segunda-feira, 3 de abril de 2017

O consenso

Diário de 
Vasco Pulido Valente
POLÍTICA

O consenso

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… hopes expire of a low dishonest decade… W. H. Auden
O consenso — Espero que, apesar dos acanhados limites da sua inteligência e da sua quase completa incultura histórica, os promotores do consenso — que hoje vão do Presidente da República ao mais pequeno oportunista do CDS; e, como de costume, vêm da classe dirigente e dos grupos privilegiados da sociedade portuguesa — percebam a figura triste e nociva que andam a fazer. O consenso foi desde o duvidoso princípio do nosso liberalismo a suprema ambição de quase todos os regimes e governos (tirando, claro, o Terror de D. Miguel, o de Afonso Costa e a Ditadura de Salazar). Nem sempre se chamou consenso. Teve vários nomes: conciliação, partilha, fusão, pastel, marmelada, amalgação, convivência, juste milieu, regeneração e união nacional (muito antes do Estado Novo). E conduziu invariavelmente às piores catástrofes, quando não conduziu ao longo monopólio do poder de um único partido.
A história começa em 1823-25, depois da Vila-Francada, quando D. João VI decidiu seguir uma via média que sossegasse tanto os jacobinos vintistas como os apostólicos realistas, prometendo vagamente uma Carta Constitucional, e indo buscar os representantes da Inglaterra e da França (que ocupava a Espanha), respectivamente, Palmela e Subserra, os dois sem a mais leve influência em Portugal, para com eles apresentar ao “povo” um ministério ecuménico, que só existia na fantasia dos “moderados”, e depressa caiu. E, já agora, o Rei também resolveu, para acalmar “os ânimos”, fazer a paz com D. Pedro e aceitar a “união de coroas”, que por natureza só se lhe aplicava a ele e pela qual Portugal reconhecia oficialmente o Brasil (1825). Isto causou a maior confusão “de interesses e de homens”, para parafrasear Oliveira Martins.
Mas D. Pedro arranjou um sarilho muito pior. Pela necessidade de não parecer absoluto no seu novo Império e, como de costume, preocupado com a harmonia e o acordo da “família portuguesa”, outorgou uma Carta Constitucional, que ninguém lhe pedira e ninguém lhe agradecia, congeminada no Rio, entregue em Lisboa por um emissário inglês e, no fim, imposta a Portugal por um pronunciamento de Saldanha. Mas mais grave do que a Carta era a solução dinástica: D. Pedro deu aos liberais uma Câmara electiva e aos realistas uma Câmara dos Pares (hereditária, como se calculará) que ele mesmo escolheu. Para resolver o caso bicudo da sucessão nomeou D. Miguel Regente, se e quando ele jurasse a Carta e mais tarde se casasse com a filha dele, Dona Maria, na altura com 7 anos. Era a solução das notabilidades e dos chefes moderados e sérios dos dois lados do conflito larvar do reino. Da herança do bom rei João, D. Pedro ficava com o Brasil e o irmão com Portugal: metade-metade, como aconselhava o bom senso. A guerra civil explodiu dali a semanas (1826) e durou até 1834, deixando para trás centenas de milhares de mortos (entre militares e população civil) e o país exausto e num caos impossível de descrever aqui como ele merece.
A paz de 1834 tornou a pôr em cena os fervorosos adeptos do “consenso”, de que, como se sabe, D. Pedro fazia parte. Em Setembro, antes de morrer, nomeou Palmela. E Palmela, por excelência o homem das combinações, partiu em busca da concórdia universal. Essa concórdia era agora, segundo a opinião da opinião “respeitável”, a amalgação (uma palavra do vocabulário militar francês) entre os liberais conservadores e os miguelistas que ainda mandavam no norte, no centro e no interior (alguns “grandes” do Reino, pequena nobreza territorial, morgados, antigos oficiais da já extinta Milícia). Bastaram uns meses para o nobre duque, o primeiro presidente do Conselho português, se ver obrigado a fugir pelos telhados de Lisboa para não ser morto pela plebe jacobina. Nunca mais se atreveu a mostrar a cara e o governo que continuou em funções, dirigido por Silva Carvalho, quis logo fabricar um novo “consenso”, desta vez entre os moderados e os radicais do liberalismo. Falhou também e a inevitável consequência foi a chamada “revolução de Setembro” e uma segunda guerra civil.
Esta excelentíssima emergência do radicalismo à tona das águas turvas de Lisboa, do Porto e do país provocou um ano de perseguições (com generosa aplicação aos incréus de tortura e cadeia). Em Março de 38, os Batalhões Nacionais, braço armado da revolução, atraídos ao Rossio pelos chefes que tinham derrotado o exército da Carta e uma dúzia de civis “arrependidos” (Costa Cabral , por exemplo) acabaram cercados e fuzilados por tropas “seguras”, no célebre “massacre do Rossio”. Muitas dezenas morreram e durante uns dias apareceram cadáveres a boiar no Tejo.
Esta “vitória” permitiu ao Portugal letrado pensar outra vez na sua indispensável união. Os deputados a uma nova Constituinte, eleita pelos setembristas, tentaram fabricar uma Constituição tanto quanto possível parecida com a Carta (abolida em 36). E fabricaram. Parecia que o consenso estava finalmente estabelecido e, mais, institucionalizado. Durou quatro anos. Em 42, o conde de Santa Maria, governador das armas do Porto, incitado pelo ministro da Justiça de um ministério centrista, Costa Cabral, proclamou a Carta e Costa Cabral voltou para Lisboa, onde o receberam em triunfo.
O regime que se seguiu, presidido pelo marechal duque da Terceira, adoptou, que outra coisa!, o juste milieu e só excluía e de facto só excluiu os impenitentes do miguelismo e do jacobinismo, que recusavam a lei constitucional em vigor. Esta política ficou conhecida pelo nome de exclusivismo, o que mostra bem a educação histórica do indigenato. De qualquer maneira esta clássica tentativa de “consenso”, que chegara de França, não se aguentou muito tempo. Cabral pagava pontualmente ao funcionalismo do Estado, restabeleceu relações normais com Roma e a hierarquia da Igreja, tomou algumas medidas para aumentar a segurança da população e começou hesitantemente, com empréstimos a curto prazo, o futuro programa de “melhoramentos materiais” (só estradas, por enquanto). De nada lhe valeu. Perseguido pelo intenso ódio dos setembristas, que se manifestavam de norte a sul numa imprensa livre; insultado, caluniado, caricaturado, perante a indiferença e o deleite dos que ele protegia e dos que aspiravam a substituí-lo, Cabral ficou isolado, com o único apoio da rainha e um segmento do exército, cada vez menor, que obedecia a Terceira. Se houvesse um embaraço ou um erro, cairia logo. E em 46 houve um embaraço financeiro, que o forçou a decretar o célebre “imposto de repartição”, igual ao que existia em França; e também um erro incompreensível, a lei sanitária, que proibia que se enterrassem os mortos nas igrejas e os mandava enterrar nos cemitérios. Daqui nasceu a revolta dita da Maria da Fonte e logo a seguir outra guerra civil, a da Patuleia.
A guerra, ela própria, não passou de uma mascarada, em que ainda assim morreram 3.000 homens, que divertia o Times mas que enfurecia as Potências. A Inglaterra e a Espanha depressa resolveram pôr os portugueses na ordem. Palmerston ditou os termos da paz e um exército espanhol submeteu os rebeldes do Porto. E a seguir Costa Cabral , que andava escondido sob o disfarce de embaixador em Madrid, voltou a Portugal e pretendeu discretamente conciliar as facções sem perceber que o chefe do exclusivismo nunca podia ser o chefe da concertação. Provocado por isto, e pelo regresso de Costa Cabral ao favor da rainha e à presidência do Conselho em 1850, Saldanha revoltou o exército do norte e desceu para Lisboa. Ao seu encontro foi o exército do sul, comandado pelo marido da rainha, D. Fernando. Nem D. Fernando, nem Saldanha queriam combater: e não combateram. Vieram juntos para Lisboa e Saldanha tomou conta do poder, que com a fuga de Cabral estava vago. Era a Regeneração.
A Regeneração era finalmente o consenso. Como disse João Franco, na essência servia para “apascentar duas clientelas”, alternada ou simultaneamente, a dos cartistas e a dos setembristas. Saldanha começou por neutralizar o exército, promovendo todos os oficiais (miguelistas, cartistas ou setembristas) ao posto a que por antiguidade tinham direito. Esta “promoção-monstro” transformou o exército numa agremiação passiva e burocrática, que para não perturbar a “escala” daí em diante recusou qualquer aventura política. As clientelas da esquerda e da direita foram logo distribuídas pelo país, e durante sessenta anos sugaram o “povinho” com entusiasmo e minúcia. O primeiro governo da Regeneração, o de Saldanha, misturava toda a gente e até apanhava gente nova, como Fontes Pereira de Melo. Durou cinco anos. A seguir veio um governo de Loulé (tio do rei), ou seja, dos setembristas convertidos à Carta, que durou de 1856 a 1865 com um pequeno intervalo de um ano.
Em 1865, a guerra do Paraguai (1864-1870), desvalorizando a moeda brasileira e reduzindo as remessas dos emigrantes, que cobriam um terço do défice anual da balança de pagamentos, provocou uma crise duradora. E a crise foi, como sempre, a grande oportunidade para os loucos e aventureiros que rondavam o regime e “a gente de bem”. Mas, significativamente, no meio da balbúrdia os partidários do consenso criaram a Fusão, que juntava a ala direita do Partido Histórico de Loulé (a “unha branca”), herdeiro da Patuleia, com a ala esquerda da direita, que Fontes comandava. Este suavíssimo arranjo aguentou-se perto de dois anos e caiu perante a denominada “Janeirinha” (um levantamento contra o imposto de consumo e uma reforma administrativa que diminuía o número de concelhos) deixando como de costume o caos atrás de si.
Mas, por sorte, a guerra do Paraguai acabou e em Outubro de 1871 Fontes tomou conta do país, com pequenas intermitências, até 1886. O Partido Progressista (resultado de outra “fusão”, a do Partido Reformista, fundado pelo radicalismo moderno e pela “unha negra” do tempo de Loulé, com o Partido Histórico) caiu com os desastres de 1867-68, a inflação e a mobilização popular dos “mitingueiros”. Daí nasceram os governos de “concentração partidária” e “extra-partidários”, que achavam eles reuniam o consenso do país político e letrado. Não reuniam. Quando as coisas acalmaram, começou o rotativismo, que se aguentou com várias deformações até 1906, quando D. Carlos entregou o poder ao Partido Regenerador-Liberal de João Franco, um partido da burguesia bem-pensante, e declarou em público que o antigo regime era um “gâchis” e devia ser rapidamente liquidado. Franco desapareceu de cena com o assassinato. No curto reinado de D. Manuel II (1908-1910) houve 6 governos e ninguém se entendia com ninguém, nem os republicanos entre si.
Da República não vale a pena falar: foi o terrorismo até Dezembro de 1917 e a seguir uma ilimitada corrupção, que se julgava favorável a Portugal inteiro, sem distinções geográficas e sociais. Salazar extinguiu estes festejos e estabeleceu a ditadura que se conhece ou que talvez hoje, 2017, já seja uma memória vaga. Mas mesmo Salazar não se coibiu de ridicularizar o consenso. A oposição pedia liberdade. Mas para quê? Para, como antigamente procurar a união dos democratas? Se era de união que se tratava, ela já existia e chamava-se União Nacional, que, como se sabia, não era um partido. Em 1968, quando Caetano chegou, chegou preso à guerra colonial e às polícias, o que não o impediu, segundo as suas próprias palavras, de procurar sempre o “ponto de equilíbrio” da “razão e do senso”.
Na nossa II (ou III) República, recebemos sem protesto o Bloco Central e agora temos os propagandistas do consenso. Ponham o consenso a governar e verão o que arranjam.
José Mendes
14 h
VPV falou do que sabe e, à sua maneira, falou bem. Esqueceu-se, ou fêz de conta, que Portugal não é um país mas um protetorado. O consenso não existe. Existem os colaboracionistas que acolhem a colonização na posição de capatazes dos colonizadores e existem os resistentes que agem em função do interesse principal da restauração da independência nacional. 
Nas sociedades não existem "uniões". Existem interesses contraditórios e resolução das contradições por avanços em pequenos passos ou por guerra civil em situações de radicalismo. 
Não se sabe ao certo como Portugal se vai livrar da canga dos poderes fácticos da impossível ("União" Europeia). Sabe-se que o Reino Unido já iniciou o princípio do fim dessa "União" impossível como os factos demonstraram, nós não temos economia, nem forças armadas, nem a "City" que Londres tem. O nosso modo de recuperar a independência será certamente diferente do do RU mas é o que está em curso e a crescer na alma dos portugueses. 
José Pedro Faria
16 h
Assim sendo, o consenso (de que Cavaco Silva falava constantemente, mas apenas "daquele" que ele pretendia) é de rejeitar. Só há um problema: não se percebe o que o articulista pretende dizer.A exposição histórica é interessante (na verdade teria sido bom que o cronista nunca tivesse saído dessa exclusiva vertente) mas as conclusões a que chega são uma trapalhada completa.

Numa comunidade existem, e sempre e existirão, inúmeros consensos básicos acerca de questões fulcrais. Por exemplo, nenhum dos grandes partidos coloca em causa o Estado Democrático de Direito e todas as as consequências daí decorrentes. Esse é um importante consenso, mas há muitos outros. Depois há questões que reúnem um consenso razoável, mas não um consenso absoluto. E há ainda áreas de vida nas quais o consenso é impossível, neste exato momento histórico.

Consenso apenas pelo consenso, não faz sentido, mas a vida democrática é feita de consensos, mas também de discussão e de atrito.

O consenso não governa, nem nunca governou, apenas contribui, em questões básicas, para a normalidade da vida democrática: mas o mesmo se pode dizer da discórdia, desde que as regras democráticas de discussão sejam respeitadas.

Deste modo, as conclusões a que chega o cronista são destituídas de nexo. O consenso não se exige, encontra-se naturalmente, e decorre da discussão democrática e da evolução normal das instituições. O consenso, per se, não é uma coisa má, mau é pensar-se que a melhor forma de resolver os problemas da comunidade é impor ditatorialmente determinadas soluções, ao modo salazarista.
Vitor Manuel CardiaJosé Pedro Faria
14 h
O consenso de que Cavaco Silva falava é de rejeitar, já  outros consensos como o democraticamente imposto pelo "El Paredon", esse sim é de apoiar e reproduzir em todo o mundo. 
Helder Vaz Pereira
16 h
Isto vai mal para o povo, (jovens) e muito bem para as oligarquias instaladas. O dia de contagem de espingardas não tarda e as baionetas estarão  a prontos.  Ao longo da nossa História, isto já aconteceu muitas vezes  e sempre da pior maneira.
Henrique Coutinho
18 h
Limpinho e clarinho, como sempre, ficámos a saber o que nos espera. Costa com o rabo preso aos "semsensos" com a actriz falhada e politicamente  inculta Catarina Martins e do estalinezinho de trazer por casa da cassete do costume Jerónimo de Sousa vai (des)governando com marteladas nas Contas Públicas e outros coelhos tirados da cartola. A Propaganda socialista (muito obrigado Dr.Goebbels...) vai-nos embalando com cantigas de ninar, mas mais tarde ou mais cedo o acordar não vai ser pêra doce e basta ler com olhos de ver o artigo de VPV para ficarmos com uma ideia que vamos voltar a apertar o cinto para a corja política poder saquear a seu bel prazer o dinheiro que ainda haja nos cofres. Dizia o Lord Ekston que "cada povo tem o governo que merece": Nós tivemos o Sócrates que quase nos levou à bancarrota e agora temos o habilidoso do Marajá do Intendente que vai acabar a obra de destruição que o primeiro iniciou. Infelizmente tenho 89 anos e já não posso emigrar...
Joaquim Moreira
18 h
Vasco Pulido Valente, sendo muito importante conhecer a História para sabermos o que nos trouxe até aqui, não é menos importante a forma como a interpretamos e sobretudo a adaptamos. Grande parte dos episódios que relata têm inicio há quase dois séculos. Se é verdade que as características de um povo, como o português, tem origens seculares, também é verdade que nos últimos anos da nossa vida colectiva foram muitas as transformações que se verificaram na sociedade.

Mas, de facto, há algo que ainda não mudou: muitas das nossas “elites” continuam a usar os interesses instalados para ter acesso ao poder, nem que para isso seja necessário “consensos” do século XIX. A actual Geringonça é o exemplo dessa forma de fazer política, com o apoio de muitos “inteligentes”, que até conseguem dizer coisas tão espantosas como: “o campo social-democrata ( PS+BE+PCP ) está claramente a vencer o campo neoliberal ( PSD+CDS)”.

Pior que qualquer “consenso” é esta completa falta de senso. Como vê, foi tempo perdido esta sua excelente lição de História de Portugal.
Pedro Manuel Moço Ferreira
19 h
Excelente. A história dos últimos 200 anos diz-nos muito acerca do nosso futuro colectivo. O VPV é muito perspicaz,  o consenso deste Marcelo&Costa está muito parecido com o consenso de Tomás & Marcelo. A paz que reina é a que eu sentia no Estado Novo e na primavera Marcelista. 

Cipião Numantino
20 h
Parece que nem de propósito sobre o que o nosso caro Vasco Abreu relatou sobre a Lusa, acabei agora de ler que o Alberto Gonçalves se demitiu da revista Sábado. Segundo ele mesmo confessou parece que lhe queriam pagar para ficar numa espécie de prateleira dourada, não escrevendo aquilo a que nos habituou. Outra das condições, segundo AG escreveu, era deixar de escrever aqui no Observador. Segundo ainda prosa de AG, a Sábado, sabia que ele iria recusar, pois claro. E assim, a exemplo do DN, foi indiretamente saneado. AG termina concluindo que isto está a ficar perigoso. E ao que parece o que o Socras intentou ao querer controlar a imprensa, está agora a consegui-lo sem o repúdio das duas virgens vestais do regime, leia-se PCP e BE. Não sei onde isto irá parar. Mas começo a recear que não será a um bom lugar. AG, decididamente, tornou-se uma voz profundamente incómoda. Afinal onde anda a oposição??? Por mim vou estar atento. Já estou a ficar demasiado velho para me conseguirem vergar. Não o conseguiu o Botas e o Caetano. Cunhal e seus apaniguados alucinados, tampouco. A trupe geringoncista, muito menos!
Grave, colossalmente grave... Onde obteve essas informações sobre AG?
Cipião NumantinoVasco Abreu
19 h
Caro Vasco Abreu vá à página do AG no Facebook.
Obrigado! Um abraço!
Cipião NumantinoVasco Abreu
19 h
Outro!
Elodie Moses
20 h
E ainda falam em 'brandos costumes'...talvez essa coisa da democracia não seja para nós. Mas é arriscado ter que confiar que aparece um líder forte, integro, inteligente  e patriota todas as gerações. Só encomendando à Rainha...
Carlos Gilbert
20 h
"Ponham o consenso a governar e verão o que arranjam." É com esta frase que VPV termina o seu longo artigo. Eu pergunto: Que forma de governação sugere o autor, como alternativa? Alternativa válida, positiva, claro...
Joel Gabriel
21 h
a história sempre se repete .mesmo q seja com outros autores .
os finalmente são sempre iguais . e o povo a pagar
Ca Da
22 h
Salazar, alias, com a constituicao de 33 acabou com a Ditadura. Em ditadura camuflada vivemos nos ha quarenta anos...
Helder Vaz PereiraCa Da
16 h
Eu diria mais..."Ditabranda"  em vez de "Ditadura"
Nuno Cardoso
22 h
Vasco Pulido Valente tem toda a razão. Os consensos em política não são politicamente esclarecedores, por isso mesmo é que o campo social-democrata ( PS+BE+PCP ) está claramente a vencer o campo neoliberal ( PSD+CDS)
Luís CasanovaNuno Cardoso
22 h
Não sabia q admiradores da Coréia do Norte eram social democratas.
Nuno CardosoLuís Casanova
22 h
Não se admire. Nós em Portugal também temos um PSD, que renegou a social-democracia do seu programa político original, mas que continua a intitular-se Partido Social Democrata.
Luís CasanovaNuno Cardoso
22 h
Não creio q o Jerónimo de Sousa se considere social democrata nem q gostasse de ser apelidado de tal. O Louçã é um sólido Trotskista representante da IV Internacional em.Portugal.
António Hermínio Quadros SilvaLuís Casanova
22 h
O que eles inventam, e que grande latosa tem, o Pc  e Bloco sociais - democratas !!! 
Maco MapeNuno Cardoso
20 h
BE e PCP sociais-democratas! ahahahah!
Pero MarquesNuno Cardoso
19 h
Camarada Cardoso, continue a vergastá-los com a Suprema Verdade! Eles nada sabem. Eles precisam de aprender. Eles não conseguem ver o amanhã que canta. Por isso aqui estamos nós, para os educar. Avante, camarada, avante!
José Pedro FariaNuno Cardoso
16 h
Tem toda a razão. Hoje, o PCP adota posições muito próximas da social-democracia, de facto. As designações dos partidos e as "imagens de marca" a que estão ligados, são pouco importantes.

Tal como o PSD de social-democrata nada tem. O mundo evolui, mas alguns leitores do Observador não mudaram de sítio e ficaram deslocados.
Antonio Dâmaso
1 d
Parece que a tugalhada só vive em paz na DITADURA, o santo ANTÓNIO OLIVEIRA de SANTA OMBADÃO regressará com outro nome, outra constituição e sem partidos, esses mal feitores. Grande Vaso!
António Hermínio Quadros SilvaAntonio Dâmaso
23 h
Mas não tenha duvidas que assim é, os factos o demonstram quanto menos factores de divisão existirem na sociedade melhor. Não estou a dizer que noutros paises seja assim mas aqui em Portugal é foi e será sempre assim por mal dos nossos pecados. bastará ler o que se passou na 1ª republica e ter assistido ao que passou a seguir ao 25. O que se passou na republica contava-me o meu pai , o se passou depois do 25 eu assisti e foi aí que eu que julgava que os portugueses eram um grande povo perdi completamente a esperança depois de ver tanta sacanice, tanta roubalheira, tanta falta de caracter, e hipocrisia.   
Salazar acabou com a ditadura com a constituicao de 33. Eles sabem disso mas nao gostam da verdade...
António Hermínio Quadros SilvaCa Da
22 h
É verdade, mas custa a aceitar, e então eles fazem com a avestruz metem a cabeça na areia convencidos que não vendo os outros também não veem 
A.l. Sameiro
1 d
Brilhante e acutilante como sempre!
Cipião Numantino
1 d
Acabei agora de ler uma notícia que por aqui vou dar à estampa. Um concidadão nosso recebeu a sua declaração de IRS devolvida por incorreto preenchimento. No quadro onde se pergunta quantos dependentes tem a seu cargo, este cidadão respondeu:
50.000 imigrantes ilegais, 10.000 drogados, 200.000 subsídio-dependentes, 123 generais e almirantes, 13.000 criminosos nas prisões, além dos políticos e Lisboa e nos municípios espalhados pelo país. As Finanças afirmaram que o preenchimento estava incorreto e considerado inaceitado. A resposta do homem às Finanças foi " de quem é que eu me esqueci"? Hehehehehehe

Pedro Santos
1 d
O que demonstra um longo rosario de desgraças da politica portuguesa nas crises século XIX, depurado de qualquer visão positiva, ou possíveis soluções? Poderia ser qualquer país, e servir para demonstrar qualquer tese.  Sempre houve os que nascem para governar (literalmente, na época) e os que nascem para comentadores.
Este vivente continua a não entender a história da humanidade . Por razões ideológicas umas e por razões inconfessáveis, outras. A história da humanidade é a história da luta de classes. Nunca houve consensos . Nem nunca haverá . 
José Paulo C Castro
1 d
Quando as classes conseguem ser definidas de forma clara, até pode ter razão. Na maioria dos casos, só tem grupos e pessoas que se juntam, separam, reagrupam consoante as diferentes circunstâncias. Classe é uma abstracção marxista simplificadora: é mais fácil entender a história como lutas intra-classe do que entre classes.
António Hermínio Quadros Silva
23 h
O amigo tem o Karl Marx na cabeça mas se ler bem o artigo verá que a falta de consenso a que o senhor chama luta de classes é e foi sempre entre as classes politicas e possidentes ou seja o que convenciona chamar élites, o zé povo não mete o bedelho certamente porque o Marx ainda não tinha descoberto a tal luta de classes 
Luís Casanova
22 h
Se dúvidas existissem sobre a validade da tese de VPV q muitos, se não a maioria dos portugueses e muito particularmente aqueles se consideram uma 'vanguarda intelectual', ainda vivem no sec XIX, o seu comentário demonstra tal evidência.
O que se passa hoje no Brasil , na Venezuela , em Portugal senão luta de classes ? O que é o Brexit senão luta de classes? o que representa Trump senão luta de classes? A história da humanidade , as suas guerras foram e são resultado da luta de classes. O colapso do bloco socialista omque foi senão o resulatdo de anos de luta de classes? 
Vitor Manuel Cardia
13 h
Há quem continue a viver no reino da fantasia, como é o caso deste anónimo camarada. Gostaria de saber o que pensa do paraíso na Terra cubano, em que os actuais ricos pertencem à nomenklatura. Será que o partido comunista lá do sítio continua a desenvolver essa tal "luta de classes" contra os seus próprios dirigentes? Na próxima reunião do partido não se esqueça de levantar a questão s. f. f.
Fernando Venâncio
1 d
Excelente página de História. 

Mas tenho uma dúvida. Escreve VPV que a guerra civil de 1826-1834 custou "centenas de milhares de mortos". Parece-me improvável. Sabemos que a população portuguesa da altura era de pouco mais de 3 milhões. 

Em tais circunstâncias, "centenas de milhares" de mortes seriam uma hecatombe das antigas, e significariam uma quebra drástica de continuidade populacional que jamais (pelo menos eu) vi referida. 
Carlos QuartelFernando Venâncio
1 d
Bastante desbastada pelas invasões francesas. Uma figura de estilo, certamente.......
José Paulo C CastroFernando Venâncio
1 d
Se considerar mais de 200 mil vítimas em três milhões, a frase pode estar correcta e o efeito não ser tão devastador assim. É preciso ver que nas guerras civis as vítimas distribuem-se por todos os grupos etários e não apenas nos jovens na flor da idade (soldados) em idade reprodutiva. Além disso, podem-se considerar como vítimas as pessoas que morreram na sequência da desestruturação da sociedade (doenças, fomes, etc.) e o número ser contabilizado assim.
Fernando VenâncioJosé Paulo C Castro
22 h
Bem observado. Agradeço.
Luís CasanovaFernando Venâncio
22 h
O VPV tem um livro sobre as invasões francesas : Ir pro Maneta. Elas estão na origem desta expressão, pelo q podemos ter uma ideia das devastações q provocaram.
Pedro Santos da Cunha
1 d
Já um historiador Romano - Catulo suponho eu -dizia: " Na Iberia há um povo, os Lusitanos, que não sabe nem se deixa governar!"
Cipião NumantinoPedro Santos da Cunha
1 d
Caro Pedro Santos Cunha, não se sabe exatamente quem proferiu tal frase, mas não foi Catulo. Certos historiadores defendem que foi Júlio César e, outros, que foi o pretor romano Servio Sulpicio Galba que guerreou os Lusitanos e por estes foi permanentemente derrotado. Pessoalmente inclino-me para este último. Faz mais sentido porque foi Galba que atraiu os Lusitanos a uma emboscada fatal prometendo-lhes paz e terras, os dividiu em três grupos, pediu para em sinal de boa fé se desarmarem, e os mandou matar numa quantidade de 9.000 guerreiros. 20.000 lusitanos foram vendidos nas Gálias como escravos e só escaparam uns poucos entre eles Viriato que haveria de ser uma permanente dor de cabeça para Roma. Foi gravemente acusado em Roma de conduta desonesta e traidora pelo célebre Catão-o-Censor e pelo Tribuno da Plebe, Lúcio Escribónio Libão que conseguiu libertar a maior parte dos lusitanos vendidos como escravos. Faz assim todo o sentido que fosse Galba para se defender em Roma de tão graves acusações.
António Hermínio Quadros SilvaCipião Numantino
1 d
Julio César nunca teve legiões na Peninsula Ibérica ( ou Espanhas) logo não tinha conhecimento directo do terreno e portanto não poderia ter dito tal frase, quem as teve foi Pompeu que as deslocou depois  para leste aquando da guerra civil com Júlio César.
Ribeiro PintoCipião Numantino
1 d
Só um pequeno reparo. Existe no seu texto uma pequena contradição: Sérvio Sulpício Galva que  guerreou os Lusitanos não foi por estes permanentemente derrotado. Como refere a seguir, em 150AC chacinou milhares de Lusitanos através de um embuste, embuste este que foi julgado em Roma e dele absolvido, um ano depois ( mesmo a justiça romana daquele tempo era mais célere que a nossa de hoje) 
Por outro lado a frase parece ser dita na sequência de derrotas sucessivas dos romanos protagonizadas pela liderança de Viriato. Ora Viriato só é eleito em 147AC depois do desastre da Turdetânea, onde são vencidos e cercados por Caio Vetílio. 
Logo após de eleito, Viriato vinga-se e derrota Vetílio em Tribola-Espanha onde este morre.
Achei interessante a discussão não porque seja um especialista em história mas porque há dias tive de preparar um trabalho com um meu neto sobre um romance histórico e ele escolheu “Viriato Um Filho Rebelde” de Sónia Louro. Como este romance tem muito de romance e pouco de história obrigou-me a reler a biografia de Viriato no romance de João Aguiar “A voz dos Deuses” que esse sim é mais história de que romance e mais uns pequenos opúsculos sobre o tema como a peça de teatro - Viriato- da autoria de Freitas do Amaral.
José Paulo C CastroRibeiro Pinto
1 d
Vi uma vez escrito algures que Viriato não é bem uma pessoa concreta mas um título atribuído ao chefe máximo das tribos. Segundo essa tese, esse nome vinha das `vírias` umas argolas colocadas em torno das virilhas que seriam o elemento identificador do chefe (as coroas ainda não estavam em uso...). A dar crédito a esta tese, as inúmeras referências a um Viriato vencedor podem simplesmente representar várias pessoas, decorrendo da natural sucessão interna e resiliência das tribos.
Infelizmente, nunca consegui comprovar a veracidade das fontes desta versão, embora até me pareça ter alguma lógica. Só temos a versão romana que, obviamente, não conhecia bem a estrutura interna e língua das tribos lusitanas, pelo que podemos acreditar em alguma simplificação dos factos. Mas enfim, a história bebe nas fontes que vencem.
Cipião NumantinoRibeiro Pinto
1 d
Caro Ribeiro Pinto, provavelmente não leu o meu post até final porque conto aí justamente esse episódio do massacre dos Lusitanos. Galba foi sistematicamente derrotado. e Não era um personagem qualquer. Ele, mais tarde chegou transitoriamente a imperador de Roma.  No resto gostei de ler a sua resposta.
Ribeiro PintoCipião Numantino
2 h
Li atentamente todo o seu comentário. Reli também o meu. Por isso peço desculpa no insistir na pequena contradição.Na primeira parte do texto refere que Galba foi PERMANENTE derrotado e a seguir refere que massacrou os Lusitanos e aprisionou milhares. A derrota permanente não se coaduna com o massacre de Lusitanos.
Também no trabalho que fiz com o meu neto levantamos essa hipótese. A conselho meu não incluiu essa hipótese no trabalho. E isto porque, nas três biografias mais ou menos míticas do nosso herói, em todas ele casa com a filha de um grande proprietário Astolpas do Vale do Tejo, chamada Tangina  e quem sabe se não foi em sua homenagem que Camões criou as Tagides para consolar os marinheiros portugueses a caminho da Índia.A descrição física de Tangina e Tágides são similares.
Francisco Norton
1 d
Quem sabe, sabe.
António Hermínio Quadros Silva
1 d
Extraordinário retrato do que valem os portugueses,  desta lição de história ressalta que um dos períodos mais longo de paz social e progresso foi o do Estado Novo, precisamente porque Salazar sabia (como um pensador politico francês dizia os partidos são germes de guerra civil) que teria de acabar com a divisão entre a sociedade de modo a haver paz social. 
Pelo que nos dá a perceber VPV por esta via não vamos a lado nenhum, ou melhor como se diz em gíria nautica vamos para o malagueiro. Ficamos também com a ideia eu pelo menos eu já a tenho há muito, que isto não vai com falas mansas só com uns bofetões, mas quem tem coragem de pôr isto na ordem, só se fôr o nosso exercito de generais, comandados pela recem- promovida generala.
Jean valjean
1 d
Obrigado, VPV pela lição 
victor guerra
1 d
A crónica do "comendador" Marques de Correia.no Expresso "Não se preocupem que eu pago  " é IMPERDÍVEL e fala ,de outro modo,deste tema
Pedro Santos da Cunha
1 d
E um Realista!
Rão Arques
1 d
Consensos, 
palavra a banir na vida e na politica. 
Porque se trata da negação do essencial senso que deve ser acautelado sem sofismas. 
Acordos pontuais ou dilatados, dirigidos a questões prioritárias ou estruturais que envolvam as pessoas, sectores específicos, ou a sociedade no seu todo. 
Pôr toda a gente a aderir a uma cartilha comum com contornos  de vitalícia é que não. 
Eis a questão.
João Almeida Lopes
1 d
Artigo interessante!
Luís Casanova
1 d
'Nada de novo debaixo do sol'; português. Acrescentaria q euro acabou com este Portugal q herdámos desde o sec XIX, embora ainda poucos saibam e muitos pensem q não.
Vasco Abreu
1 d
Consenso é isto:

a) "Terça-feira participei num debate parlamentar na Comissão de Cultura sobre a LUSA. Intervieram deputados dos maiores partidos. Deu para perceber que o BE e o PCP querem nacionalizar os 49% privados. Não tarda, julgo, apresentarão legislação nesse sentido. Para estes partidos, onde há privados há malfeitores. Como Salazar e Lenin, querem um Estado tentacular. Apercebi-me que querem o controle total pelo Estado para mais facilmente controlarem as estruturas da LUSA e o mais importante, a sua produção noticiosa, dada a importância que tem em todos os outros media." (Eduardo Cintra Torres)

b) "Teodora Cardoso: Governo "deve justificar" chumbos para Conselho das Finanças - Chumbo sem explicação de António Costa aos nomes propostos para a liderança do Conselho das Finanças Públicas arrisca "destruir completamente" lógica dos estatutos do organismo criado para vigiar a saúde das contas públicas." 

c)  "O "défice mais baixo da democracia" em 2016 teve, afinal, um ex-aequo em 1989. Que a propaganda do governo mentisse é mau, mas que os media tivessem reproduzido a mentira sem verificar é pior ainda. E depois não fizeram o contraditório: pior que o pior."
Manuel Barroso
1 d
Esta crónica é um bom exemplo do que VPV pode fazer quando quer: escrever melhor que todos os outros aquilo que poucos mais sabem, de forma pedagógica e acessível. Inicia com a tese e expõe de seguida as premissas que suportam a conclusão-tese. Excelente!
Vasco Abreu
1 d
Priberam Dicionário: "Consenso é o resultado da distribuição de dinheiro do contribuinte por um grupo restrito de ladrões."

O consenso é isto: 

1- Banif: 2.200 milhões - Sandander
2- Novo Banco: 4900 milhões (Fundo de Resolução) +4000 milhões (garantias) - Lone Star
3- CGD - 5000 milhões

4- "O Chefe de Estado português sublinhou ainda haver por resolver "activos problemáticos no sistema financeiro" e a necessidade de consolidar e afirmar a política financeira e de crescimento." Ou seja, ainda faltam mais alguns milhares de milhões para o contribuinte pagar aos do consenso!  

Em ano e meio, Costa já deu aos bancos 16.100 milhões de euros, mais do que a troika reservou para ajudas à banca em Portugal! Percebem agora a popularidade/consenso de Costa? 


maria silvaVasco Abreu
20 h
Muitíssimo bom. Vasco Abreu muito obrigada!.
Jorge Marques
1 d
Genial e clarividente. As tensões que existem em Portugal são antiquíssimas e têm que ver com a falta de noção de Estado, à qual se sobrepõem (desde a Reconquista) os projectos pessoais de enriquecimento e de poder dos empreendedores por conta própria, por conta de outrem, e dos que não têm qualquer espécie de empreendedorismo mas contam receber na mesma de preferência sem esforço e com garantias (sentimento transversal a várias classes sociais). 
A terminologia muda, mas as questões e tensões são as mesmas, do séc. XII à actualidade. 
Salazar foi um idealista... 
Pedro Santos da CunhaJorge Marques
1 d
É um Realista!
Carlos Quartel
1 d
Com o  azedume habitual, defende o indefensável. É ele mesmo que diz que, quando não houve consenso, houve ditadura (Salazar, D.Miguel, Afonso Costa).
De facto, o sistema plural, garantindo as liberdades, a consulta periódica ao eleitorado, a informação não censurada, é, em essência, o sistema do consenso. Há consenso na Suécia, na Noruega ou na Holanda, não há consenso na Venezuela, em Cuba ou na Coreia do Norte.
É sob esse consenso, que aparecem várias propostas, em que a proposta derrotada não é perseguida nem destruída, tendo a sua oportunidade na próxima eleição.
Desprezando esse consenso, caímos em Pinochet, Maduro, Putin ou outro qualquer avesso ao consenso. 
Luciano BarreiraCarlos Quartel
1 d
O problema que refere a crónica continua latente em Portugal: os partidos na oposição boicotam a governação, fazem propaganda com ideias básicas extremamente manipuladas. Uma falta de respeito, endémica, pela causa pública, o resultado de não se tratar todos com respeito.
Vasco AbreuCarlos Quartel
1 d
Desculpe, mas não percebeu nada!
Carlos QuartelVasco Abreu
1 d
Se quiser esclarecer, ficarei grato.............
Vasco AbreuCarlos Quartel
1 d
O que VPV defende é que os consensos levaram às ditaduras... Os consensos terminaram em regimes de partido único! Ó Carlos, já não lhe sente o cheiro?! Coloquei um comentário com três situações recentes... Está em observação, não sei se passará... Leia-o!

Já verificou que nenhum dos maiores cronistas escreveu sobre a Venda do Novo Banco este domingo? Público, Diário de Notícias, Expresso, Jornal de Negócios... Nada... Não aconteceu!
António Hermínio Quadros SilvaCarlos Quartel
1 d
Diz bem mas lá nâo há  portugueses
Carlos QuartelVasco Abreu
1 d
Começo por outra ponta. Costa perdeu, saiu com uma solução que o eleitorado desconhecia, trazendo para o poder comunistas e respectivo projecto nacionalizador e , totalitário.Reacção do eleitorado enganado : Nenhuma, Costa e a sua trupe mantém ou aumentaram intenções de voto.Onde está a culpa ? No Costa enganador ou na população que não se sentiu enganada ?
Quanto aos consensos, não há alternativa.Passos não pode ir conspirar com generais, apesar dos perigos da geringonça.
A manobra está a ser mais dolorosa porque o PR anda em romance (Santana foi feliz na nota) e a imprensa está domesticada,  mas penso que nada está perdido. Um susto para os mais conscientes e a ração que merecem para a grande maioria.
Nuno Granja
1 d
"before you by a new one, take a look to the old one"

Excelente.
"buy"
Victor BatistaNuno Granja
1 d
"Before you buy a new one, have a look at the old one. ☺
Joe Figueiredo
1 d
O consenso de hoje chama-se a união de esquerdas dos portugueses ditos iluminados e de políticas fracturantes, que declaram as páginas viradas e a implantação da república da felicidade fofa e cor de rosa, e sempre de sorrisos irritantes, de inteligência, moral e competência superior a tudo que esteja dentro e fora das nossas fronteiras. Outros mais lúcidos poderão chamar a isto tacanhez parola ou provinciana, ou então de arrogância atroz, ou ainda de uma infantilidade grotesca!
Cipião Numantino
1 d
Fantástica crónica de VPV. Que, por certo, maçará todos aqueles que não gostam de História e achem que relembrar o passado é próprio de cocas-bichinhos ou de quem nada mais tenha que fazer. Mas não, meus caros. Para se conhecer o presente e até eventualmente o futuro, há necessariamente que conhecer o passado. A História indica-nos o que se seguirá, basta estar atento. É justamente por isso que VPV sendo um eminente historiador, nos esfrega na cara o rol de insuficiências em que vivemos e as premissas que nos levam a isso. VPV lembra aqui e agora, o engano que são os consensos em política. E as tragédias que estes mesmos podem acarretar. VPV é um mestre. Desenganem-se se pensam que ele resolveu brincar com prosas ligadas a um período crucial da nossa História. Foi um período trágico, sobre o qual ainda muito se escreverá por ainda não ter sido completamente compreendido. É por saber isso que VPV nos dá esta "seca". Por mim acusei o toque e agradeço-lhe com sinceridade o aviso solene que por aqui pronunciou. Posto isto e porque VPV disse quase todo sobre tão momentosa época, vou aflorar um personagem por poucos conhecido, mas que deveria servir de alto exemplo a todos os atarantados políticos que nos governam. E que, na sua esteira, se capacitassem que existiu gente capaz de tal ética e desprendimento que os deveria fazer pensar ou quiçá até envergonhar. Trata-se de Manuel Fernandes Tomás, este fascinante personagem, a quem designaram por pai da pátria. Nasceu na Figueira da Foz em 1771. Desde jovem ele viu sempre o país em crise e assistiu à aterradora devastação das invasões francesas. Foi estudar para Coimbra e aí se licenciou em direito. Chegou a juiz-desembargador da relação do Porto e foi um dos fundadores do célebre Sinédrio e um dos primeiros a aderir à revolução liberal do Porto e ao liberalismo vintista. Fez ainda parte da Junta do Governo Supremo do Reino. Tinha uma tal fama de homem sério e incorruptível que foi designado para administrar a Fazenda e a Alfândega do Porto e dirigiu a elaboração das bases da Constituição da Monarquia que D. João VI, contrariado, haveria de jurar em 1822. Este homem singular, nunca procurou proventos ou benesses. Tinha o seu salário de juiz mas, ao se tornar político, não se acobertou à sombra dos direitos adquiridos e prescindiu do salário por pensar que a ele não tinha direito. Vivia pobremente, procurando servir a nação que tanto amava e o povo a que pertencia. Trabalhava sem horas ou dias de descanso. Comia cada vez menos, umas vezes porque se esquecia, outras porque não tinha tempo e, a maior parte das vezes, porque simplesmente não tinha dinheiro. Começou a definhar por inanição. Recusava-se a pedir dinheiro emprestado a quem quer que fosse. Alguns amigos aperceberam-se e, à pressa, um dia que o encontraram em lastimoso estado, trataram de ir comprar ao mercado uma galinha para uma canja. Tarde demais! Manuel Fernandes Tomás, o nosso notável pai da pátria, quando eles regressaram tinha morrido à ... FOME!!!! Tinha 51 anos de idade. Triste história, não acham? Mas que nos confronta com o que de bom tem a generosidade do povo português. E é isso que me dá alguma esperança no futuro. Creio, ou pelo menos quero crer, que existem mais Manueis Fernandes Tomás do que os que acintosamente epitetamos de 44. Vou dormir o sono dos justos, procurando adormecer com tão singelo e belo pensamento na minha mente. Um bom fim de semana para todos vós!...
Gostei de o ler!
Jacinta MarquesCipião Numantino
1 d
Dito assim,mais fácil é entender a crónica de VPV...Sem dúvida,a memória de um povo,é sua maior valia contra os erros do presente!
Victor BatistaCipião Numantino
1 d
Excelente comentario o seu! 
Assim como a cronica de VPV. 
A Historia nao precisa de "consensos para demonstrar quem somos,e para onde caminhamos. 
Cipiao, repare naquilo que Vasco Abreu escreveu, bastante contundente, e caso para meditar. 

Cipião NumantinoVasco Abreu
1 d
Vindo de si, significa muito. O meu obrigado.
Cipião NumantinoJacinta Marques
1 d
É isso, cara Jacinta Marques. Alguém disse que todos nós somos meros passageiros deste nave espacial chamada terra que gira no espaço à velocidade média de 109.040 Kms/hora. Não sabemos o que nos reserva o futuro, mas conhecemos o suficiente do passado para estabelecer paralelos. É por isso que quem não quer conhecer a História não sabe de onde vem e muito menos saberá para onde vai!...
Cipião NumantinoVictor Batista
1 d
Obrigado, caro Victor Batista. Eu vi e assimilei o que o nosso caro Vasco Abreu escreveu. Ainda bem que existem pessoas como ele que nos ajudam a situar o que realmente está em jogo.
Jacinta MarquesCipião Numantino
1 d
Muito grata pela resposta,assim como por todos os seus comentários que são verdadeiras lições de História!
Joel GabrielCipião Numantino
21 h
Sempre a nos surpreender , com a n/ triste história . mas q nos sirva para alguma coisa  a consciência dos justos. 
Não desista ,para nos surpreender sempre pela positiva 
Bem Haja , cumprimentos.
Cipião NumantinoJoel Gabriel
20 h
Obrigado, caro Joel Gabriel.
A história de facto repete-se como o Cipião Numantino. e Vasco Pulido Valente tão excelentemente exemplificam. Apenas com algumas nuances,  é que presentemente temos grande déficit de Manueis Fernandes Tomás e excesso de afectuosos e de 44,s.
Cipião Numantinomaria silva
16 h
É, cara Maria Silva. Isto não vai lá só com afetos.
josé maria
1 d
O sr. Valente pensa que um país só se governa ao estilo de um bom combate de boxe.
Palavras dos "jose maria caceteiros" .... ele há mesmo gentinha que não se enxerga!
Vasco Abreujosé maria
1 d
O maior caceteiro a acusar VPV de promover o boxe!
António Hermínio Quadros SilvaVasco Abreu
1 d
Lá estão vocês a darem-lhe troco ostracizem o bicho que lhe morre depois a peçonha 
De acordo.
Alexandre Policarpo
1 d
O que está descrito no texto é uma resenha do que se passou politicamente em Portugal desde o principio do sec XIX: uma enorme sucessão de confusões! que continuam, embora desde há 30 anos disfarçadas com a entrada dos fundos que vêm da Europa. A "táctica" é sempre a mesma, a estratégia dos "consensos" e seus inúmeros sinónimos, é que deu sempre pró torto. 
Em duzentos anos, não aprendemos nada. 
AB CB
1 d
Grande seca.
Luís CasanovaAB CB
1 d
É História, não é Hidrologia.
Victor BatistaLuís Casanova
1 d
Ahahahah! 
Pois nao è nao. 

António Hermínio Quadros SilvaLuís Casanova
1 d
muito boa
José Paulo C Castro
1 d
O 'consenso' é sempre o mesmo: gastar mais do que o que existe ou se produz para distribuir entre os participantes no consenso. 
Não pode resultar bem.
Jacinta Marques
1 d
Para mim,que sou leiga na matéria,isto quer dizer que os consensos tendem a acabar em guerras,ou quando se tenta contentar a todos,na política,acaba se a  não agradar a ninguém? A haver consensos,espero eu, que não gerem tantas guerras! Até me faltou o fôlego!


Victor BatistaJacinta Marques
1 d
Os consensos tendem a manietar o povo na vontade dos poderes vigentes, que buscam o tao "afamado "consenso. 
Leia os comentarios de Vasco Abreu. 

Jacinta MarquesVictor Batista
1 d
Já li caro Victor,aliás,como leio quase todos,como digo,há coisas que uma pessoa como eu,sem créditos académicos, tem mais dificuldade em assimilar,mas julgo ter entendido...Nasci e cresci nas serranias,e estes lugares,cheios de história,mas muito longínqua,fizeram que me motivasse mais a aprender a história dos povos da antiguidade...Talvez pelos vestígios que por estas bandas abundam,talvez pela matriz genética e cultural,é história desses povos remotos que me seduz...E sendo eu uma mulher do campo,são os ensinamentos da vida que mais me acompanham,mas admiro quem sabe,e aprendo com todos vós,mesmo com aqueles que discordam de mim! Grata a todos por isso...
Victor BatistaJacinta Marques
22 h
Tambem eu cara Jacinta, sou natural das "serranias "de que fala, e ainda jovem migrei para a "borda dagua "em busca de uma vida melhor, e depois para o estrangeiro, e sinto a nostalgia daqueles lugares do interior do Portugal profundo, cheio de Historia que Vale a pena cultivar,e temos aqui Amigos no observador que o fazem na perfeicao. 
Bem Haja Cara Jacinta. 

Artur Costa
1 d
Credo. Que acanhada vacuidade.
Excelente análise introspectiva a sua ....
Artur CostaJB Dias
1 d
Levanta a patinha aqui, levanta a patinha ali... Anda no seu passeio higiénico?
Excelente descrição das primeiras horas do dia a sua ....
Luís CasanovaArtur Costa
1 d
Ficamos à espera da sua resenha histórica do sec XIX português.
Artur CostaLuís Casanova
1 d
Não sou historiador diplomado nem opinador profissional. Mas sei uma coisa que, pelos vistos, alguns ignoram: nem Portugal começou no século dezanove nem ficarão saudades quando desaparecer.
Fernando VenâncioArtur Costa
1 d
Por outras palavras: o sr. Artur Costa não tinha nada para dizer. Acontece. Mas faça-o mais discretamente.
Luís CasanovaArtur Costa
1 d
Caro Artur Costa, muito obrigado pelo seu esclarecimento que preencheu, sem qualquer margem para dúvidas, a 'acanhada vacuidade' de VPV.
Gostaria também de sublinhar o contributo que o seu comentário original deu à Língua Portuguesa, apresentando-nos uma nova metáfora.
Geralmente emprega-se 'total vacuidade' ou 'grande vacuidade' quando nos queremos referir há ausência de conteúdo de uma declaração ou texto. Mas o Artur Costa criou uma nova metáfora ao escrever 'acanhada vacuidade'. Ou seja, existirá uma pequena parte do texto do VPV a que não atribui um conteúdo substancial.
Artur CostaLuís Casanova
18 h
Estou, portanto, a receber lições sobre Língua Portuguesa de alguém que escreve "há ausência de". Que estranho...
O senhor Artur Costa até tinha alguma coisa para dizer, mas não lhe pagam para isso - ao contrário do colunista. Podia, por exemplo, dizer da estupidez de escrever sobre o "consenso", que é a forma mais evoluída da governação democrática, como se fosse um erro. Mas não vale a pena. Alguns não olham para o que fazem e fizeram e preferem olhar para o século XIX.
victor guerra
1 d
Longo e a propósito de ?..Gostei mais da definição de Santana Lopes: "romance institucional"
Vasco Abreuvictor guerra
1 d
Vítor, um resumiu, o outro demonstrou e explicou... Os dois disseram o mesmo!
Luís Casanovavictor guerra
1 d
O Santana Lopes é mais versão 'revista cor de rosa'.

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