sexta-feira, 28 de junho de 2013

É Possível Renascer?

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MUTANTESLEO said...
 
A particularidade histórica faz com que cada homem tenha sua própria história. Ela nasce no momento de grandes experiências que, por sua vez, vão para além de imagens visíveis e das imagens criadas . Não são experiências com conceitos progressistas com um plano de construir e reconstruir um futuro antes que lá se esteja ou mesmo “construir palácios no ar ”, mas sim experiências dominadas por um saber consciente de uma integração activa e aceitável no contexto da complexidade do corpo social moçambicano.
A problemática de existência de conflitos sociais em Moçambique reside na construção e reconstrução de uma sociedade nova com princípios “museográficos ”. Recorre – se tanto a conceitos de luta colonial como se a história própria Moçambique residisse nas mãos daqueles que, por circunstâncias históricas, tocaram em armas e não em livros para libertar o país do jugo colonial.
Para renascer é preciso abandonar esses princípios históricos com perspectivas lineares e que fixam o destino do homem moçambicano numa pobreza extrema como se é uma realidade “fixada por Deus, os quais as pessoas não podem mudar o seus estado ou mudar as condições dos lugares nos quais foram colocadas, mas aceita-los” como se o destino e a experiência de cada plebe residissem nelas.
Se sonhamos num renascer consciente e pensar na reconstrução de uma sociedade justa, a ideia vigente de progresso deve mudar. As acções e sucessos devem ser vistas no contexto de uma estrutura cultural própria moçambicana e no contexto de experiências e acções inevitáveis impostas por situações e circunstâncias históricas .
O renascimento moçambicano é possível mediante a aceitação dos erros do passado como uma condição histórica; transformar esses erros em práticas concretas de uma vontade de mudança. Esse reacondicionamento de conceitos e práticas históricas não passa necessariamente pelo processo de acusação de “quem faz e quem fez”, mas sim um processo de transformar os ritos sangrentos do passado em fundamentos de reconstrução de uma reconciliação genuinamente genuína com objectivo de criar uma nova ordem social.
O intelectualismo moçambicano tem uma função neste processo. Nos seus recantos educativos, eles devem ser pioneiros de um Moçambique novo; não como mandarins que exploram o seu capital de instrução ou como simples intermediários da hibernação de pobreza material e intelectual, mas sim como contribuintes de uma viragem estrutural e sociopolítica.
3.5- A Sucessão do Poder Executivo
Enquanto alguns países africanos são ainda fustigados pelo cancro do amor ao poder, Moçambique, até certo ponto, goza de uma sucessão de poder executivo constitucionalmente aceite. O cancro de permanecia eterna no poder ainda não penetrou nas mentes dos detentores e amantes do poder e do poder das armas, embora essa sucessão seja um produto de golpe partidocratico .
Historicamente falando, a plebe moçambicana já saboreou e vai continuar a saborear uma dose de novas personalidades políticas, sejam eles eleitos através duma manipulação de dados eleitorais, ou pela imposição dos detentores do poder, a verdade é que há uma sucessão de liderança política em Moçambique.
Seja qual for o sabor dos regimes sucessivos que já governaram e vão governar este país, mesmo que sejam governos produzidos por golpes partidocraticos, a beleza dessa sucessão oferece a plebe moçambicana uma esperança de um Moçambique novo.
O respeito pelos assuntos constitucionais sensíveis pelo partido que “fez e quem faz” faz-nos crer que Moçambique sonhado ainda está por vir.
Não acreditaríamos, portanto, numa revolução imediata. Ela será um processo longo, mas ter-se-á a esperança de que os futuros herdeiros do poder governativo de Moçambique serão, na essência, verdadeiros revolucionários. Ficaríamos, portanto com palavras adaptas de Ki-Zerbo de que “com novos líderes, mesmo com carácter e comportamentos condenáveis, sonha-se sempre com qualquer coisa nova”.
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MUTANTESLEO said...
A Paz em Queda Livre
“A única alternativa para a paz é a própria paz”. - Armando Guebuza.
Muitos pensadores partidarizados caem no erro de que a conflituosa personalidade do líder da oposição, Afonso Dhlakama, é e será uma ameaça a paz e democracia em Moçambique.
Poderá, portanto, haver uma gama de racionalidade neste modelo de pensar e verbalizar, atendendo que Dhlakama e seus seguidores fazem política num país onde todos os animais políticos têm como fundamento político o que foi combatido e o que se espera combater.
Por um lado, para alguns partidos da oposição o seu saber consciente como oposição e sua prática de uma opção democrática desajustada é um produto de práticas de coabitação, conivência, oportunismo e sobrevivência dentro duma batalha tumultuosa, que ameaça a Paz frágil moçambicana, de dois gigantes: a Frelimo e a Renamo.
Há muito que repensar no que Moçambique, como país soberano e pacífico deve ser e quer ser, atendendo as tendências de reincarnação de princípios comunistas com ritos de pactos de sangue do passado que são uma ameaça à vida da plebe.
Como tantos conflitos têm uma razão de existência, o conflito político de Moçambique reside no “quem fez, que faz e quem fará”. Daí, o desenvolvimento de conceitos como: (…), Libertamos o país do jugo colonial; (…), Pai da Democracia; (…), Arquitecto da unidade nacional; (…), Matou a democracia e pretende acabar com ela continuamente; reaccionários vis -vis revolucionários, etc.
Todos estes conceitos se desenvolvem à volta de um protagonismo e imediatismo selvagem, que ameaçam a boa vontade de ser moçambicano, com objectivo de reclamar para si a memória colectiva e a heroicidade.
Por outro lado, o animal político moçambicano é, sem dúvida, promotor de uma “guerra fria”, por que assim o quer para melhor culpar os factos históricos e usurpar os bens comuns ao seu bem prazer.
Todos os beligerantes têm o medo dos pactos de sangue do passado por que assim o quiseram por uma ignorância e ingenuidade política afiliar-se e digerir ideologias políticas sem um fundamento político positivo.
A plebe moçambicana é vítima da sua própria inocência política e histórica. Consequentemente, vive-se num mundo de uma guerra fria dos “Haves e Have nots”: aqueles que têm o poder, aqueles que procuram tê-lo e aqueles que são coabitantes, coniventes e sobreviventes políticos.
Por uma questão exploratória, o quão se vive numa guerra fria, os eventos pós-eleições de 28 de Outubro de 2009 nos atestam de seguinte: “A polícia militar vigia (…) a residência dos outros membros da Renamo. E devido a frequência de quadros senhores da Renamo na residência do seu líder, Afonso Dhlakama, suspeita-se que estratégias estejam a ser desenhadas na casa de Ricardo Oliveira. Neste momento, montamos uma outra equipa para a vigilância da casa do senhor Ricardo de Oliveira ”.
Como resposta a essas ameaças militares dos camaradas, o líder da oposição remata: “ (…) Eu apenas poderei disparar em legítima defesa, por que a polícia da República de Moçambique vai querer reprimir o povo; a manifestação será feita e se eu, Dhlakama, morrer em frente de uma manifestação pacífica, serei verdadeiro herói ”
MARP: 2009 anota alguns elementos como factores que fragilizam a paz em Moçambique e que põem em risco a vida de muitos moçambicanos. Dentre esses incluem: Desequilíbrios persistentes no desenvolvimento regional; má prática da inclusão e do pluralismo político que é o cerne do AGP; programas inconclusivos de desmobilização e reabilitação; Uso e abuso de fundos doados pela Trust Fund gerido pela PNUD; aumento de criminosos partidarizados sem rosto e a incapacidade dos órgão judiciários conter esse mal social; promulgação de leis e decretos de cobertura com vista a cobrir os males de ritos de pactos de sangue do passado; as condições salariais, habitacionais e alimentares das Forças Armadas de Moçambique leva a muitos desses elementos a revoltarem-se contra os seus cognomino superiores e para alguns a solução é a sua deserção dos quartéis. Muitos dos nossos voluntários optaram por uma regra de fuga ao fisco do “ do baixinho do planalto ” e seus sucessores.
Resolvidos esses e outros casos de divergências políticas, económicas e militares, o caso Maríngue por exemplo, Moçambique será um país modelo de desenvolvimento e de paz. E se esses factores não forem considerados uma ameaça a Paz em Moçambique pelos partidos políticos moçambicanos, a plebe moçambicana viverá com discursos e práticas de uma “guerra fria”: a isso chamaremos “PAZ”.
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