terça-feira, 5 de junho de 2018

Rajoy deixa liderança do PP e convoca congresso extraordinário


Mariano Rajoy foi derrubado da liderança do Governo por uma moção de censura apresentada pelos socialistas. Agora, deixa a liderança do partido.
 Rajoy centrou o seu discurso nas críticas ao novo Governo liderado pelo PSOE
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Rajoy centrou o seu discurso nas críticas ao novo Governo liderado pelo PSOE JUAN CARLOS HIDALGO/EPAMariano Rajoy, até à semana passada presidente do Governo espanhol e líder do Partido Popular (PP), anunciou nesta terça-feira, no Comité Executivo Nacional do partido, que vai abdicar da liderança do PP depois de ter sido destituído do executivo. 
"Durante 37 anos servi o partido", disse na primeira intervenção pública desde que foi derrubado da liderança do Governo espanhol. "Cumpri o meu dever onde me pediram. É o momento de por um ponto final. O PP deve seguir com outro líder. É o melhor para o PP e para mim.
"Tive o privilégio de ser presidente do PP durante 14 anos, os melhores da minha vida política", referiu ainda Rajoy no final do seu discurso.
Ainda antes de anunciar a sua despedida do partido, e na primeira aparição pública desde que foi destituído pela moção de censura apresentada pelo líder socialista Pedro Sánchez, na sequência das sentenças do chamado "caso Gürtel", Rajoy centrou o seu discurso nas críticas ao novo Governo liderado pelo PSOE.
Nos últimos dias cresceu a dúvida sobre que decisão tomaria Rajoy relativamente ao seu futuro na liderança do PP, numa altura em que o partido passou para a oposição e tem de preparar as eleições municipais e autonómicas que se realizam no próximo ano. Vinha sendo noticiado que cada vez mais "barões" do partido defendiam uma mudança para enfrentar os futuros processos eleitorais e também para organizar a oposição ao frágil executivo socialista.
“O PSOE dilapidou toda a sua herança para embarcar num projecto muito incerto e com maus companheiros de viagem. A esquerda mais radical populista e os independentistas sectários”, disse, referindo-se ao apoio que os nacionalistas bascos e independentistas catalães deram a Sánchez e da qual depende agora o socialista para governar, já que conta com apenas 84 deputados.
“Este estigma acompanhará este Governo desde o primeiro momento da sua existência até ao final”, atirou, acrescentando que Sánchez conseguiu reunir uma maioria para derrubar o anterior Governo do PP mas questiona se o conseguirá fazer para governar.
“O Governo nasce com uma debilidade extrema, e surge com um Orçamento que nós aprovámos e a que alguns dos apoios do senhor Sánchez vetaram”, continuou, lembrando que o líder socialista “nunca ganhou umas eleições”. 
Rajoy expressou também preocupação em relação à gestão da situação na Catalunha com um executivo tão frágil e recordou a sua própria actuação na contenção do processo independentista, admitindo, no entanto, “alguns erros”: “Impedimos Puigdemont de ser presidente da Generalitat. Já sei que há opiniões para todos os gostos sobre isto”.
“Provavelmente cometemos alguns erros, mas não há independência”, disse, afirmando ainda que o governo regional catalão “tem o direito a governar se ganha as eleições, mas não pode passar por cima da lei e da vontade dos cidadãos”.

  1. Primeira e última vez que comento aqui. Não sabia que os comentários passavam por um filtro de algum estagiário para liberar ou não a publicação. Pobre "Público" liberdade de expressão só vale quando convém.
    1. tripeiro
        . 
      Sugiro que leia os critérios de publicação para saber como deve escrever os seus comentários. Por exemplo, não é permitido escrever em maiúsculas, o que fez no seu primeiro comentário. Pode encontrar os critérios através do link imediatamente antes dos botões "Submeter" e "Cancelar" que usa para publicar um comentário.
  2. Jose
      
    O governo de PSOE ainda não está completo e já estende a mão ao PP para seguir as suas políticas que são as da austeridade, empobrecimento, precariedade, desemprego, pobreza, asfixia democrática, perseguição, prisão e penalização de democratas e empossados eleitos. É um governo que há revela ter os mesmos defeitos do PP de Rajoy até na corrupção. Contra os democratas não se fazem democracias.
  3. Incompetente
      Banido por comentar no artigo sobre o episódio de racismo na feira do livro 
    Típica esquerda que só se une para mandar abaixo governos estáveis e eleitos democraticamente. E logo o governo de Rajoy que à semelhança do seu homólogo Passos, também deu tanto ao seu país num momento tão difícil. Resta esperar que não aconteça em Espanha o que aconteceu aqui e não vejamos um governo de revoltosos a destruir o que foi feito por grandes estadistas.
    1. Jorge Sm
        Portugal 
      Um comentário todo ele cheio de ironia. Só um cómico de grande craveira pode dizer que passos coelho é um grande estadista e que deu muito ao país (ainda não consegui parar de rir). O mesmo passos coelho que "mandou abaixo um governo estável e eleito democraticamente": o do sócrates.
    2. Esse Jorge Sm é um chapado idiota.A governação de Passos Coelho foi ganha em eleições,depois do amigo Sócrates ter levado o país à bancarrota
  4. Em 4 dias,destruiram um dos melhores governos de Espanha,em nome de uma imprensa facciosa e de.uma "esquerda" que não ganha nas urnas,mas nos golpes.Esperemos um bom período negativo para Espanha,com será para Itália.Depois,não culpem a Merkel
  5. O Mítico
      aparece e a rataria começa logo aos saltos. 
    Lá foi mais um corrupto, sem qualquer vergonha na cara e sem qualquer responsabilidade politica. Não admira, ser um modelo para a direita minoritária.
  6. Jorge Sm
      Portugal 
    Adeus, junta-te à agremiação dos ressabiados.