Maputo, Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010
Notícias
O empobrecimento do continente é agravado por uma série de conflitos,
a exemplo do que sucede na Somália, desgovernada, Darfur, Madagáscar e
Guiné-Bissau, com golpes sucessivos e consecutivos, entre outros.
As grandes potências não se cansam de “piscar olho” para as riquezas continentais. Muitas vezes sem grandes contrapartidas, o que provoca o empobrecimento da África – um continente rico, mas muito rico em recursos.
Várias são as vozes africanas que se manifestam a favor de um continente cada vez mais independente do ponto de vista político, económico e social. Uma África com a sua cultura, identidade e forma de ser e de estar no concerto das nações de todo o mundo.
As grandes potências não se cansam de “piscar olho” para as riquezas continentais. Muitas vezes sem grandes contrapartidas, o que provoca o empobrecimento da África – um continente rico, mas muito rico em recursos.
Várias são as vozes africanas que se manifestam a favor de um continente cada vez mais independente do ponto de vista político, económico e social. Uma África com a sua cultura, identidade e forma de ser e de estar no concerto das nações de todo o mundo.
A-propósito da passagem ontem de mais um Dia da África (A Organização
da Unidade Africana, hoje União Africana foi fundada a 25 de Maio de
1963) o “Notícias” inquiriu algumas personalidades que se referiram à
necessidade de o continente ser mais unido para poder de alcançar o
objectivo pelo qual a OUA foi transformada em UA. É que se a OUA foi
instituída com o objectivo de libertar o continente do colonialismo,
objectivo ora alcançado, a UA tem como missão lutar pelo bem-estar e
desenvolvimento dos povos.
LÁGRIMAS E VERGONHA
Maputo, Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010
Notícias
D. DINIS Sengulane, bispo da Diocese dos Libombos, disse lamentar com
lágrimas e vergonha o rumo que alguns países do Continente Africano
continuam a trilhar para os seus povos: conflitos que só provocam mortes
e atrasos no desenvolvimento de um continente bonito, rico em recursos
humanos e materiais, rico espiritual e socialmente.
O bispo Sengulane apelou às lideranças para que numa altura em que o continente celebra mais um aniversário da criação da sua organização reforcem o diálogo a todos os níveis, ou seja, formal e informalmente e que ninguém, em razão da sua posição, assuste ou meta medo ao seu próximo, para que tão rapidamente a África possa sair da pobreza.
“Hoje, mais do que ontem, há toda uma necessidade de ser honestos; fecharmos as portas da corrupção, mãe da pobreza africana e acabarmos com os conflitos, mães de muitas mortes”, afirmou.
Acrescentou que a par da corrupção e dos conflitos há ainda a necessidade de África lutar contra as enfermidades como a malária, causa de muitas mortes. E uma forma de luta é a definição na agenda dos estados, da luta contra esta enfermidade.
“Vimos noutros continentes o barulho que se faz quando há uma enfermidade. Quando eclodiu a gripe H1N1 fez-se tanto barulho e a doença passou a constar das agendas dos estados. As várias organizações internacionais também agendaram como prioridade das suas acções a luta contra a doença e tão rapidamente foi controlada. Cá entre nós, precisamos de fazer ainda muito barulho para que a malária seja tida e considerada nas agendas dos estados. A malária tem pouco, mas muito pouco espaço nas agendas estatais. Já foi bom se ter reconhecido mundialmente um dia de luta contra a malária. Mas é preciso fazer ainda mais”, afirmou.
D. Dinis Sengulane referiu que sendo a África um continente rico, os seus povos precisam de trabalhar, libertar-se da preguiça mental, do egoísmo que atiça a corrupção e dos desvios de recursos que são as principais causas da pobreza.
“África possui, por assim dizer, muitos recursos adormecidos e que sem a preguiça mental, sem o egoísmo e sem os conflitos que caracterizam alguns países tão rapidamente se pode desenvolver”, considerou Dinis Sengulane.
O bispo Sengulane apelou às lideranças para que numa altura em que o continente celebra mais um aniversário da criação da sua organização reforcem o diálogo a todos os níveis, ou seja, formal e informalmente e que ninguém, em razão da sua posição, assuste ou meta medo ao seu próximo, para que tão rapidamente a África possa sair da pobreza.
“Hoje, mais do que ontem, há toda uma necessidade de ser honestos; fecharmos as portas da corrupção, mãe da pobreza africana e acabarmos com os conflitos, mães de muitas mortes”, afirmou.
Acrescentou que a par da corrupção e dos conflitos há ainda a necessidade de África lutar contra as enfermidades como a malária, causa de muitas mortes. E uma forma de luta é a definição na agenda dos estados, da luta contra esta enfermidade.
“Vimos noutros continentes o barulho que se faz quando há uma enfermidade. Quando eclodiu a gripe H1N1 fez-se tanto barulho e a doença passou a constar das agendas dos estados. As várias organizações internacionais também agendaram como prioridade das suas acções a luta contra a doença e tão rapidamente foi controlada. Cá entre nós, precisamos de fazer ainda muito barulho para que a malária seja tida e considerada nas agendas dos estados. A malária tem pouco, mas muito pouco espaço nas agendas estatais. Já foi bom se ter reconhecido mundialmente um dia de luta contra a malária. Mas é preciso fazer ainda mais”, afirmou.
D. Dinis Sengulane referiu que sendo a África um continente rico, os seus povos precisam de trabalhar, libertar-se da preguiça mental, do egoísmo que atiça a corrupção e dos desvios de recursos que são as principais causas da pobreza.
“África possui, por assim dizer, muitos recursos adormecidos e que sem a preguiça mental, sem o egoísmo e sem os conflitos que caracterizam alguns países tão rapidamente se pode desenvolver”, considerou Dinis Sengulane.
CONTINENTE FÉRTIL
Maputo, Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010
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RELIGIOSAMENTE falando o Islão deve muito ao Continente Africano –
confessa o Sheik Aminudim Mohomed, explicando que o continente
desempenhou um papel importante na expansão desta religião no mundo,
sendo que o Dia da África é momento de festa também para sua religião.
Explicou que com a sua hospitalidade, a África acolheu o islão quando alguns pagãos correram com ele das arábias. E a Etiópia é o berço desse acolhimento.
O Sheik Aminudim referiu que devido à sua hospitalidade a África acolheu outros povos desinteressados em ajudar, mas sim em delapidar as suas riquezas, fomentando a intriga, a divisão e promovendo conflitos.
“Quando o povo africano despertou, o continente já estava a ser colonizado e hoje ainda se ressente da colonização. Muitas carências, doenças, fraco desenvolvimento numa África rica em todos os recursos. Temos água que baste para irrigar os campos agrícolas, temos muita terra fértil, muitas riquezas no solo e no subsolo, mas reina ainda muita maldade. Há quem não quer ver a África levantar-se e caminhar. Há quem não quer ver a África ser dona de si e fomenta conflitos, promove a corrupção para atrasar o seu desenvolvimento”, indicou.
O Sheik Mohamed disse que 47 anos após a criação da organização desponta nas actuais lideranças uma nova consciência política. É que se houve uma geração criadora da organização africana, cujo objectivo era libertar o continente do jugo colonial hoje, as actuais lideranças estão preocupadas com o desenvolvimento do continente.
“Em cimeiras africanas já se fala da necessidade da criação dos Estados Unidos da África. Em regiões os países actuam em blocos. Temos a SADC, a CEDEAO e tantas outras organizações interessadas em promover o desenvolvimento político, económico e social da África. Este é um bom sinal das actuais lideranças”, afirmou o interlocutor, acrescentando que o continente não deve permitir ser subjugado, numa altura em que tem pernas para sozinha caminhar.
Explicou que com a sua hospitalidade, a África acolheu o islão quando alguns pagãos correram com ele das arábias. E a Etiópia é o berço desse acolhimento.
O Sheik Aminudim referiu que devido à sua hospitalidade a África acolheu outros povos desinteressados em ajudar, mas sim em delapidar as suas riquezas, fomentando a intriga, a divisão e promovendo conflitos.
“Quando o povo africano despertou, o continente já estava a ser colonizado e hoje ainda se ressente da colonização. Muitas carências, doenças, fraco desenvolvimento numa África rica em todos os recursos. Temos água que baste para irrigar os campos agrícolas, temos muita terra fértil, muitas riquezas no solo e no subsolo, mas reina ainda muita maldade. Há quem não quer ver a África levantar-se e caminhar. Há quem não quer ver a África ser dona de si e fomenta conflitos, promove a corrupção para atrasar o seu desenvolvimento”, indicou.
O Sheik Mohamed disse que 47 anos após a criação da organização desponta nas actuais lideranças uma nova consciência política. É que se houve uma geração criadora da organização africana, cujo objectivo era libertar o continente do jugo colonial hoje, as actuais lideranças estão preocupadas com o desenvolvimento do continente.
“Em cimeiras africanas já se fala da necessidade da criação dos Estados Unidos da África. Em regiões os países actuam em blocos. Temos a SADC, a CEDEAO e tantas outras organizações interessadas em promover o desenvolvimento político, económico e social da África. Este é um bom sinal das actuais lideranças”, afirmou o interlocutor, acrescentando que o continente não deve permitir ser subjugado, numa altura em que tem pernas para sozinha caminhar.
COTAÇÃO ELEVADA
Maputo, Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010
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A COTAÇÃO da África está a elevar-se cada vez mais no concerto das nações, considera o político João Chambe.
Segundo afirmou, as grandes potências, apercebendo-se das riquezas do
solo e do subsolo do continente, mobilizam-se para grandes
investimentos o que tão rapidamente ajudará África a renascer das
cinzas.
São cinzas, segundo a fonte, provocadas por vários anos de conflitos,
cinzas originadas por falta de serviços básicos de Saúde, Educação e
infra-estruturas e cinzas derivadas da corrupção generalizada que mina
os estados e do crime.
João Chambe diz que a julgar pela riqueza que possui a África é
cobiçada e nalgum momento há já o desejo de algumas potências em
recolonizá-la o que, entretanto, não encontra eco nas Nações Unidas.
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