Por Machado da Graça
A Bíblia, no Apocalipse, o apóstolo João prevê a chegada de quatro terríveis cavaleiros, causadores das piores desgraças para o ser humano. Trata-se da Fome, da Peste, da Guerra e da Morte. E todos estes quatro cavaleiros, graças a quem nos desgoverna, galopam, sem freio, pelo território moçambicano na altura em que se celebra o 38º. Aniversário da nossa independência. A Fome é representada pela enorme quantidade de crianças desnutridas no nosso país.
São cerca de metade de todas as crianças existentes. O que é uma desgraça terrível se tivermos em conta as consequências dessa desnutrição na saúde e no aproveitamento escolar das próximas gerações. A Peste surge na forma das doenças mortíferas que nos afligem: O SIDA, a malária, a tuberculose e tantas outras. Quase todas preveníveis e/ou tratáveis se forem atribuidos meios para isso. Ainda recentemente a greve dos médicos e outro pessoal da Saúde veio pôr a nú a situação a que foi reduzido esse sector primordial da vida nacional: Pessoal mal pago, falta de medicamentos essenciais, falta de equipamento médico, mau atendimento ao público...etc...etc...
A Guerra, de que, até recentemente, estávamos livres, regressou, tenebrosamente, ao país, que tinha abandonado há duas décadas.
A principal estrada do país cortada e com circulação condicionada a colunas com protecção militar, os comboios de passageiros e os da Rio Tinto, na Linha de Sena, paralisados. Mortos e bens destruídos. Gastos pesadíssimos com a tentativa de manter alguma segurança. Tudo isso a pesar sobre o futuro dos moçambicanos. E com o (infelizmente) Chefe de Estado a dizer que são pequenos episódios que não significam que o país não está em paz!!!
E, por fim, a Morte, que resulta das acções dos três restantes e de mais uma porção de razões ligadas à incompetência, à corrupção desenfreada e à captura das riquezas Os quatro cavaleiros do apocalipse nacionais por uma pequena camada da elite politico-económica. E com esta cavalgada sinistra a espezinhar a nossa terra, a pergunta é: o que fazer?
E a resposta não é simples. Em muitos países a resposta seria: nas próximas eleições não votes nestes, vota na oposição. Só que, no nosso caso, o maior partido da oposição é esse que anda, na estrada, a matar civis inocentes e a queimar os seus carros. Não creio que seja uma boa troca...
A outra hipótese é votar no MDM. Mas tenho a sensação (oxalá me engane) que ainda não têm máquina suficiente para ganhar o Poder, em termos absolutos, mas já tem capacidade para vitórias significativas, ao nível autárquico. E, nas eleições gerais, espero que consiga reduzir, significativamente, a maioria desta gente.
Só que isso não chega para acabar com o problema. E aí uma possível solução teria de vir do interior do próprio partido Frelimo. Isto é, para impedir que o país continue a ser conduzido para o abismo, e para impedir que o próprio partido seja destruido, os frelimistas teriam que se ver livres da sua actual
direcção.
Com Guebuza ao leme, adivinha-se o cho-que com um iceberg maior do que o que afundou o Titanic.
Será que o partido Frelimo não pode, usando a experiência do que fez em vários municípios, pressionar o cidadão Armando Guebuza a demitir-se dos cargos que ocupa? A voltar para casa e para os seus gordo$ pato$? Creio que o “maravilhoso povo moçambicano” agradeceria. E que esses agradecimentos poderiam, até, ter peso eleitoral.
PS – É bom que todos nos vamos recencear (eu já o fiz). E que pensemos seriamente que, se não formos votar ou se votarmos em branco, ou votos nulos, não vamos alterar nada, a não ser em termos estatísticos. Os que mandam irão continuar a mandar. Pensa bem se é isso que queres...
3 comentários:
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Concordo consigo, senhor Machado da Graca! Isto e demais.
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