Comandante do soldado assassino de Rufino exonerado
O movimento está a ser gerido, segundo
fontes do “Perola das Acácias, no maior segredo possível para evitar com
que o público perceba que a Presidência da República teve culpas no
assassinato, a sangue frio, do menino Rufino.
Silvano
Ndôngua, Coronel, Comandante do Posto de Comando Unificado Permanente
(PCUP), afecto à Região Militar de Luanda, das Forças Armadas Angolanas
(FAA), uma Unidade de forças mistas, criada pelo Presidente da República
José Eduardo dos Santos, enquanto Comandante-em-chefe, foi,
recentemente, exonerado do cargo, na sequência, segundo apurou-se de
fonte militar, das demolições levadas a cabo por efectivos a si confiado
e que culminaram com o assassinato, a tiro, de um adolescente de 14
anos que em vida atendia pelo nome de Rufino.
A morte de Rufino causou, rapidamente e
em todo o País, reações duras contra o regime de José Eduardo dos Santos
que, afirmava-se, não respeitar até cidadãos indefesos. Rufino fora
atingido mortalmente por um disparo de arma de fogo, feito por um
efectivo da Guarnição de Luanda, destacado no PCUP aquando das
demolições de mais de mil habitações.
Desde aquele momento as coisas no
Comando de General Wala passaram a complicar-se, tendo sido, segundo
fontes, instaurado um processo crime contra o soldado assassino e
comparsas. Passado algum tempo e segundo apuramos o Comandante da
Unidade, Ndôngua, é exonerado do cardo tendo sigo, acrescenta a fonte,
transferido para a Província do Namibe cuja nova função não foi
avançada.
Sabe, por outro lado que a
Procuradoria-Geral da República, através da Direcção Nacional de
Investigação Penal (DNIAP) tem em curso um processo em que são ouvidos o
coronel Ndôngua e o Engenheiro da Zona Económica Especial de Viana,
conhecido apenas por Silva, acusados de autores mandantes do infausto
acontecimento.
O movimento está a ser gerido, segundo
fontes do “Perola das Acácias, no maior segredo possível para evitar com
que o público perceba que a Presidência da República teve culpas no
assassinato, a sangue frio, do menino Rufino.
Apesar disso, os familiares têm estado a
mostrar estranheza porquanto o soldado assassino encontra-se,
alegadamente, solto, mesmo comprado o seu grau de culpabilidade na
acção. Em entrevista recente a uma rádio de Luanda o advogado da causa
disse que o processo estava encalhado na PGR militar que pouco tem
estado a fazer para responsabilizar o culpado pela morte do menino.
De lembrar que as demolições ocorridas
na zona do Zango três continuam a fazer muitas vítimas já que alguns dos
camponeses afetados estão a morrer por complicações cardíacas
resultantes do trauma deixado.
O processo que já fez mover membros do
MPLA a nível de Luanda, como são os casos de Bento Kangamba e Higino
Carneiro, continua longe de ser resolvido, no sentido da indeminização,
pois, envolve figuras nomeadas pelo chefe de executivo.
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