Editorial
Já não é segredo para ninguém que nos distritos do Niassa a temperatura política não abona a favor do partido FRELIMO.
Os seus administradores distritais estão com calças na mão por causa das contestações de que são alvos por parte da população.
Não se pode dizer que estas contestações é resultado de agitação política, são sim resultado de má escolha de dirigentes para certos cargos políticos.
É chato que um chefe de família seja humilhado em público porque dirige mal um canto desta Província do Niassa.
É chato também que os dirigentes a nível provincial não saibam que num determinado distrito o administrador já não aguenta e deve ser afastado antes de cair podre.
Como as decisões provinciais demoram, o povo corta o caminho e rapidamente manda embora o faltoso!
Pelo que temos vindo a acompanhar, há distritos onde a temperatura política está prestes a explodir.
É só uma visita de alto nível e vamos escutar um Mwatengwe, lá para o Sul do Niassa.
Se nos distritos o cenário é este, na capital provincial também há
muito frio! As reformas devem continuar rapidamente para evitar o pior.
A decisão inicial recai sobre o governador da província do Niassa,
David Malizane. Este deverá iniciar com uma pauta e enviar ao Ministério
da Administração Estatal para homologação.
Há pessoas que dizem que este administrador tem costas quentes do
chefe ou da chefe fulano(a) lá no Maputo. Qual costa quente, se o povo
está a contestar o seu rapazinho cá no Niassa.
Por esta aparente ligação, o chefe também fica com nódoas, pois que
apostou numa pessoa errada para dirigir um espaço territorial.
Senhores não vamos brincar com assuntos sérios! Administrador de um
distrito que é corrido pela população, nos tempos de Samora Machel isso
não acontecia!
É muita brincadeira de mau gosto que acontece nas nomeações de dirigentes na província do Niassa nos últimos tempos.
O povo de Muembe foi muito claro: “Estão a nos mandar dirigentes que não sabem nada, amigos que vem estagiar”.
É isso, sim, muitos estagiários a atrasarem distritos desta província, mesmo com o dinheiro dos sete milhões.
São estes estagiários que terminado o treino regressam as suas zonas e deixam ruinas cá na província do Niassa.
Será que os critérios de nomeação de dirigentes estão sendo observados pelas nossas chefias a nível local e central?
Pensamos que não, simplesmente alguém sonha e zas! Hoje temos novo administrador, director provincial e outras coisas.
Basta de brincadeiras senhores e senhoras! Há muito quadro de qualidade aqui na província do Niassa.
Temos dito!
FAÍSCA – 17.08.2012
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