28 de Junho 22h31 - 29 Visitas
Uma semana depois do adiamento da sessão extraordinária, prevalece o braço-de-ferro entre a Frelimo e a Renamo na Assembleia da República. A bancada maioritária exige “sinais concretos” de desarmamento e desmilitarização dos homens da Renamo, como condição para a realização da sessão extraordinária que vai aprovar a revisão da legislação eleitoral para as autárquicas de 10 de Outubro.
Mas Eduardo Mulémbwè diz que mais do que uma exigência, trata-se de um compromisso assumido com a própria Renamo de se avançar às eleições num ambiente livre do “fantasma das armas”, apesar de hoje o partido reagir com surpresa quando confrontada com a questão do desarmamento e desmilitarização dos seus guerrilheiros.
“É um compromisso que se assumiu ao longo dos tempos: vamos às eleições aprofundar a nossa convivência democrática, mas sem receios de que no fim do pleito se alguém não estiver satisfeito com os resultados, volte a ameaçar a estabilidade que experimentamos no país”, explicou.
Membro da Comissão Política e chefe da brigada central para a província de Maputo, Mulémbwè fez notar que para a Frelimo é fundamental emitir-se sinais de estabilidade no país. “Eu creio que todos nós estamos conscientes disso e haverá gente de boa vontade, gente que acha que sim, é preciso que caminhemos para as eleições com as mãos livres das armas”.
Apesar de não haver ainda nenhum sinal do Parlamento para a realização da sessão extraordinária, o membro da Comissão Política acredita que a realização das eleições ainda não está em risco.
“O assunto depende de vários autores, mas creio que se nós podermos encontrar a solução o mais depressa possível, ainda se mantém a data de 10 de Outubro para a realização das eleições. Todos nós temos que fazer o esforço para que o mais cedo possível possa ocorrer esse facto (desarmamento) que nos tranquilize que as eleições vão decorrer num ambiente de paz e que no fim não haja ameaças”, disse.
Eduardo Mulémbwè aceitou responder às perguntas sobre o diferendo que opõe a Frelimo e a Renamo durante a conferência de imprensa, havida esta quinta-feira, sobre os preparativos das eleições de cabeças-de-lista do partido na província de Maputo. “Se o calendário não sofrer qualquer alteração, na próxima semana iremos divulgar os candidatos a cabeças-de-lista”, prometeu.
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