domingo, 30 de junho de 2013

PR moçambicano propõe encontro com líder da Renamo


PR moçambicano propõe encontro com líder da Renamo, Dhlakama responderá quarta-feira

O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, propôs hoje um encontro com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, na próxima semana na capital moçambicana, Maputo, convite ao qual o presidente da maior força política da oposição responderá na quarta-feira.
O conselheiro e porta-voz da presidência moçambicana, Edson Macuácua, disse hoje aos jornalistas que "Armando Guebuza está disposto a manter um encontro com o dirigente da Renamo, próxima semana, na cidade de Maputo", impondo como condição a desmilitarização do movimento.

...
Desde dezembro, o Governo e a Renamo tentam alcançar sem consenso em torno da legislação eleitoral aprovada no Parlamento pela Frelimo, partido no poder, mas, nos últimos dias, as diferenças agudizaram a tensão entre as partes com emboscadas contra viaturas na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, no centro de Moçambique, atribuídas à oposição.

Mas, em contacto com a Lusa, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse que Afonso Dhlakama só vai dizer se aceita o encontro em Maputo na próxima quarta-feira, em conferência de imprensa a realizar em Santujira, localizado na Serra de Gorongosa, na província de Sofala, onde reside desde o ano passado.

De acordo com o porta-voz da presidência moçambicana, Armando Guebuza mandatou a delegação do governo, chefiada pelo ministro da Agricultura, José Pacheco, para criar condições que resultem na realização deste encontro ao mais alto nível.

A agenda das conversações será fixada pelas delegações do Governo e da Renamo que voltam a se reunir na segunda-feira, contudo, o executivo anunciou um ponto prévio para o próximo encontro: a desmilitarização da Renamo.

"O Governo vai apresentar no encontro de Segunda-feira um ponto prévio que tem a ver com a desmilitarização da Renamo, para que este movimento se conforme com o quadro de um Estado de direito democrático que regula as atividades dos partidos políticos no país", disse Edson Macuácua.

Na sexta-feira, líderes religiosos defenderam um encontro entre o chefe de Estado moçambicano e o líder da Renamo, numa audiência com Armando Guebuza.

Anteriormente, na terça feira, Dia da Independência de Moçambique, Armando Guebuza disse que "nunca" recusou falar com o presidente da Renamo, para ultrapassar o clima de insegurança que se vive no país, mas reconheceu a "complexidade do diálogo".

"Ele é que se escapa sempre", disse Armando Guebuza em declarações à imprensa, na Praça dos Heróis, à margem da cerimónia dos 38 anos da independência.

Reagindo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga considerou que "um chefe de Estado não pode lamentar que um compatriota seu, por sinal personalidade com a qual já disputou duas eleições, esteja a escapar-lhe
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1

Francisco Moises said...
Gil,
Ha individuos que nada no mar de fantasias. Edson Macuacua e um deles. Nao vejo com0 e que ele e a sua frelimo vao desmilitarisar a Renamo. Por forca militar com a Frelimo a ser batida nos confrontos actuais? Quem perdeu armas e blindando nos confrontos actuais? Quem entao desarmou o outro em tais confrontos -- a Renamo ou a Frelimo? Nao vejo como e que a Renamo vai aceitar entregar as suas armas a Frelimo, que seria a unica maneira de desarmar a Renamo. Doidos como Edson Macuacua nao faltam neste mundo.
Se a Renamo fez alguma coisa de aplaudivel depois de parar com a guerra civil foi a de nao se desarmar por completo -- o que teria sido um suicidio porque nao se pode confiar a maldita Frelimo. Se agora haver confrontos serios, muitas armas da Frelimo cairao nas maos da Renamo como alias aconteceu durante a antiga guerra civil. Tais armas que o regime de Guebuza importa cairao nas maos da Renamo que as usara para chamboquear a Frelimo mais uma vez. Isto acontece e acontecera nesta nova guerra civil que a desgovernacao daa Frelimo vai provocando.
Na medida em que a Frelimo pensa que Mocambique nao e para todos os mocambicanos mas somente de alguns abencoados, ela nao pode esperar ter uma paz seja com a Renamo ou com quaisquer outros mocambicanos.

2
Miguel said in reply to Miguel...
Quem são os amaGazas hoje?
- São Changanas? São os Tsongas? São vaTswas? São os Rongas? São os Bitongas? São os Chopes?
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http://tsonga-history.blogspot.com/
P.S. – A DISCUSSÃO DESTE TEMA NO PARLAMENTO SUL-AFRICANO:
“TSONGA HISTORY PERSPECTIVE BY MANDLA MATHEBULA, ROBERT NKUNA, HLENGANI MABASA AND MUKHACANI MALULEKE
[INITIALLY WRITTEN AS A RESPONSE TO THE TSONGA-SHANGAAN KINGSHIP DEBATE]:
(…) - http://tsonga-history.blogspot.com/
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Miguel(o moçambicano indígena)

3
Miguel said in reply to umBhalane...
Quem são os "amaGazas" hoje?
- São Changanas? São os Tsongas? São vaTswas? São os Rongas? São os Bitongas? São os Chopes? Quem são?
Por exemplo, a minha mulher considera-se maChangana, por ser natural de Chibuto-Província de Gaza, mas ela também considera-se Ndau: ela tem como apelido Mathe – e Mathe, como é sabido, é de Simango, Simango que é de Dhlakama, etc. Temos muitos Machavas tanto em Gaza e Inhambane assim como em Maputo, mas é bem sabido que os Machavas são de origem Ndau. Podíamos mencionar aqui uma infinidade de casos de Ndaus-Changanas - Ndaus por ascendência mas Changanas pelo lugar de nascença. Por exemplo, temos um Simango maChangana governando o Município de Maputo e por outro lado temos um Simango Ndau governando o Município da Beira – mas falando rigorosamente tanto um como outro consideram-se, sem dúvidas,de Ndaus por ascendência, pois ambos quando fazem a cerimónia de “ku phahla” (invocação dos espíritos ancestrais) ambos evocam os mesmos ancestrais NDAUS.

Esta questão de Changanas, uma vez foi levantada por Dhlakama, durante uma campanha eleitoral no passado, dizendo que quando ganhasse as eleições mandaria todos os maChanganas para a África do Sul e isso lhe valeu um afastamento ainda maior da população da Província de Gaza em relação à Renamo e dele mesmo. Em outras palavras, como é que ele iria separar os maChanganas, que se consideram Ndaus (porque são na realidade de ascendência Ndaus) dos maChanganas que ele considera de Ngunis ou Sul-Africanos. Isso seria uma “MISSÃO IMPOSSÍVEL” – até, talvez, muito mais complexa do que o problema de TUTSIS versus HUTUS do Ruanda (que provocou aquele genocídio macabro que não levou a nada a não ser carnificina desnecessária – superando em muito até a violência no mundo animal. É isso que queremos para Moçambique?
Na África do Sul esta discussão de quem é Changana, levantou uma polémica que até chegou ao Parlamento Sul-Africano – isso devido à questão de definir quem afinal deve ser considerado olegítimo “Rei” dos Changanas no ex-bantustão de Gazankulu. Lá na África do Sul, os oponentes do uso do termo “Changana” para designar os falantes de “Changana ou Tsonga” NEGAM ser considerados CHANGANAS, preferindo o termo TSONGAS. O ponto é que o termo Changana tem a sua origem no nguni SOCHANGANE proveniente das terras dos ngunis no território que hoje faz parte da África do Sul. Os povos que então (no período de Mfecane) viviam como indígenas nos territórios aqui no Sul de Moçambique eram TSONGAS e não NGUNIS. As guerras do “Mfecane” provocaram, com o tempo, uma movimentação tremenda das populações que, gradualmente, isso resultou numa MISTURA hoje “IMPOSSÍVEL” de separar de: TSONGAS (autóctones do Sul), NDAUS (indígenas do Centro) E NGUNIS (invasores).
Portanto, então por quê tentarmos “IMPORTAR RUANDAS” para Moçambique? E só para temos derramamentos de sangue causados por genocídios para satisfazermos os nossos “CAPRICHOS” de um tribalismo fantasioso e doentio?

Miguel (o moçambicano indígena)

4
umBhalane said...
Viva o fafa-fala que fala mas nada diz.
Como ponto prévio imprescindível, os Heróicos e Gloriosos Guerrilheiros da RENAMO devem cometer o suicídio colectivo.
Mas antes devem matar as Famílias alargadas, bem no conceito Moçambicano - matar os próprios Avós, Pais, Tios, Irmãos,..., a própria Mulher e Filhos, até os Netos,...
Então finda esta condição prévia, os Guerrilheiros devem suicidar-se.
Afonso Dhlakama deve ir para Maputo para ser exibido como o troféu do Inkosi dos amaGazas.
Aí sim, estaremos perante condições sérias de "conversações".
Fungula masso iué (abram os olhos)
A LUTA É CONTÍNUA

5
Francisco Moises said in reply to Eusébio...
Sr. Eusébio,
Tenho tambem as minhas duvidas. Dhlakas nao se deslocara da Republica banana de Sadjunjira sem atingir o que quer e que duvido se Guebas concedera. Porque é que Guebas nao reagiu positivamente quando Dhlakas se deslocou para Gorongosa e apelou para um encontro com Guebas. A arrogancia do Guebas nao paga a ele proprio e nao ajuda o povo de Moçambique.
Sob pressao militar de Dhlakas, Guebas agora fala de se encontrar com ele depois de acçoes militares espectaculares que humilharam a Frelimo. Agora Dhlakas vê-se na posiçao de força e de poder fazer o que queira fazer e o tio Guebas na posiçao de fraqueza.
Se nao se deslocar, Dhlakas alargara o espaço da sua republica banana com muita facilidade. Ele esta no terreno que conhece. Uns podem pensar que ele nao tem a capacidade agora e esta velhaco, mas a Renamo tem homens determinados a agir com ele ou sem ele. O perigo é que tais homens do Dhlakas podem na verdade golpea-lo e meter no seu lugar um jovem que seja mais belicoso e determinado a fazer a guerra.
Informaçoes que me chegaram alguns dias de individuos na diaspora que viajaram recentemente na regiao de conflito dizem que as pessoas da regiao apoiam a Renamo e alegraram-se em ver a Frelimo humilhada. A Frelimo deve aprender a se acordar a realidades com pressa. Acordar-se a realidade depois de algumas bofetadas cria na Renamo a impressao de que ela pode fazer o esta fazer e continuara a faze-lo.
A Renamo tornar-se-a mais arrogante tambem. E no fim ao cabo poderemos ter duas republicas -- a Republica banana de Maputo e a a Republica banana de Sandjunjira. E no combate mortal, a Republica banana de Maputo podera desaparecer e estaremos sob a ditadura gorila de Dhlakas. É melhor as pessoas se esquecerem que estaremos sob uma republica livre e democratica sob a Sua Excelencia Afonso Marceta Macacho Dhlakas.
Concordo consigo: "Parece-me caminharmos para a parede," (Eusébio).

6
Eusébio said...
Bem haja o diálogo. Talvez seja a melhor forma de desalojar Dhlakama de Sadjunjira, sem derramamento de sangue, uma vez deslocado para Maputo. Sim, a polícia já poderá ocupar o território autónomo sem muita resistência e instalar a autoridade do Estado. Irá DHK deslocar-se a Maputo? Parece-me caminharmos para a parede.

  • Avelino Namarrocolo Esses convites feitos por outras pessoas em TV publica parece mais uma brincadeira. Dlhakama deve negar e propor um sitio neutro com moderadores nacionais serios. Estamos cansados de gente falsa, que pensa que pode ludibriar o povo.

  • Cheu Domingos Quando a Renamo apresentou nos seus pontos de agenda diziasse que esta a condicionar, impor o dialogo. "O Governo vai apresentar no encontro de Segunda-feira um ponto prévio que tem a ver com a desmilitarização da Renamo, para que este movimento se conforme com o quadro de um Estado de direito democrático que regula as atividades dos partidos políticos no país", disse Edson Macuácua, que isto signifca?

  • Muhamad Yassine isso pode nao acontecer

  • Jose Alexandre Faia E se a Renamo resolve apresentar como pre condicao , o fim do abuso de poder , como eh que vaos e entender estes dois ???
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Previsao: Daqui a 10 dias havera sangue em Satundjira...
Like · · Unfollow Post · 26 June at 21:44
Será isso que o governo espera? Uma das pré condições para avanço do diálogo é o desarmamento da Renamo. Segundo S. Moyana, o desarmamento da Renamo não é uma operação que se pode desencadear em uma semana.
Se a Frelimo ou o actual governo esperar por satisfação deste pré requesito para o avanço dos 4 pontos que a Renamo apontou no seu caderno para discução, logo a paz já era, meus amigos!

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  • Dércio Ernesto Se não fez em 21 anos não o fará em uma semana.

  • Vasco Ernesto Muando Dércio, segundo S. Moyana, houve erro de expressão. Seria na óptica do jornalista e analista político, o cessar fogo por parte da Renamo para continuação do diálogo. Isso sim pode se efectivar em menos de 1 dia.

  • Tomás Queface Eu deixei de levar a sério aquilo que os nossos políticos andam ai a dizer: nesta semana o Lider do MDM sugeriu que o estado devia criar uma empresa de segurança para os guerrilheiros da Renamo. Desta vez, a Frelimo aparece a dizer que a condição para a continuação das negociações é o desarmamento da Renamo. Sinceramente Está se a brincar de fazer politica neste pais.

  • José Francisco Narciso Este lider do MDM nao entendo o que quiz dizer com isso de criar um terceiro exercito, como se fora pouco, o que la tem.E menos mal que esteve de gira aqui na Europa, foi isso o que lhe aconselharam os parceiros Europeios? Entao se foi assim essa viagem nao valeu a pena, que gastar-se dinheiro a toa.

  • Vasco Ernesto Muando Os nossos líderes infelizmente desprezam algumas coisas como de encomendar estudos para aferir aquilo que o povo pretende que o país seja. Ou quando se encomenda o estudo trazidos os resultados estes são ignorados e em casos que considero de gritante atitude são estes falsificados. A falta de um desempenho assinalável positivo das actuações dos políticos deriva essencialmente da falsificação dos resultados de estudo.

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