Consolidação da independência só com paz e estabilidade social - afirmam personalidades
Moçambicano de gema não quer mais a guerra - in Presidente da República, Armando Guebuza
MOÇAMBIQUE comemora hoje o seu 38º aniversário da independência nacional. Proclamada pelo Presidente Samora Moisés Machel a 25 de Junho de 1975, a independência nacional marcou o fim de mais de 500 anos de dominação colonial portuguesa e devolveu aos moçambicanos a sua identidade como povo e nação.
MOÇAMBIQUE comemora hoje o seu 38º aniversário da independência nacional. Proclamada pelo Presidente Samora Moisés Machel a 25 de Junho de 1975, a independência nacional marcou o fim de mais de 500 anos de dominação colonial portuguesa e devolveu aos moçambicanos a sua identidade como povo e nação.
Maputo, Terça-Feira, 25 de Junho de 2013
Notícias
Volvidos 38 anos, os desafios da consolidação da unidade nacional, da paz, da harmonia social e do desenvolvimento económico equilibrado e sustentável continuam na ordem do dia, não obstante os avanços alcançados ao longo deste período, sobretudo nas áreas da Saúde, Educação, abastecimento de água, construção de estradas e pontes, agricultura e, nos últimos cinco anos, na descoberta de recursos naturais, como seja o gás natural, petróleo, carvão, arreias pesadas, entre outros.
A propósito desta efeméride a nossa Reportagem saiu à rua para ouvir dos cidadãos aquilo que consideram ser os grandes desafios do país para a consolidação da independência nacional assim como para se evitar o retorno à guerra.
A propósito desta efeméride a nossa Reportagem saiu à rua para ouvir dos cidadãos aquilo que consideram ser os grandes desafios do país para a consolidação da independência nacional assim como para se evitar o retorno à guerra.
Para os nossos entrevistados, a consolidação da independência nacional passa necessariamente pela criação de uma cultura de diálogo sincero e aberto, com base na tolerância e compreensão e onde os interesses nacionais estejam sempre acima dos interesses individuais e de grupo.
Segundo os cidadãos abordados, a paz não tem nem deve ter preço. Ela deve ser o resultado da conjugação de esforços de todos os grupos sociais, políticos e económicos que o país tem, pois só assim Moçambique continuará de forma tranquila a enveredar pelo caminho do desenvolvimento económica que se regista nos últimos 21 anos, nos quais o país vive um clima de paz e tranquilidade.
Segundo os cidadãos abordados, a paz não tem nem deve ter preço. Ela deve ser o resultado da conjugação de esforços de todos os grupos sociais, políticos e económicos que o país tem, pois só assim Moçambique continuará de forma tranquila a enveredar pelo caminho do desenvolvimento económica que se regista nos últimos 21 anos, nos quais o país vive um clima de paz e tranquilidade.
Privilegiar o diálogo - Raul Domingos, político
Maputo, Terça-Feira, 25 de Junho de 2013
Notícias
O PRESIDENTE do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, disse que a consolidação da independência nacional passa naturalmente pela consolidação da unidade nacional, do Estado de Direito democrático e da consolidação dos valores adquiridos na construção deste Estado, como seja, liberdades, justiça e o respeito pelos direitos humanos.
“Para que a nossa independência se consolide temos todos, como moçambicanos, de promover o desenvolvimento económico equilibrado e sustentável do país, e que cada um de nós não se sinta excluído e todos beneficiemos de tal desenvolvimento”.
O antigo negociador-chefe da Renamo para o Acordo Geral de Roma, que pôs fim à guerra de 16 anos entre o Governo e o partido de Afonso Dhlakama, referiu que no que respeita às acções que os moçambicanos devem realizar com vista a se evitar o retorno à guerra o Governo e as várias forças vivas da sociedade, particularmente os partidos políticos, devem privilegiar o diálogo, a tolerância e a compreensão mútua.
“O país hoje vive um clima de tensão política que se pode traduzir em mais um conflito armado. Para que isso não aconteça é necessário diálogo. Um diálogo que tem de pôr de lado as posições extremistas de todas as partes, um diálogo que tem de pautar pela serenidade e acima de tudo permitir que cada uma das partes nele envolvido seja capaz de saber ceder perante as posições da outra parte. O diálogo que se pretende deve também ser capaz de aproximar as posições das partes de modo a aliviar-se a tensão existente e assim afastar a ameaça da guerra”, disse Raul Domingos.
“Para que a nossa independência se consolide temos todos, como moçambicanos, de promover o desenvolvimento económico equilibrado e sustentável do país, e que cada um de nós não se sinta excluído e todos beneficiemos de tal desenvolvimento”.
O antigo negociador-chefe da Renamo para o Acordo Geral de Roma, que pôs fim à guerra de 16 anos entre o Governo e o partido de Afonso Dhlakama, referiu que no que respeita às acções que os moçambicanos devem realizar com vista a se evitar o retorno à guerra o Governo e as várias forças vivas da sociedade, particularmente os partidos políticos, devem privilegiar o diálogo, a tolerância e a compreensão mútua.
“O país hoje vive um clima de tensão política que se pode traduzir em mais um conflito armado. Para que isso não aconteça é necessário diálogo. Um diálogo que tem de pôr de lado as posições extremistas de todas as partes, um diálogo que tem de pautar pela serenidade e acima de tudo permitir que cada uma das partes nele envolvido seja capaz de saber ceder perante as posições da outra parte. O diálogo que se pretende deve também ser capaz de aproximar as posições das partes de modo a aliviar-se a tensão existente e assim afastar a ameaça da guerra”, disse Raul Domingos.
Exaltar o sentido patriótico – Gulamo Tajú, sociólogo
Maputo, Terça-Feira, 25 de Junho de 2013
Notícias
A manutenção da paz e estabilidade política no país passa necessariamente pela abertura ao diálogo e pela exaltação do sentido patriótico.
Quem assim o diz é o sociólogo e analista político Gulamo Tajú, quando abordado pela nossa Reportagem para se pronunciar sobre os 38 anos de independência nacional e sobre as acções que o país deve desenvolver para se evitar o retorno à guerra.
Segundo disse, para se lograrem esses objectivos o principal desafio dos moçambicanos é consolidar cada vez mais a unidade nacional e, acima de tudo, privilegiar o diálogo entre as várias forças vivas da sociedade.
“Quando se está a dialogar é necessário analisar, com a devida frieza, as reivindicações de cada uma das partes de forma a se compreender as preocupações trazidas. O diálogo deve se basear na abertura e no sentido patriótico, ou seja, deve ser feito sem preconceitos de modo a se resolver aquilo que são as preocupações dos cidadãos no seu todo”, afirmou Tajú, tendo sublinhado o facto de que o diálogo que se pretende no país não deve reflectir incompreensões e se estas existirem elas devem ser ultrapassadas para que se possa devolver ao país a paz e estabilidade que tanto precisa para o seu desenvolvimento económico e social.
No que tange à consolidação da independência nacional, conquista que a nossa fonte classificou de “preciosa”, Gulamo Tajú afirmou que para tal os moçambicanos devem apostar cada vez mais na unidade nacional, onde o respeito pela diferença constitua sempre um forte aliado para a construção do bem-estar e não o contrário.
Quem assim o diz é o sociólogo e analista político Gulamo Tajú, quando abordado pela nossa Reportagem para se pronunciar sobre os 38 anos de independência nacional e sobre as acções que o país deve desenvolver para se evitar o retorno à guerra.
Segundo disse, para se lograrem esses objectivos o principal desafio dos moçambicanos é consolidar cada vez mais a unidade nacional e, acima de tudo, privilegiar o diálogo entre as várias forças vivas da sociedade.
“Quando se está a dialogar é necessário analisar, com a devida frieza, as reivindicações de cada uma das partes de forma a se compreender as preocupações trazidas. O diálogo deve se basear na abertura e no sentido patriótico, ou seja, deve ser feito sem preconceitos de modo a se resolver aquilo que são as preocupações dos cidadãos no seu todo”, afirmou Tajú, tendo sublinhado o facto de que o diálogo que se pretende no país não deve reflectir incompreensões e se estas existirem elas devem ser ultrapassadas para que se possa devolver ao país a paz e estabilidade que tanto precisa para o seu desenvolvimento económico e social.
No que tange à consolidação da independência nacional, conquista que a nossa fonte classificou de “preciosa”, Gulamo Tajú afirmou que para tal os moçambicanos devem apostar cada vez mais na unidade nacional, onde o respeito pela diferença constitua sempre um forte aliado para a construção do bem-estar e não o contrário.
Aceitar as diferenças - António Gaspar, académico
Maputo, Terça-Feira, 25 de Junho de 2013
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O académico e analista político António Gaspar defende que a consolidação da independência nacional não se deve desassociar da manutenção da paz e estabilidade.
Segundo defendeu, trata-se de duas faces da mesma moeda, pois a independência nacional só é verdadeiramente sentida e vivida quando o país está a usufruir de paz e estabilidade.
“A consolidação da independência nacional passa por continuarmos a lutar pela unidade nacional, coesão nacional e um desenvolvimento que cria espaço para que todos os moçambicanos se apropriem dos valores dessa independência, nomeadamente a cultura de paz, a aceitação das diferenças de pensamento, o que deve resultar na criação de espaços de diálogo onde cada um expressa o seu pensamento a bem do interesse nacional”.
António Gaspar referiu igualmente que para se consolidar o Estado de Direito democrático que Moçambique está a erguer é necessário que os moçambicanos antes de reclamarem os seus direitos individuais e/ou de grupo pensem no país no seu todo. “O país deve funcionar à base da lei e no respeito das instituições”, frisou.
Neste sentido, sustentou o facto de a resolução dos problemas que afectam os nacionais sejam resolvidos dentro do quadro legal existente.
“Moçambique, economicamente, já progrediu. Os recursos que se estão a descobrir devem se reflectir, individual e colectivamente, na vida de cada moçambicano. A paz que vivemos nos últimos 21 anos está na base desse desenvolvimento económico e nada hoje justifica o retorno à guerra”, enfatizou.
Apelou ao Governo e à Renamo para a efectivação de um diálogo aberto e franco, onde cada uma das partes participe tendo em conta o interesse nacional acima de qualquer outro.
“Neste diálogo é preciso discutir sem pré-condições e o impasse que porventura vier a existir deve ser ultrapassado sem grandes problemas porque este nunca será mais importante que a paz. Se a paridade significa paz vamos à paridade”, disse.
Segundo defendeu, trata-se de duas faces da mesma moeda, pois a independência nacional só é verdadeiramente sentida e vivida quando o país está a usufruir de paz e estabilidade.
“A consolidação da independência nacional passa por continuarmos a lutar pela unidade nacional, coesão nacional e um desenvolvimento que cria espaço para que todos os moçambicanos se apropriem dos valores dessa independência, nomeadamente a cultura de paz, a aceitação das diferenças de pensamento, o que deve resultar na criação de espaços de diálogo onde cada um expressa o seu pensamento a bem do interesse nacional”.
António Gaspar referiu igualmente que para se consolidar o Estado de Direito democrático que Moçambique está a erguer é necessário que os moçambicanos antes de reclamarem os seus direitos individuais e/ou de grupo pensem no país no seu todo. “O país deve funcionar à base da lei e no respeito das instituições”, frisou.
Neste sentido, sustentou o facto de a resolução dos problemas que afectam os nacionais sejam resolvidos dentro do quadro legal existente.
“Moçambique, economicamente, já progrediu. Os recursos que se estão a descobrir devem se reflectir, individual e colectivamente, na vida de cada moçambicano. A paz que vivemos nos últimos 21 anos está na base desse desenvolvimento económico e nada hoje justifica o retorno à guerra”, enfatizou.
Apelou ao Governo e à Renamo para a efectivação de um diálogo aberto e franco, onde cada uma das partes participe tendo em conta o interesse nacional acima de qualquer outro.
“Neste diálogo é preciso discutir sem pré-condições e o impasse que porventura vier a existir deve ser ultrapassado sem grandes problemas porque este nunca será mais importante que a paz. Se a paridade significa paz vamos à paridade”, disse.
Apostar na unidade nacional – Miguel Mabote, político
Maputo, Terça-Feira, 25 de Junho de 2013
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A CONSOLIDAÇÃO da unidade nacional deve ser um assunto que faz parte do quotidiano dos moçambicanos e deve ser a sua indumentária, a veste que se usa e se renova todos os dias, segundo asseverou o político Miguel Mabote, presidente do Partido Trabalhista.
Para Mabote, só com renovadas acções de manutenção da unidade nacional verdadeiramente dita é que o povo moçambicano pode contribuir decisivamente para a consolidação da independência, da paz e da estabilidade.
“Portanto, os moçambicanos, mais do que os discursos apelativos à unidade nacional, é preciso que façam da unidade nacional uma cultura do dia-a-dia, a nossa indumentária, ou seja, o nosso modo de vestir e de renovar a nossa roupa todos os dias”, frisou.
O líder do PT referiu ainda que também devem contribuir para a consolidação da nossa independência a inclusão social de todos os moçambicanos, independentemente da sua religião, raça, inclinação política e/ou ideológica.
“Também devemos apostar cada vez mais na melhoria das condições dos cidadãos, sobretudo nos serviços de educação e saúde. Se conseguirmos resolver estes aspectos de certeza que termos o “tapete vermelho” para a acomodação da paz e tranquilidade”, enfatizou.
Sobre a manutenção da paz e tranquilidade, o que significa o não retorno à guerra, a receita deixada por Miguel Mabote foi a seguinte: “desenvolver-se um espírito de tolerância de todas as partes envolvidas no diálogo”.
“Também é preciso que o Governo seja tolerante e que os governados tenham paciência. A tolerância do Governo tem de ser no sentido de compreender as necessidades da sociedade e os governados devem se aperceber da vontade e acções levadas a cabo pelo Executivo para resolver as suas preocupações”, explicou.
Para Mabote, só com renovadas acções de manutenção da unidade nacional verdadeiramente dita é que o povo moçambicano pode contribuir decisivamente para a consolidação da independência, da paz e da estabilidade.
“Portanto, os moçambicanos, mais do que os discursos apelativos à unidade nacional, é preciso que façam da unidade nacional uma cultura do dia-a-dia, a nossa indumentária, ou seja, o nosso modo de vestir e de renovar a nossa roupa todos os dias”, frisou.
O líder do PT referiu ainda que também devem contribuir para a consolidação da nossa independência a inclusão social de todos os moçambicanos, independentemente da sua religião, raça, inclinação política e/ou ideológica.
“Também devemos apostar cada vez mais na melhoria das condições dos cidadãos, sobretudo nos serviços de educação e saúde. Se conseguirmos resolver estes aspectos de certeza que termos o “tapete vermelho” para a acomodação da paz e tranquilidade”, enfatizou.
Sobre a manutenção da paz e tranquilidade, o que significa o não retorno à guerra, a receita deixada por Miguel Mabote foi a seguinte: “desenvolver-se um espírito de tolerância de todas as partes envolvidas no diálogo”.
“Também é preciso que o Governo seja tolerante e que os governados tenham paciência. A tolerância do Governo tem de ser no sentido de compreender as necessidades da sociedade e os governados devem se aperceber da vontade e acções levadas a cabo pelo Executivo para resolver as suas preocupações”, explicou.
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