terça-feira, 26 de junho de 2018

“isto, a liberdade para conduzir, fomos nós, os homens, que vos deram”.

Ainda não são livres, mas agora as sauditas já podem conduzir

Quem mais lutou por este dia não pode festejar a chegada das mulheres da Arábia Saudita ao volante. Num regime autoritário e patriarcal, onde elas são “legalmente menores”, só o tempo trará a igualdade.
 
Quase todas as mulheres que deveriam ser ouvidas para este texto estão detidas ou foram avisadas para não falarem publicamente sobre o dia histórico em que as sauditas ganham um direito comum a todas as mulheres no mundo: conduzir. Um direito que várias activistas sofreram para tornar possível desde o primeiro protesto, em 1990, quando 47 sauditas conduziram no reino.
É um dia feliz, mas não é o fim da segregação das mulheres na Arábia Saudita. Nem do feroz autoritarismo com que o reino é governado, agora às mãos do jovem príncipe herdeiro, Mohammad bin Salman (MBS, como é tratado), que surpreendeu ao prometer reformas e aberturas sem fim.
No que respeita às mulheres, desde que MBS assumiu um poder que nunca nenhum monarca teve, ao longo dos últimos três anos, deixaram de precisar de autorização do seu “guardião” masculino para entrar na universidade ou candidatar-se a alguns empregos.
Ao mesmo tempo, a polícia da moralidade (Brigadas da Promoção da Virtude e Prevenção do Vício) recebeu ordens para não aplicar com tanto rigor as normas que as obrigam a vestir compridas abayas negras (túnicas) e a cobrir os cabelos com hijabs (lenços). Entretanto, começaram a ser autorizados concertos, reabriram os primeiros cinemas em décadas e as mulheres foram admitidas no estádio Cidade Desportiva Rei Salman, em Riad, para assistir a várias partidas de futebol numa zona própria.
Hana al-Khamri, escritora e analista, que viveu toda a vida na Arábia Saudita e trabalhou “como jornalista durante cinco anos num escritório segregado dos colegas”, lamenta que as activistas que mais se bateram por este direito não o possam festejar. “É uma mensagem do sistema autoritário patriarcal saudita, as activistas de direitos humanos e as feministas não devem aspirar a mais mudanças nem desafiar as normas”, diz sobre as 17 mulheres e homens (advogados quase todos) detidos a 15 de Maio – já foram libertadas oito pessoas, mas pelo menos quatro mulheres e cinco homens continuam atrás das grades.
“No mesmo mês do decreto a pôr fim à proibição de conduzir, o rei ordenou às activistas que não comentassem temas de direitos e ficassem em silêncio”, confirma Khamri, que em breve lançará o livro Female Journalist in Gender Apartheid Saudi Arabia. Khamri recorda as 47 “académicas, médicas, empresárias, funcionárias públicas e estudantes” do primeiro protesto, em Riad: “Estas mulheres corajosas foram detidas, viram os passaportes confiscados. Algumas perderam o emprego, outras foram expulsas da escola, todas enfrentaram campanhas de difamação”.
De novo, em 2018
O mesmo acontece agora. Mulheres como Loujain al-Hathloul, Aziza al-Yousef e Eman al-Najfan, que, para além de combater a proibição de conduzir, assinaram uma petição a pedir a abolição do sistema de guardiões, em 2016. São acusadas de ameaçar a segurança do Estado através de “contactos com entidades externas para minar a estabilidade e o tecido social do país”. Chamam-lhes “as agentes das embaixadas”. A Human Rights Watch fala numa “perturbadora campanha de difamação”.
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Saudita estuda para o exame de código da estrada AHMED YOSRI/EPA
Alguns justificam estas detenções com a necessidade de MBS apaziguar os religiosos wahabitas (seguidores de uma versão ortodoxa e literal do islão). Mas a mensagem não deixa de ser algo como “isto, a liberdade para conduzir, fomos nós, os homens, que vos deram”.
Khamri concorda. “Mostra a misoginia do sistema. Nada ameaça a existência do regime autoritário saudita tanto como permitir que as pessoas acreditem que a mudança vem de baixo e acontece graças às mulheres que por ela lutam desde 1990”, explica, numa troca de emails. “O regime teme que se os sauditas acreditarem nisso acabe por enfrentar uma revolução a exigir uma monarquia constitucional, democracia e representação política”.
Mas é óbvio que a autorização para guiar “acontece graças a estas mulheres que desafiaram as normas e preparam a sociedade para ir aceitando as mudanças”. Depois de 1990 vieram os protestos de 2009, 2011 e 2013, sempre seguidos de perseguições. “E, de novo, em 2018, proeminentes activistas dos direitos das mulheres são mantidas ilegalmente sob detenção”, lamenta Khamri.
Em benefício de todos
Hatoon al-Fassi, professora de História das Mulheres na Universidade Rei Saud e colunista, é uma conhecida investigadora que se especializou no pré-islâmico reino Nabateu, onde as mulheres beneficiavam de mais liberdades e direitos do que as sauditas. Esteve envolvida nas campanhas para dar às mulheres o direito a votar e a ser eleitas nas eleições municipais que se realizam desde 2005.
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Hatoon Alfassi, com a sua carta de condução DR
O anúncio de que elas poderiam participar chegou, finalmente, em 2011, mas só foi levado à prática em 2015. Fassi tentou, sem sucesso, organizar sessões de treino e formação política para mulheres. É referida em diferentes notícias como uma das avisadas para não festejar o direito a conduzir, algo que não comenta.
“Acredito que MBS é um pragmático, mas para seu benefício e não para conveniência das sauditas”, diz Hatoon. “Quer desenvolver o país economicamente e há recursos humanos muito qualificados entre as mulheres. Pesou os prós e os contras de dar poder às mulheres para criar uma alternativa aos 11 milhões de estrangeiros [que trabalham] no país”, analisa a professora.
Ora “toda a gente acabou por ganhar, ao mesmo tempo que se melhorava a imagem da Arábia Saudita, ele é esperto e sabe usar a questão das mulheres em benefício de todos”. Mas “parece haver um controlo na atribuição de crédito pela mudança”.
A mãe presa em casa
Khamri é mais directa a avaliar o príncipe que anuncia aberturas internas enquanto se envolve em disputas como o bloqueio ao Qatar ou a sangrenta guerra do Iémen. “MBS não é feminista nem crente na igualdade de géneros. Segundo os serviços secretos dos EUA, pôs a própria mãe em prisão domiciliária, com medo que ela se opusesse às suas acções unilaterais”, recorda a analista.
As aberturas resultam do seu pragmatismo. “O regime enfrenta uma pressão económica significativa desde 2014, exacerbada por ter metade da população inactiva, e entre as mulheres o desemprego é muito alto. Remover obstáculos, como a proibição de conduzir, é uma tentativa para aumentar a produtividade, encorajando a participação das mulheres na força de trabalho”, descreve. “O regime só está interessado em dar poderes às mulheres na medida em que isso servir a sua agenda de sobrevivência”.
Mais: “MBS não é um reformista – como parece externamente –, pelo contrário, é o rosto do Estado neototalitário”.
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Cerimónia de formação das primeiras mulheres inspectoras de acidentes SAUDI ARABIA'S CENTER FOR INTERNACIONAL COMMUNICATION/REUTERS
Os eternos guardiões
A maioria das sauditas sabe que ainda falta quase tudo, mas as que já obtiveram carta de condução (com aulas seis vezes mais caras do que para os homens) e têm carro vão pôr-se à estrada.
Entre o que permanece fora do alcance conta-se a interacção com homens que não sejam familiares (há áreas exclusivas para elas nos transportes públicos, praias, ou parques, e portas separadas nos edifícios públicos ou bancos); a possibilidade de nadar em público (só em ginásios privados e segregados); a participação nos desportos, que nos últimos anos começou a ser autorizada em algumas modalidades; ou o simples acto de experimentar roupa numa loja, entrar num cemitério ou ler uma revista de moda.
Mais importante do que tudo isto é o sistema de guardiões, descrito pela Human Rights Watch como “o mais significativo impedimento para a obtenção de direitos por parte das sauditas”. Todas as mulheres são vistas como tendo um wali masculino, um guardião oficial que costuma ser o pai, um irmão, tio ou marido. Não está em nenhuma lei, mas os serviços do Governo, os tribunais ou os comuns sauditas agem de acordo com o sistema.
Na prática, uma mulher precisa da permissão do seu wali para viajar, assinar contratos, obter um passaporte, casar ou divorciar-se. Por causa disso, é quase impossível a uma saudita apresentar uma queixa por violência doméstica, já que a polícia insiste na autorização do guardião (mesmo se for este o atacante).
“O rei recusou receber o abaixo-assinado organizado por Aziza al-Yousef, foi-lhe dito que voltasse para casa e o enviasse por Fax”, conta Khamri, a propósito da petição a pedir o fim deste sistema. “Isto mostra como os direitos só surgem quando servem os interesses do regime. Neste momento, com as detenções, não vejo nenhuma indicação nesse sentido.” E assim as mulheres permanecem “legalmente menores”.
A professora Fassi está moderadamente optimista. “Para obter a carta de condução não foi preciso a autorização dos guardiões, o que é bastante significativo”, diz. “Mas ainda há muitos espaços por preencher e questões por solucionar. Acredito que o fim do sistema de guardiões é inevitável, é só uma questão de tempo”.
  1. Daqui a uns meses revelam os dados de como, inexplicávelmente, o número de acidentes na estrada aumentou nas arábias. ??
  2. Armando Heleno
      MOGOFORES (Anadia)
    Nunca fui nem espero ir à Arábia Saudita. Estas novidades para as senhoras são ridículas pelos nossos padrõe. No entanto são conquistas fantásticas. O MBS mesmo que quisesse fazer muito mais para além disto e duma só vez (podia fazê-lo) mas para começar será bem melhor, já que tem de enfrentar toda a brigada do reumático que lhe enfernizaria a vida e estragava-lhe o projecto. Quando passar esta onda avança com mais e irá andando. Segundo imagino...
  3. 4a República
      República Bananeira da Tugalândia
    Esta imagem é arrepiante. E há quem defenda a importação de uma religião que faça isto às mulheres (mesmo mulheres!!!). O Islão obriga à sua conversãoa quem casa com um islâmico. E quem abandonar o Islão ou não praticar é condenado à morte. Logo, uma religião que viola o direito à liberdade religiosa inscrito na lei, nos Direitos Humanos, e que faz parte dos nossos valores culturais. Uma religião que inscreve no Corão o direito a violar mulheres não-islâmicas (o que se passa não é um acaso), e a degolação de não-islâmicos (o ISIS e Talibans não inventaram) bem como a condenação à morte por diversos motivos à revelia do sistema de justiça. O Nazismo está proibido. Porque se permite religiões que que apelam à violência e produzem guerras continuas e ininterruptas há 1400 anos se fixem cá?
    1. Vamos importar os governantes e a forma de governo da Arábia Saudita?
    2. 4a República
        República Bananeira da Tugalândia 
      Estamos a caminho disso nas próximas gerações. No Reino Unido e regiões da Bélgica já existem tribunais islâmicos reconhecidos pelas autoridades e que usam a Sharia como lei, em vez das leis nacionais. Tendo em consideração o crescimento exponencial das comunidades islâmicas, seja pelo nascimento ou imigração, e que os seus membros serão sempre fiéis à religião islâmica sob pena de morte, o que pensa que acontecerá? Dê uma olhada a TODOS os países cuja maioria é islâmica e veja o que até por lá se passa. Mesmos os governos laicos são submissos aos lideres religiosos, e até nesses casos há partidos e movimentos clandestinos e até terroristas que tentam impor a governação pela Sharia, que é a única reconhecida no Islão. O Islão é uma religião colonizadora, imperialista e fascizante.
    3. Proença, se a população muçulmana na Europa um dia for numerosa o suficiente para eleger líderes políticos, pode ter a certeza que teremos, não necessariamente um regime tipo saudita, mas bastantes proto-ditadores como Erdogan. Isto porque a História tem demonstrado que a democracia e Islão não combinam.
    4. "No Reino Unido e regiões da Bélgica já existem tribunais islâmicos reconhecidos pelas autoridades e que usam a Sharia como lei, em vez das leis nacionais. " - Quais tribunais? Em quais ruas/bairros/regioes? Com jurisdicao sobre quem? Que autoridades os reconheceram?
    5. Joao
        Portugal 
      Concordo com 4°, mas são conquistas fantásticas embora não seja demasiado optimista. As "democracias ocidentais" têm pactuado e aliado-se a estes regimes de forma escondida e omissa para os seus objectivos próprios, até por exemplo com o regime de castas. E têm atacado com estes terroristas sauditas regimes mais liberais e menos extremistas pelos mesmos objectivos de domínio global. É triste e sebento, levando este extremismo do Mali às Filipinas, salpicando ao de leve a Europa. É triste e sebento não deixarmos esta aliança criminosa e nojenta e darmos mais espaço às mulheres sauditas para resolverem isto. Sempre em paz, sem guerras, sem terroristas.
    6. O Mali que a Europa libertou?
    7. "darmos mais espaço às mulheres sauditas para resolverem isto. Sempre em paz, sem guerras, sem terroristas." - Nada pior e mais hipócrita que um adepto de massacres, ditaduras, ayatollahs e tortura querer fazer passar-se por adepto da paz.
    8. 4a República
        República Bananeira da Tugalândia 
      @Nuno Proenca: Aqui no Público foi noticia que a Lei Britânica reconheceu tribunais islâmicos na resolução de disputas dentro da comunidade paralelos à lei britânica. O Independent tem um artigo longo sobre isso, e até na Wikipedia são mencionados mais de 80 tribunais de Sharia no RU, e também na Alemanha e Grécia. Nestes as mulheres são discriminadas relativamente a casamentos forçados e divórcios, entre outras questões. E noutra noticia um também foram referidos casos na Bélgica. Fora os que agem ilegalmente, com casos conhecidos de assassinatos de mulheres que quebram a lei islâmica por essa Europa fora. Nem é preciso qualquer esforço para se encontrar inúmeros artigos respeitáveis sobre o tema. Deixe de se armar em sonso.
    9. Se não é preciso esforço, podem dizer-me um que não esteja em aparentados do Breitbart, não podem? Qual é o título desse do Independent?
    10. Procurei por Sharia UK no Google. O mais interessante parece-me ser esta reportagem do Guardian (Inside Britain’s sharia councils: hardline and anti-women – or a dignified way to divorce?).
  4. Se as mulheres sauditas imigrarem para aqui para a Europa serão livres... Ah... Espera... Na Europa agora dos extremismos de direita e populismos ser mulher árabe e muçulmana é valer menos que na própria Arábia Saudita... Não era a Europa que costumava ser o farol mundial dos direitos humanos e libertação das mulheres e liberdade religiosa etc etc etc? A União Europeia segue dentro de momentos...
    1. Na minha terra costuma-se dizer, cala-te e não digas baboseiras. Mas porque raio de motivo terá a Europa de ser metida nesta equação? A Europa está a defender-se de comportamentos e atitudes que lhe são estranhos, não da forma como indica: aqui as mulheres sauditas podem conduzir e não são objecto de quaisquer restrições, o que não acontece com qualquer mulher europeia na Arábia Saudita. Também não vai querer que tenhamos de suportar aqui os comportamentos e atitudes que lhes são impostos nos seus países. Ou será que, o que não é aceitável nos seus países, terá de o ser na Europa? Aqui, como é óbvio, terão de comportar-se de acordo com as leis e os costumes dos países europeus e, não querendo ou não gostando, rua.
    2. Comentário absolutamente disparatado o deste Mário Borges. Não tem ponta por onde se lhe pegue.
    3. As leis e costumes de países europeus deviam ser todos serem livres. De andar com cabeça descoberta ou de cabeça tapada. Há quem ache que vamos importar o governo da Arábia Saudita, e não alguns habitantes que apenas querem viver e professar a sua religião e costumes em paz.
    4. O comentário do Proença é bem revelador da abjecta complacência da Esquerda Radical para com os misóginos costumes do Islão. Paradoxalmente, estes Proenças costumam ser os mesmos que estão na linha da frente no apoio às feministas ocidentais na sua luta contra o "patriarcado" e os "privilégios do homem branco"!
    5. 4a República
        República Bananeira da Tugalândia 
      @Nuno Proenca: Não seja (ou arme-se) em ingénuo. A cabeça tapada no Islão não é a última moda da Casa Dior ou Chanel que no ano que vem já ninguém usa. É uma imposição religiosa, inscrita no Corão, que as mulheres são obrigadas a cumprir sob pena de severos castigos em muitos locais. E mesmo quando vêm com a ladainha que elas até querem usar estas roupas, temos que considerar que sofreram uma lavagem cerebral desde crianças, em que quem não se coloca entre a mais porcas das mulheres (isto é, as ocidentais) aos seus próprios olhos e seus pares. E concordo que a maior parte quer apenas viver em paz. O problema é a fácil manipulação e instrumentalização a que os islâmicos estão sujeitos. Basta olhar para o mundo e a história de 1400 anos do islão de consecutiva conquista pela violência.
    6. Para o Joao Sebento sou um "direitote". Para o Vasconcelos sou um "esquerda radical". Nota-se que sabem muito sobre mim.
    7. "luta contra o "patriarcado" e os "privilégios do homem branco"!" - Lol. Primeiro, a cena dos privilégios nao é as feministas que dizem respeito. Segundo, sou dos maiores defensores da liberdade de retirar a obrigatoriedade do véu islamico em países como Irao ou Arábia Saudita que algumas vez conhecerás. Terceiro, entende-te com o outro que disse "E concordo que a maior parte quer apenas viver em paz"
  5. Alforreca Passista
      Anti-liberal fascistas
    O regime saudita é um regime déspota e assassino mas agora elas já podem conduzir!!!!!!!!!
  6. Silvia Mendes
      São Julião Tojal 
    Se só há homens nas estradas sauditas, então os acidentes devem ser mais do que muitos. é que homens ao volante...a foto dá dó.
    1. Armando Heleno
        MOGOFORES (Anadia)
      Por cá soe dizer-se que as senhoras têm menos acidentes que os homens. No entanto muitos dos acidentes têm como causa uma certa condução das senhoras.
  7. "É só uma questão de tempo" No mínimo, ridículo. Contar com o tempo para fazer algo é o anti-progresso, é aprisionar o tempo, é diminuir a expectativa de vida das mulheres, é, para muitas, uma morte precoce. Mas neste caos social que vai muito além das crenças, religiões ou politicas, deve ser lembrada a raiz que mantém este sistema anti-natural, animalesco e intolerável, os wahabitas, eles que MBS,apesar de todo o poder de que foi investido, não pode enfrentar. Eles e a sua ameaça de terror dominam tudo e todos, e não se diga que eles são os velhos, eles dominam de forma abrangente, e até dominam só pelo medo, mesmo sem ameaça, até os reitores de universidades. MBS sabe-o, os americanos agradecem-no, assim nada têm de fazer para dominar, e é preciso que o façam até o petróleo existir.
  8. Escrevi escrevi escrevi. Apaguei. De repente reparei que estava a dar demasiado ênfase à segunda parte do título. A questão era afinal a primeira parte. "Ainda não são livres". Ainda não são livres. Ainda não. Ainda não são. Livres. Livres. Livres.

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