATUM a título de “Contrapartida em Numerário”, por haverem concordado com a reestruturação proposta pelo Governo de Filipe Nyusi.
A proposta de reestruturação da dívida inconstitucional e ilegal da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) inclui, além de Novas Obrigações do Estado moçambicano que custarão 1,8 bilião de dólares a serem pagos até 2033 uma “Contrapartida em Numerário” que o Governo de Filipe Nyusi se propõe a pagar até ao fim do mês de Setembro aos credores (bondholders) que a aceitaram.
São 8 milhões de dólares que o Governo propõe-se a pagar como “Taxa de Consentimento (...) para os Obrigacionistas elegíveis que votarem a favor da Reestruturação. A Taxa de Consentimento será paga a cada Obrigacionista que votar a favor da troca com base em USD 11 por cada USD 1.000 de Títulos votados a favor”, indica o Acordo de Princípios alcançado com os bondholders.
Além disso, o Acordo que foi divulgado pelo Ministério da Economia e Finanças a 31 de Maio passado, indica que o Executivo de Filipe Nyusi “fará um pagamento por troca a todos os Obrigacionistas de 32 milhões de dólares no total”.
Questionado pelo @Verdade sobre onde irá buscar esse montante, são cerca de 2,4 biliões de Meticais, o ministro Adriano Maleiane revelou nesta quarta-feira (11) que a verba está cabimentada no Orçamento de Estado de 2019.
“Sim, nós temos a responsabilidade dos 10,5 por cento, sempre, como o Governo foi para os mercados de boa fé nós temos feito sempre esta programação da prestação que deveriam ser 76 milhões (de dólares norte-americanos) e sempre discutimos na perspectiva de se aceitarem pagamos, porque senão não íamos fazer negociações e não nos levavam à sério. Imagine que em Junho tivessem aceite, depois não poderíamos dizer que não temos dinheiro”, esclareceu o ministro da Economia e Finanças ao @Verdade.
O Orçamento de Estado de 2019 está a ser executado com um défice de 90,9 biliões de Meticais obrigando a cortes em todos os sectores sociais como Educação, Saúde, Protecção Social, Água ou Saneamento.
O @Verdade apurou Relatório de Execução Orçamental do 1ª semestre de 2019 que da dotação inicial do Ministério da Saúde, que foi de 8,8 biliões de Meticais, o Governo de Filipe Nyusi cortou 3,7 biliões de Meticais.
@VERDADE - 12.09.2019
Posted on 12/09/2019 at 18:56 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Apagão na rede SIMO: sistema foi desfigurado por erro técnico
A equipa técnica que faz presentemente a manutenção da rede SIMO (pagamentos electrónicos. POSs e ATMs) fez ontem uma intervenção técnica no sistema, resultando na sua desconfiguração, disse à "Carta" uma fonte conhecedora das operações da rede. De acordo com a fonte, ontem a equipa reparou numa certa lentidão da rede e decidiu-se por uma intervenção nas máquinas que suportam o sistema. E desconfiguraram-nas. Ou seja. o problema não se verifica com a aplicação da BizFirst nem com a base de dados.
Pedimos a fonte para "trocar a explicação em quinhentas". Ei-la: a aplicação trabalha com uma configuração. Primeiro configuras as máquinas e depois é que instalas a aplicação. Se essas máquinas desconfigurarem, a aplicação não arranca. E esta configuração é complexa porque são usadas máquinas virtuais. Se tens problemas na virtualização das máquinas, elas deixam de se ver umas às outras. Se o sistema que gere essas máquinas virtuais se perde, perdes tudo. Grosso modo, é um problema de sistemas.
Entretanto, o sistema está sendo gradualmente reposto (ATMs e POSs). A reposição do funcionamento da rede SIMO verificou no início desta tarde.
Lembre-se que, em Novembro, após o apagão, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, apontou para a entrada de um novo operador, a Euronet (que fornece hoje os serviços ao BIM) mas essa empreitada foi abandonada pois o sistema da Euronet não funciona para uma rede interbancária (20 bancos, como a nossa). A solução continuou a ser o "software" da BizFirst, mas com uma equipa técnica de suporte distinta, alegadamente de competências limitadas. (M.M.)
Posted on 12/09/2019 at 18:45 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Internet - Informática | Permalink | Comments (0)
Moçambique na posição 136 em relatório da ONU sobre desenvolvimento sustentável
O país africano somou um índice de desenvolvimento sustentável de 53 pontos em 100, próximo da média da região da África Subsariana, de 53,8 pontos
Moçambique é o 136.º país mais sustentável do mundo, indica o primeiro relatório sobre desenvolvimento sustentável, com dados de 162 países, realizado por uma equipa de especialistas independentes para a Organização das Nações Unidas (ONU).
O país africano somou um índice de desenvolvimento sustentável de 53 pontos em 100, próximo da média da região da África Subsariana, de 53,8 pontos.
No leque dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) adotados por mais de 192 países com vista à Agenda 2030, os analistas consideram que existem "grandes desafios" no cumprimento de 12 objetivos em Moçambique.
Os maiores desafios têm a ver com a erradicação da pobreza, e erradicação da fome. Os restantes desafios são as áreas da saúde, educação, a igualdade de género, água potável, energias renováveis, crescimento económico, indústria e justiça ou força das instituições.
Moçambique cumpre da melhor maneira a sustentabilidade da produção e consumo, ODS n.º 12.
O relatório indica ainda que há uma evolução positiva na ação climática moçambicana.
O desempenho dos países foi avaliado de acordo com vários indicadores dentro de cada objetivo de desenvolvimento sustentável.
Posted on 12/09/2019 at 18:18 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Antropologia - Sociologia, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Frelimo: tragédia em Nampula 11.09.2019(video)
Porque será que nenhuma televisão ou jornal apresenta imagens do momento da tragédia? Proibidos pela Frelimo? É que, segundo parece, ainda Filipe Nyusi estava a falar quando uma mole de gente decidiu sair, parecendo que lhe virava as costas. Entretanto outros estavam tentando entrar. À entrada das pessoas haviam mais portas abertas. Porque as fecharam e só ficou uma? Precisamente para que não saíssem e a “onda vermelha” se mantivesse compacta. Ouçam as testemunhas presenciais. O resto são “lágrimas de crocodilo”. E as ordens foram de quem? Insisto: onde estão as imagens da tragédia. As televisões estavam lá. E os jornalistas também. Porque as não transmitem? Conclusão: obediência cega à Frelimo.Agradecem-se mais detalhes. A solidariedade do MPT às famílias enlutadas.
Posted on 12/09/2019 at 17:10 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos, RADIO - TV | Permalink | Comments (1)
10 anos e 8 meses de prisão para o antigo embaixador na Rússia
O antigo embaixador de Moçambique na Rússia, Bernardo Chirinda, foi hoje condenado a 10 anos e oito meses de prisão maior, por crimes de peculato, que terá cometido quando era embaixador. Quem também foi condenado, é o seu adido financeiro da época, Horácio Matola, a uma pena de 9 anos.
De acordo com as acusações, entre 2003 e 2012, época em que representaram a diplomacia nacional em Moscovo, os arguidos desviaram para fins próprios, fundos destinados ao pagamento de bens e serviços da embaixada. Valores que excedem os 8 milhões de meticais.
Como exemplos, foram citadas contratações de mão-de-obra, com salários inflacionados, despesas falsificadas em nome das actividades da embaixada e, viagens desnecessárias tidas como de trabalho.
Das análises feitas e do cruzamento dos factos, ficou provado que os dois arguidos são responsáveis pelos crimes.
Horácio Matola foi condenado a 9 anos e com Bernardo Chirinda, vai pagar 8. 661. 586 meticais.
O PAÍS – 12.09.2019
Comissão de inquérito tem 15 dias para apresentar relatório sobre incidente em Nampula
O director de Inspecção do Comando Geral da PRM, Miguel Gueves, concedeu uma conferência de imprensa na manhã de hoje, para falar do incidente ocorrido ontem, em Nampula, depois do comício do candidato presidencial da Frelimo.
“Em face do incidente ocorrido no dia 11 de Setembro de 2019, em que 10 membros e simpatizantes do partido Frelimo perderam a vida a saída do comício desta formação política havido no campo 25 de Junho, na cidade de Nampula, o Ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, por um lado ordenou a suspensão do senhor Joaquim Adriano Sive, adjunto comissário da polícia, das funções de Comandante Geral da PRM. Por outro lado criou uma comissão de inquérito composta pelos senhores Paulo Chachine, primeiro Adjunto Comissário da Polícia e comandante do ramo da polícia da Ordem e Segurança Pública, Domingos Jofane, primeiro adjunto comissário da polícia e director geral do Serviço Nacional de Investigação Criminal, Abílio Arnaldo Ambrósio, adjunto comissário da polícia e director de pessoal e formação do comando geral da PRM e Ana Cipriano Cunda Salegua, superintendente pessoal da polícia e chefe do departamento jurídico do comando geral da PRM”, disse Gueves.
Miguel Gueves fez saber ainda que a comissão de inquérito tem 15 dias para apresentar um relatório pormenorizado sobre o incidente.
“O ministério do interior aproveita esta ocasião para endereçar as mais sentidas condolências às famílias enlutadas, reiterando que vai tudo fazer para o esclarecimento e tomada de medidas, tendo em vista mitigar o sofrimento das famílias enlutadas, bem como das pessoas que contraíram ferimentos”, concluiu.
O PAÍS – 12.09.2019
Posted on 12/09/2019 at 11:56 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Governo desobedece ao CC
Por Edwin Hounnou
No dia 03 de Junho de 2019, o Conselho Constitucional, CC, através do acórdão nr. 5/CC/2019, de 03 de Junho, declarou inconstitucional a dívida da EMaTUM, Sa, e nula a respectiva garantia soberana emitida pelo Governo, em 2013.
O CC diz ainda que o Governo agiu à margem da Constituição. O CC escreve que “como é evidente, indiscutivelmente, o Governo actuou à margem da Constituição, violando a respectiva alínea p) do nr. 2 do artigo 178 da Constituição da República de Moçambique, CRM, se reserva a exclusividade da competência da Assembleia da República para autorizar (…) a contrair ou conceder empréstimos, a realizar outras operações de crédito, por período superior ao exercício económico e a estabelecer limites dos avales a conceder do Estado, isto por um lado, infringiu a alínea a) do nr.2 do artigo 129 da Lei nr. 14/2019, de 10 de Agosto, pela prática de actos que configuram, obviamente, a usurpação de poder, conflituando, desde logo, com o artigo 134, onde se consagra a separação e interdependência de poderes dos órgãos de soberania, subordinando-se à Constituição e às demais leis, tal como vem estipulado no nr. 3 do artigo 2, ambos da Constituição”. assim, o CC determinou que “nesta conformidade, o CC declara a nulidade dos actos inerentes ao empréstimo contraído pela EMATUM, Sa, e a respectiva garantia soberana conferida pelo Governo, em 2013, com todas as consequências legais”, sentencia o CC.
O CC disse que as dívidas da EMATUM são nulas para o Estado moçambicano. O povo não tem nada a pagar e o avale que o governo passou é nulo. As decisões do CC são de cumprimento obrigatório para todos, governo incluído, e são irrecorríveis.
Porém, este não é o entendimento do governo de Filipe Nyusi. Mandou passear a decisão do CC e iniciou a renegociação com os credores dessa dívida, com alegações de que pretende estar bem lá fora. Filipe Nyusi abre um perigo precedente do desrespeito pelas instituições públicas nacionais para ser visto como “bom rapaz” pelos credores que ele aldrabou para se benefi ciar a si e aos seus amigos.
Reestruturar é estudar as formas de como o governo vai pagar a dívida que os caloteiros fi zeram contra a Constituição e lei orçamental. O governo, ao desrespeitar a decisão do CC caminha na contramão, está a dar seguimento ao projecto criminoso dos lesa-pátria que se serviram do Estado para atingir os seus objectivos obscuros. Ao decidir retomar a negociação com os credores da dívida da EMATUM, fica provado que muita gente que integra o actual executivo tem interesses nas dividas inconstitucionais que foram levadas a cabo pelo anterior governo e trata-se de uma maneira de se defenderem do crime cometido contra o povo moçambicano.
No dia 03 de Junho de 2019, o Conselho Constitucional, CC, através do acórdão nr. 5/CC/2019, de 03 de Junho, declarou inconstitucional a dívida da EMaTUM, Sa, e nula a respectiva garantia soberana emitida pelo Governo, em 2013.
O CC diz ainda que o Governo agiu à margem da Constituição. O CC escreve que “como é evidente, indiscutivelmente, o Governo actuou à margem da Constituição, violando a respectiva alínea p) do nr. 2 do artigo 178 da Constituição da República de Moçambique, CRM, se reserva a exclusividade da competência da Assembleia da República para autorizar (…) a contrair ou conceder empréstimos, a realizar outras operações de crédito, por período superior ao exercício económico e a estabelecer limites dos avales a conceder do Estado, isto por um lado, infringiu a alínea a) do nr.2 do artigo 129 da Lei nr. 14/2019, de 10 de Agosto, pela prática de actos que configuram, obviamente, a usurpação de poder, conflituando, desde logo, com o artigo 134, onde se consagra a separação e interdependência de poderes dos órgãos de soberania, subordinando-se à Constituição e às demais leis, tal como vem estipulado no nr. 3 do artigo 2, ambos da Constituição”. assim, o CC determinou que “nesta conformidade, o CC declara a nulidade dos actos inerentes ao empréstimo contraído pela EMATUM, Sa, e a respectiva garantia soberana conferida pelo Governo, em 2013, com todas as consequências legais”, sentencia o CC.
O CC disse que as dívidas da EMATUM são nulas para o Estado moçambicano. O povo não tem nada a pagar e o avale que o governo passou é nulo. As decisões do CC são de cumprimento obrigatório para todos, governo incluído, e são irrecorríveis.
Porém, este não é o entendimento do governo de Filipe Nyusi. Mandou passear a decisão do CC e iniciou a renegociação com os credores dessa dívida, com alegações de que pretende estar bem lá fora. Filipe Nyusi abre um perigo precedente do desrespeito pelas instituições públicas nacionais para ser visto como “bom rapaz” pelos credores que ele aldrabou para se benefi ciar a si e aos seus amigos.
Reestruturar é estudar as formas de como o governo vai pagar a dívida que os caloteiros fi zeram contra a Constituição e lei orçamental. O governo, ao desrespeitar a decisão do CC caminha na contramão, está a dar seguimento ao projecto criminoso dos lesa-pátria que se serviram do Estado para atingir os seus objectivos obscuros. Ao decidir retomar a negociação com os credores da dívida da EMATUM, fica provado que muita gente que integra o actual executivo tem interesses nas dividas inconstitucionais que foram levadas a cabo pelo anterior governo e trata-se de uma maneira de se defenderem do crime cometido contra o povo moçambicano.
Posted on 12/09/2019 at 10:54 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0)
Guerrilheiros da RENAMO em Inhambane recusam desmilitarização e questionam liderança de Momade
Guerrilheiros alegam que o partido enfrenta sérios problemas sob comando de Ossufo Momade, como o desrespeito às cláusulas do dossier deixado por Afonso Dhakama. A direção da RENAMO recusou falar sobre o assunto.
Os guerrilheiros da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) na província de Inhambane, sul de Moçambique, estão acantonados na base de Matokose, na localidade de Tsenane, no distrito de Fulhaouro, e afirmam que estão na posse de muito armamento.
O Coronel João Machava, que afirma estar a liderar um grupo de 300 homens armados, disse à imprensa que o atual presidente da RENAMO, Ossufo Momade, violou o dossier acordado pelo falecido líder do partido, Afonso Dhakama, com as autoridades moçambicanas. E, por isso, não vão entregar as armas ao Governo moçambicano.
"Não estamos a gostar do trabalho desenvolvido pelo presidente Ossufo Momade. Queremos que ele se retire e demita-se da liderança do partido. Com a sua entrada na liderança, ele destruiu o partido e, pelo facto, exigimos um novo presidente que deve respeitar as clausulas do dossier que o presidente Dhakama deixou”.
Os guerrilheiros afirmam que a luta que levam atualmente é justa e não tem nada a ver com o passado - quando Momade se encontrava em Maputo com a família, enquanto eles estavam a sofrer, lutando pela paz.
Os guerrilheiros afirmam que a luta que levam atualmente é justa e não tem nada a ver com o passado - quando Momade se encontrava em Maputo com a família, enquanto eles estavam a sofrer, lutando pela paz.
Posted on 12/09/2019 at 10:28 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Campanha eleitoral em Moçambique: Comício em Nampula termina em tragédia
A campanha do candidato Filipe Nyusi, da FRELIMO, terminou na quarta-feira (11.09) à noite em tragédia na cidade de Nampula. Pelo menos dez pessoas morreram e mais de 80 foram feridas. A FRELIMO garante apoio às vitimas.
A campanha da FRELIMO, o partido no poder, no estádio 25 de junho na cidade de Nampula, que foi bastante concorrida, começou num ambiente de festa, mas terminou em tragédia.
Segundo Monteiro Luís, um dos guardas do recinto desportivo, tudo começou ‘‘dentro do comício quando o presidente e candidato presidencial discursava, enquanto os outros queriam sair e outros pretendiam entrar no interior [do estádio], e como era única porta e com aquela força outros começaram a cair.’’
A tragédia causou pelo menos dez mortes de membros e simpatizantes do partido FRELIMO, segundo o primeiro secretário do Comite Provincial do partido dos camaradas em Nampula, Agostinho Trinta, em comunicação a imprensa:
Agostinho Trinta, da FRELIMO de Nampula, pede explicações à polícia
‘‘Deste incidente, 95 membros e simpatizantes do partido FRELIMO foram afetados. Destes, 85 ficaram feridos, 74 tiveram alta, estando ainda em cuidados onze pacientes. Infelizmente, registou-se a perda de vida de dez militantes do partido, sendo seis mulheres e quatro homens’’, disse.
O partido não avança efetivamente as reais causas, mas aguarda que as autoridades policiais investiguem e se pronunciem. Contudo, assegura que já foi criada uma comissão para prestar devido apoio às vítimas dos incidentes.
Posted on 12/09/2019 at 10:20 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
11/09/2019
Semanário Canal de Moçambique nº 528 de 11.09.2019
Posted on 11/09/2019 at 23:52 in Dívidas ocultas e outras, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Eleições: Dezasseis mortos à saída de comício(da Frelimo) em Nampula
Dezasseis pessoas morreram no meio de uma multidão que saiu de forma desordenada de um comício eleitoral em Nampula, principal cidade do Norte de Moçambique, disse à Lusa fonte da organização do evento.
O incidente aconteceu ao princípio da noite, pelas 17:30 (menos uma hora em Lisboa), após um comício da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) dirigido pelo candidato à Presidência de República e atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, no Estádio 25 de Junho, em Nampula.
Além das mortes, há vários feridos encaminhados para o hospital daquela capital provincial, referiu a mesma fonte.
O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma o incidente, mas remeteu detalhes para quinta-feira.
LUSA – 11.09.2019
Posted on 11/09/2019 at 22:47 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Insurgentes matam 8 pessoas e incendeiam 70 casas em Cabo Delgado
Dois ataques de insurgentes ocorreram na província de Cabo Delgado entre as 6 e 20h desta terça-feira (10 de Setembro) nos distritos de Muidumbe e Macomia. Em 14 horas, 8 pessoas foram executadas, incluindo sete homens da Unidade de Intervenção Rápida (UIR). Além disso, quatro mulheres e dezenas de crianças foram raptadas e 70 casas reduzidas à cinza.
O primeiro ataque aconteceu no distrito de Muidumbe, onde cerca de dez insurgentes invadiram a localidade de Mengueleua, posto administrativo de Chitunda, e atacaram 8 cidadãos numa emboscada. O caso deu-se por volta das 6h de ontem (10 de Setembro) quando as vítimas se encontravam na machamba. No local, um cidadão foi esquartejado, duas mulheres foram raptadas e um foi alvejado, estando neste momento a receber tratamentos no hospital local. As restantes ficaram à salvo, apurou o Boletim.
No mesmo dia, por volta das 19h três grupos de insurgentes atacaram aldeia de Mitacata a menos de 1 quilómetro do Posto Administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia. Os insurgentes incendiaram cerca de 70 casas, vandalizaram a EPC de Quiterajo sede, queimaram o hospital de Quiterajo sede, carbonizaram um idoso dentro de casa, e raptaram duas adolescentes.
Segundo apurou o Boletim, os insurgentes executaram no local sete homens da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e queimaram um blindado e duas viaturas Mahindra. As forças de defesa e segurança que se encontravam a proteger o posto não resistiram diante da incursão dos insurgentes.
Os insurgentes atacaram, ainda, um camião de um comerciante, tendo se apoderado de diversos bens que aí se encontravam.
Fontes ouvidas pelo Boletim na manhã de hoje dizem que de Quiterajo parece ter sobrado apenas terror e cinzas.
"Não tenho cabeça para dar mais detalhes, não sobrou nada", disse uma das fontes que preferiu abraçar o silêncio a ter que relatar cenas de terror por si vividas.
Os insurgentes atacaram à aldeia de Mitacata no mesmo dia em que o administrador do distrito de Macomia fez campanha pela Frelimo naquele posto administrativo. Ao longo do dia, houve uma forte campanha da Frelimo, tendo os ataques acontecido durante a noite.
Esta é a segunda onda de ataques desde o início da campanha eleitoral em Cabo Delgado e ocorre numa altura em que o presidente da República, Filipe Nyusi, e candidato da Frelimo encontra-se a fazer campanha na vizinha província de Nampula.
In Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 49- 11 de Setembro de 2019
Posted on 11/09/2019 at 22:32 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 49- 11 de Setembro de 2019
Campanha de Filipe Nyusi termina em tragédia
Pânico e uma queda quando as pessoas deixavam o comício de Filipe Nyusi no estádio 25 de Junho, na cidade de Nampula, na tarde de hoje, causaram ferimentos graves e há confirmação de mortes. No hospital Central de Nampula, para onde as vítimas foram evacuadas, só se ouviam choros e gritos de socorro. A imprensa foi impedida pelos membros da Frelimo de fazer qualquer registo através de áudios e/ou fotografias.
Eufrásio Gilberto, operador de câmara da HAQ Televisão, na tentava registar o sucedido, foi ameaçado por uma arma de fogo do tipo pistola quando era forçado a entregar a máquina. Leornardo Gimo, da TV Sucesso foi forçado a apagar todas as imagens que teria conseguido captar.
Uma equipa composta pelos Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (Celso Correia) e Ministro dos Transportes e Comunicação (Carlos Mesquita), acompanhada da Chefe da brigada central do partido Frelimo de assistência a província de Nampula (Margarida Talapa), deslocou-se de emergência àquela unidade sanitária para inteirar-se do estado clínico das vítimas que se encontram sob cuidados médicos intensivos.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais_49-11-09-19
Posted on 11/09/2019 at 22:23 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Voto de libertação
Por Edwin Hounnou
Precisamos de enxergar a realidade que vivemos. Continuar a fechar os olhos é, sem dúvidas, adiar o futuro do nosso país, das nossas crianças que clamam por dias melhores. Nós temos tudo – recursos minerais, energéticos, água abundante, terras férteis, gente habilidosa, porém, o povo vive mergulhado na mais extrema pobreza. O país não tem estradas praticáveis, não tem uma rede sanitária de qualidade, não tem agricultura comercial nem indústria capaz de transformar os produtos que saem das nossas machambas.
A fruta que produzimos, como abacaxi e manga, apodrece toda por deficiência da rede comercial. Deixámos de ser um país de referência porque não produzimos o suficiente para nos alimentarmos.
Até à independência, éramos conhecidos como um povo trabalhador. Produzíamos, transformávamos e exportávamos, como acontece com qualquer país normal do mundo. No passado, não vivíamos de mão estendida, tal como o fazemos nos dias que correm. Ninguém pode respeitar quem não se respeita a si mesmo.
A independência que conquistámos não é para sermos um povo de pedintes e gatunos. Chegámos ao ponto de andarmos a pedir para realizarmos as nossas eleições. Pedimos dinheiro para fazer uma latrina melhorada, um furo de água. Pedimos para construir uma enfermaria, farmácia, uma sala de aulas.
Pedimos patrocínio para os nossos encontros. Produzimos muita energia eléctrica e nos orgulhamos de que a HCB é nossa, mas a nossa corrente eléctrica é uma das mais caras do mundo. Exportávamos carnes, milho, calçados, tecidos, banana, flores, batata, laranja, toranja, litches, verduras, material metalúrgico, cimento, etc., infelizmente, agora importamos quase tudo o que consumimos. Tudo o que precisamos, no nosso dia-a-dia, tem de vir de fora. Importamos, sem vergonha, roupa de segunda mão e sapatos usados, quase lixo.
A laranja que tanto saboreamos como o alho com que temperamos o nosso caril vêm de fora. O pimento, a cebola, a cenoura, temos de importá-los. Temos mais 60 rios de curso permanente mas nada aproveitamos para a nossa produção alimentar.
O que, afinal, está errado? – O que está errado são as politicas que os sucessivos governos que tivemos desde a independências. O país segue políticas económicas erradas. Hoje, estamos afundados até à cabeça. A situação não pára de piorar. O partido no poder encurralou o nosso país, tornou-nos pobres e miseráveis.
Somos conhecidos como um país de pedintes, caloteiros e especializado em guerras entre irmãos que não param de se enganar mutuamente. Somos conhecidos como um povo incapaz de dizer uma única palavra quando nos aldrabam. Fazem injustiça contra nós e ficamos calados. Fazem eleições de brincadeiras, não dizemos nada. Excluem-nos da votação e nós ficamos mudos. Até “ressuscitam” os mortos para votarem neles e nós continuamos serenos. Raptam, torturam e nos matam como galinhas e nada fazemos. Jogam-nos para vala comum como ratos e ficamos em silêncio.
Precisamos de enxergar a realidade que vivemos. Continuar a fechar os olhos é, sem dúvidas, adiar o futuro do nosso país, das nossas crianças que clamam por dias melhores. Nós temos tudo – recursos minerais, energéticos, água abundante, terras férteis, gente habilidosa, porém, o povo vive mergulhado na mais extrema pobreza. O país não tem estradas praticáveis, não tem uma rede sanitária de qualidade, não tem agricultura comercial nem indústria capaz de transformar os produtos que saem das nossas machambas.
A fruta que produzimos, como abacaxi e manga, apodrece toda por deficiência da rede comercial. Deixámos de ser um país de referência porque não produzimos o suficiente para nos alimentarmos.
Até à independência, éramos conhecidos como um povo trabalhador. Produzíamos, transformávamos e exportávamos, como acontece com qualquer país normal do mundo. No passado, não vivíamos de mão estendida, tal como o fazemos nos dias que correm. Ninguém pode respeitar quem não se respeita a si mesmo.
A independência que conquistámos não é para sermos um povo de pedintes e gatunos. Chegámos ao ponto de andarmos a pedir para realizarmos as nossas eleições. Pedimos dinheiro para fazer uma latrina melhorada, um furo de água. Pedimos para construir uma enfermaria, farmácia, uma sala de aulas.
Pedimos patrocínio para os nossos encontros. Produzimos muita energia eléctrica e nos orgulhamos de que a HCB é nossa, mas a nossa corrente eléctrica é uma das mais caras do mundo. Exportávamos carnes, milho, calçados, tecidos, banana, flores, batata, laranja, toranja, litches, verduras, material metalúrgico, cimento, etc., infelizmente, agora importamos quase tudo o que consumimos. Tudo o que precisamos, no nosso dia-a-dia, tem de vir de fora. Importamos, sem vergonha, roupa de segunda mão e sapatos usados, quase lixo.
A laranja que tanto saboreamos como o alho com que temperamos o nosso caril vêm de fora. O pimento, a cebola, a cenoura, temos de importá-los. Temos mais 60 rios de curso permanente mas nada aproveitamos para a nossa produção alimentar.
O que, afinal, está errado? – O que está errado são as politicas que os sucessivos governos que tivemos desde a independências. O país segue políticas económicas erradas. Hoje, estamos afundados até à cabeça. A situação não pára de piorar. O partido no poder encurralou o nosso país, tornou-nos pobres e miseráveis.
Somos conhecidos como um país de pedintes, caloteiros e especializado em guerras entre irmãos que não param de se enganar mutuamente. Somos conhecidos como um povo incapaz de dizer uma única palavra quando nos aldrabam. Fazem injustiça contra nós e ficamos calados. Fazem eleições de brincadeiras, não dizemos nada. Excluem-nos da votação e nós ficamos mudos. Até “ressuscitam” os mortos para votarem neles e nós continuamos serenos. Raptam, torturam e nos matam como galinhas e nada fazemos. Jogam-nos para vala comum como ratos e ficamos em silêncio.
A GUERRA - Um programa de Joaquim Furtado (RTP) - Episódio nº 9(video)
A repressão em Mueda empurra os moçambicanos para a formação da Frelimo. Sob a direcção de Eduardo Mondlane, o movimento organizará a luta armada, entretanto iniciada por outro movimento. Em 1964, Portugal está perante três frentes. A mais difícil é já a da Guiné onde decorre, durante mais de dois meses, a operação Tridente, uma das maiores de todo o conflito. A guerra está no centro da vida do País. Chamado "dia de Portugal e da raça", o 10 de Junho passa a homenagear as Forças Armadas.
Posted on 11/09/2019 at 19:32 in A GUERRA de Joaquim Furtado(RTP), História | Permalink | Comments (0)
Governo de Nyusi falha meta de manutenção, reabilitação e construção de estradas
O Governo voltou a falhar a sua meta de construir, reabilitar e fazer a manutenção de estradas distritais, municipais e rurais não cumprindo a promessa de Filipe Nyusi de não descansar “enquanto não tiver um país sulcado de vias de acesso transitáveis que assegurem, em todas as épocas do ano, a circulação de pessoas e bens em todo o território nacional”.
Com fundos condicionados pelas dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM o Executivo propôs-se em 2019 a realizar a manutenção de 1.000 quilómetros de estradas distritais contudo, no Balanço do 1º semestre do Plano Económico e Social (PES), indica terem sido mantidos 97 quilómetros em todas províncias e não perspectiva novas manutenções para o semestre em curso.
No que a estradas municipais diz respeito a meta do PES para 2019 era efectuar a manutenção de 200 quilómetros contudo somente 10 quilómetros foram mantidos em todos municípios de Moçambique. Relativamente as estradas rurais nenhum quilómetro novo foi construído.
No âmbito do Projecto de Promoção de Mercados Agrícolas deveriam ter sido construídos 107 quilómetros em cinco distritos da Província da Cabo Delgado, outros 81 quilómetros estavam projectados para seis distritos da Província do Niassa, 45 quilómetros foram planificados construir em dois distritos da Província de Nampula e mais 57 quilómetros foram programados edificar em dois distritos da Província da Zambézia.
Posted on 11/09/2019 at 18:16 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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