Propriedade do Departamento de Informação
Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 07.06.2018 * Edição nº 234 Ano 5
continua na pág. 3
Decorreu na Gorongosa,
província central
de Sofala a 5ª sessão
extraordinária da
Comissão Política Nacional da
RENAMO, alargada ao Estado-maior
General e outros quadros
seniores deste partido.
Nessa reunião ficou decidido
que o Tenente general Ossufo
Momade, coordenador da
Comissão Política Nacional do
partido RENAMO, passaria a
residir a partir do dia 03 de Junho
corrente, domingo último,
na Gorongosa, base onde por
força maior passou a residir o
malogrado Presidente Afonso
Dhlakama, que para ali se
refugiou depois de diversas
tentativas de o assassinar pelo
partido no poder em Moçambique.
Esta decisão da Comissão Polí-
tica Nacional da RENAMO, que
pela primeira vez na história
do partido contou com a participação
do seu braço armado,
coincidiu com a passagem
dos 30 dias do fatídico acontecimento
que tirou a vida do
Preisidente Dhlakama, a 03 de
Abril passado.
O porta-voz da reunião Alfredo
Magumisse fez saber que esta
deliberação teve efeitos imediatos.
Segundo afirmou o porta-voz
do encontro, a RENAMO continua
aberta ao diálogo e ainda
acredita que no interesse de
todos serão encontrados mecanismos
para a continuação
de contactos abertos e permanentes
entre as duas partes.
Acrescentou ainda que a permanência
do Coordenador da
Comissão Política Nacional da
RENAMO Ossufo Mamade em
Gorongosa, visa possibilitar
maior concentração para coordenação
das actividades do
partido.
Alfredo Magumisse, referiu
igualmente que a continuação
do processo de descentralização
da Administração Pública,
bem como do processo de negociação
com o governo do dia
para rapidamente se fechar o
dossier de assuntos militares,
foram passados em revista na
última sessão extraordinária
da Comissão Política Nacional
do partido RENAMO.
A Comissão Política da RENAMO
exorta aos membros,
simpatizantes e a população
em geral a manterem a calma,
visando a preparação e participação
dos processos eleitorais
em curso.
PRESIDENTE
INTERINO DA
RENAMO
FIXA
RESIDÊNCIA
NA
GORONGOSA
2
Editorial
A MENTIRA ELEITORAL
ENVOLVE O CINISMO
Orecenseamento eleitoral de raiz nos
distritos com autarquias levada a cabo
pela Comissão Nacional de Eleições
(CNE) através do Secretariado Técnico de
Administração Eleitoral (STAE) chegou ao fim como
estava previsto, no dia 19 de Maio passado.
Enquanto o processo decorria, os apetites do
partido governamental pela manutenção do poder
foram visíveis, com a instrumentalização de alguns
brigadistas para impedirem a inscrição de muitos
cidadãos, principalmente nas zonas de maior
influência da oposição. Aí foi notória a forma
como os computadores usados para a captação
de dados dos eleitores no recenseamento ficavam
propositadamente paralizados sem que existissem
motivos justificáveis.
Assistimos igualmente os secretários de células
do partido no poder nas instituições do Estado a
reactivarem os comités que nos fazem lembrar
os tempos famosos do Estado monolítico. Eles
intimidam os funcionários do Estado e populares
residentes em áreas distantes das autarquias.
Esses eleitores “fantasmas” eram vistos sendo
transportados por viaturas alugadas ou mesmo
pertencentes ao partido Frelimo para irem
engrossar o número dos eleitores nos cadernos
eleitorais. E alguns até chegaram a ser interpelados
em flagrante e entregues a polícia e como se sabe,
a promiscuidade é tal que os violadores da Lei de
seguida eram libertados. Isso é um ilícito!
Na verdade, o partido no poder anda a maniatar
muitos funcionários públicos obrigando-os para
entregar os seus cartões de eleitor para fins
inconfessáveis. As ameaças os funcionários
públicos envolvem a perca de seus empregos caso
deixem de votar naquele partido. Ainda hoje,
os partidários da Frelimo continuam a recolher
cartões de cidadãos nas suas residências para
finalidades desconhecidas. Isso é um ilícito!
Interessante é perceber que durante o processo
de recenseamento foi verificado o problema de
duplas inscrições em muitos locais e ninguém
consegue perceber o objectivo de se praticar essa
irregularidade. Para quê induzir pessoas para esse
ilícito? Aqui não sabemos se é influência partidária
ou não. Mas de uma coisa temos certeza: Todas
as zonas que se suspeita serem de influência do
partido Frelimo conseguiram alcançar metas
ambiciosas e suspeitas.
O sul do país e a província nortenha de Cabo
Delgado, superaram folgadamente as expectativas.
Isso é espantoso! Muitos locais que tradicionalmente
votaram o partido no poder alcançaram acima de
100% de inscritos. Olhando para esses resultados
entendemos sem nenhum esforço que os locais
tradicionalmente hostis ao governo do dia, esses
não aderiram ao recenseamento dando a ideia de
que não têm cultura política. Isso é mentira!
Espantosamente ficamos com a ideia de que os
computadores avariavam frequentemente nas
áreas de maior influência da RENAMO e nas áreas
de forte influência frelimista, principalmente a
região sul do país não houve avarias. Qualquer
justificação que possa ser aventada só pode ser
produto de muita mentira e muito cinismo em tudo
isso. Isso é de bradar aos céus!
Uma palavra que queremos deixar para os
funcionários públicos: vocês nasceram para vencer.
Não tenham medo de votarem na mudança. Vocês
precisam de mudança para melhorar vossa vida.
Mudem sim. Não tenham medo. O voto é secreto
e é proibido tirarem foto do vosso boletim depois
de votarem. Isso é crime eleitoral. Moçambique
espera por vocês.
Ficha técnica
Director:Jeronimo Malagueta;
Editor: Gilberto Chirindza;
Redacção:Natercia Lopez;
Colaboradores: Chefes regionais de informação;
Maquetização: Sede Nacional da Renamo
Av. Ahmed Sekou Touré nº 657;
Email: boletimaperdiz@gmail.com
Cells: 829659598, 844034113;
www.renamo.org.
Nº de Registo
07/GABINFO-DEC/2015
“ANÁLISE DEMOCRATICA”
3
Em conferência de imprensa
convocada na
sede nacional da RENAMO,
na manhã da passada
quinta feira, dia 24 de Maio,
o coordenador da Comissão
Política Nacional do partido
Ossufo Momade anunciou a
disponibilidade da RENAMO
de prosseguir os esforços iniciados
pelo Presidente Afonso
Dhlakama, tendentes ao
alcance da paz duradoira para
o país.
O General Ossufo Momade
tornou conhecidas diante
dos órgãos de informação as
deliberações saídas da reunião
da Comissão Política
que lidera sobre o processo
negocial com o governo nos
seguintes moldes: “A Comissão
Política Nacional, reunida
em II Sessão Extraordinária,
nos dias, 15 e 16 de Maio de
2018, em Maputo, deliberou
continuar com o processo de
diálogo iniciado pelo saudoso
Presidente Afonso Macacho
Marceta Dhlakama, para viabilizar
o projecto de Revisão
Pontual da Constituição da
República no âmbito do processo
da descentralização
para a eleição de governadores
provinciais em 2019 e
administradores distritais em
2024.”
A deliberação da Comissão
Política Nacional da RENAMO
não deixou de fora as questões
militares que igualmente
estão na mesa negocial, tendo
sido deliberado segundo
o Coordenador Ossufo Momade
o seguinte: “Prosseguir
com o processo do diálogo
com o governo, com vista a
finalizar o dossier dos assuntos
militares que garante a integração
dos militares da RENAMO,
nas Forças Armadas
de Defesa de Moçambique,
na Polícia da República de
Moçambique, nos Serviços
de Informação e Segurança
do Estado (SISE) e integração
do remanescente na vida social.”
Na mesma intervenção, o General
Ossufo Momade tornou
público que brigadas Centrais
do Partido RENAMO se deslocarão
brevemente a todas as
províncias, com a finalidade
de imprimir maior dinâmica
nos trabalhos de base, para
motivar, encorajar e emanar
orientações claras para cada
momento e fase, cientes dos
desafios políticos que se avizinham.
Refira-se que as brigadas em
causa já estão em movimento
nas respectivas províncias de
afectação.
RENAMO CONTINUARÁ A
NEGOCIAR COM O GOVERNO
“Vamos Reforçar Contacto com as bases”
Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal.
Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra
Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas
Participe! 821075995 ou 840135011
4
COMISSÃO POLÍTICA
REUNIDO COM OS
DEPUTADOS DA AR
No dia 25 de Maio decorreu
nas instalações
do AFECC Gloria
Hotel, sob direcção do
coordenador da Comissão
Política Nacional Ossufo
Momade, uma reunião de
despedida dos Deputados
da Assembleia da República,
que regressam aos seus
círculos eleitorais depois
que terminou mais uma
sessão ordinária daquele
Órgão.
Um dos aspectos abordados
naquela reunião, foi a
necessidade de incentivar
os deputados da bancada
Parlamentar da RENAMO
a trabalharem nos seus círculos
eleitorais no espírito
de união.
Ossufo Momade enalteceu
os feitos do malogrado
Presidente Afonso Dhlakama
acentuando que o
processo da Revisão Constitucional
em curso irá
permitir a breve percurso
a eleição de governadores
provinciais em 2019 e dos
administradores distritais
em 2024. Considerando
que esses avanços constituem
ganhos para a democracia
multipartidária, que
é fruto do trabalho árduo
do malogrado Presidente
Afonso Dhlakama e agora,
que o partido está sem ele
tem como obrigação redobrar
as actividades junto
do eleitorado como forma
de se imortalizar o nome
do saudoso presidente.
O General Ossufo Momad,
jurou perante os deputados
que iria seguir a risca
os ensinamentos do Presidente
Dhlakama e acrescentou:
“A Comissão polí-
tica vai ser dura dentro e
fora do partido. E ninguém
pode pensar que o partido
está fraco e fragilizado”.
Falando sobre as questões
militares que ainda não
se chegou a acordo, disse
existirem avanços e que
se aguarda o seu desfecho
para breve.
Esta reunião terminou com
o anúncio de que a Comissão
Política iria reforçar as
actividades políticas nas
províncias, como forma de
acompanhar passo a passo
os trabalhos de base e
incentivar os membros a
desdobrar-se em actividades
partidárias com motivação
e união.
S
ua Excelência Presidente
da Assembleia da Repú-
blica,
Excelsos colegas membros da
Comissão Permanente,
Ilustres Deputados,
Senhor Primeiro Ministro e Comitiva
Governamental que o
acompanha
Distintos Representantes das
Autoridades Administrativas,
Judiciais, Académicas, Civis, Religiosas
e Diplomáticas,
Respeitados funcionários e servidores
públicos,
Prezados Amigos da Comunicação
Social,
Queridos jovens moçambicanos,
Caros Convidados,
Moçambicanas,
Moçambicanos,
Esta sessão ocorre no momento
em que Moçambique ainda
sofre do choque da grande
perda que representou a morte
do Presidente Afonso Dhlakama:
um homem de princípios,
fiel aos valores cristãos que
sempre orientaram o seu comportamento
cívico, marcado
pela dedicação total às causas
da liberdade e da democracia.
Afonso Dhlakama não foi apenas
o presidente de um partido
político.
Dirigiu a RENAMO, dirigiu organizações
internacionais no
nosso quadrante político, mas
foi sempre, acima de tudo, um
cidadão exemplar.
Dedicou 42 anos de vida ao
serviço do seu Povo, o nosso
Povo.
Defendeu, até ao último sopro
de vida, os direitos fundamentais
dos Moçambicanos.
Nunca traiu a sua consciência
e nunca claudicou na luta pelos
interesses do povo humilde
que tanto amou.
O Presidente Afonso Dhlakama
não foi apenas um político respeitado
pela sua coerência e
integridade.
Defensor dos homens, das
mulheres, das crianças e dos
idosos, Afonso Dhlakama era
amado pelo Povo, como se via
nas demonstrações de genuína
alegria que sempre rodeavam
as suas presenças públicas.
Como se viu pelas manifestações
de dor profunda que o
acompanharam na despedida
final.
Ao longo da uma liderança firme
e mobilizadora, permanentemente
acompanhada de ensinamentos
democráticos, com
Afonso Dhlakama aprendemos
a saber exigir o respeito pelas
nossas liberdades.
Saiba que deixou em Moçambique
continuadores, homens
e mulheres incorruptíveis, que
saberão cumprir a missão de
defender um país plural.
Deixou um partido democrático,
implantado em todo o território
nacional, assente nos
valores da
5
VALORES DA RENAMO SÃO MOTIVO DE
ORGULHO
Caiu o pano sobre a VII sessão Ordinária da VIII Legislatura da Assembleia da República. Na
ocasião, a Chefe da Bancada Parlamentar Da RENAMO, Dra. Maria Ivone Rensamo
Bernardo Soares proferiu o discurso que abaixo transcrevemos:
NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
continua na pág 5
Liberdade,
da Igualdade e da Fraternidade
que haveremos de defender
quaisquer que sejam as
adversidades que tenhamos de
enfrentar.
Descanse em Paz, Presidente
Afonso Macacho Marceta
Dhlakama!
Os representantes da RENAMO,
a todos os níveis, serão os
continuadores da construção
democrática para a qual Afonso
Dhlakama em boa hora nos
convocou, atentos aos problemas
e anseios do nosso Povo,
fiéis ao mandato que dele recebemos
para defender os seus
interesses e só os seus interesses,
nenhuns outros.
Como Afonso Dhlakama nos
deu exemplo, haveremos de
ser capazes de resistir às tentativas
de corrupção, aos apelos
do conforto, à tentação de pensar
primeiro em nós e só depois
nos outros.
Afonso Dhlakama foi herdeiro
de André Matade Matsangaíssa,
fundador da RESISTÊNCIA
NACIONAL MOÇAMBICANA e
nós somos os seus herdeiros.
Desde a sua génese, este movimento
de resistência orientou-se
por princípios e valores de
que nos orgulhamos.
E manteve-se intransigente
numa praxis política que trouxe
a democracia multipartidária
ao nosso país.
A RENAMO esteve na origem
das transformações que nos
permitiram fazer a transição
de um regime totalitário para
a democracia em que hoje vivemos.
Hoje, Moçambique é um país
que realiza eleições ciclicamente.
Ainda há problemas.
Mas eu posso estar aqui a expressar-me
livremente.
É minha obrigação usar este
direito, que também devo a
Afonso Dhlakama, e dedicar as
minhas energias, tal como ele
fez, à consolidação do processo
democrático.
E tal como eu, as centenas de
membros que a RENAMO tem
nas Assembleias Provinciais,
as dezenas de Deputados na
Assembleia da República, o autarca
que elegemos, os representantes
que temos em vários
organismos do Estado, temos
todos o dever de prosseguir a
luta pela construção de uma
democracia plena, o caminho a
seguir igualmente por todos os
membros e simpatizantes.
Superámos o regime de partido
único, estamos agora no processo
de superar o estado de
partido único.
As estruturas do Estado – a ní-
vel local, regional e nacional, e
em todas as esferas da administração
– devem reflectir a
pluralidade política de Moçambique.
Como Afonso Dhlakama vinha
insistentemente defendendo,
a consolidação democrática
passa pela nossa presença nas
Forças de Defesa e Segurança.
Encerrar o dossier sobre as
questões militares é nossa
agenda, uma agenda nacional.
Uma democracia representativa
passa por dar verdadeiro
poder ao Povo e não pode ser
apenas uma sucessão de rituais
de realização de eleições sem
consequências.
Uma democracia sem alternância
é apenas um simulacro de
democracia.
Os Governos e os governantes
são julgados nas eleições e não
é saudável, nem natural, que
ganhem sempre os mesmos,
quando o somatório dos resultados
de cada mesa de voto dá
vantagem a outrem.
Quando isso acontece, é sinal
de que há disfunções no funcionamento
das instituições,
distorções na expressão da
vontade dos cidadãos e enviesamentos
no sistema.
Os governos devem mudar
e deve haver alternância governativa
sempre que o povo
expressar, nas eleições, a sua
vontade.
As eleições não são para dividir
os Moçambicanos. São para
que os Moçambicanos façam
ouvir a sua voz.
Os manifestos mais votados
devem resultar em planos de
governação a serem implementados
pelos escolhidos do povo.
Dar expressão real e conteúdo
concreto à democracia em Moçambique,
como sempre nos
ensinou Afonso Dhlakama, deve
continuar a ser a nossa prioridade.
Esta tem de ser a pátria sonhada
pelos Moçambicanos tombados
nas várias vagas de luta
pelas liberdades, iniciadas no
tempo de Ngungunhana.
Devemos aos nossos irmãos e
irmãs, combatentes pela Democracia,
no activo e na reserva,
uma palavra de gratidão.
Dhlakama nunca esteve sozinho,
contou convosco nas várias
frentes de combate para trazer
a democracia a Moçambique.
São vossas as vitórias que hoje
nos permitem circular livremente
pelo território moçambicano,
a vós devemos o legado de
liberdade religiosa, liberdade
de expressão, de reunião, de
manifestação, liberdade de
resistência, direitos versados
na Constituição da República
de Moçambique que são uma
grande conquista colectiva.
Também devemos uma palavra
de gratidão aos nossos irmãos
e às nossas irmãs, militantes da
RENAMO na frente política, fiéis
seguidores dos Estatutos do
nosso partido, representantes
da RENAMO a todos os níveis.
Obrigada por toda a vossa dedicação
e trabalho árduo levado a
cabo dentro e fora do país.
Devemos à memória do Presidente
Afonso Dhlakama lutar
contra a insegurança, a violência
e a impunidade que o regime
actual tende a perpetuar.
O Estado, totalmente controlado
pela Frelimo, envelhece com
ameaças evidentes às liberdades
de pensamento e de expressão.
O espaço público para a
intervenção de actores não estatais,
movimentos cívicos, órgãos
de informação privados e
académicos que pensam «fora
da caixa» frelimista está cada
vez mais reduzido.
A perseguição política a todos
que pensam de forma diversa
do regime – e não encaixam no
seu esquema ideológico – ganhou
proporções alarmantes,
sem precedentes, sob o olhar
impávido e cúmplice da Procuradoria
Geral da República, que
devia investigar e esclarecer todos
os casos criminais.
No horizonte da sociedade moçambicana
há duas datas que
abrem uma esperança de nos
libertarmos da tirania monopartidária
no Estado: Outubro
de 2018 e Outubro de 2019!
Mas para que essa esperança
se materialize, é desde já necessário
denunciar a preparação
de mais uma fraude eleitoral!
Temos registo de todos os pontos
do país onde o regime mobilizou
populações residentes
fora das autarquias para se recensearem.
Com que finalidade fizeram
isto?
Sabemos que se preparam
para defraudar, uma vez mais,
através de manobras ilegais,
a expectativa de mudança dos
Moçambicanos.
Meus senhores: o Povo está
atento!
Os funcionários públicos estão
a sofrer uma coerção para entregarem
os seus cartões de
eleitor aos serviços de recursos
humanos dos departamentos
onde trabalham.
Mas aprendam, senhores, com
o exemplo da última eleição de
Nampula: estas manobras não
garantem a vitória dos vossos
candidatos.
O povo moçambicano está cansado
da má governação dos últimos
40 anos, daí que nenhum
esquema de coerção, intimidação
– e muito menos a recolha
de cartões de eleitor – vá resultar!
A má governação é a causa da
gravíssima crise económica e
financeira que atravessamos.
A carestia de vida que aflige
o Povo Moçambicano tem as
suas raízes no modelo econó-
mico predador que os dirigentes
doaparelho de
Estado sempre praticaram, a
coberto de um discurso político
cheio de referências hipócritas
aos direitos dos trabalhadores.
A prioridade nunca foi o direito
dos trabalhadores e a distribuiçãoequilibrada
das riquezas nacionais.
Bem pelo contrário, como se
demonstra pelas assimetrias
sociais que o regime criou, geração
após geração.
A prioridade tem sido fazer ricos
sem riqueza própria, gerar
capitalistas sem capital, empresários
sem
continuação da pág 5
6
continua na pág 7
7
empresas,
o que conduziu o país ao desastre
económico da ganância
pelos dinheiros públicos e a
rapina dos recursos nacionais,
sem olhar às consequências
sociais para a população em
geral.
As dívidas inconstitucionais e
ilegais contraídas pelo Governo
para a Ematum, MAM e Proindicus
são apenas uma parte da
história, a mais visível, da prá-
tica predadora que se generalizou
a todos os níveis do Estado.
A pressa da elite governamental
em enriquecer-se a si pró-
pria faz-se em detrimento da
resolução dos problemas dramáticos
do povo moçambicano,
que ainda vive com cerca de
54% de crianças dos zero aos
cinco anos com desnutrição
crónica, com níveis de analfabetismo
acima dos 55%, com
mais de 60% de moçambicanos
sem água potável.
São números que nos envergonham
a todos, mas que têm
responsáveis que os tribunais
devem julgar e o Povo deve
punir nas urnas, em eleições
livres e justas, num quadro democrático
que tanto custou a
começar a construir e continua
incompleto.
A RENAMO promete ao povo
que se vai guiar pelos princí-
pios da Boa Governação, Inclusão,
Equilíbrio, Desenvolvimento
Sustentável e Qualidade de
vida.
Os programas de governação
da RENAMO contêm os objectivos
da Agenda de Desenvolvimento
de Moçambique até
2025 e que foi aprovada por
consenso na Assembleia da
República; a Agenda do Desenvolvimento
Sustentável das
Nações Unidas até 2030; e a
Agenda de África até 2063, que
Moçambique prometeu cumprir.
A RENAMO promete resolver
problemas que afligem as populações
nas cidades e no campo,
como temos dito. Vamos
resolver questões como:
• A expulsão das comunidades
das suas terras;
• Os reassentamentos mal feitos;
• Os mercados sem estradas de
acesso, sem saneamento e sem
protecção contra assaltantes;
• A falta de mercados nas zonas
de produção agrícola e nos
bairros suburbanos;
• O mau estado das estradas,
ou mesmo a falta de estradas,
entre as localidades e as sedes
distritais e entre as sedes distritais
e as capitais provinciais;
• A falta de água de boa qualidade
nos bairros suburbanos e
nas comunidades rurais;
• A drenagem das águas das
chuvas e das águas negras nas
cidades, nos bairros suburbanos
e nas comunidades rurais;
• A remoção e tratamento do
lixo nas cidades e nos bairros
suburbanos, bem como o tratamento
apropriado do lixo nas
comunidades rurais; A fraca
qualidade da energia eléctrica
que é distribuída nas cidades e
nas indústrias;
• A falta de educação técnica
básica nos bairros suburbanos
e nas comunidades rurais;
• A falta de escolas técnicas de
boa qualidade nas cidades;
• A falta de escolas de ensino
geral e de hospitais de qualidade;
• A falta de oportunidades de
emprego;
• A destruição das florestas e a
matança dos animais bravios;
• A fraca protecção das populações
contra o crime violento,
tanto nas cidades como nas comunidades
rurais. A RENAMO
garante o respeito pelos direitos
humanos;
• O problema do trânsito nas
cidades, onde não existem ruas
alternativas suficientes nem espaço
para estacionamento das
viaturas.
A RENAMO está em condições
de prometer esta governação
porque tudo isto agora é possível
com a descentralização da
administração pública. A nova
Constituição que foi aprovada
na Assembleia da República, e
que foi fruto do entendimento
alcançado entre S. Exa PAD e
o Presidente da República Filipe
Nyusi, garante que todas
as pessoas, desde que tenham
sido recenseadas, possam votar
directamente nos governadores
provinciais a partir de
2019 e nos administradores distritais
da sua preferência a partir
de 2024. Esta nova forma de
escolher os seus governantes
preferidos é, primeiro que tudo,
uma vitória do povo moçambicano
e de todos os amantes
da democracia. Mas devemos
sempre lembrar que esta vitó-
ria deve-se também ao enorme
esforço e sacrifício de vida de
muitos dos melhores filhos do
povo moçambicano.
A RENAMO e o Presidente
Dhlakama mostraram ao mundo
que não é um grupo liderado
por um rebelde foragido da lei.
A RENAMO é um partido político
maduro, estruturado como
partido liberal, fortemente implantado
em todo o território
nacional como todos sabem.
A RENAMO é um Partido com
assentos nas assembleias eleitas
por sufrágio universal, cuja
luta é o reforço da democracia
em toda a nação moçambicana
e se associa aos esforços de
todos os que lutam pela democracia
no mundo. A RENAMO é
um Partido prestigiado e reconhecido
em África e no mundo.
Apesar da pesarosa perda do
nosso Presidente, a RENAMO
continua o mesmo partido forte,
que prossegue os mesmos
objectivos de lutar pelo Estado
de direito, democracia multipartidária
e economia de mercado
em Moçambique.
Foram derrotados todos os que
afirmavam que a RENAMO era
propriedade pessoal do seu lí-
der e que iria desaparecer com
ele. A História justifica o facto
de Sua Excelência Presidente
Afonso Dhlakama ter-se mantido
como presidente do Partido.
É que ele sempre ganhou todos
os pleitos eleitorais. Por que
razão iria retirar-se da competição
o jogador que sempre
venceu?
E assim encontramos que a História
está escrita com páginas
brilhantes sobre os feitos da
RENAMO, do seu Presidente,
dos seus valorosos militares e
de todo o povo moçambicano
que sempre nos apoiou.
A RENAMO continua empenhada
no diálogo para a consolidação
e aprofundamento
da democracia e conta com o
apoio contínuo de todo o povo
moçambicano. Reiteramos, que
a etapa seguinte neste diálogo
é a integração dos militares
da RENAMO nas Forças de Defesa
e Segurança. Esta etapa,
uma vez concluída com êxito,
vai abrir uma nova página na
história de Moçambique, rumo
à reconciliação nacional e paz
efectiva.
Temos uma palavra de apreço
para todos os nossos membros
e simpatizantes e, principalmente,
para os militares, que
pacientemente, com valentia
e com confiança absoluta no
Presidente do Partido RENAMO
conseguiram levar a cabo esta
grande tarefa. Bem hajam os
militares da RENAMO, que deram
as suas vidas para garantir
a realização deste sonho. A História
tem uma página de glória
guardada para estas mulheres
e homens de espírito tão nobre.
Está então aberta a porta para
o povo moçambicano fazer
grandes obras e melhorar a
qualidade de vida. Para continuarmos
com firmeza e segurança,
confiamos na Direcção
máxima da RENAMO, neste
momento liderada pela Comissão
Política Nacional, coordenada
por Sua Excelência General
Ossufo Momade.
Que Deus continue a guiar a todos
os membros da RENAMO,
empenhados nas suas mais diversas
actividades e a todo o
povo moçambicano.
Roguemos a Deus que continue
a iluminar a Comissão
Política Nacional e o nosso Coordenador
na nobre tarefa de
garantir o Estado de Direito, a
democracia multipartidária, o
desenvolvimento sustentável
e a qualidade de vida dos moçambicanos.
Esta foi a luta da vida do nosso
Presidente Afonso Dhlakama.
Como diz o General Elias
Dhlakama, irmão de Sua Excelência
Presidente Afonso
Dhlakama, “Dhlakama deu ao
povo moçambicano a única
vida que tinha”.
Por isso, nós, moçambicanos,
somos todos sim, Dhlakama.
A luta de Dhlakama, será a luta
das nossas vidas.
Muito obrigada pela vossa
prestimosa atenção.
7
continuação da pág 6
8
ALiga Juvenil da RENAMO
esteve reunida
em Conferência
provincial de Maputo
cidade no passado sábado,
dia 26 de Maio, onde
foi eleito João Mazingo,
para presidente daquela
organização Juvenil da
RENAMO a nível desta Cidade.
A Conferência contou
com a participação de
representantes da liga da
juventude vindos de vá-
rios pontos de Maputo
Cidade, onde decorreu
o processo de votação.
Num exercício democrático
João Mazingo foi
conduzido ao posto de
presidente da Liga da juventude
de Maputo Cidade
por 24 votos a favor.
Num universo de 6
candidatos concorrentes
ao cargo provenientes de
distritos deste município.
Eis os candidatos vencidos
com o respectivo nú-
mero de votos: Castigo
António Mata (14 votos);
Hélio Marcos Sive (3); Orlando
Muchanga (8); João
claudio Chivale (2) e o
Mauro Zacarias (7).
Pronunciando-se após
o sufrágio, o candidato
vencedor assegurou que
na sua conduta irá pautar
pelo cumprimento
dos ideais plasmados nos
Estatutos do partido RENAMO
e da liga Juvenil,
com a grande responsabilidade
de conquistar mais
jovens e através destes
jovens elevar a posição
do partido RENAMO.
Refira-se que esta eleição
decorre da incompatibilidade
do então presidente
Célio Mabjaia que se
encontra a exercer outras
funções.
LIGA JUVENIL DE MAPUTO CIDADE TEM
NOVO PRESIDENTE
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