sexta-feira, 29 de junho de 2018

Vazamento premeditado?


Bombardeiro estratégico americano B-52

Analista comenta 'intercepção' da ordem de ataque nuclear dos EUA

© AFP 2018 / EPA PHOTO/PA/TIM OCKENDEN
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Nos EUA radioamadores interceptaram uma ordem de lançamento de mísseis termonucleares. O especialista em assuntos militares Ivan Konovalov afirmou que hoje Washington presta muito mais atenção às forças nucleares do que anteriormente.
Os radioamadores norte-americanos interceptaram as mensagens do comando dos EUA sobre ações de emergência. O sinal interceptado em 27 de junho foi enviado a um bombardeiro estratégico intercontinental B-52 Stratofortress.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Ivan Konovalov comentou esse assunto, opinando que essa “intercepção” poderia ter sido organizada premeditadamente.
"Tais coisas acontecem periodicamente – uma intromissão casual nas mensagens secretas por alguns radioamadores. Isso não acontece pela primeira vez. Mas hoje em dia tais coisas, provavelmente, são organizadas. Há outra versão: que não se tratou de intercepção, mas poderia ser um vazamento premeditado à mídia para tornar pública essa informação e apresentá-la como intercepção. Pode haver muitas versões", revelou ele.
Em geral, essa situação mostra uma nova atitude da Casa Branca e do Pentágono em relação às armas nucleares.
"Os Stratofortress B-52 existem hoje para servir como bombardeiros estratégicos. Podem portar um número bastante grande de mísseis equipados com ogivas nucleares. Os testes do próprio sistema – a chegada da ordem e simulação de uma operação – é uma história comum para os norte-americanos. Eles realizam tal tipo de manobras de forma contínua. Além disso, há manobras que os norte-americanos realizam no âmbito da OTAN para partilhar a responsabilidade nuclear e para que das manobras participem não apenas os países que possuem armas nucleares", explicou ele.
Segundo Konovalov, nos últimos tempos a administração dos EUA têm usado as armas nucleares com muita frequência. Mais do que isso, o presidente dos EUA Donald Trump ordenou que o Pentágono realizasse uma revisão total das armas nucleares e em fevereiro foi apresentada a nova estratégia nuclear dos EUA.
"Hoje os EUA prestam muito mais atenção às armas nucleares que anteriormente. Acredito que isso está ligado à nova atitude do Pentágono e da Casa Branca em relação às armas nucleares", concluiu ele.

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