Depois de conhecida a data para a realização das próximas eleições autárquicas no país, os três principais partidos políticos nacionais já aceleram o passo rumo ao escrutínio.
Na província da Zambézia, que congrega o maior número de autarquias sob direcção da oposição, nomeadamente, Quelimane e Gurúè, a Frelimo, Renamo e MDM coincidem nas estratégias iniciais.
Segundo o que pudemos apurar, os três partidos apostam, neste momento, no alargamento das respectivas bases de apoio, com vista à sua participação, com sucesso, nas quintas eleições autárquicas, marcadas para 10 de Outubro de 2018.
“A mãe de todas as batalhas”
Tendo em conta que o Município de Quelimane será o centro de todas as batalhas, naquela província, os três partidos entram na corrida com o mesmo objectivo.
O MDM, que actualmente governa a maior e politicamente estratégica autarquia da Zambézia, o segundo maior círculo eleitoral do país, pretende manter Quelimane, em particular, sob sua gestão. “Estamos a revitalizar e a solidificar as nossas bases de apoio. O envolvimento dos nossos membros e simpatizantes é fantástico, pelo que vamos reeditar a vitória nesta autarquia”, disse Carlitos Manuel, delegado político do MDM em Quelimane.
Já a Frelimo, que perdeu Quelimane nas intercalares de 2013, luta agora para retomar a edilidade. O primeiro secretário da Frelimo na Zambézia, Paulino Lenço, disse, citado pela imprensa em Quelimane, que o desafio do seu partido é recuperar os municípios de Quelimane e Gurúè, neste momento sob gestão do MDM, de forma a devolver a dignidade aos munícipes locais, através da provisão de serviços de qualidade para todos.
“A Frelimo prepara-se de congresso em congresso, sendo que neste momento o movimento é intenso e toda a nossa acção está focalizada nas eleições locais e gerais”, disse Lenço, assegurando que o seu partido está mais reforçado para continuar a liderar os processos políticos e de governação do país.
Por seu turno, a Renamo, depois da ausência no último escrutínio autárquico, mobiliza as suas bases para conquistar as autarquias de uma província em que, apesar de ter uma larga base de apoio, nunca governou qualquer município.
Para lograr os seus intentos, o delegado da Renamo, Abdula Ossifo, disse que o caminho está a ser preparado desde o ano passado.
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