Nós e a Kroll
No actual trajecto penoso do endividamento oculto há uma percepção colectiva que vem alimentando um equívoco: o de olharmos para a Kroll com desconfiança. Isso é um grande erro.
No regabofe da dívida atuneira e afins, a Kroll aparece para nos ajudar a perceber quem orquestrou e partilhou do banquete e quem se sentou na mesa de honra. A Kroll não participou da jantarada. Por isso, devia ser olhada com simpatia. Até porque seu atraso recente teve a ver com sua preocupação em aprofundar um capítulo essencial do relatório: onde foi o dinheiro?
É preciso que se compreenda que a qualidade e profundidade do seu relatório não depende dela: depende dos Termos de Referência (TORs). E estes foram sancionados pela Frelimo. Aliás, os TORs foram acordados pelo Governo, a Suécia e o FMI em segredo e longe do parlamento.
Mas até é provável que a Kroll tenha tentado ir mais longe, furando as balizas delimitadas pelos TORs mas,, se for o caso, isso vai ser rechaçado.
No seu press release, ontem, a PGR anunciou que se prepara para analisar a conformidade do relatório da Kroll com os TORs. Ou seja, se a Kroll tiver cavado mais fundo que os TORs prevêem, o material dessa extração vai ser retirado do documento.
Ontem também, o FMI e a Embaixada da Suécia anunciaram que esperam que a PGR divulgue, primeiro, um resumo do relatório para os moçambicanos. E depois sua versão integral. Mas isso responde parcialmente às expectativas da sociedade.
O que se exige é que o Governo Sueco e o FMI sigam as boas práticas internacionais: publicação do relatório tendo como um dos anexos os TORs.
No actual trajecto penoso do endividamento oculto há uma percepção colectiva que vem alimentando um equívoco: o de olharmos para a Kroll com desconfiança. Isso é um grande erro.
No regabofe da dívida atuneira e afins, a Kroll aparece para nos ajudar a perceber quem orquestrou e partilhou do banquete e quem se sentou na mesa de honra. A Kroll não participou da jantarada. Por isso, devia ser olhada com simpatia. Até porque seu atraso recente teve a ver com sua preocupação em aprofundar um capítulo essencial do relatório: onde foi o dinheiro?
É preciso que se compreenda que a qualidade e profundidade do seu relatório não depende dela: depende dos Termos de Referência (TORs). E estes foram sancionados pela Frelimo. Aliás, os TORs foram acordados pelo Governo, a Suécia e o FMI em segredo e longe do parlamento.
Mas até é provável que a Kroll tenha tentado ir mais longe, furando as balizas delimitadas pelos TORs mas,, se for o caso, isso vai ser rechaçado.
No seu press release, ontem, a PGR anunciou que se prepara para analisar a conformidade do relatório da Kroll com os TORs. Ou seja, se a Kroll tiver cavado mais fundo que os TORs prevêem, o material dessa extração vai ser retirado do documento.
Ontem também, o FMI e a Embaixada da Suécia anunciaram que esperam que a PGR divulgue, primeiro, um resumo do relatório para os moçambicanos. E depois sua versão integral. Mas isso responde parcialmente às expectativas da sociedade.
O que se exige é que o Governo Sueco e o FMI sigam as boas práticas internacionais: publicação do relatório tendo como um dos anexos os TORs.
Esta de parabéns. Seu press release de hoje é digno dos anais da táctica camaleonica. Dá uma no cravo e outra na ferradura. Diz umas coisas que parece não querer dizer. É louvável esta propensão por tiradas semânticas que chocam com a
linguagem térrea do Direito. Por essa via ficamos a saber hoje que o processo 1/PGR/2015 já tem indiciados e que o relatório da Kroll tem matéria que vai ser mantida em segredo de justiça. Isto significa que trata-se matéria indiciaria. Também revela que há um processo-crime em instrução. Ou seja, já temos suspeitos...indiciados. O que é que lhe impede de nos alistar essas sumidades? Atenção que isso não choca com o preceito do segredo justiça e da presunção de inocência.
Veja o caso LAM/Embraer. A PGR ja ouviu três suspeitos cujos nomes sao conhecidos da opinião pública. Será que elés tem menos direitos que as sumidades indiciadas no 1/PGR/2015. Tente um vazamento singelo. Como? Não sei!. O que sei é que a PGR se está cobrindo de um medo tenebroso. Isso está patente nesse comunicado sobre a faxina subsequente a Kroll.
O texto é uma ladainha desconexa. Um castelo de areia que se vai desmoronando. O objectivo do texto não foi a reafirmação de um cometimento vigoroso na investigação, agora com mais dados trazidos pela auditoria. Não. O objectivo foi limitar o acesso a informação, sob o pretexto da defesa da honra e do bom nome dos indiciados, como se a PGR fosse a advogada de todos eles..
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