Luciano da Conceição, em Inhambane
Dias depois da evasão de
mais de seis dezenas de re-clusos da cadeia provincial de
Inhambane, começam a chegar
dados que podem indicar as
circunstâncias em que a fuga
aconteceu. O governador da
província de Inhambane, Agos-tinho Trinta, criou uma comis-são de inquérito para apurar as
causas da fuga dos reclusos,
mas o Canal de Moçambique
apurou que esta teria sido pro-gramada para permitir o abate
de um recluso de nome Pasco-al Ernesto, que está detido na
penitenciária desde Novembro
do ano passado, sendo fonte
de informação estratégica so-bre desvio de milhões de me-ticais no município da Maxixe.
Pascoal Ernesto é tido como
chave de informação privile-giada de como foram desvia-dos pouco mais de um milhão
e meio de meticais no municí-pio da Maxixe, num processo
entregue ao Ministério Públi-co pelo Gabinete Provincial de
Combate à Corrupção depois
de estarem reunidas todas as
provas onde se acusam dois di-rigentes seniores da edilidade.
Pascoal Ernesto está deti-do há onze meses sem ain-da ser ouvido pela Polícia de
Investigação Criminal e nem
pelo Ministério Público. O
processo em causa leva o nú-mero 177/10. Pascoal teria
recebido de dirigente munici-pal de Maxixe uma proposta
monetária de 600.000,00Mt,
caso vá mentir no julgamen-to, onde seria julgado com os
restantes réus do processo de
desvio de fundos municipais.
Tendo recusado a men-tir em tribunal, organizou--se uma hipotética fuga que
iria terminar com o abate do
mesmo, mas este permaneceu
na cela enquanto outras deze-nas de reclusos se evadiam.
Sobe número de reclusos
mortos
No dia da fuga dos reclusos,
um morreu no confronto com
a Força de Intervenção Rápi-da (FIR), juntamente com um
funcionário da procuradoria
de nome Sérgio Vitorino, que
havia sido raptado pelos re-clusos e forçado a fugir com
eles para tirá-los da cidade.
Mas já no Hospital Provin-cial de Inhambane para onde
foram evacuados os cerca de
cinco reclusos gravemente fe-ridos, um perdeu a vida na en-fermaria onde recebia cuida-dos médicos e outro perdeu a
vida na cela disciplinar daque-la penitenciária, totalizando
assim três mortos dos reclusos.
Na manhã de segunda-fei-ra, a Reportagem do Canal
de Moçambique tentou, sem
sucessos, visitar os reclusos
que se encontram no Hospi-tal Provincial de Inhamba-ne. Os guardas prisionais lá
instalados não permitiram
a visita, alegando “ques-tões técnico-profissionais”.
Director da cadeia confirma
mortes
Em contacto com o Canal
de Moçambique, o direc-tor da Cadeia Provincial de
Inhambane, Mário Malige,
confirmou a morte de mais
reclusos e negou que deu or-dens para proibir a entrada de
pessoas que possam visitar
os reclusos que se encontram
em tratamento no Hospital
Provincial de Inhambane.
“De facto, o número de mor-tes totaliza três reclusos e um
funcionário da Justiça que responde pelo nome de Sérgio
Vitorino, que foi baleado pelos
reclusos tendo estado grave
não resistiu e acabou perdendo
a vida no Hospital Provincial,
na madrugada desta segunda--feira”, disse Mário Malige.
Governador manda criar
equipa de inquérito
Fontes do Governo da pro-víncia de Inhambane disseram
à Reportagem do Canal de
Moçambique que o governa-dor da província de Inhamba-ne, Agostinho Trinta, mandou
criar uma equipe multi-secto-rial de inquérito para investi-gar as circunstâncias em que
os reclusos se evadiram das
celas em plena luz do dia.
A equipa de inquérito ainda
não foi anunciada oficialmen-te, mas o Canal de Moçam-bique apurou que farão parte
do inquérito parte de funcio-nário da Direcção Provincial
da Justiça, da Polícia de In-vestigação Criminal (PIC),
devendo serem integrados
por membros da Liga dos Di-reitos Humanos (LDM) e a
Fórum da Sociedade Civil.
Em comunicado de Impren-sa enviado ao Canal de Mo-çambique no passado dia 24,
o Governo descreve a fuga
dos reclusos dos seguintes ter-mos: “O Ministério da Justiça
comunica que na sequência
da evasão de 63 reclusos in-ternados na Cadeia Provin-cial de Inhambane, por volta
das 10:30 horas do último
domingo, dia 23 de Junho de
2013, a cidade de Inhambane
viveu momentos de pânico.
Para lograr os seus inten-tos, os reclusos neutralizaram
um guarda de segurança da
penitenciária, a quem arran-caram arma de tipo Pistola,
com a qual golpearam-no na
cabeça, enquanto outros re-clusos estavam arrombar o
Cacifo que continha cinco (5)
armas, tendo se apoderado de
três (3) de tipo AKM 47, ar-mas que depois viriam a ser
utilizadas no assalto a diver-sas viaturas, na tentativa de
sair da cidade de Inhambane.
Na fuga os evadidos usaram
4 viaturas forçadas de singula-res, uma das quais pertencente
a funcionário da Procuradoria
Provincial, que em vida res-pondia pelo nome de Sérgio
Vitorino Mário, cuja viatura
capotou, tendo este funcio-nário perdido a vida no local.
E na troca de tiros entre os
fugitivos e a polícia foi atin-gido mortalmente, um reclu-so, que em vida respondia
pelo nome de Adérito Arnal-do João Banze, detido, de
35 anos de idade, Pedreiro
e residente na Matola 700,
acusado de crime de furto.
Na sequência das opera-ções de busca coordenadas
pela FIR (Força de Interven-ção Rápida), dos 63 fugiti-vos foram, até ao momento,
recapturados 24 reclusos,
estando ainda a monte 39”.
Recapturados
No final da sessão extraor-dinária do Conselho de Mi-nistros, esta segunda-feira,
o vice-ministro da Justiça
e porta-voz do órgão disse
que já haviam sido recaptu-rados 33 reclusos foragidos
em Inhambane, mas no mes-mo dia o director da Cadeia
Provincial de Inhambane,
Mário Malige, disse que o
total de recapturados era até
ao mesmo dia de 36 reclusos.
(Canal de Moçambique)
Dias depois da evasão de
mais de seis dezenas de re-clusos da cadeia provincial de
Inhambane, começam a chegar
dados que podem indicar as
circunstâncias em que a fuga
aconteceu. O governador da
província de Inhambane, Agos-tinho Trinta, criou uma comis-são de inquérito para apurar as
causas da fuga dos reclusos,
mas o Canal de Moçambique
apurou que esta teria sido pro-gramada para permitir o abate
de um recluso de nome Pasco-al Ernesto, que está detido na
penitenciária desde Novembro
do ano passado, sendo fonte
de informação estratégica so-bre desvio de milhões de me-ticais no município da Maxixe.
Pascoal Ernesto é tido como
chave de informação privile-giada de como foram desvia-dos pouco mais de um milhão
e meio de meticais no municí-pio da Maxixe, num processo
entregue ao Ministério Públi-co pelo Gabinete Provincial de
Combate à Corrupção depois
de estarem reunidas todas as
provas onde se acusam dois di-rigentes seniores da edilidade.
Pascoal Ernesto está deti-do há onze meses sem ain-da ser ouvido pela Polícia de
Investigação Criminal e nem
pelo Ministério Público. O
processo em causa leva o nú-mero 177/10. Pascoal teria
recebido de dirigente munici-pal de Maxixe uma proposta
monetária de 600.000,00Mt,
caso vá mentir no julgamen-to, onde seria julgado com os
restantes réus do processo de
desvio de fundos municipais.
Tendo recusado a men-tir em tribunal, organizou--se uma hipotética fuga que
iria terminar com o abate do
mesmo, mas este permaneceu
na cela enquanto outras deze-nas de reclusos se evadiam.
Sobe número de reclusos
mortos
No dia da fuga dos reclusos,
um morreu no confronto com
a Força de Intervenção Rápi-da (FIR), juntamente com um
funcionário da procuradoria
de nome Sérgio Vitorino, que
havia sido raptado pelos re-clusos e forçado a fugir com
eles para tirá-los da cidade.
Mas já no Hospital Provin-cial de Inhambane para onde
foram evacuados os cerca de
cinco reclusos gravemente fe-ridos, um perdeu a vida na en-fermaria onde recebia cuida-dos médicos e outro perdeu a
vida na cela disciplinar daque-la penitenciária, totalizando
assim três mortos dos reclusos.
Na manhã de segunda-fei-ra, a Reportagem do Canal
de Moçambique tentou, sem
sucessos, visitar os reclusos
que se encontram no Hospi-tal Provincial de Inhamba-ne. Os guardas prisionais lá
instalados não permitiram
a visita, alegando “ques-tões técnico-profissionais”.
Director da cadeia confirma
mortes
Em contacto com o Canal
de Moçambique, o direc-tor da Cadeia Provincial de
Inhambane, Mário Malige,
confirmou a morte de mais
reclusos e negou que deu or-dens para proibir a entrada de
pessoas que possam visitar
os reclusos que se encontram
em tratamento no Hospital
Provincial de Inhambane.
“De facto, o número de mor-tes totaliza três reclusos e um
funcionário da Justiça que responde pelo nome de Sérgio
Vitorino, que foi baleado pelos
reclusos tendo estado grave
não resistiu e acabou perdendo
a vida no Hospital Provincial,
na madrugada desta segunda--feira”, disse Mário Malige.
Governador manda criar
equipa de inquérito
Fontes do Governo da pro-víncia de Inhambane disseram
à Reportagem do Canal de
Moçambique que o governa-dor da província de Inhamba-ne, Agostinho Trinta, mandou
criar uma equipe multi-secto-rial de inquérito para investi-gar as circunstâncias em que
os reclusos se evadiram das
celas em plena luz do dia.
A equipa de inquérito ainda
não foi anunciada oficialmen-te, mas o Canal de Moçam-bique apurou que farão parte
do inquérito parte de funcio-nário da Direcção Provincial
da Justiça, da Polícia de In-vestigação Criminal (PIC),
devendo serem integrados
por membros da Liga dos Di-reitos Humanos (LDM) e a
Fórum da Sociedade Civil.
Em comunicado de Impren-sa enviado ao Canal de Mo-çambique no passado dia 24,
o Governo descreve a fuga
dos reclusos dos seguintes ter-mos: “O Ministério da Justiça
comunica que na sequência
da evasão de 63 reclusos in-ternados na Cadeia Provin-cial de Inhambane, por volta
das 10:30 horas do último
domingo, dia 23 de Junho de
2013, a cidade de Inhambane
viveu momentos de pânico.
Para lograr os seus inten-tos, os reclusos neutralizaram
um guarda de segurança da
penitenciária, a quem arran-caram arma de tipo Pistola,
com a qual golpearam-no na
cabeça, enquanto outros re-clusos estavam arrombar o
Cacifo que continha cinco (5)
armas, tendo se apoderado de
três (3) de tipo AKM 47, ar-mas que depois viriam a ser
utilizadas no assalto a diver-sas viaturas, na tentativa de
sair da cidade de Inhambane.
Na fuga os evadidos usaram
4 viaturas forçadas de singula-res, uma das quais pertencente
a funcionário da Procuradoria
Provincial, que em vida res-pondia pelo nome de Sérgio
Vitorino Mário, cuja viatura
capotou, tendo este funcio-nário perdido a vida no local.
E na troca de tiros entre os
fugitivos e a polícia foi atin-gido mortalmente, um reclu-so, que em vida respondia
pelo nome de Adérito Arnal-do João Banze, detido, de
35 anos de idade, Pedreiro
e residente na Matola 700,
acusado de crime de furto.
Na sequência das opera-ções de busca coordenadas
pela FIR (Força de Interven-ção Rápida), dos 63 fugiti-vos foram, até ao momento,
recapturados 24 reclusos,
estando ainda a monte 39”.
Recapturados
No final da sessão extraor-dinária do Conselho de Mi-nistros, esta segunda-feira,
o vice-ministro da Justiça
e porta-voz do órgão disse
que já haviam sido recaptu-rados 33 reclusos foragidos
em Inhambane, mas no mes-mo dia o director da Cadeia
Provincial de Inhambane,
Mário Malige, disse que o
total de recapturados era até
ao mesmo dia de 36 reclusos.
(Canal de Moçambique)
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