sexta-feira, 21 de junho de 2013

Os ataques atribuídos à Renamo podem ter sido a obra das Forças Governamentais para justificar a prisão de Malagueta (Video)



Renamo diz que detenção de seu dirigente foi ilegal

O dirigente da Renamo e conselheiro de Estado de Moçambique António Muchanga acusou hoje a polícia moçambicana de ter detido ilegalmente o responsável pela comunicação do partido, Jerónimo Malagueta, que continua preso numa esquadra de Maputo.
Em declarações à agência Lusa, Muchanga questionou o facto de Malagueta ter sido preso na sexta-feira, alegadamente na sequência dos ataques desse dia, atribuídos à Renamo e que causaram três mortos, "quando o mandado de notificação foi assinado na véspera", quinta-feira.
"Como é que na véspera já sabiam que os ataques iam acontecer?", perguntou, falando diante da 8ª esquadra da polícia, no interior do Porto de Maputo, e exibindo o mandado relativo ao processo 732/80/13, assinado em 20 de junho.
O conselheiro de Estado questionou igualmente a possibilidade de Malagueta ter sido detido pelas suas ameaças de impedir a circulação de carros e comboios no centro de Moçambique, proferidas em conferência de imprensa na quarta-feira.
"Ele fez as declarações na quarta-feira de manhã, se foi por causa disso porque não o prenderam nesse dia, ou na quinta-feira?", perguntou Muchanga.
Vários militantes da Renamo continuam concentrados diante daquela esquadra, mas, até ao momento, apenas a mulher de Malagueta pôde visitar o brigadeiro da Renamo.
"Esse é outro problema: esta esquadra costuma servir para questões relativas ao porto e não percebemos por que razão o detiveram, no bairro e o trouxeram para aqui", disse António Muchanga.
Os últimos dias têm sido marcados pela tensão entre a Renamo e o Governo (Frelimo) na zona central de Moçambique, com a oposição a ameaçar impedir, desde quinta-feira, a circulação na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, como resposta a uma alegada ofensiva prestes a ser lançada pelo exército governamental na Serra de Gorongosa, antiga base militar daquele movimento.
O anúncio foi feito pelo chefe do Departamento de Informação da Renamo, que foi detido na madrugada de hoje, aparentemente na sequência destas ameaças.
A Serra da Gorongosa foi o local onde o presidente do partido, Afonso Dhlakama, se aquartelou em protesto contra a "ditadura implantada" pelo Governo.
LAS // SO
Lusa – 22.06.2013

4 comentários:

alvaro guimaraes disse...

Por favor as coisas estao mesmo negras deste lado. Os mocambicanos saberao resoolver esta embrulhada criada pelos partidos de origem militar. Teorias da conspiracao agora nao por favor

Anónimo disse...

Estas guerras todas tem como base a nao o comprimento dos Acordos Geral da PaZ. Em Roma (Italia) a Frelimo nao devia assumir a guerra, mas sim procurar as melhores formas de ultrapassar esta Situacao que nela so sofremos os Enocentes e ate morremos. Por favor lutemos pelo Povo nao o Poder.

Anónimo disse...

pra ond vams cm esta vida,ate quando com esta história?

Anónimo disse...

A Renamo deve deixar de ser um partido que único argumento para impor o que quer tem de ser as armas e muitos destes estão nas cidades a viver bem, dormindo e acordando confortavelmente e de barriga cheia fazerem discursos inflamatórios, sinto pena dos que vão na onda destes, quando tudo rebentar vão pegar nas suas famílias e se esconder fora de Moçambique e nos coitados ficaremos cá a morrer. O Governo deve prender sim todo aquele que fizer discurso contra segurança do Estado (Povo). Agora sentem-se arrasca e atribuem ataque ao governo, isso é conversa para boi dormir, até podem ser ataques de grupos marginais mais ja que falaram assumam.