MUNDO
Incêndio destrói metade de campo de refugiados em França
O incêndio terá sido resultado de um conflito entre requerentes de asilo.
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Um incêndio durante a noite desta segunda-feira destruiu largas extensões de um centro de acolhimento de migrantes perto de Dunkirk, no Norte de França. De acordo com as autoridades francesas, o incêndio, na sequência de uma rixa entre migrantes, provocou vários feridos e destruiu metade do campo, que albergava cerca de 1500 requerentes de asilo.
Os conflitos provocaram pelo menos seis feridos após alguns confrontos físicos e luta de facas, o que obrigou à intervenção da polícia e escalou o confronto para um grupo de cerca de 150 migrantes. Um dos feridos mais graves, actualmente em condição crítica, foi atingido por um carro na auto-estrada perto do campo. Outras três pessoas ficaram com ferimentos na sequência de esfaqueamentos.
O incêndio, que deflagrou já no final da tarde, destruiu várias cabanas de madeira, que servem de abrigo aos entre 1000 a 1500 migrantes que estão no campo, na sua maioria curdos, notam as agências humanitárias.
“Muitas das cabinas arderam totalmente ou continuam a arder. Mais de metade do campo ficou destruído”, afirma um porta-voz do presidente da região Nord-Pas-de-Calais, citado pela Reuters. De acordo com a mesma fonte, cerca de 165 pessoas foram transferidas para zonas de acolhimento de emergência nas proximidades, enquanto durante as primeiras horas desta terça-feira o incêndio continuava activo.
O campo Grande-Synthe, localizado entre Dunkirk e Calais, tem visto a sua procura crescer desde Outubro, data em que a “selva” de Calais começou a ser desmantelada. Nele estão requerentes de asilo que fogem da violência no Norte de África e Médio Oriente.
Na passada semana, alguns dos requerentes de asilo tentaram bloquear a auto-estrada mais próxima com troncos de árvore para tentar bloquear o trânsito e subir a camiões, na esperança de conseguir chegar ao Reino Undio.
A chegada de mais afegãos terá sido uma das razões que levaram à escalada de tensões com curdos já instalados no campo de acolhimento.
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