quinta-feira, 14 de junho de 2018

A MENTIRA ELEITORAL ENVOLVE O CINISMO

Propriedade do Departamento de Informação Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 07.06.2018 * Edição nº 234 Ano 5 continua na pág. 3 Decorreu na Gorongosa, província central de Sofala a 5ª sessão extraordinária da Comissão Política Nacional da RENAMO, alargada ao Estado-maior General e outros quadros seniores deste partido. Nessa reunião ficou decidido que o Tenente general Ossufo Momade, coordenador da Comissão Política Nacional do partido RENAMO, passaria a residir a partir do dia 03 de Junho corrente, domingo último, na Gorongosa, base onde por força maior passou a residir o malogrado Presidente Afonso Dhlakama, que para ali se refugiou depois de diversas tentativas de o assassinar pelo partido no poder em Moçambique. Esta decisão da Comissão Polí- tica Nacional da RENAMO, que pela primeira vez na história do partido contou com a participação do seu braço armado, coincidiu com a passagem dos 30 dias do fatídico acontecimento que tirou a vida do Preisidente Dhlakama, a 03 de Abril passado. O porta-voz da reunião Alfredo Magumisse fez saber que esta deliberação teve efeitos imediatos. Segundo afirmou o porta-voz do encontro, a RENAMO continua aberta ao diálogo e ainda acredita que no interesse de todos serão encontrados mecanismos para a continuação de contactos abertos e permanentes entre as duas partes. Acrescentou ainda que a permanência do Coordenador da Comissão Política Nacional da RENAMO Ossufo Mamade em Gorongosa, visa possibilitar maior concentração para coordenação das actividades do partido. Alfredo Magumisse, referiu igualmente que a continuação do processo de descentralização da Administração Pública, bem como do processo de negociação com o governo do dia para rapidamente se fechar o dossier de assuntos militares, foram passados em revista na última sessão extraordinária da Comissão Política Nacional do partido RENAMO. A Comissão Política da RENAMO exorta aos membros, simpatizantes e a população em geral a manterem a calma, visando a preparação e participação dos processos eleitorais em curso. PRESIDENTE INTERINO DA RENAMO FIXA RESIDÊNCIA NA GORONGOSA 2 Editorial A MENTIRA ELEITORAL ENVOLVE O CINISMO Orecenseamento eleitoral de raiz nos distritos com autarquias levada a cabo pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) através do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) chegou ao fim como estava previsto, no dia 19 de Maio passado. Enquanto o processo decorria, os apetites do partido governamental pela manutenção do poder foram visíveis, com a instrumentalização de alguns brigadistas para impedirem a inscrição de muitos cidadãos, principalmente nas zonas de maior influência da oposição. Aí foi notória a forma como os computadores usados para a captação de dados dos eleitores no recenseamento ficavam propositadamente paralizados sem que existissem motivos justificáveis. Assistimos igualmente os secretários de células do partido no poder nas instituições do Estado a reactivarem os comités que nos fazem lembrar os tempos famosos do Estado monolítico. Eles intimidam os funcionários do Estado e populares residentes em áreas distantes das autarquias. Esses eleitores “fantasmas” eram vistos sendo transportados por viaturas alugadas ou mesmo pertencentes ao partido Frelimo para irem engrossar o número dos eleitores nos cadernos eleitorais. E alguns até chegaram a ser interpelados em flagrante e entregues a polícia e como se sabe, a promiscuidade é tal que os violadores da Lei de seguida eram libertados. Isso é um ilícito! Na verdade, o partido no poder anda a maniatar muitos funcionários públicos obrigando-os para entregar os seus cartões de eleitor para fins inconfessáveis. As ameaças os funcionários públicos envolvem a perca de seus empregos caso deixem de votar naquele partido. Ainda hoje, os partidários da Frelimo continuam a recolher cartões de cidadãos nas suas residências para finalidades desconhecidas. Isso é um ilícito! Interessante é perceber que durante o processo de recenseamento foi verificado o problema de duplas inscrições em muitos locais e ninguém consegue perceber o objectivo de se praticar essa irregularidade. Para quê induzir pessoas para esse ilícito? Aqui não sabemos se é influência partidária ou não. Mas de uma coisa temos certeza: Todas as zonas que se suspeita serem de influência do partido Frelimo conseguiram alcançar metas ambiciosas e suspeitas. O sul do país e a província nortenha de Cabo Delgado, superaram folgadamente as expectativas. Isso é espantoso! Muitos locais que tradicionalmente votaram o partido no poder alcançaram acima de 100% de inscritos. Olhando para esses resultados entendemos sem nenhum esforço que os locais tradicionalmente hostis ao governo do dia, esses não aderiram ao recenseamento dando a ideia de que não têm cultura política. Isso é mentira! Espantosamente ficamos com a ideia de que os computadores avariavam frequentemente nas áreas de maior influência da RENAMO e nas áreas de forte influência frelimista, principalmente a região sul do país não houve avarias. Qualquer justificação que possa ser aventada só pode ser produto de muita mentira e muito cinismo em tudo isso. Isso é de bradar aos céus! Uma palavra que queremos deixar para os funcionários públicos: vocês nasceram para vencer. Não tenham medo de votarem na mudança. Vocês precisam de mudança para melhorar vossa vida. Mudem sim. Não tenham medo. O voto é secreto e é proibido tirarem foto do vosso boletim depois de votarem. Isso é crime eleitoral. Moçambique espera por vocês. Ficha técnica Director:Jeronimo Malagueta; Editor: Gilberto Chirindza; Redacção:Natercia Lopez; Colaboradores: Chefes regionais de informação; Maquetização: Sede Nacional da Renamo Av. Ahmed Sekou Touré nº 657; Email: boletimaperdiz@gmail.com Cells: 829659598, 844034113; www.renamo.org. Nº de Registo 07/GABINFO-DEC/2015 “ANÁLISE DEMOCRATICA” 3 Em conferência de imprensa convocada na sede nacional da RENAMO, na manhã da passada quinta feira, dia 24 de Maio, o coordenador da Comissão Política Nacional do partido Ossufo Momade anunciou a disponibilidade da RENAMO de prosseguir os esforços iniciados pelo Presidente Afonso Dhlakama, tendentes ao alcance da paz duradoira para o país. O General Ossufo Momade tornou conhecidas diante dos órgãos de informação as deliberações saídas da reunião da Comissão Política que lidera sobre o processo negocial com o governo nos seguintes moldes: “A Comissão Política Nacional, reunida em II Sessão Extraordinária, nos dias, 15 e 16 de Maio de 2018, em Maputo, deliberou continuar com o processo de diálogo iniciado pelo saudoso Presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama, para viabilizar o projecto de Revisão Pontual da Constituição da República no âmbito do processo da descentralização para a eleição de governadores provinciais em 2019 e administradores distritais em 2024.” A deliberação da Comissão Política Nacional da RENAMO não deixou de fora as questões militares que igualmente estão na mesa negocial, tendo sido deliberado segundo o Coordenador Ossufo Momade o seguinte: “Prosseguir com o processo do diálogo com o governo, com vista a finalizar o dossier dos assuntos militares que garante a integração dos militares da RENAMO, nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique, na Polícia da República de Moçambique, nos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) e integração do remanescente na vida social.” Na mesma intervenção, o General Ossufo Momade tornou público que brigadas Centrais do Partido RENAMO se deslocarão brevemente a todas as províncias, com a finalidade de imprimir maior dinâmica nos trabalhos de base, para motivar, encorajar e emanar orientações claras para cada momento e fase, cientes dos desafios políticos que se avizinham. Refira-se que as brigadas em causa já estão em movimento nas respectivas províncias de afectação. RENAMO CONTINUARÁ A NEGOCIAR COM O GOVERNO “Vamos Reforçar Contacto com as bases” Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal. Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas Participe! 821075995 ou 840135011 4 COMISSÃO POLÍTICA REUNIDO COM OS DEPUTADOS DA AR No dia 25 de Maio decorreu nas instalações do AFECC Gloria Hotel, sob direcção do coordenador da Comissão Política Nacional Ossufo Momade, uma reunião de despedida dos Deputados da Assembleia da República, que regressam aos seus círculos eleitorais depois que terminou mais uma sessão ordinária daquele Órgão. Um dos aspectos abordados naquela reunião, foi a necessidade de incentivar os deputados da bancada Parlamentar da RENAMO a trabalharem nos seus círculos eleitorais no espírito de união. Ossufo Momade enalteceu os feitos do malogrado Presidente Afonso Dhlakama acentuando que o processo da Revisão Constitucional em curso irá permitir a breve percurso a eleição de governadores provinciais em 2019 e dos administradores distritais em 2024. Considerando que esses avanços constituem ganhos para a democracia multipartidária, que é fruto do trabalho árduo do malogrado Presidente Afonso Dhlakama e agora, que o partido está sem ele tem como obrigação redobrar as actividades junto do eleitorado como forma de se imortalizar o nome do saudoso presidente. O General Ossufo Momad, jurou perante os deputados que iria seguir a risca os ensinamentos do Presidente Dhlakama e acrescentou: “A Comissão polí- tica vai ser dura dentro e fora do partido. E ninguém pode pensar que o partido está fraco e fragilizado”. Falando sobre as questões militares que ainda não se chegou a acordo, disse existirem avanços e que se aguarda o seu desfecho para breve. Esta reunião terminou com o anúncio de que a Comissão Política iria reforçar as actividades políticas nas províncias, como forma de acompanhar passo a passo os trabalhos de base e incentivar os membros a desdobrar-se em actividades partidárias com motivação e união. S ua Excelência Presidente da Assembleia da Repú- blica, Excelsos colegas membros da Comissão Permanente, Ilustres Deputados, Senhor Primeiro Ministro e Comitiva Governamental que o acompanha Distintos Representantes das Autoridades Administrativas, Judiciais, Académicas, Civis, Religiosas e Diplomáticas, Respeitados funcionários e servidores públicos, Prezados Amigos da Comunicação Social, Queridos jovens moçambicanos, Caros Convidados, Moçambicanas, Moçambicanos, Esta sessão ocorre no momento em que Moçambique ainda sofre do choque da grande perda que representou a morte do Presidente Afonso Dhlakama: um homem de princípios, fiel aos valores cristãos que sempre orientaram o seu comportamento cívico, marcado pela dedicação total às causas da liberdade e da democracia. Afonso Dhlakama não foi apenas o presidente de um partido político. Dirigiu a RENAMO, dirigiu organizações internacionais no nosso quadrante político, mas foi sempre, acima de tudo, um cidadão exemplar. Dedicou 42 anos de vida ao serviço do seu Povo, o nosso Povo. Defendeu, até ao último sopro de vida, os direitos fundamentais dos Moçambicanos. Nunca traiu a sua consciência e nunca claudicou na luta pelos interesses do povo humilde que tanto amou. O Presidente Afonso Dhlakama não foi apenas um político respeitado pela sua coerência e integridade. Defensor dos homens, das mulheres, das crianças e dos idosos, Afonso Dhlakama era amado pelo Povo, como se via nas demonstrações de genuína alegria que sempre rodeavam as suas presenças públicas. Como se viu pelas manifestações de dor profunda que o acompanharam na despedida final. Ao longo da uma liderança firme e mobilizadora, permanentemente acompanhada de ensinamentos democráticos, com Afonso Dhlakama aprendemos a saber exigir o respeito pelas nossas liberdades. Saiba que deixou em Moçambique continuadores, homens e mulheres incorruptíveis, que saberão cumprir a missão de defender um país plural. Deixou um partido democrático, implantado em todo o território nacional, assente nos valores da 5 VALORES DA RENAMO SÃO MOTIVO DE ORGULHO Caiu o pano sobre a VII sessão Ordinária da VIII Legislatura da Assembleia da República. Na ocasião, a Chefe da Bancada Parlamentar Da RENAMO, Dra. Maria Ivone Rensamo Bernardo Soares proferiu o discurso que abaixo transcrevemos: NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA continua na pág 5 Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade que haveremos de defender quaisquer que sejam as adversidades que tenhamos de enfrentar. Descanse em Paz, Presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama! Os representantes da RENAMO, a todos os níveis, serão os continuadores da construção democrática para a qual Afonso Dhlakama em boa hora nos convocou, atentos aos problemas e anseios do nosso Povo, fiéis ao mandato que dele recebemos para defender os seus interesses e só os seus interesses, nenhuns outros. Como Afonso Dhlakama nos deu exemplo, haveremos de ser capazes de resistir às tentativas de corrupção, aos apelos do conforto, à tentação de pensar primeiro em nós e só depois nos outros. Afonso Dhlakama foi herdeiro de André Matade Matsangaíssa, fundador da RESISTÊNCIA NACIONAL MOÇAMBICANA e nós somos os seus herdeiros. Desde a sua génese, este movimento de resistência orientou-se por princípios e valores de que nos orgulhamos. E manteve-se intransigente numa praxis política que trouxe a democracia multipartidária ao nosso país. A RENAMO esteve na origem das transformações que nos permitiram fazer a transição de um regime totalitário para a democracia em que hoje vivemos. Hoje, Moçambique é um país que realiza eleições ciclicamente. Ainda há problemas. Mas eu posso estar aqui a expressar-me livremente. É minha obrigação usar este direito, que também devo a Afonso Dhlakama, e dedicar as minhas energias, tal como ele fez, à consolidação do processo democrático. E tal como eu, as centenas de membros que a RENAMO tem nas Assembleias Provinciais, as dezenas de Deputados na Assembleia da República, o autarca que elegemos, os representantes que temos em vários organismos do Estado, temos todos o dever de prosseguir a luta pela construção de uma democracia plena, o caminho a seguir igualmente por todos os membros e simpatizantes. Superámos o regime de partido único, estamos agora no processo de superar o estado de partido único. As estruturas do Estado – a ní- vel local, regional e nacional, e em todas as esferas da administração – devem reflectir a pluralidade política de Moçambique. Como Afonso Dhlakama vinha insistentemente defendendo, a consolidação democrática passa pela nossa presença nas Forças de Defesa e Segurança. Encerrar o dossier sobre as questões militares é nossa agenda, uma agenda nacional. Uma democracia representativa passa por dar verdadeiro poder ao Povo e não pode ser apenas uma sucessão de rituais de realização de eleições sem consequências. Uma democracia sem alternância é apenas um simulacro de democracia. Os Governos e os governantes são julgados nas eleições e não é saudável, nem natural, que ganhem sempre os mesmos, quando o somatório dos resultados de cada mesa de voto dá vantagem a outrem. Quando isso acontece, é sinal de que há disfunções no funcionamento das instituições, distorções na expressão da vontade dos cidadãos e enviesamentos no sistema. Os governos devem mudar e deve haver alternância governativa sempre que o povo expressar, nas eleições, a sua vontade. As eleições não são para dividir os Moçambicanos. São para que os Moçambicanos façam ouvir a sua voz. Os manifestos mais votados devem resultar em planos de governação a serem implementados pelos escolhidos do povo. Dar expressão real e conteúdo concreto à democracia em Moçambique, como sempre nos ensinou Afonso Dhlakama, deve continuar a ser a nossa prioridade. Esta tem de ser a pátria sonhada pelos Moçambicanos tombados nas várias vagas de luta pelas liberdades, iniciadas no tempo de Ngungunhana. Devemos aos nossos irmãos e irmãs, combatentes pela Democracia, no activo e na reserva, uma palavra de gratidão. Dhlakama nunca esteve sozinho, contou convosco nas várias frentes de combate para trazer a democracia a Moçambique. São vossas as vitórias que hoje nos permitem circular livremente pelo território moçambicano, a vós devemos o legado de liberdade religiosa, liberdade de expressão, de reunião, de manifestação, liberdade de resistência, direitos versados na Constituição da República de Moçambique que são uma grande conquista colectiva. Também devemos uma palavra de gratidão aos nossos irmãos e às nossas irmãs, militantes da RENAMO na frente política, fiéis seguidores dos Estatutos do nosso partido, representantes da RENAMO a todos os níveis. Obrigada por toda a vossa dedicação e trabalho árduo levado a cabo dentro e fora do país. Devemos à memória do Presidente Afonso Dhlakama lutar contra a insegurança, a violência e a impunidade que o regime actual tende a perpetuar. O Estado, totalmente controlado pela Frelimo, envelhece com ameaças evidentes às liberdades de pensamento e de expressão. O espaço público para a intervenção de actores não estatais, movimentos cívicos, órgãos de informação privados e académicos que pensam «fora da caixa» frelimista está cada vez mais reduzido. A perseguição política a todos que pensam de forma diversa do regime – e não encaixam no seu esquema ideológico – ganhou proporções alarmantes, sem precedentes, sob o olhar impávido e cúmplice da Procuradoria Geral da República, que devia investigar e esclarecer todos os casos criminais. No horizonte da sociedade moçambicana há duas datas que abrem uma esperança de nos libertarmos da tirania monopartidária no Estado: Outubro de 2018 e Outubro de 2019! Mas para que essa esperança se materialize, é desde já necessário denunciar a preparação de mais uma fraude eleitoral! Temos registo de todos os pontos do país onde o regime mobilizou populações residentes fora das autarquias para se recensearem. Com que finalidade fizeram isto? Sabemos que se preparam para defraudar, uma vez mais, através de manobras ilegais, a expectativa de mudança dos Moçambicanos. Meus senhores: o Povo está atento! Os funcionários públicos estão a sofrer uma coerção para entregarem os seus cartões de eleitor aos serviços de recursos humanos dos departamentos onde trabalham. Mas aprendam, senhores, com o exemplo da última eleição de Nampula: estas manobras não garantem a vitória dos vossos candidatos. O povo moçambicano está cansado da má governação dos últimos 40 anos, daí que nenhum esquema de coerção, intimidação – e muito menos a recolha de cartões de eleitor – vá resultar! A má governação é a causa da gravíssima crise económica e financeira que atravessamos. A carestia de vida que aflige o Povo Moçambicano tem as suas raízes no modelo econó- mico predador que os dirigentes doaparelho de Estado sempre praticaram, a coberto de um discurso político cheio de referências hipócritas aos direitos dos trabalhadores. A prioridade nunca foi o direito dos trabalhadores e a distribuiçãoequilibrada das riquezas nacionais. Bem pelo contrário, como se demonstra pelas assimetrias sociais que o regime criou, geração após geração. A prioridade tem sido fazer ricos sem riqueza própria, gerar capitalistas sem capital, empresários sem continuação da pág 5 6 continua na pág 7 7 empresas, o que conduziu o país ao desastre económico da ganância pelos dinheiros públicos e a rapina dos recursos nacionais, sem olhar às consequências sociais para a população em geral. As dívidas inconstitucionais e ilegais contraídas pelo Governo para a Ematum, MAM e Proindicus são apenas uma parte da história, a mais visível, da prá- tica predadora que se generalizou a todos os níveis do Estado. A pressa da elite governamental em enriquecer-se a si pró- pria faz-se em detrimento da resolução dos problemas dramáticos do povo moçambicano, que ainda vive com cerca de 54% de crianças dos zero aos cinco anos com desnutrição crónica, com níveis de analfabetismo acima dos 55%, com mais de 60% de moçambicanos sem água potável. São números que nos envergonham a todos, mas que têm responsáveis que os tribunais devem julgar e o Povo deve punir nas urnas, em eleições livres e justas, num quadro democrático que tanto custou a começar a construir e continua incompleto. A RENAMO promete ao povo que se vai guiar pelos princí- pios da Boa Governação, Inclusão, Equilíbrio, Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de vida. Os programas de governação da RENAMO contêm os objectivos da Agenda de Desenvolvimento de Moçambique até 2025 e que foi aprovada por consenso na Assembleia da República; a Agenda do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas até 2030; e a Agenda de África até 2063, que Moçambique prometeu cumprir. A RENAMO promete resolver problemas que afligem as populações nas cidades e no campo, como temos dito. Vamos resolver questões como: • A expulsão das comunidades das suas terras; • Os reassentamentos mal feitos; • Os mercados sem estradas de acesso, sem saneamento e sem protecção contra assaltantes; • A falta de mercados nas zonas de produção agrícola e nos bairros suburbanos; • O mau estado das estradas, ou mesmo a falta de estradas, entre as localidades e as sedes distritais e entre as sedes distritais e as capitais provinciais; • A falta de água de boa qualidade nos bairros suburbanos e nas comunidades rurais; • A drenagem das águas das chuvas e das águas negras nas cidades, nos bairros suburbanos e nas comunidades rurais; • A remoção e tratamento do lixo nas cidades e nos bairros suburbanos, bem como o tratamento apropriado do lixo nas comunidades rurais; A fraca qualidade da energia eléctrica que é distribuída nas cidades e nas indústrias; • A falta de educação técnica básica nos bairros suburbanos e nas comunidades rurais; • A falta de escolas técnicas de boa qualidade nas cidades; • A falta de escolas de ensino geral e de hospitais de qualidade; • A falta de oportunidades de emprego; • A destruição das florestas e a matança dos animais bravios; • A fraca protecção das populações contra o crime violento, tanto nas cidades como nas comunidades rurais. A RENAMO garante o respeito pelos direitos humanos; • O problema do trânsito nas cidades, onde não existem ruas alternativas suficientes nem espaço para estacionamento das viaturas. A RENAMO está em condições de prometer esta governação porque tudo isto agora é possível com a descentralização da administração pública. A nova Constituição que foi aprovada na Assembleia da República, e que foi fruto do entendimento alcançado entre S. Exa PAD e o Presidente da República Filipe Nyusi, garante que todas as pessoas, desde que tenham sido recenseadas, possam votar directamente nos governadores provinciais a partir de 2019 e nos administradores distritais da sua preferência a partir de 2024. Esta nova forma de escolher os seus governantes preferidos é, primeiro que tudo, uma vitória do povo moçambicano e de todos os amantes da democracia. Mas devemos sempre lembrar que esta vitó- ria deve-se também ao enorme esforço e sacrifício de vida de muitos dos melhores filhos do povo moçambicano. A RENAMO e o Presidente Dhlakama mostraram ao mundo que não é um grupo liderado por um rebelde foragido da lei. A RENAMO é um partido político maduro, estruturado como partido liberal, fortemente implantado em todo o território nacional como todos sabem. A RENAMO é um Partido com assentos nas assembleias eleitas por sufrágio universal, cuja luta é o reforço da democracia em toda a nação moçambicana e se associa aos esforços de todos os que lutam pela democracia no mundo. A RENAMO é um Partido prestigiado e reconhecido em África e no mundo. Apesar da pesarosa perda do nosso Presidente, a RENAMO continua o mesmo partido forte, que prossegue os mesmos objectivos de lutar pelo Estado de direito, democracia multipartidária e economia de mercado em Moçambique. Foram derrotados todos os que afirmavam que a RENAMO era propriedade pessoal do seu lí- der e que iria desaparecer com ele. A História justifica o facto de Sua Excelência Presidente Afonso Dhlakama ter-se mantido como presidente do Partido. É que ele sempre ganhou todos os pleitos eleitorais. Por que razão iria retirar-se da competição o jogador que sempre venceu? E assim encontramos que a História está escrita com páginas brilhantes sobre os feitos da RENAMO, do seu Presidente, dos seus valorosos militares e de todo o povo moçambicano que sempre nos apoiou. A RENAMO continua empenhada no diálogo para a consolidação e aprofundamento da democracia e conta com o apoio contínuo de todo o povo moçambicano. Reiteramos, que a etapa seguinte neste diálogo é a integração dos militares da RENAMO nas Forças de Defesa e Segurança. Esta etapa, uma vez concluída com êxito, vai abrir uma nova página na história de Moçambique, rumo à reconciliação nacional e paz efectiva. Temos uma palavra de apreço para todos os nossos membros e simpatizantes e, principalmente, para os militares, que pacientemente, com valentia e com confiança absoluta no Presidente do Partido RENAMO conseguiram levar a cabo esta grande tarefa. Bem hajam os militares da RENAMO, que deram as suas vidas para garantir a realização deste sonho. A História tem uma página de glória guardada para estas mulheres e homens de espírito tão nobre. Está então aberta a porta para o povo moçambicano fazer grandes obras e melhorar a qualidade de vida. Para continuarmos com firmeza e segurança, confiamos na Direcção máxima da RENAMO, neste momento liderada pela Comissão Política Nacional, coordenada por Sua Excelência General Ossufo Momade. Que Deus continue a guiar a todos os membros da RENAMO, empenhados nas suas mais diversas actividades e a todo o povo moçambicano. Roguemos a Deus que continue a iluminar a Comissão Política Nacional e o nosso Coordenador na nobre tarefa de garantir o Estado de Direito, a democracia multipartidária, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos moçambicanos. Esta foi a luta da vida do nosso Presidente Afonso Dhlakama. Como diz o General Elias Dhlakama, irmão de Sua Excelência Presidente Afonso Dhlakama, “Dhlakama deu ao povo moçambicano a única vida que tinha”. Por isso, nós, moçambicanos, somos todos sim, Dhlakama. A luta de Dhlakama, será a luta das nossas vidas. Muito obrigada pela vossa prestimosa atenção. 7 continuação da pág 6 8 ALiga Juvenil da RENAMO esteve reunida em Conferência provincial de Maputo cidade no passado sábado, dia 26 de Maio, onde foi eleito João Mazingo, para presidente daquela organização Juvenil da RENAMO a nível desta Cidade. A Conferência contou com a participação de representantes da liga da juventude vindos de vá- rios pontos de Maputo Cidade, onde decorreu o processo de votação. Num exercício democrático João Mazingo foi conduzido ao posto de presidente da Liga da juventude de Maputo Cidade por 24 votos a favor. Num universo de 6 candidatos concorrentes ao cargo provenientes de distritos deste município. Eis os candidatos vencidos com o respectivo nú- mero de votos: Castigo António Mata (14 votos); Hélio Marcos Sive (3); Orlando Muchanga (8); João claudio Chivale (2) e o Mauro Zacarias (7). Pronunciando-se após o sufrágio, o candidato vencedor assegurou que na sua conduta irá pautar pelo cumprimento dos ideais plasmados nos Estatutos do partido RENAMO e da liga Juvenil, com a grande responsabilidade de conquistar mais jovens e através destes jovens elevar a posição do partido RENAMO. Refira-se que esta eleição decorre da incompatibilidade do então presidente Célio Mabjaia que se encontra a exercer outras funções. LIGA JUVENIL DE MAPUTO CIDADE TEM NOVO PRESIDENTE

Sem comentários: