segunda-feira, 10 de abril de 2017

FILIPE NYUSI: UM ASPIRANTE A DITADOR, SANGUINÁRIO E TRAPACEIRO?

Desde que Filipe Nyusi entrou na política, diga-se em abono da verdade, em tão pouco tempo e com alguma rapidez começou a demonstrar a sua veia de ditador e sanguinário. O seu primeiro acto bárbaro foi ao 21 de Outubro de 2013, quando mandou atacar a residência do presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, em Sandjundjira, distrito da Gorongosa numa tentativa de assassiná-lo e não tendo conseguido mataram o então deputado Armindo Milaco. Quando as pessoas, sobretudo a RENAMO pensavam que Filipe Nyusi havia agido daquela forma criminosa por ter estado a cumprir ordens na qualidade de ministro da Defesa Nacional do então presidente da República, Armando Guebuza, eis que ele prosseguiu as suas empreitadas assassinas. Aliás, Filipe Nyusi tinha garantido aos moçambicanos dias depois do assalto à Sandjundjira referindo-se ao presidente Afonso Dhlakama que “quem provoca sarna deve aguentar, coçar”. Após assumir a chefia de Estado, Filipe Nyusi intensificou as suas empreitadas sanguinárias para acabar com a RENAMO, ordenando sucessivas emboscadas contra o presidente Dhlakama, nas províncias de Manica e Sofala, actos esses que em nenhum dia veio condenar. Foi ainda ao longo destes últimos dois anos do consulado de Filipe Nyusi, que este ordenou a criação dos esquadrões da morte e sustentou com intensidade as suas acções de assassinatos contra os membros da RENAMO, académicos, jornalistas, empresários e activistas da sociedade civil, para além de civis mortos sumariamente na calada da noite cujos corpos foram atirados nas valas comuns e nos rios. Desde os primeiros dias, Filipe Nyusi demonstrou ser mafioso, quando aldrabou o presidente Afonso Dhlakama a apresentar um projecto sobre as províncias autónomas, quando ele próprio sabia que iria ordenar a sua bancada parlamentar, a Frelimo, a chumbar a proposta. Acto contínuo foi dizendo que nunca iria se ajoelhar a alguém para pedir a Paz, para além de ter dito que não queria estrangeiros para ajudar na resolução dos problemas dos moçambicanos. Mas o que nos leva a pensar aqui que Filipe Nyusi deve ser, se ainda não é, um aspirante a ditador, sanguinário e trapaceiro, não são esses factos acima enunciados. Preocupa é o facto de Filipe Nyusi, logo após tomar o poder ilegítimo, como Presidente da República, estar ligado aos ditadores. O primeiro passo tornado público, foi a sua ida a Angola pedir instruções sobre como o MPLA de Eduardo dos Santos teria acabado com o Dr. Jonas Savimbi. E acto contínuo, permitiu a visita do aspirante à Presidente da República de Angola João Lourenço, a Moçambique para vir chamar a oposição de malandros. Filipe Nyusi chamou para o nosso país os criminosos e ditadores, do Rwanda, Paul Kagamé, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan e agora da Guiné Equatorial, Teodor Obiang. A todos esses, apesar do presidente da República saber que eles são inimigos da democracia e estão constantemente a perseguirem os seus opositores, ofereceu-lhes banquetes de Estado e permitiu-lhes passearem a sua classe no nosso solo pátrio. Igualmente, permitiu-lhes que fossem a Assembleia da República, uma casa que devia simplesmente acolher pessoas que representam os Povos e não os seus assassinos e aqueles que privam as liberdades dos seus cidadãos. Tal como referiu a chefe da Bancada da RENAMO na Assembleia da República, Ivone Soares, a RENAMO não se compactua com personalidades ditadores e que vêm no assassinato a forma de manterem os seus poderes. Continuaremos a lutar pela democracia tal como fizeram os que fundaram a RENAMO e alguns justos que jazem na Praça dos Heróis que Filipe Nyusi está a permitir a sua profanação. Mais grave ainda, Filipe Nyusi, em cumplicidade com David Simango ofereceram a chave da Cidade de Maputo, ao Teodoro Obiang, alegadamente em reconhecimento pela amizade que Obiang sempre manifestou por esta cidade. Mas que amizade senhores? Ou estarão a preparar vossos asilos tal como fizeram outros ditadores Mengistu Hailé Mariam, da Etipia e Yaya Jammeh, da Gâmbia que vendo-se cercados refugiaram para os países de outros ditadores que até agora lhes dão guarita? Desde os atentados aqui no país contra a oposição, passando pelo acolhimento de ditadores e assassinos, bem como as ascensões duvidosas dos seus filhos e familiares a patamares de “empresários de sucesso”, até a falta de seriedade nas negociações, são razões suficientes para a RENAMO e a maioria dos moçambicanos questionarem: “Filipe Nyusi é um aspirante a ditador, sanguinário e trapaceiro?

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