domingo, 9 de abril de 2017

TRANSIÇÃO PERIGOSAMENTE LENTA CAPACITAÇÃO DOS MEMBROS DOS GABINETES PROVINCIAIS DE ELEIÇÕES

Propriedade do Departamento de Informação Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 30.03.2017 * Edição nº 206 Ano 4 Informações nada encorajadoras para o processo de pacificação do país continuam a chegar a nossa redacção, dando conta que o Governo do partido Frelimo contínua, através dos esquadrões de morte a criar pânico aos membros da RENAMO em alguns distritos da zona central e nortenha do país. De Tete, chegamnos denúncias de persistentes actos de violação da trégua, protagonizados por estruturas de base do partido no poder e por elementos afectos a Polícia, a mando destes. SITUAÇÃO CONTINUA TENSA NA ZONA CENTRO E NORTE continua na pág 3 Foi raptado Chefe da Organização distrital da Renamo, quando eram 20:00 horas do dia 23 do corrente mês. Este foi baleado mortalmente, tendo o corpo sem vida sido localizado já sepultado na zona de Nhondhola, numa machamba, tendo sido removido daquele local para ser entregue a sua família. 2 Editorial JAILÓ: UM MALANDRO E CORRUPTO QUE QUER SER PR DE ANGOLA! Foi sem surpresa nenhuma, mas com profunda indignação que acompanhamos recentemente em Maputo, o ministro da Defesa de Angola e candidato do MPLA as próximas eleições presidenciais naquele país, ao chamar a Oposição moçambicana e também angolana de “malandros”. Na língua portuguesa, ao que ficamos a saber do dicionário, o termo “malandro” significa gatuno, homem marginal, vadio, indivíduo que não gosta de trabalhar, pessoa que gosta de pregar partidas, preguiçoso, brincalhão, malicioso, entre outros adjectivos. Depois de uma profunda análise às declarações do senhor João Lourenço, ou simplesmente, (Jailó), nada nos restou para concluirmos que o termo enquadra-se perfeitamente para os angolanos do MPLA da qual este sujeito faz parte. Ao que ficamos a saber, são malandros os responsáveis do MPLA, incluindo João Lourenço, bem como os daqui, que sendo preguiçosos, recorrem a trapaças para acumular riquezas e da malícia como por exemplo, as fraudes eleitorais para se manterem no poder. Não deixaria de ser vadiagem a vinda de João Lourenço ao Maputo com a capa de visita de Estado. Não passou de malandrice, artimanha usada pelo grupo de Jailó, para criar uma falsa Unita renovada, como aqui se quis imitar o ensaio de uma RENAMO renovada. Não passou de gatunagem quando o grupo do senhor João Lourenço quis erradamente convencer a sua contraparte de que faz parte Eliseu Machava, de que era possível aquilo que aconteceu em Angola, também acontecer em Moçambique: assassinar Afonso Dhlakama como assassinaram Jonas Savimbi. Não passou de malícia, quando o MPLA do Jailó, exportou para Moçambique a experiência dos esquadrões da morte para aniquilar membros da oposição como acontece naturalmente na terra governada por malandros do MPLA. Também vejamos: Tal como se revelou intrigado cá entre nós o então porta-voz dos “malandros” Damião José aquando das emboscadas contra o Presidente Afonso Dhlakama, que quis-se atribuir aos supostos homens da RENAMO descontentes, também o Governo no qual faz parte Jailó revelou-se sempre intrigado quando a direcção da UNITA solicitou um inquérito, para se averiguar as circunstâncias exactas em que morreu o seu líder, o Dr. Jonas Savimbi. Intrigou-se, dado a existência de informações de que Jonas Savimbi teria sido assassinado por elementos do MPLA, ao contrário da tese do grupo Jailó que sempre evocou morte em combate. Se não fossem malandros porque é que se apressaram a retirar os restos mortais de Jonas Savimbi do cemitério do Luena, no dia a seguir ao enterro? Poderá o senhor João Lourenço explicar, que receios o seu governo tinha? Ou temiam que o corpo pudesse ser alvo de uma exumação, e posteriormente, uma investigação que vos poderia levar a barra dos tribunais como manda a Convenção de Genebra sobre os Crimes de Guerra que vocês violaram de forma sistemática? O senhor tem a certeza de que Jonas Savimbi, no momento em que foi morto, se encontrava a combater? Ainda anseia ser presidente de uma República com esses atropelos e lacunas? Pode-nos explicar as mortes por esquadrões da morte dos quarto deputados angolanos, Manolo Simeão, Mfulumpinga Landu Victor, e Beatriz Salucombo, esposa de um deputado? Em Angola, a Guerra acabou, mas poderia nos explicar onde vão os biliões de dólares da venda do petróleo angolano? Ou vão nos bolsos dos malandros. De resto estamos perante um candidato presidencial que aconselhamos o Povo angolano prescindir-se dele se quiser não continuar a ver o dinheiro do seu petróleo e diamantes a cair nos bolsos desses corruptos, preguiçosos, brincalhões e maliciosos como João Lourenço e seu grupo. Os pronunciamentos deste candidato, soam a interferência nos assuntos internos de outros países. Eles não mandam em Moçambique. Por isso, merecem todo o tipo de trato deselegante. Deixem Moçambique com seus problemas, ou ajudem a busca de soluções de forma aceitável para todos, pois vocês têm muitos problemas e já mostraram incapacidade de resolvê-los. Ficha técnica Director:Jeronimo Malagueta; Editor: Gilberto Chirindza; Redacção:Natercia Lopez; Colaboradores: Chefes regionais de informação; Maquetização: Sede Nacional da Renamo Av. Ahmed Sekou Touré nº 657; Email: boletimaperdiz@gmail.com Cells: 829659598, 844034113; www.renamo.org. Nº de Registo 07/GABINFO-DEC/2015 “A Semana em foco” Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal. Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra Verde Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas Participe! 821075995 ou 840135011 3 continuação da pág 1 No dia 28 de Março corrente, no distrito de Chiúta, povoado de Daca, o delegado distrital da RENAMO e um membro da Assembleia Provincial, Marco Mandate e Ernesto Cambugué respectivamente, foram ameaçados de morte por dois indivíduos desconhecidos que tentaram aliciar a quem indicasse suas residências. Neste momento, os visados encontram-se fugitivos na mata. No dia 24 deste mês de Março, na mesma província central de Tete, distrito de Chifunde, posto administrativo de Vila Mualadzi, localidade de Bolimo, quando eram 21:00 horas, foi espancado o delegado da RENAMO desta localidade, de nome Richard Postane, tendo sido gravemente ferido. A população local conseguiu neutralizar o malfeitor que estava munido de uma pistola, tendo sido identificado como agente da PRM. Sua identidade foi confirmada por seus colegas no comando distrital desta corporação. A vítima encontra-se neste momento a receber tratamentos médicos. No distrito de Tsangano, posto administrativo de Tengo Wambalame, povoado de Cachere, foi raptado o Chefe da Organização distrital, de nome João Abrão Jamsoni, quando eram 20:00 horas do dia 23 do corrente mês. Este foi baleado mortalmente, tendo o corpo sem vida sido localizado já sepultado na zona de Nhondhola, machamba de Portazio Magola, tendo sido removido daquele local para ser entregue a sua família. Ainda em Tete, no distrito de Chifunde, concretamente em Thequesse, Luia e Nsadzo, 4 membros da RENAMO foram ameaçados de morte pelo secretário distrital da Frelimo identificado por Bragasse. Esta ocorrência foi as 12:00 horas do dia 10 de Março corrente. Foram vítimas da ameaça Xavier capata, Anselmo Candele, Manuel Horácio e Mário Condole, respectivamente, estando refugiados em parte incerta. Já na província de Nampula, recebemos a denúncia que dá conta que no distrito de Mogovolas, concretamente nas zonas de Calipo e Lulute continua a verificar-se situações de tensão, com os elementos da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), a instalar um clima de terror, montando controlos nas estradas para exigirem identificação a todos os traseuntes que passam por ali. Em caso de alguém não possuír nenhum documento, os agentes da polícia arrancam suas mercadorias. continua na pág 5 Sua Excelência Senhora Presidente da Assembleia da Republica Senhores Deputados, meus pares Indo para o assunto do dia, O Partido RENAMO através da sua Bancada Parlamentar e na sua qualidade de legítimo representante do povo, quer saber do que tem sido feito para que a agricultura saía do marasmo em que está para produzir o suficiente para o nosso povo. Em resposta a esta questão, o que ouvimos aqui, foi o narrar de uma histó- ria que relata estórias que têm vindo a ser contadas desde os longínquos anos passados de 2000 e uma exposição fotográfica sem valor real onde o apresentador só muda de datas em cada festival. Caros moçambicanos, este governo que é parte da geringonça partido-estado-governo está desprovida de qualquer solução dos reais problemas que afectam o nosso país e povo no geral. O modelo de governação da geringonça está esgotado, isto é, a geringonça já não tem criatividade muito menos iniciativa para propor soluções aliviadoras para os problemas que apoquentam o nosso povo. Ora vejamos, a geringonça começou lá para os anos de 2000 com o Programa PROAGRI (I e II) - Programa Nacional de Desenvolvimento Agrário, o que estes programas produziram foram centenas de viaturas de luxo dupla cabine na altura Nissan Hard- -body, para uma minoria, e de comida nada saiu. Nos anos 2004/5 foi propalado o programa Jatropha, em que foram gastos centenas de milhões de dólares americanos em show-off, diga-se de passagem, para demonstra- ções em presidências abertas e imposições para a produção compulsiva da cultura de Jatropha curcas conhecida na minha zona por ndatofa. Na altura os leigos diziam que seria uma cultura de rendimento que aliviaria a pobreza de muitos moçambicanos. Hoje, passados cerca de 13 anos, ninguém se lembra, muito menos os sequazes que nem pelo menos 1 m2 da Jatropha curcas ou ndatofa mantém. Falhado isso, mais uma mentira foi programada e deliberadamente imposta aos moçambicanos. Desta vez, a geringonça inventou PEDSA – Programa Estratégico para o Desenvolvimento da Sector Agrário cuja essência era criar incentivos para o produtor de comida. Até aqui, a geringonça não é capaz de mostrar algo palpá- vel desse programa que aos poucos vai as gavetas. Falando em gavetas, começaram por pôr o próprio titular nas gavetas ao redireccionar os fundos para a produção de comida a outros ministérios e, este passou a apresentador de galeria de fotos mas sobre isso, falarei mais adiante. Ainda no decurso do PEDSA, veio o ProSavana. Um Programa semelhante a um que foi concebido em um país e, fundamentalmente, promove as monoculturas industriais em detrimento das culturas alimentares e apropria-se de grandes extensões de Terra dos agricultores do sector familiar para dar lugar aos latifundiários emergentes. Na ineficiência do PROAGRI, Revolução Verde, Jatropha, PEDSA e agora do ProSavana, a geringonça inventou o programa Amarathus como se denomina cientificamente, o género em que a espécie bhowa ou mbowa como se diz lá na minha Terra e Tseke em Tsonga, pertence. Planta cujas qualidades nutricionais e medicinais são reconhecidas e aceitáveis, por isso, nós as populações comemo-na de forma deliberada e voluntá- ria, fazendo parte da nossa dieta alimentar. É inconcebível que um governo consciente e responsável venha ao público anunciar como uma medida estratégica para a segurança alimentar e nutricional o consumo de bhowa ou tseke. Isto, revela uma autêntica falta de visão, revela um governo que já perdeu o norte, que não é capaz de gerar soluções para os problemas sérios dos cidadãos e se refugia em subterfú- gios baratos e vergonhosos. Como se não bastasse e tendo visto que o programa Tseke foi um nado morto, imediatamente, copiaram o programa Sustenta. Mais uma burla em que a geringonça encontrou algo em WWW.Google.com… e fez copy and past e desenhou uma maneira de drenar milhões de dólares para os bolsos de uma minoria porque logo a partida, está claro que este programa está condenado ao fracasso. Passo a citar algumas razões: 1ª. O ministério escolhido para gerir o dinheiro não tem sequer competências e muito menos qualidades para realizar uma tarefa dessa índole (produção de comidas). 2ª. O ministério dreno de dinheiro não tem condições técnicas nem siste O GOVERNO DA FRELIMO NÃO TEM SOLUÇÕES PARA A AGRICULTURA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 4 “É inconcebível que um governo consciente e responsável venha ao público anunciar como uma medida estratégica para a seguran- ça alimentar e nutricional o consumo de bhowa ou tseke. Isto, revela uma autêntica falta de visão, revela um governo que já perdeu o norte, que não é capaz de gerar soluções para os problemas sérios dos cidadãos e se refugia em subterfúgios baratos e vergonhosos.” A BP da RENAMO na Assembleia da República, pela voz do Deputado Alfredo Magumisse, apelou no dia 27 de Março corrente, no decurso da V sessão da VIII Legislatura da Assembleia da República. À reprovação da informa- ção prestada pelo Governo moçambicano àquela casa do povo, no tocante ao ramo da agricultura, quando se pretendeu saber o que estava a ser feito pelo Governo em matéria de produção, para o país sair do marasmo em que se encontra. Excerto do discurso do Deputado Alfredo Magumisse, que reproduzimos na íntegra: m a s que o permitam monitorar periodicamente, os processos de produção. 3ª. A guerra intestinal entre os ministérios vai levar mais tempo e gastar mais dinheiro para geri-la do que direccionar sinergias para os locais onde se requer a produção. Apenas para citar alguns exemplos. Moçambicanas e moçambicanas, Excelências, Há razões mais que suficientes para se perceber que esta geringonça não tem soluções para a agricultura. Recentemente, ouvimos dos pensamentos, difusos que existe, no seio do governo, enquanto um ministro defende a contrata- ção de mais extensionistas, um outro proeminente ministro defende a privatização destes serviços e, vendo gorada a não contratação de mais extensionistas, corre para os quartéis a busca dos ocupantes das casernas para extensionistas. Que aberração? Aberração até que não. É típico dos ingénuos que perdendo um cabrito procuram até encima das árvores! Excelências, A Constituição da República de Moçambique no seu ponto número 01, do Artigo 103, consagra a Agricultura como a base para o desenvolvimento nacional. No número 02, do mesmo artigo, impõe ao governo a promoção desse desenvolvimento. As adversidades impostas á dinâmica da nossa economia, e a queda dos preços das commodities como petróleo, gás natural, carvão mineral e outros, fica cada vez mais provado que o caminho correcto é investir, investir e investir na agricultura. Verificando os factos, com base no preceituado na Lei Mãe, este governo tem violado de forma reiterada a mesma, ao alocar ao sector um Orçamento do Estado cifrado em menos de 4 %, valor que representa menos de metade do acordado na Declaração de Maputo, que fixa o orçamento para agricultura num valor que seja igual ou superior a 10%, do PIB nacional. Excelências, Como consequência desta reiterada violação, temos o Instituto de Investigação Agrá- ria de Moçambique (IIAM), uma instituição de investiga- ção, por excelência, no sector agrário, obsoleta, sem meios, nem recursos para levar a cabo uma investigação que possa trazer soluções para o país. Por causa desta violação reiterada temos nenhum regadio em pleno funcionamento para produção de comida. Permitam-me que me refira ao famoso Regadio de Chókwe, onde foram despejados centenas de milhões de dólares americanos, para uma reabilitação que nunca termina, tornando esse regadio num saco azul para a geringonça tirar dinheiros, para fins pessoais e partidários, neste momento, não há produção nenhuma de culturas alimentares. Por não cumprimento do comando constitucional, temos um governo que não promove o financiamento privado para a agricultura e muito menos cria condições para os bancos comerciais financiarem as actividades agrárias, mas em contrapartida, o mesmo governo está todos os dias a passar, assinar e carimbar declarações para garantia de empréstimos em bancos comerciais para aquisição de bens de consumo imediato como geleiras, fogões, carros de alta cilindrada e outros artigos. Que tamanha irresponsabilidade! Moçambicanos! Queremos um governo que tome a agricultura a sério, construindo infra-estruturas hidráulicas para regadios em todo o país, um governo que crie financiamento sério para o sector agrário, um governo que aposte na investigação agrária para apurar culturas e variedades mais adaptadas as diferentes zonas agro-ecológicas do país, investigação que produza sementes melhoradas, um governo que reduza os custos de produção e importação de equipamentos e fertilizantes, um governo que crie infra-estruturas de armazenamento de produtos agrá- rios em épocas de abundância, para fazer face a épocas de escassez, um governo que saiba que a produção de comida é assegurada pelo ministério da agricultura e encaminhar os recursos para o efeito, um governo que aposte em garantir pelo menos, duas refeições a cada moçambicano, por dia. Moçambicanas e moçambicanos! Está claro que tudo isso que pretendemos para o sector da agricultura, o país não vai conseguir com esta geringonça que governa. Isso, só será conseguido com o governo da RENAMO sob a direcção de Sua Excelência o Presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama. Senhores deputados, meus pares, moçambicanos em geral, Quero também usar desta oportunidade para de forma veemente repudiar e condenar as declarações do angolano João Lourenço a quando da sua visita a Maputo pelo emprego de palavras injuriosas, que em nada dignificam, primeiro a ele como pessoa, segundo ao povo que ele diz representar e, nem tão pouco ajudam no espírito e letra a construção da concórdia em que os moçambicanos estão envolvidos. Por isso, senhor Lourenço, Moçambique não é Angola, o inverso também não. Para tal, pedimos aos amigos do tal, se existirem, para encaminharem esta nossa posição. Excelências! Não podia terminar sem saudar os esforços abnegados dos moçambicanos Afonso Dhlakama e Jacinto Nyusi na busca e construção de uma paz efectiva e duradoira. Avance compatriotas, estamos juntos! Finalmente, quero apelar aos meus pares, para que, por unanimidade, reprovemos esta informação. Por me terem escutado, nada mais resta para hoje se não dizer, Muito obrigado! continuação da pág 4 5 A Presidente da Liga da Juventude da Renamo, Ivone Soares manteve um encontro com os jovens da Cidade e da Província de Maputo, onde inteirou mais sobre o engajamento dos jovens com o partido Renamo e dos planos que possuem para vencer os preitos que avizinham. Os jovens querem mobilizar mais outros jovens a aderirem e filiarem-se ao Partido para poder vencer nas autarquias de 2018. Ivone interage com jovens da Cidade e Província de Maputo Porque que os grupos de trabalho para elaboração do pacote da descentraliza- ção devem demorar tanto tempo? A FRELIMO é perigosa e pode abortar todo o projecto da democratização aproveitando-se das prolongadas tréguas para inutilizar a pressão da guerra. Estes cuidados e perfeccionismos próprios de quem se empenha em inventar a roda, uma vez que a Democracia já tem princípios universalmente consagrados, inquietam-nos a nós cidadãos que queremos ver assegurada neste nosso pais uma paz definitiva e real. O que se precisa em Mo- çambique não é nada de novo a inventar. Já existe em todos os países democráticos do Mundo. A muita demora só pode ser útil àqueles que sonham com umas manobras verbais para com as mesmas palavras sonhados pelo povo, matar o sonho do povo. Os que precisam aproveitar este tempo para queimar arquivos, virar realidades, criar miragens… esses é que ficam bem servidos com esta desnecessária demora. Nós, o Povo, queremos mais urgência neste processo. Angustia-nos esta demora/ Irrita-nos assistir o Parlamento a filosofar sobre o desenvolvimento da agricultura, a qualidade da educação e as calamidades naturais. Parem com tudo isso, nós precisamos é de ver o pacote da descentralização. Libertem-nos do centralismo comunista que chamaram de democrático, e de todas as formas de ditadura para camuflar roubalheiras. Entreguem-nos o poder de sermos de facto os fiscais dos nossos governos a nível local e regional, deixem-se de demagogias. Democratizem este nosso país, porque queremos empreender o desenvolvimento que os esquemas de roubalheira vêm tornando inviável desde os primórdios da nossa Independência. O Parlamento ultrajou- -nos quando gastou nosso dinheiro para realizar um dia de sessão a filosofar que o governo está melhorar nas áreas da agricultura e da educação e a quererem nos enganar que no tocante às calamidades naturais que a actuação do Governo tem sido uma belezura, nota maior. Não era necessário serem deputados para um exercício tão inútil, apoiarem os erros do governo só porque fazem parte daquele partido! O Povo precisa neste momento que os deputados definam como é que vai ser a governação numa democracia descentralizada. Que relação vai haver entre o Secretário do Bairro e os moradores que não pertencem ao partido que venceu ali as eleições? E a composição do Governo distrital? Será ela por percentagem de acentos no parlamento ou por filia- ção no partido vencedor? Com uma infinidade de assuntos por debater em torno da descentralização, o Parlamento e o Conselho de Ministros a fazerem manobras de diversão. É justo isto? Ou seria melhor irem todos os 250 deputados para os círculos eleitorais para começarem a introduzir, especialmente aos chefitos da FRELIMO, o que será essa descentralização que já se mostra inevitável? Quando for o Presidente da República para o Parlamento, por favor seja já com o Pacote da descentraliza- ção que o Povo precisa para termos Paz duradoira. Não tentem entupir nossos juízos com demagogias. Queremos Paz, queremos descentraliza- ção, queremos democracia. Foi concluído com sucesso, o seminário nacional de dois dias, na cidade da Beira, sobre a capacitação dos membros dos gabinetes provinciais de eleições, rumo a vitória nas eleições autárquicas de 2018. Essa capacitação foi dirigida pelos Secretário Geral Dr. Manuel Bissopo, com o objectivo de munir os gestores dos gabinetes eleitorais dos seu Partidos, de capacidades técnicas para por face o processo todo que se avizinha. 6 

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