quinta-feira, 4 de maio de 2017

21 moçambicanos condenados no Malawi


Vinte e um moçambicanos detidos no Malawi desde Novembro do ano passado foram condenados pelo tribunal de Blantyre a penas que variam entre doze e dezoito meses de prisão, por entrada ilegal no país e exploração ilegal de madeira, num parque protegido.
A maior parte dos moçambicanos são trabalhadores do empresário português José Manuel, também condenado no mesmo processo a dezoito meses de prisão.
Eles vinham sendo acusados de entrada ilegal e exploração de madeira no Parque Nacional de Lengwe, uma reserva nacional protegida, junto à fronteira com Moçambique
A defesa diz-se profundamente indignada com a decisão do juiz e garante que vai recorrer.
Um dos advogados, Joseph Kamkwasi, disse que esta semana, ainda, vai apresentar recurso ao tribunal supremo.
 “Vamos apelar a liberdade condicional. Há motivos suficientes para recorrer da sentença porque é manifestamente exagerada para além de que nenhuma opção de pagamento em multa foi dada aos réus, alegadamente, porque não têm dinheiro por serem estrangeiros”- disse Kamkwasi.
Depois da condenação, os moçambicanos foram impedidos de prestar declarações à imprensa.
No total, foram condenados trinta e seis indivíduos, sendo vinte e um moçambicanos, um português, dois chineses e doze malawianos.
O tribunal de Blantyre determinou também que todo o equipamento usado no crime seja confiscado e que os dois veículos sejam entregues à Direcção de Parques e Vida Selvagem e ao juiz, respectivamente.
O resto deverá ser vendido e o dinheiro depositado no Fundo Nacional da Vida Selvagem.
Do equipamento confiscado constam seis tractores, um camião de trinta toneladas, dois veículos, duas motosserras e quatro motas.
No entanto, comentando sobre a decisão do tribunal, o Director de Parques e Vida Selvagem, Brighton Kumchedwa, expressou a sua satisfação pela sentença.
"Estou satisfeito por terem apanhado uma pena de prisão e não uma opção para pagamento de multa. Isto é o que queríamos e estamos muito felizes por isso ", disse Kumchedwa.(
RM /Lilongwe – 04.05.2017

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