sexta-feira, 5 de maio de 2017

A CRISE DE VALORES MORAIS: Um discurso triunfalista?


Não precisamos viver um tempo enorme para termos a noção da virulência do comportamento social em Moçambique. Basta ficar atento aos meios de comunicação de massas.
A nossa sociedade está enferma de moralidade colectiva. Com efeito, qualquer indivíduo de estrato social que se supõe acima do outro, considera-se titular dum alto grau de moralidade.
Essa enfermidade com proporções autistas e/ou egocêntricas, interfere no modos vivendi, pois ciclicamente, há quem se põe no lugar de moralizador de excelência e acha que deveria servir de modelo universal.
Tal entendimento é o que os instruídos quando se lembram da educação, consideram ausência da humildade.
Afinal ser humilde, como tenho insistido demagoimosamente, não se expressa em verbo, aliás não é verbo, ela é um substantivo e adjectivo. Qualifica o estado que se manifesta e não o que se profere.
Não é moral. Diferente de imoral, exigir que os seus amigos tenham moral, enquanto você próprio não manifesta a suposta moral. Ou seja, não se educa outrem, se não se está educado.
A educação actua sobre o indivíduo, o individua actua sobre o grupo e este último, faz sobre a sociedade. É impossível que um educador actua directo sobre a sociedade. Ela tem sua estrutura que precisa dessas actuações singulares.
Ocorre-me esta ideia a partir de confrontações que tenho registado em várias plataforma sociais, sempre que há ou acontece um fenômeno com proporções devastadoras.
Não é novidade, encontrar sujeitos que não têm noção do seu próprio impacto social, postulando uma moral social calamitosa. Nao os condeno, essas coisas quando estão nas mãos dos outros é fácil ver.
O estranho em tudo isso tem sido o facto, de tais promiscuidades sociais envolver pessoas, que sequer fazem parte da classe dos que provavelmente deveriam opinar sobre o assunto, que se supõe causa da revelação dessas lacunas da cognição social.
Como não deixaria de ser, geralmente, têm sido professores de profissão? e não de "TÍTULO"? a protagonizar tais barbáries em defesa de interesses que só eles sabem o seu fim.
Faz-me lembrar dum mini texto que partilhara em tempos de escola, versando sobre a AMBIÇÃO como defeito dos outros. O ambicioso viciado recorre todos meios ilícitos, para alcançar seus fins, mesmo que seja pôr fim a vida de outrem, ele julga lícito.
Ha crise de valores morais para todos os efeitos sim. A partir de quem se pensa que deveria promover. A sociedade e seus nembros estão defrautados. As escola secundarias superiores são maior e melhor exemplo da defraudação.
Hoje, as redes sociais tornaram-se espaço para a revelação dos resquícios selvagens que nos são próprios e conquistamos nas desastrosas escolas, acima das conquistas humanísticas.
Todas as frustração (esta minha inclusa), sao descarregadas e endosadas nas redes sociais. Tal como aconteceu com o nosso currículo de ensino e a nossa democracia, as redes sociais foram mal apreendidas ou mal publicitadas.
Elas dão um espaço inóspito para o culto de comportamentos socialmente viáveis e profícuos.
A mediocridade resultante da ilusão de igualdades cognitivas entre os que frequentaram as barracas onde de universidade não existe, impõe que ninguém ouse ser mais hábil em relação a ninguém.
Os melhores exemplos que carregamos das tais escolas que Mazula (2015) apelida de secundárias superiores, nada mais que tornar aos seus transeuntes arrogantes, incompreensíveis e perversos por acharem-se membros activos, embora inúteis para a sociedade.
Como deveríamos replicar as supostas boas práticas para a promoção ou o resgate dos valores morais que nunca tivemos?
Basta uma coisas aos moralizadorea sociais, como dissera Guebuza em (2014), entendam que as nossas atitudes hoje, são vossas antes de nós e as vossas atitudes hoje, são nossas depois de vós.
E por fim, é possível um docente da escola secundária superior ser exemplo do cultivo de cidadania a seguir? Há quem ainda luta nestas escolas para ser perfeito?
Que eu saiba, que eu conheça, que eu esteja informado, não existe nenhum perfeito, pois a própria perfeição é imperfeita.

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