1 de Maio - Queixa do Governo Português ao embaixador americano por causa de contactos entre o Gov. americano e Holden Roberto.
- Chegada do Navio Niassa a Luanda, com o primeiro contingente de militares portugueses.
- Perante o ataque de forças da UPA a Mucaba, a aviação portuguesa larga bombas de napalm na área.
8-12 de Maio - Conferência
dos Chefes de Estados Africanos e Malgache em Monróvia (Libéria)
contando com a participação de cerca de duas dezenas de Estados
Africanos. Por Angola estavam presentes os presidentes do MPLA e da UPA,
Mário P. de Andrade e H. Roberto.
12 de Maio - Mário
de Andrade, Presidente do MPLA, encontrase com H. Roberto em Monróvia e
apresenta a proposta de criação de uma frente unida e a criação da
“Frente de Libertação de Angola” (FLA). Documento posteriormente
rejeitado por H. Roberto.
13 de Maio - Início
da ofensiva das forças coloniais portuguesas de forma violenta e
indiscriminada com cerca de 6.000 homens no norte de Angola.
19 de Maio - H. Roberto critica posição de K. Nkrumah e S. Touré por apoiarem o MPLA.
20 de Maio - Começam
as negociações entre o Governo Provisório Revolucionário Argelino
(GPRA) e o governo Francês em Evian (França) com vista à independência
da Argélia.
24 de Maio - O
MPLA informa que estão a ser discutidas as modalidades para a criação
duma Frente de Libertação de Angola com a UPA, e saúda a iniciativa de
Nkrumah para a realização de um encontro de Chefes de Estado Africanos
para analisar a situação de Angola.
25 a 31 de Maio - Conferência
Sindical Pan-Africana realizada em Casablanca. Bernard Dombele
participa pela UNTA que na altura já estava em contacto com o MPLA.
26 de Maio - 40
países apelam ao Conselho de Segurança para que se debruce sobre a
situação em Angola. A 20 de Abril de 1961, na sua 15.ª Sessão, a
Assembleia-Geral da ONU tinha aprovado a Resolução 1603(XV), que
reconhecia o direito de Angola à independência, na base da qual foi
criado o ‘Sub-Comité dos Cinco’ para acompanhar a situação em Angola.
Pela 1ª vez os EUA votavam uma resolução sobre Angola contra Portugal.
28 de Maio - Partida de mais um contingente militar de Portugal para Angola.
30 de Maio - Nkrumah intervém no Parlamento com um longo discurso sobre Angola, apelando à unidade entre a UPA e a FRAIN.
31 de Maio - Forças do exército português, depois de vários combates, atingem a Damba no norte do Uíge.
Maio - A
CONCP participa na Conferência de Accra onde Kwame Nkrumah apresenta o
“My Point of View” sobre a luta contra o colonialismo português e o caso
angolano.MAIO – Vários ataques da UPA a Sanza-Pombo, Mucaba, Damba,
São-Salvador, Úcua, Santa-Cruz, Macocola, Bungo.
Maio - Cerca
de 60.000 refugiados angolanos estão no Baixo-Congo
(Congo-Léopoldville). Mais tarde, em Setembro de 1962, a Cruz Vermelha
anunciaria 251.000 refugiados.
Maio - O
Jornalista sueco Sven Öste do jornal Dagens Nyheter, acompanhado do
Comandante Tomás Francisco Ferreira, visita áreas do MPLA na fronteira
do Congo-Léo com Angola.
Maio - Dias
depois de uma conversa de Falcão com Adriano Moreira, são presos pela
PIDE e deportados para Portugal, elementos da Frente Unida de Angola
(FUA).
Maio - Criado no
Lobito o Comité Secreto Revolucionário do Sul de Angola (CSRSA) por
jovens trabalhadores do Porto. Têm ligações com a UPA. Em Maio 63
transformam-se na União Nacional dos Africanos do Sul de Angola (UNASA).