"Guebuza e o seu governo são arrogantes e não negoceiam com seriedade. Esta é a causa da guerra". Este é o comentário implícito que tenho lido em alguns posts e comentários. Mas será que os seus autores conhecem as exigências da Renamo e do seu líder.
Na verdade, gostaria de ver os defensores daquele tese a elaborarem mais sobre alguns aspectos subjacentes nessa ideia. Muitos de nós não conhecemos no detalhe o que a Renamo concretamente quer. Supomos no entando que, fossem razoáveis as exigências, o governo cederia sem necessidade de guerra.
Temos ouvido dizer, por exemplo, que a Renamo quer paridade no exército. Isto significa que a Renamo deveria ter 50% dos efectivos e o governo os restantes 50%. A ser verdade isto, pode-se considerar razoável esta exigência? Então as Forças Armadas transformar-se-iam em coutadas privativas de dois Partidos (Frelimo e Renamo)? E aqueles moçambicanos que não fossem nem membros da Renamo, nem da Frelimo, que direitos teriam, caso tivessem vocação pela carreira militar? E os membros dos outros Partidos, não merecem ser generais, brigadeiros, coroneis, majores, capitães, tenentes, sargentos e soldados da República de Moçambique? Esta exigência pode ser considerada razoável 21 anos depois da assinatura do AGP?
Tenho também ouvido que a Renamo quer paridade nos órgãos eleitorais. 50% dos membros do STAE e da CNE deveriam provir da Renamo e os outros 50% deveriam provir da Frelimo. Parece ser esta uma das exigências. Se a lógica é a de os Partidos partirem em igualdade de circunstâncias para as eleições de 2013 e 2014, o MDM não tem o direito de ter os seus representantes nesses órgãos eleitorais? os restantes trinta e tal Partidos (ou quarenta e tal, não conheço o número) não deveriam, também, ter os seus representantes nos órgãos eleitorais? Ou, de novo, se pensa que Moçambique é coutada da Frelimo e da Renamo?
Eu não conheço o conteúdo do que a Renamo exige no que se convencionou chamar por questões económicas. É a acomodação daquele Partido da oposição no acesso aos recursos do país? A acomodação, se se entender que deve ser feita alguma, deveria ser em função à pertença a Partidos políticos, ou dever-se-ia ver, por mecanismos legais, uma forma de acomodar todos os moçambicanos?
Se a resposta é a de que se deveriam acomodar todos os moçambicanos, existe alguma forma conhecida dessa acomodação, que valha uma guerra, que tenha sido colocada pela Renamo? Alguem conhece os contornos dessa proposta?
Sinto que muitos de nós estamos a justificar a opção da Renamo e a condenar o Presidente da República sem conhecer o que está em jogo. Não acredito que falta de arrogância seja ceder às exigências da outra parte, por mais absurdas que sejam.
Em suma, quais são as exigências da Renamo que valem uma guerra? Quais são as exigências da Renamo que valem o assassinato de cidadãos inocentes e indefesos? Pessoalmente, não acredito que qualquer das demandas deste Partido, pelo menos aquelas que foram tornadas públicas, valha uma gota de sangue de qualquer moçambicano. Esta guerra é um crime e os seus promotores são criminosos.
"Guebuza e o seu governo são arrogantes e não negoceiam com seriedade. Esta é a causa da guerra". Este é o comentário implícito que tenho lido em alguns posts e comentários. Mas será que os seus autores conhecem as exigências da Renamo e do seu líder.
Na verdade, gostaria de ver os defensores daquele tese a elaborarem mais sobre alguns aspectos subjacentes nessa ideia. Muitos de nós não conhecemos no detalhe o que a Renamo concretamente quer. Supomos no entando que, fossem razoáveis as exigências, o governo cederia sem necessidade de guerra.
Temos ouvido dizer, por exemplo, que a Renamo quer paridade no exército. Isto significa que a Renamo deveria ter 50% dos efectivos e o governo os restantes 50%. A ser verdade isto, pode-se considerar razoável esta exigência? Então as Forças Armadas transformar-se-iam em coutadas privativas de dois Partidos (Frelimo e Renamo)? E aqueles moçambicanos que não fossem nem membros da Renamo, nem da Frelimo, que direitos teriam, caso tivessem vocação pela carreira militar? E os membros dos outros Partidos, não merecem ser generais, brigadeiros, coroneis, majores, capitães, tenentes, sargentos e soldados da República de Moçambique? Esta exigência pode ser considerada razoável 21 anos depois da assinatura do AGP?
Tenho também ouvido que a Renamo quer paridade nos órgãos eleitorais. 50% dos membros do STAE e da CNE deveriam provir da Renamo e os outros 50% deveriam provir da Frelimo. Parece ser esta uma das exigências. Se a lógica é a de os Partidos partirem em igualdade de circunstâncias para as eleições de 2013 e 2014, o MDM não tem o direito de ter os seus representantes nesses órgãos eleitorais? os restantes trinta e tal Partidos (ou quarenta e tal, não conheço o número) não deveriam, também, ter os seus representantes nos órgãos eleitorais? Ou, de novo, se pensa que Moçambique é coutada da Frelimo e da Renamo?
Eu não conheço o conteúdo do que a Renamo exige no que se convencionou chamar por questões económicas. É a acomodação daquele Partido da oposição no acesso aos recursos do país? A acomodação, se se entender que deve ser feita alguma, deveria ser em função à pertença a Partidos políticos, ou dever-se-ia ver, por mecanismos legais, uma forma de acomodar todos os moçambicanos?
Se a resposta é a de que se deveriam acomodar todos os moçambicanos, existe alguma forma conhecida dessa acomodação, que valha uma guerra, que tenha sido colocada pela Renamo? Alguem conhece os contornos dessa proposta?
Sinto que muitos de nós estamos a justificar a opção da Renamo e a condenar o Presidente da República sem conhecer o que está em jogo. Não acredito que falta de arrogância seja ceder às exigências da outra parte, por mais absurdas que sejam.
Em suma, quais são as exigências da Renamo que valem uma guerra? Quais são as exigências da Renamo que valem o assassinato de cidadãos inocentes e indefesos? Pessoalmente, não acredito que qualquer das demandas deste Partido, pelo menos aquelas que foram tornadas públicas, valha uma gota de sangue de qualquer moçambicano. Esta guerra é um crime e os seus promotores são criminosos.
Na verdade, gostaria de ver os defensores daquele tese a elaborarem mais sobre alguns aspectos subjacentes nessa ideia. Muitos de nós não conhecemos no detalhe o que a Renamo concretamente quer. Supomos no entando que, fossem razoáveis as exigências, o governo cederia sem necessidade de guerra.
Temos ouvido dizer, por exemplo, que a Renamo quer paridade no exército. Isto significa que a Renamo deveria ter 50% dos efectivos e o governo os restantes 50%. A ser verdade isto, pode-se considerar razoável esta exigência? Então as Forças Armadas transformar-se-iam em coutadas privativas de dois Partidos (Frelimo e Renamo)? E aqueles moçambicanos que não fossem nem membros da Renamo, nem da Frelimo, que direitos teriam, caso tivessem vocação pela carreira militar? E os membros dos outros Partidos, não merecem ser generais, brigadeiros, coroneis, majores, capitães, tenentes, sargentos e soldados da República de Moçambique? Esta exigência pode ser considerada razoável 21 anos depois da assinatura do AGP?
Tenho também ouvido que a Renamo quer paridade nos órgãos eleitorais. 50% dos membros do STAE e da CNE deveriam provir da Renamo e os outros 50% deveriam provir da Frelimo. Parece ser esta uma das exigências. Se a lógica é a de os Partidos partirem em igualdade de circunstâncias para as eleições de 2013 e 2014, o MDM não tem o direito de ter os seus representantes nesses órgãos eleitorais? os restantes trinta e tal Partidos (ou quarenta e tal, não conheço o número) não deveriam, também, ter os seus representantes nos órgãos eleitorais? Ou, de novo, se pensa que Moçambique é coutada da Frelimo e da Renamo?
Eu não conheço o conteúdo do que a Renamo exige no que se convencionou chamar por questões económicas. É a acomodação daquele Partido da oposição no acesso aos recursos do país? A acomodação, se se entender que deve ser feita alguma, deveria ser em função à pertença a Partidos políticos, ou dever-se-ia ver, por mecanismos legais, uma forma de acomodar todos os moçambicanos?
Se a resposta é a de que se deveriam acomodar todos os moçambicanos, existe alguma forma conhecida dessa acomodação, que valha uma guerra, que tenha sido colocada pela Renamo? Alguem conhece os contornos dessa proposta?
Sinto que muitos de nós estamos a justificar a opção da Renamo e a condenar o Presidente da República sem conhecer o que está em jogo. Não acredito que falta de arrogância seja ceder às exigências da outra parte, por mais absurdas que sejam.
Em suma, quais são as exigências da Renamo que valem uma guerra? Quais são as exigências da Renamo que valem o assassinato de cidadãos inocentes e indefesos? Pessoalmente, não acredito que qualquer das demandas deste Partido, pelo menos aquelas que foram tornadas públicas, valha uma gota de sangue de qualquer moçambicano. Esta guerra é um crime e os seus promotores são criminosos.
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