quarta-feira, 26 de junho de 2013

Guebuza acusa Dhlakama de estar a “esquivar-se” do diálogo


Guebuza acusa Dhlakama de estar a “esquivar-se” do diálogo (#canalmoz)

“Nunca me recusei a dialogar com o presidente da Renamo, ele é que se escapa sempre”, Armando Guebuza

Presidente da República minimiza os ataques militares na região centro do País e diz que não são ameaça à paz

Maputo (Canalmoz) – Com a situação político-militar fora do controlo governamental e com medo e desespero a pairar...em sobre os moçambicanos em todo o País, designadamente na região centro do País onde estão a ocorrer os principais confrontos bélicos, o presidente da República, Armando Guebuza, veio a público esta terça-feira (25 de Junho de 2013) acusar o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de estar “sempre a esquivar-se” de sentar-se à mesma mesa para a resolução do diferendo político que está a semear luto em certas famílias moçambicanas.
No presente conflito, cujas hostilidades foram abertas com o assalto das Forças de Intervenção Rápida (FIR) à sede da Renamo em Muxúnguè, a 03 de Abril do corrente ano, morreram até agora sobretudo polícias e militares, se bem que também alguns civis. Ao todo, nos diversos confrontos e ataques, primeiro em Muxúnguè, depois na Gorongosa, depois ao Paiol das FADM em Savane, no eixo ferroviário e rodoviário de Inhaminga, e agora na última semana de novo no troço da N1 entre o Save e o Inchope, alguns deles a Renamo não reivindicou, mas o acumulado de mortos e feridos só da FIR e das FADM atinge já cerca de meia centena de homens, contra apenas um da Renamo.
Guebuza fez essa declaração quando questionado pelo repórter do Canalmoz se estava disponível para aceitar o apelo da Igreja Católica no sentido do presidente da República reunir-se à mesma mesa com Afonso Dhlakama, evitando os aborrecidos e improdutivos encontros entre as delegações chefiadas pelo seu mandatado, José Pacheco, ministro da Agricultura, e importante figura das mais altas esfera da direcção do partido Frelimo, e o advogado Saimone Macuiana, deputado da AR pela Renamo, mandatado por Afonso Dhlakama.
“Nunca me recusei a dialogar com o presidente da Renamo. Ele é que se escapa sempre”, disse Armando Guebuza.
O chefe de Estado moçambicano acumula este cargo com o chefe do Governo de Moçambique, comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança e ainda com o de presidente do partido Frelimo, no poder. Falava esta terça-feira na Praça dos Heróis em Maputo durante a celebração dos 38 anos da independência nacional.

Guebuza minimiza ataques militares

Guebuza minimizou, pelo menos a nível discursivo, os episódios armados que se têm vindo a suceder na região centro e que se saldarão já em cerca de meia centena de mortos e feridos do lado das forças governamentais, contra apenas um da Renamo. O PR disse que os mesmos não vão pôr em causa a paz, dado que, na sua óptica, tratar-se daquilo a que apelidou de incidentes. “Não é porque houve um incidente aqui, e acolá que ceifou vidas de moçambicanos inocentes que se pode afirmar que a paz que se vive em Moçambique desde 1992 está em causa”, disse Armando Guebuza, para depois acrescentar: “Não é porque aconteceu isso que podemos dizer que Moçambique já não está em paz. Aliás, o Governo continua determinado na manutenção da paz por via do diálogo”.
O Canalmoz voltou a questionar o presidente da República, se o facto de os dois meses já decorridos em diálogo entre o Governo e a Renamo ainda não terem produzido resultados palpáveis, não colocam em causa o próprio diálogo. Guebuza respondeu-nos nos seguintes termos: “Eu próprio estive dois anos em Roma e tive paciência por isso tudo e o povo deve compreender isso que não se está a tratar de alguém que age como nós gostaríamos que agisse. Matando pessoas e população civil, já devem imaginar como é complexo”.
Quanto ao facto da FIR e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) terem sofrido baixas nos três ataques da última semana que se registaram em Muxúnguè, sem qualquer baixa do lado dos atacantes, o presidente da República preferiu minimizar o facto ao dar ideia de que o número de mortes registado nas Forças de Defesa e Segurança era insignificante, tendo em conta a grandeza do País em termos territoriais.

Guebuza repudia ataques

Na mesma ocasião esta terça-feira o chefe de Estado, Armando Guebuza, voltou a repudiar os ataques de Muxúnguè classificando-os como actos criminosos que têm ceifado vidas de inocentes. “Nós já transmitimos a nossa solidariedade para com as famílias enlutadas como resultado destes ataques e hoje voltamos a repudiar estes actos que, na minha óptica, são criminosos”, afirmou Guebuza.

Independência

Sobre os 38 anos de independência, Armando Guebuza considera que foram 38 anos de vida da nação moçambicana durante os quais o povo moçambicano teve grandes conquistas que vão desde a conquista da unidade nacional, que é fundamental e permanece até à guerra dos 16 anos, e que por causa da unidade nacional foi possível acabar com a guerra.
“Depois disso, agora estamos concentrados na reconstrução deste belo Moçambique cujo fim é a liquidação da pobreza”, concluiu no seu tom habitual.
(Matias Guente e Raimundo Moiane)
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  • Antonio Joao xiphunta
    Like · Reply · 1 · 2 hours ago via mobile
  • Lino Marques discurso infantil do mano guebas,o numero d mortos é insignificante eu axo que o senhor tinhas uma meta de forças armadas para morer,ou usaste akele sistema de calcular a percentagem quando querem te dar acçoes numa empresa

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