Maputo (Canalmoz) – Hoje inicia a terceira semana consecutiva da greve dos médicos. Paulo Samo Gudo, porta-voz da Associação Médica de Moçambique (AMM), garantiu no início da noite de ontem ao Canalmoz que a greve irá continuar. O Ministério da Saúde e o AMM, agora com a intervenção de organizações religiosas, estão a negociar o fim da greve, mas segundo o porta-voz da AMM “ainda não há consenso”. Os efeitos da paralisação geral no sistema nacional da saúde não podem ser quantificados devido ao fechamento das unidades sanitárias e a tendência do executivo de tentar desvalorizar a greve, mas pelas informações isoladas que a Imprensa vai publicando, pode-se concluir que estão a ser nefastos. Deveras nefastos.
Numa Reportagem de fundo publicada a semana passada pelo semanário Canal de Moçambique, descreve-se (e com imagem) o cenário da morgue do Hospital Central de Maputo (HCM), que anda lotado de corpos sem vida. A situação, segundo o semanário, resulta da ausência de médicos e outros profissionais de saúde nas diversas unidades do hospital, o que aumenta o número de óbitos, mas também da greve silenciosa dos que lá estão, que estão a atender mal os pacientes e ou simplesmente a abandonar os sectores. A morgue é um dos locais abandonados, o que faz com que os corpos não sejam arrumados em gavetas, em parte porque estão cheios, mas também porque ninguém está lá para fazer tal trabalho e os que estão movem greve silenciosa.
O semanário Canal de Moçambique publica igualmente imagens de uma senhora que foi internada na Cirurgia 3, cama 27, com o processo clínico 13/21120, com problemas de uma ferida no pé, mas acabou com o pé rasgado pelos médicos estagiários e perdeu mesmo seu membro inferior já numa clínica privada da capital, devido à lesão causada pelos médicos estagiários.
Um pouco por todas as unidades sanitárias do País a situação é esta e as consequências são as mortes de pessoas inocentes.
O Governo, que “aldrabou” os médicos em Janeiro passado com promessas não cumpridas, continua a usar a sua propaganda para fazer passar a ideia de que a greve não tem impacto no País.
Numa Reportagem de fundo publicada a semana passada pelo semanário Canal de Moçambique, descreve-se (e com imagem) o cenário da morgue do Hospital Central de Maputo (HCM), que anda lotado de corpos sem vida. A situação, segundo o semanário, resulta da ausência de médicos e outros profissionais de saúde nas diversas unidades do hospital, o que aumenta o número de óbitos, mas também da greve silenciosa dos que lá estão, que estão a atender mal os pacientes e ou simplesmente a abandonar os sectores. A morgue é um dos locais abandonados, o que faz com que os corpos não sejam arrumados em gavetas, em parte porque estão cheios, mas também porque ninguém está lá para fazer tal trabalho e os que estão movem greve silenciosa.
O semanário Canal de Moçambique publica igualmente imagens de uma senhora que foi internada na Cirurgia 3, cama 27, com o processo clínico 13/21120, com problemas de uma ferida no pé, mas acabou com o pé rasgado pelos médicos estagiários e perdeu mesmo seu membro inferior já numa clínica privada da capital, devido à lesão causada pelos médicos estagiários.
Um pouco por todas as unidades sanitárias do País a situação é esta e as consequências são as mortes de pessoas inocentes.
O Governo, que “aldrabou” os médicos em Janeiro passado com promessas não cumpridas, continua a usar a sua propaganda para fazer passar a ideia de que a greve não tem impacto no País.
A questão dos serviços mínimos
Quando a AMM anunciou a greve, seja a primeira como esta, prometeu garantir os serviços mínimos nas unidades sanitárias, em sectores chaves como urgências, maternidades, pediatrias, cuidados intensivos. O Governo, através dos seus agentes de propaganda, acusa os médicos e outros profissionais de Saúde, alegando que estes não estão a garantir os serviços mínimos prometidos, classificando por isso a greve de “desumana”.
Colocada esta questão a Paulo Samo Gudo, porta-voz da AMM, disse ao Canalmoz que “as directrizes da greve estão a ser cumpridas”. Com isso explicou que “os médicos continuam a garantir os serviços mínimos”. (Redacção)
Colocada esta questão a Paulo Samo Gudo, porta-voz da AMM, disse ao Canalmoz que “as directrizes da greve estão a ser cumpridas”. Com isso explicou que “os médicos continuam a garantir os serviços mínimos”. (Redacção)
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