Semanário | Ano IV | Edição 164 Data: 02 / Junho / 2018
40% de empresas
em “queda livre”
OLÁ PAZ
PUBLICIDADE ENGANOSA
CONSTRUÇÃO CIVIL
INAE põe ponto final
ROUBO DE BAGAGENS
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Macro Segurança
iliba LAM
40% de empresas
em “queda livre” “queda livre queda livre queda livre”
02 02 de Junho de 2018
Cooperação
Os políticos
americanos
referiram que há
espaço para mais
investimentos seus
em Moçambique
na protecção da
biodiversidade que
nos caracteriza,
olhando para a
proteção de
tartarugas e outros
animais marinhos.
“
Nyusi quer força americana nos
projectos ambientais
O e s t a d i s t a
moçamb
i c a n o
r e c e b e u
na última
quarta uma delegação de
congressistas norte-americanos
representantes de
dois partidos, democrata e
republicano, com os quais
discutiu aspectos importantes
ligados à protecção
do meio ambiente, principalmente
em projectos de
exploração mineira, uma
área em que os americanos
estão representados pela
Anadarko e ExxnolMobil,
nas plataformas de gás no
norte de Moçambique.
Par a isso, prevê – se que
os políticos americanos
vão escalar projectos da
indústria extractiva onde
actuam activamente para
se inteirarem do cumprimento
pelos executores,
das rúbricas ambientais
aprovadas por mecanismos
internacionais que
espelham para a emissão
de menos gases tóxicos na
atmosfera.
De acordo com o estadista
moçambicano, com
os americanos precisamos
cooperar nas áreas do petróleo
e gás onde empresas
moçambicanas estão
acometidas com as americanas
e estão a trabalhar
bem e temos bons relacionamentos
com elas. “Estamos
agora para discutir
sobre os procedimentos,
falo da Anadarko e ExxonMobil,
mas também outras
empresas serão bene ciadas
pelas estratégias de
conservação ambiental”,
reparou Nyusi.
Os congressistas, por
sua vez, mostraram-se
abertos para continuarem
a apoiar Moçambique em
questões ambientais e de
desenvolvimento sustentá-
vel. Continuando, os polí-
ticos americanos referiram
que há espaço para mais
investimentos seus em
Moçambique na protecção
da biodiversidade que nos
caracteriza, olhando para
a proteção de tartarugas e
outros animais marinhos.
Depois de encontro a
portas fechadas que Nyusi
teve com os congressistas,
disse ser importante que
eles visitem locais onde
estão a investir pois dessa
forma vão perceber o
impacto económico que
se veri ca e quiçá, verem
áreas adjacentes de cooperação
empresarial no norte
do país.
Recorde – se que de
acordo com dados de
prospeção feita na bacia
do Rovuma, Moçambique
tem quantidades de
gás invejáveis, colocando-o
no grupo dos maiores
produtores do gás natural
do mundo extraído em
águas profundas que necessitam
de avultados investimentos
.
Neste momento, está
em curso o projecto para
construção de uma re naria
em terra que vai permitir
a redução do gás natural
em Gás Natural Liquefeito
(GNL) que representa um
óptimo combustível com
diversas aplicações em
automóveis e residências,
comércio e indústria, para
prover eletricidade e calor.
É também utilizado
como matéria-prima na
indústria petroquímica
(plásticos, tintas, bras
sintéticas e borracha) e
de fertilizantes (transformado
em ureia, amônia e
derivados). Na geração de
energia elétrica, tem sido
bastante empregado nas
termo-elétricas e em indústrias.
Redacção
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Ficha-Técnica
Filipe Nyusi, Presidente da República
02 de Junho de 2018 03
Construção Civil
HILÁRIO MAVOTA
A China é um país
que não está para
brincadeiras em
termos de exportação
de empresas
de construção, cuja
actividade não se
esgota na execução
de obras no
terreno.
“
40% de empresas em “queda livre”
Osector de
construção
civil é vital
para a economia
de
um país, ainda mais para
estados como Moçambique
que ainda necessita de
projectos de infraestruturas
económicas e sociais
que alavancam o crescimento
urbano numa economia
em pujante crescimento
como a nossa.
Mesmo assim, quarenta
por cento de empresas de
construção civil estão em
vias de falência devido a
vários factores, dos quais
fazem parte a crise nanceira
de Moçambique e a
concorrência da china na
indústria imobiliária.
A Federação moçambicana
de Empreiteiros promoveu
um encontro com vista
a entender os factores que
caracterizam pela negativa
o declínio da indústria de
construção civil nacional, já
que as obras nunca param
de se veri car ao longo do
vasto Moçambique.
Só na cidade capital, são
visíveis inúmeras obras
de propriedade privada
que começaram a crescer
rapidamente após a simpli
cação de processos de
atribuição do Direito de
Uso e Aproveitamento de
Terra (DUAT) e licenças
de construção, no âmbito
do melhoramento do ambiente
de negócios.
O sector de construção
civil na Confederação das
Associações Económicas
(CTA) representado por
Nelson Muianga reconhece
a problemática que se
vive na construção civil,
bem como a sua insustentabilidade
e acredita que só
programas concretos é que
podem resolver a situação.
A realidade do país mostra
que obras de maior envergadura
como pontes,
grandes estradas e edifícios
complexos não se encontram
empresas moçambicanas
como construtoras.
Só para dar alguns exemplos,
o Estádio Nacional de
Zimpeto, a Estrada Circular
de Maputo, o edifício
da Presidência da República
e a ponte Maputo – KaTembe
são obras que estão
na responsabilidade de
empresas chinesas.
As construções em Moçambique
não param. Em
todo o país é possível veri
car – se diversas construções,
algumas de grande
envergadura, outras nem
tanto. No entanto, o que
há de comum nessas construções
são as empresas
que executam tais obras. A
maior parte dos executores
são empresas estrangeiras,
mas nelas, a que mais se
destacam são de origem
chinesa, principalmente
devido ao orçamento que
estas apresentam nos concursos
públicos.
A China é um país que
não está para brincadeiras
em termos de exportação
de empresas de construção,
cuja actividade não
se esgota na execução de
obras no terreno mas sim,
na criação de empresas que
fornecem matéria – prima
para empresas, como
areeiros, fábrica de cimento,
siderurgia, entre outras
áreas ligadas à construção,
facto que supera empresas
moçambicanas na hora de
apresentação de propostas.
Em conversa com a
DWÁfrica, o empreiteiro
Lucas Barbosa refere que
a solução para o problema
é colocar as empresas moçambicanas
a prestarem
serviços, por exemplo, no
sector da indústria extrativa.
Barbosa acrescenta que
é necessário dar oportunidade
de acesso às áreas de
prospeção e pesquisa.
Ainda de acordo com
a fonte, as empresas nacionais,
ao entrarem num
concurso com grandes
empresas, estas têm mais
vantagens do que as moçambicanas.
As empresas
moçambicanas aparecem
com o seu asset, o título
mineiro, e depois disso podem
fazer parcerias com
empresas que têm mais capacidades
nanceiras.
Citado ainda no mesmo
site, Lucas Barbosa sustenta
que os empreiteiros
devem estar preparados
para ganharem concursos
para a prestação de serviços,
arranjando condições
técnicas e nanceiras para,
num prazo de três meses,
iniciarem os trabalhos de
prospeção e pesquisas nessas
áreas.
Construção Civil em risco
Agostinho Vuma, presidente da CTA
Fotos: Jorge Tomé
04 02 de Junho de 2018
Negócios e Investimentos
A Vale Moçambique
conseguiu surpreender
o presidente da
CTA ao mostrar – se
cumpridora dos
termos da legislação
ambiental usando
diversas estratégias
para que a poluição
esteja a percentagens
cada vez
mais baixas.
“
Vale investe USD 800 milhões
na contratação das PME’s
Passam apenas
seis anos desde
que a mineradora
brasileira
Vale
iniciou suas actividades
em minas de carvão mineral
na província central
de Tete. Desde essa
época até hoje já investiu
acima de 800 milhões de
dólares na contratação
de empresas de prestação
de serviços, maioritariamente
Pequenas e Mé-
dias Empresas (PME’s)
nacionais.
A informação foi tornada
pública no decurso de
uma visita á Vale Moçambique
de uma delegação da
Confederação das Associações
Económicas (CTA)
liderada pelo presidente
da agremiação Agostinho
Vuma. A CTA está interessada
em obter mais informação
sobre abertura de
investidores estrangeiros
na contratação de empresas
e mão-de-obra moçambicanas,
com o objectivo
de ver positivamente
aplicada a lei do conteúdo
local nas parcerias público
– privadas.
No local, durante a interação
com a direcção
daquela indústria carbonífera,
Vuma e a sua delegação
cou a saber que a
Vale vem fazendo uso da
referida lei mesmo antes
de ser aprovada, ocupando
deste modo um papel de
destaque na dinamização
da economia, já que os investimentos
realizados na
contratação de empresas
moçambicanas garantem
que os capitais circulem
no sistema nanceiro nacional.
O Presidente do Conselho
da Administração
(PCA) da Vale, Márcio
Godoy falou de Moçambique
como um país que,
apesar de estar a conhecer
uma crise económica,
encontra – se a liderar
o mundo no que tange
à extração e exportação
do carvão mineral, um
recurso energético indispensável
na indústria pesada
que se espalha pelo
mundo, sublinhando que
tal façanha não seria possível
sem o envolvimento
de outras empresas que
complementam o ciclo de
produção daquele carbono,
referindo-se às PME’s
,vistas como alavanca da
economia moçambicana.
Na opinião do Gody, há
necessidade de uma cadeia
de produção estruturada,
forte e de alta produtividade
para que se conjuguem
esforços empresariais a
nível local para o bem do
país.
Moçambique tem conhecido
nos últimos anos
um movimento estrangeiro
com foco nas regiões
cheias de recursos minerais,
quer energéticos ou
não, apesar de os ganhos
ainda não se fazerem sentir
na população, já que são
investimentos de grande
vulto cujos ganhos veri -
cam – se a longo prazo.
VALE MELHORA
NA PROTECÇÃO
AMBIENTAL
Quando se fala de empresas
de extracção mineira,
principalmente ligadas
ao carvão mineral e
às areias pesadas, uma das
preocupações é o impacto
ambiental adstrito às actividades
dessas empresas.
O debate sobre ambiente
sustentável na mineração é
um imperativo global, cuja
obrigação aparece plasmada
nos contratos que as
empresas rmam com o
governo. Se por um lado
temos a legislação explícita
nos termos contratuais,
por outro temos o desa o
da aplicação da legislação
e seu cumprimento, facto
que tem sido difícil de se
fazer sentir.
Felizmente, a Vale Moçambique
conseguiu surpreender
o presidente da
CTA ao mostrar – se cumpridora
dos termos da legislação
ambiental usando
diversas estratégias para
que a poluição esteja a percentagens
cada vez mais
baixas.
Uma nota publicada no
site da mineradora, a Vale
tem uma capacidade instalada
de produção anual de
onze milhões de toneladas
de carvão na mina de Moatize,
na província de Tete.
Para melhor responder à
demanda de processamento
de carvão, a Vale investiu
na construção da maior
central de enriquecimento
de carvão do país.
HILÁRIO MAVOTA
Foto: Jorge Tomé
02 de Junho de 2018 05
o seu licenciamento envolve
outras autoridades,
como a saúde e as autarquias,
com quem devemos
trabalhar havendo
necessidade de corrigir
anomalias”, explicou.
Nos últimos 15 dias, a
inspecção apreendeu cerca
de 1.4 milhões de meticais
em produtos contrafeitos
na província de
Inhambane, Tete e Zambézia.
Redacção
Fiscalidade | Opinião
Verónica Macamo
REFLEXÕES
Ali Mussa, porta-voz da INAE
Constatadas
as infracções,
a inspecção
promete retirar
ou interditar
a emissão da
publicidade em
causa, e ainda
multar o
respectivo autor.
“
Publicidade
enganosa tem
dias contados
Agências de
publicidade
que
v e i c u l a m
mensagens
que atentam a moral pú-
blica, em painéis e spots,
bem como comerciantes
que veiculam publicidade
enganosa como forma de
atrair clientes, vão passar
a ser objecto de scalização
da Inspecção Nacional
das Actividades Económicas
(INAE).
A operação, que vai entrar
em vigor nos próximos
dias, visa igualmente
aplicar o Código de Publicidade
actualmente em
vigor, segundo revelou
Ali Mussa, porta-voz da
INAE, em conferência de
imprensa para o balanço
quinzenal das actividades
daquela instituição.
“Há publicidade a xada
na via pública, sobretudo
nas cidades de Maputo e
Matola, em que se faz o uso
indevido dos símbolos nacionais,
como a bandeira,
o emblema da república,
entre outros” explicou Ali
Mussa.
Constatadas as infracções,
a inspecção promete
retirar ou interditar a
emissão da publicidade em
causa, e ainda multar o respectivo
autor.
Mussa acrescentou ainda
que com a medida pretende-se
desencorajar a publicidade
enganosa por parte
de alguns agentes publicitários
que podem incorrer
em sanções, se encontrados
à margem do que é recomendado.
Questionado sobre a publicidade
veiculada por alguns
médicos tradicionais
que a rmam curar todo
o tipo de doenças, a fonte
explicou que esta actividade
não faz parte do âmbito
de actuação da INAE.
“Não queremos assumir
taxativamente que
os médicos tradicionais
estão nesta actividade por
negócio. Por outro lado,
Fiscalização da INAE
A vida humana e a
mutação de valores (III)
Dona Rosa só chorava, chorava
inconsolável que até
metia dó.
- Calma dona Rosa. É uma situação
triste e muito complicada,
mas não se martirize, por
amor de Deus, pois não vai resolver
o problema, nesse estado,
o que vai acontecer, é que
vai complicar a situação da sua
saúde que já aspira cuidados.
- Acalmar? Acalmar numa situação
destas? Numa situação
pior que a própria morte? Eu
preferia ter morrido do que viver
um absurdo destes. Acho
que alguém da minha família
vai morrer, é manindji.
- Não vai morrer ninguém
dona Rosa. É o nosso mundo
que está a fi car cada dia mais
torto. Por favor, cuide do seu
coração, pois, já não tem idade
para aguentar tantas emoções.
Sei que é complicado, mas
pensando bem, alguém na família
com idade e autoridade
moral de ser conselheira tem
de ter calma, para assumir melhor
essa função.
- Como vou conseguir aguentar
uma grande dor como esta
que carrego? A minha fi lha não
dorme. A minha neta que foi
obrigada pelo pai a ceder aos
seus caprichos demoníacos, e
com a obrigação de não revelar
a ninguém, os abusos do pai,
também está sempre a chorar.
Tem medo do pai e nem aceita
comer nada. Não comendo
signifi ca que mais dias, menos
dias, vai morrer por inanição.
A minha fi lha abandonou a
casa conjugal e foi refugiar-se
na casa do meu fi lho mais velho.
Que vida é esta meu Deus!
e a senhora ainda me diz para
fi car calma?
- Eu sei que é duro e o comportamento
da sua fi lha e da
sua neta são compreensíveis,
todavia, penso que o fundamental
é tratar a jovem e a mãe
para livrá-los de traumas. Se
calhar vai ter que tratar também
do seu gênro que, certamente,
não deve estar com a
sua mente sã. É que se estivesse
com o juízo em dia, certamente
não faria da sua própria
fi lha, a sua vítima de violência
sexual, num abuso sem precedentes.
O comportamento
do seu gênro mostra que não
só não ama a fi lha, como não
a respeita como pessoa, para
além de ser um comportamento
desviante. Mas agora que as
pessoas da família sabem, certamente,
que ele já deve estar
com vergonha. Nunca pensou
que a fi lha se libertaria da escravidão
do próprio pai, revelando
o segredo.
-Não sei o que é isso de tratar
de trauma, porque não conheço
essa doença... mas se a senhora
acha que essas consultas vão
ajudar a minha fi lha e a minha
neta podemos levá-las. Quanto
ao meu gênro, para ser sincera,
para mim ele tem problemas
de pactos com o demónio. De
facto, só pode estar sob controlo
de algum espírito maligno.
Certamente que aluguém lhe
aldrabou ou o convenceu para
procurar riqueza ou melhores
condições de vida, recorrendo
a curandeiros maldosos e
quando é assim, o espírito mau
com que fez pacto, sem saber
que se trata do espírito maligno,
só vai lhe destruir porque,
como todos sabemos, o diabo
só sabe roubar, destruir e matar.
O diabo é assim desde que
o mundo é mundo.
Mãe, sabemos que existem
pessoas, que por ambição e
ignorância, recorrem a pactos
com o diabo, usando curandeiros
maus, esquecendo-se
que qualquer bem ou fortuna
tem de vir do suor de cada um,
como diz a Bíblia Sagrada, e
o resto é procurar a destruição
pessoal e da família inteira,
mas agora a nossa preocupação
é outra, é como reduzir os
malefícios decorrentes.
06 02 de Junho de 2018
Leia e publicite no Jornal
Av. de Angola nº 2770
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Estado de Direito
Carlos Pedro Mondlane
Juiz de Direito
Quis custodiet ipsos custodes?1
Em 1998, foi
lançado nos
Estados Unidos
da Amé-
rica um livro
que imediatamente tornou-se
um bestseller mundial.
A obra chamava-se Digital
Fortress e o autor, então
desconhecido, chamava-se
Daniel Brown.
Era a sua primeira obra.
O livro aborda a questão
da segurança interior
dos Estados Unidos quando
a Agência Nacional
de Segurança (NSA) é
atacada. Através de um
vírus informático, todas
as barreiras de segurança
são derrubadas e os hackers
começam a atingir
as fundações de segurança
dos Estados Unidos da
América.
A premissa trazida no
livro é de apurar, nessas
circunstâncias, “quem
guarda os seguranças?”.
O conceito é fascinante.
Perscrutando mais sobre
esse conceito, descobre-se
que o mesmo é
um termo antigo proposto
por Platão na sua obra A
República. A expressão
é baseada numa concepção
simples. Numa sociedade,
na defi nição de
papéis, existem as pessoas
normais e existem
aquelas que as protegem.
Mas quem protegerá os
protectores? Quem os fi scalizará?
O poeta romano Juvenal,
nas suas Sátiras ironizava
“Quis custodiet
ipsos custodes?”, “quem
guarda os guardas?”
Se vale a pena teorizarmos
sobre o que Platão ou
Juvenal trazem nas suas
sátiras, o cenário alcança
tom de gravidade quando
num país real, com instituição
concretas, juízes,
procuradores e polícias
vêem-se, eles próprios,
vítimas de crimes.
A máquina repressiva
do Estado é composta por
todos aqueles que usando
do jus imperi do Estado
podem condicionar
comportamentos. São os
guardiões da República
moderna, cuja acção é
legitimada pelo contrato
social de proteger a sociedade.
O mal sucede sobretudo
quando os criminosos,
embasados na ideia de
impunidade começam a
matar os agentes da administração
da justiça.
No meio caminho matam
também advogados e jornalistas
de investigação
criminal. E ante a incapacidade
do Estado de dar
resposta, encontrando os
autores e os responsabilizando,
vai crescendo
a sensação de que tudo
podem. São superiores à
capacidade de resposta
do próprio Estado.
É a criminalidade a colocar
desafi os para os órgãos
da administração da
justiça.
Para falar deste tema
é inevitável aludirmos a
uma das mais signifi cativas
transformações porque
o mundo tem passado:
a globalização.
A globalização é hoje
o fenómeno por detrás
de maior comunicação e
aprofundamento internacional
entre os povos e
com ela ocorre a transmissão
e infl uência de
valores culturais, sociais
e económicos. Para esse
estado de coisas contribuem
a quebra das fronteiras
tradicionais e o desenvolvimento
da ciência
e da técnica que têm o
condão de tornar acessí-
veis os meios de transporte
e de comunicação.
O impacto da globalização
é visível em áreas
como o comércio e transacções
fi nanceiras, movimentos
de capital e de
investimento, migração e
movimento de pessoas e
disseminação de conhecimentos.
Actualmente
o mundo é uma pequena
aldeia cheia de dependência
entre os seus integrantes.
Os fenómenos
locais têm uma projecção
global. São replicados,
infl uenciados e vivenciados
quase em simultâneo
em todo o globo.
No domínio social estes
elementos têm uma força
deveras signifi cativa,
havendo, hoje, entre os
países troca de modelos,
perfi s e comportamentos
socio-culturais. A globalização
não traz, porém,
só coisas boas. Traz atrelado,
de modo indistinto,
toda uma panóplia de actos
e práticas dominantes.
Também a criminalidade
não escapou a essa evolução,
transpondo ela, hoje,
as fronteiras internas dos
estados, sendo que os
agentes do crime passaram
a operar num plano
transnacional.
A localização estratégica
do nosso país, constituindo
ponto de entrada
para os países do interland,
torna-o interessante
a todos os níveis. Há toda
uma rede rodoviária, marítima,
lacustre e fl uvial
que liga Moçambique aos
países vizinhos, tornando
estes dependentes.
E um terreno assim,
aliado a extensão territorial
signifi cativa e a fragilidade
das instituições de
controlo, é favorável para
a instalação e desenvolvimento
da criminalidade,
em especial da criminalidade
organizada.
Mas o que é isso de criminalidade
organizada?
A criminalidade organizada
pressupõe a prática
de actos reiterados por um
grupo de indivíduos que
faz do crime o seu modo
de vida. Esse conjunto
de indivíduos, na verdade,
associa-se em torno
de objectivos comuns e
passa a trabalhar de forma
coordenada e assente
em regras bem defi nidas.
Cada um dos integrantes
joga funções e tarefas
muito bem esclarecidas,
ao longo de certo período.
A criminalização deste
agrupamento decorre da
motivação da sua criação,
ou seja, do propósito
de obter e acumular benefícios
económicos por
meios ilegais.
Antes de ser tarefa exclusiva
da justiça, o combate
a este mal passa por
maior moralização da
própria sociedade para
o ódio a estas práticas e
consequentes denúncias.
É um desafi o enorme para
a Justiça o combate à criminalidade
organizada.
Por um lado porque esse
combate tem que ser feito
em estreita colaboração
com entidades da administração
da justiça de
países estrangeiros, e, por
outro lado, em atenção ao
aparelhamento da nossa
máquina jurídica e judiciária.
Mais importante é
o país dotar os seus guardiões
de meios para se
protegerem no combate
ao crime organizado.
Os fazedores da justiça,
porque são eles que garantem
as fundações do
Estado, há uma responsabilidade
acrescida do pró-
prio Estado de garantir a
sua segurança. Mais do
que a outros. Sem querer
signifi car que as vidas,
integridade física ou psicológicas
daqueles valem
mais que a de comum cidadão.
Garantir a segurança
dos servidores da justiça
não é para as próprias pessoas
individualmente consideradas.
É, em último
ratio, para a sociedade.
Nada é mais assustador
que servidores da justiça
condicionados por se
sentirem inseguros no
seu exercício profi ssional.
Uma pessoa dominada
por medo é susceptível
de tomar decisões não
baseadas no isenção e
objectividade que lhe devem
nortear, mas por outros
critérios mais subjectivos.
E se isso acontece é
má Justiça. É injustiça…
1
Apresentação feita a propósito
do Seminário do dia
9 de Maio de 2016, em Maputo,
com o tema “O Crime
Organizado e os Desafi os dos
Orgaos da Administração da
Justiça”.
A criminalidade
organizada
pressupõe a prática
de actos reiterados
por um grupo de
indivíduos que
faz do crime o
seu modo de vida.
Esse conjunto de
indivíduos,
na verdade,
associa-se em
torno de objectivos
comuns e passa
a trabalhar de
forma coordenada
e assente em
regras bem
definidas.
“
02 de Junho de 2018 07
Sociedade
PUBLICIDADE
NELSON MALAIA
Encontrados ladrões na LAM
Nos últimos
dias, circula
pelas redes
sociais e pelos
meios de
comunicação convencionais,
um vídeo onde aparecem
dois seguranças da
empresa Macro Segurança,
que de forma descontraí-
da, aparecem no extravio
de bagagens de passageiros.
A carga furtada seguia
para o carregamento num
voo das Linhas Aéreas de
Moçambique (LAM) que
tinha como destino a cidade
de Chimoio, na província
de Manica.
Se até num passado bem
recente episódios de desaparecimento
de bagagens
de passageiros era a canção
quase que diária, onde se
colocava até em causa a segurança
e honestidade dos
funcionários das Linhas
Aéreas de Moçambique,
parece ter-se encontrado
a raiz do problema. Este
problema coloca, em muitos
casos, a empresa de
bandeira em con ito com
os seus clientes e via-se
na situação de ressarcir os
seus clientes, uma situação,
diga-se já era uma dor de
cabeça para os gestores da
companhia aérea nacional
que já não gozava de boa
fama na sua gestão, aliada
a outros problemas.
Recorde-se que, vários
passageiros interrogavam-se
pela forma como as
suas bagagens desapareciam
visto que passavam
pelo processo de controlo
sob olhar seu atento mas
que depois chegados ao
destino davam falta das
suas bagagens ou de parte
dela por roubo ou extravio
onde alguns pertences
eram retirados, mas enquanto
não se achasse o
culpado, para os passageiros
agastados com a situação
acusavam os funcioná-
rios da empresa aérea.
Verdade ou não, o agrante
dos dois seguranças
que viviam uma festa autêntica
com os pertences
dos passageiros, é como se
fosse um balão de oxigé-
nio, um suspirar de alívio
da LAM que adicionado a
outros problemas sufoca a
já debilitada companhia.
MHS RESCINDE
CONTRATO COM
MACRO SEGURANCA
Era expectável que tal
acontece depois do sucedido,
é que a empresa de gestão
aeroportuária em terra,
MHS, anunciou a rescisão
do contrato com a empresa
subcontratada, Macro Segurança,
depois de terem sido
agrados dois agentes daquela
empresa de segurança
privada a violarem volumes
de bagagem, durante a semana
no Aeroporto Internacional
de Maputo. “Foi
efectuada esta vandalização
por dois agentes da Macro
Segurança numa carga que
ia a Chimoio. Essa carga
já seguiu, entretanto, nós
tomamos as seguintes medidas:
vamos rescindir o
contrato que temos com a
Macro Segurança, no prazo
de 90 dias teremos que
contratar uma empresa para
o efeito e exigimos que eles
(Macro Segurança), instaurassem
processos disciplinares
contra os dois agentes
de segurança e se necessário
também o processo-crime
e cível”, disse Ismael Gulli,
director comercial da MHS.
A MHS, que presta serviço
de assistência aos passageiros
em terra, desde o
despacho de bagagem, embarque
de passageiros, despacho
de carga, bem como
a movimentação de aeronaves
através de tractores, incluindo
as escadas rolantes
para as aeronaves, avança
que já vinha recebendo reclamações
de clientes, embora
com tendência para
se amenizar, pois, houve
reforço da segurança. “Temos
tido alguns casos extremamente
preocupantes,
daí termos desenvolvido
este programa de reforço à
nossa capacidade de segurança”,
disse.
A violação ou roubo de
bagagem nos aeroportos
é algo recorrente a nível
nacional e internacional e
tem sido um dos focos de
con ito entre os provedores
de serviços aeroportuá-
rios e os clientes.
Roubo de bagagens
08 02 de Junho de 2018
Sector Empresarial
IVETE AFONSO
A Conferência
Internacional
de Cooperativas
juntou empresários
e gestores
de empresas
cooperativistas
do Malawi, Quénia,
Lesotho, Angola,
Ruanda, Somália,
Maurícias, Nigéria,
África de Sul,
Tunísia, Estados
Unidos da América,
Zimbabwe e
terminou com a
visita a algumas
cooperativas
agrícolas, que
beneficiam do
financiamento da
AMPCM, criada
em 2010.
“
Maputo acolhe 5ª Conferência
Internacional de Cooperativas
Decorreu de
28 a 31 de
Maio, em
Maputo, a
5ª Conferência
Internacional de
Cooperativas, um evento
que junta mais de 150 lí-
deres e gestores de cooperativas
ao nível mundial.
A Conferência teve como
objectivo promover acções
que contribuam para o
desenvolvimento do movimento
cooperativo mundial
como forma viável de
promoção da produção,
produtividade, riqueza e
desenvolvimento socioeconómico
inclusivo e sustentável,
trocar experiências,
boas práticas e oportunidades
de negócios e parcerias.
O evento de três dias, foi
organizado pela Associação
Moçambicana para a Promoção
do Cooperativismo
Moderno (AMPCM) e teve
como lema “Cooperativas
para zero fome em África”.
Helena Bandeira, presidente
da AMPCM, a rmou
que a conferência em
curso, é um evento que já
vem sendo preparado há
cerca de seis meses e acontece
numa altura em que
Moçambique regista mudanças
de comportamento
consubstanciadas com surgimento
de mais iniciativas
empresariais viradas para o
sector de cooperativas.
De acordo com a presidente
da Associação Moçambicana
para a Promoção
do Cooperativismo
Moderno, neste momento
a agremiação conta com 62
membros, que são as cooperativas
e espera-se que
até o nal deste ano, o nú-
mero aumente.
Segundo Arlindo Langa,
secretário permanente
do Ministério da Justiça,
Assuntos Constitucionais
e Religiosos a criação de
um Banco Cooperativo em
África representa um pressuposto
para viabilizar os
negócios cooperativos para
a avaliação dos objectivos
de desenvolvimento sustentável.
Langa defende a aposta
da aplicação das tecnologias
e inovação como meio
catalisador para a melhoria
dos processos produtivos,
oferta de produtos nais
ao mercado e melhoria de
condições de vida.
Por sua vez Cecílio Menezes,
director executivo da
AMPCM a rmou que Moçambique
deve adoptar o
cooperativismo como alternativa
de desenvolvimento
do país.
A AMPCM divulgou
em Maio último a nova lei
das cooperativas com um
carácter económico e que
abrange todo tipo de cooperativas.
De referir que a Conferência
Internacional das
Cooperativas juntou empresários
e gestores de empresas
cooperativistas do
Malawi, Quénia, Lesotho,
Angola, Ruanda, Somália,
Maurícias, Nigéria, África
de Sul, Tunísia, Estados
Unidos da América, Zimbabwe
e terminou com a
visita a algumas cooperativas
agrícolas, que bene -
ciam do nanciamento da
AMPCM, criada em 2010.
Um relatório do Fundo
das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF), divulgado
recentemente alertava
que perto de 1,4 milhões de
crianças podem morrer este
ano devido à fome e malnutrição
em apenas quatro paí-
ses: Iémen, Nigéria e Sudão
do Sul, por causa da guerra,
e Somália, devido à seca, situação
que pode ser mudada
caso a AMPCM aumente
esforços na produção e disponibilização
de alimentos
aos referidos países.
UE PRETENDE
INVESTIR 320
MILHÕES DE EUROS
NA AGRICULTURA
A União Europeia (UE)
pretende investir a partir
de 2019, durante um
período de 7 anos, 320
milhões de Euros na agricultura
concretamente nas
províncias de Nampula e
Zambézia.
Segundo a chefe da unidade
e cooperação da EU
em Moçambique Isabel
de Almeida, a instituição
que representa tem vindo
a investir no sector do desenvolvimento
rural e nas
províncias mencionadas
pretendem melhorar também
vias de acesso, nutrição,
biodiversidade e energia.
A União Europeia desembolsou
recentemente
um pouco mais de 22 milhões
de euros para o apoio
a programas de nutrição
infantil, água e saneamento
segundo a UNICEF, parceiro
na iniciativa. O programa
vai bene ciar 570
mil crianças menores de
dois anos nas províncias da
Zambézia e Nampula.
A taxa de desnutrição
crónica é de 41% na
província da Zambézia e
de 50% na província de
Nampula, Maputo regista
a taxa mais baixa do país
com 26%.
Cecílio Menezes, Director Executivo da AMPCM
02 de Junho de 2018 09
Sector Empresarial
Sector agrário regista crescimento assinalável
S
egundo o ministro
da Agricultura
e Segurança
Alimentar Higino
de Marrule o
balanço do desempenho
do sector agrário no decurso
Primeiro Trimestre
de 2018 é positivo apesar
da ocorrência de algumas
situações adversas como:
pragas, doença, chuvas
acima do normal nas zonas
Centro e Norte e irregulares
na zona Sul, que
concorreram para a perda
de culturas numa área de
188 mil hectares correspondente
a 1,2% da área
total, sendo que a cultura
de milho foi a mais afectada,
com perdas de 116 mil
hectares.
Nas culturas alimentares,
perspectiva-se a produção
de 3.3 milhões de toneladas
de cereais o que representa
um crescimento de 11%
comparado com a campanha
2016/2017.
O desa o do sector é de
continuar a melhorar de
campanha pós campanha,
assim na segunda época,
deve-se concentrar esforços
na orientação dos produtores
para o aproveitamento
integral da água para a rega,
bem como a produção de
hortícolas nas zonas baixas.
Por outro lado, maior atenção
deve-se dar a vigilância
epidemiológica e controlo
de pragas e doenças que
afectam tanto a produção
de culturas como a produção
de animais, disse De
Marrule.
A informação sobre o
desempenho do sector
agrário no decurso do primeiro
trimestre de 2018
foi avançada pelo Ministro
da Agricultura e Segurança
Alimentar (MASA), durante
a abertura do IV Conselho
Coordenador do sector.
FEIRA AGRO-PECUÁ-
RIA NO IV CONSELHO
COORDENADOR DO
MASA
Na sequência das actividades
agendadas no IV
Conselho Coordenador, o
Ministro de Agricultura e
Segurança Alimentar, Higino
de Marrule, mostrou-se
satisfeito na interacção
que manteve com os expositores
da província e Cidade
de Maputo.
A feira de exposição que
esta aberta ao público de
31 de Maio a 01 de Junho,
privilegia produtos agrá-
rios de bandeira nessas
províncias, concretamente
hortícolas, frutas, aves e
tubérculos. Na inauguração
da exposição, o ministro
incentivou os produtores
a continuarem a
engajados no sector agrá-
rio de modo a abastecer
os grandes mercados e supermercados,
assim como
alimentar a população
moçambicana que cresce
a ritmo acelerado.
Para o Secretariado Técnico
de Segurança Alimentar
e Nutricional (SETSAN)
que se faz a exposição sobre
boas práticas alimentares,
De Marrule orientou que
continuassem com as suas
iniciativas educativas aos
munícipes, de modo a reduzir
a desnutrição crónica.
Redacção
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Nas culturas
alimentares,
perspectiva-se
a produção de
3.3 milhões de
toneladas de
cereais o que
representa um
crescimento de
11% comparado
com a campanha
2016/2017.
“
10 02 de Junho de 2018
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Jorge Bacelar Gouveia
Professor Catedrático de Direito
Árbitro, Advogado e Jurisconsulto
500
MT
O objectivo da
actualização é de
conferir maior
solidez e robustez
financeira aos
operadores dos
seguros de modo
a salvaguardar os
interesses
dos segurados.
“
Governo agrava em mais 64 milhões
no capital das seguradoras
OG o v e r n o
moçambicano
decidiu,
esta
s e m a n a ,
fazer a revisão do capital
social das sociedades de
seguros a operar no país.
Da actualização, o executivo
acresceu o capital
mínimo em 64 milhões de
meticais, um pouco mais
de 193,9 por cento do anterior
mínimo do capital
social inicial. Esta decisão
foi tomada em sede
da décima sétima sessão
do Conselho de Ministros
durante a semana.
O capital social mínimo
das sociedades de seguros
estava xado em 33 milhões
de meticais e com
a actualização da última
sessão do Conselho de
Ministros passa para 97
milhões de meticais. De
acordo com a porta-voz
do Conselho de Ministros,
Ana Comoana, a medida
tomada pelo executivo de
Filipe Nyusi, tem em vista
conferir maior solidez
nanceira ás empresas de
seguro e garantir maior
segurança e comodidade
aos segurados bem como
colocar as empresas a assumirem
riscos de maior
dimensão.
“O objectivo da actualização
é de conferir
maior solidez e robustez
nanceira aos operadores
dos seguros de modo a
salvaguardar os interesses
dos segurados, garantir
indemnização de vida
em tempo útil, reforçar a
con ança dos segurados
mas também habilitar os
operadores a assumir riscos
de grande dimensão”,
disse Comoana.
A nova actualização
do capital social mínimo
para a sociedade de seguros
não abrange somente
a novos investidores que
pretendam entrar no mercado
de seguros, mas também
as empresas que já
operam há algum tempo e
que tinham como base os
33 milhões. Para tal, o Governo
decidiu dar aos operadores
em exercício três
anos para se conformarem
com as novas exigências.
Para além do reajuste do
capital mínimo para as seguradoras,
o Conselho de
Ministros aprovou ainda a
proposta de revisão da lei
17/79, de 1 de Outubro,
que aprova a Política de
Defesa e Segurança a ser
submetida à apreciação e
aprovação da Assembleia
da República.
De acordo com a porta-voz
do governo, a revisão
daquele instrumento legal
visa adequar à Constituição
da República e à realidade
que se vive no país.
“O Conselho de Ministros
decidiu adoptar uma
Política de Defesa e Segurança
mais actualizada,
em conformidade com as
dinâmicas e transformações
que decorreram dentro
e fora do país”, disse
Ana Comoana, acrescentando
que a revisão visa,
ainda, fortalecer a capacidade
das Forças de Defesa
e Segurança de modo a assegurarem
a soberania e a
unidade nacional.
Ainda na mesma sessão,
o Governo apreciou
as informações sobre o
Campeonato Nacional de
Futebol, o “Moçambola -
2018”; os Jogos da Comunidade
dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP)
a decorrer em São Tomé
e Príncipe, de 21 a 28 de
Julho; e da Conferência
Internacional do Turismo
baseado na Natureza,
a decorrer na capital do
país, de 7 a 9 de Junho.
Redacção
02 de Junho de 2018 11
Economia
NELSON MALAIA
A associação
vai reconhecer
os vendedores de
crédito e outros
nos mercados.
“
Partido Frelimo apadrinha criação
da Associação de Vendedores de Crédito
OPartido Frelimo
a nível
do comité
da cidade
de Maputo,
em coordenação com os
diferentes revendedores de
recargas de telemóvel e pacotes
iniciais, está engajado
na criação da Associação
de Vendedores de Crédito
de Moçambique (AVCM).
A iniciativa surgiu dos
próprios comerciantes que
viram no partido dos camaradas
o melhor parceiro
para buscar apoio por forma
a constituir, legalmente,
a agremiação.
Na última quarta-feira,
uma comissão técnica do
partido Frelimo delegada
para estar a frente do processo,
os juristas Mário Mandava
e Suzette Dalsuco, reuniram
com vários revendedores
oriundos de vários cantos
da cidade de Maputo com o
propósito de alinhavar vários
aspectos, entre eles, proceder
com a legalização, incentivar
aos que pela primeira vez
participavam do encontro e
explicar a importância de se
constituírem em associação.
O encontro serviu igualmente
para a apresentação da
proposta dos estatutos que
vão reger a agremiação.
Na verdade, este não era
o primeiro encontro, pois,
segundo Mandava “trata-se
duma iniciativa que já vem
sendo desenhada desde o
passado mês de Março, estando
neste momento a se
preparar a documentação
exigida. A Associação não
tem ns lucrativos. Tem
por objectivos reconhecer o
trabalho dos vendedores de
crédito que diariamente estão
nas ruas, nas praças ou
mesmo em pequenas bancas
a garantirem o sustento
e renda das suas famílias.
“Nós gostamos e abraçamos
a vossa iniciativa e propusemo-nos
a apoiar. A associação
vai reconhecer os vendedores
de crédito e outros
nos mercados. Vai permitir
igualmente lutar pela dignidade
e ganhos da actividade”,
disse quando explicava sobre
a importância e objectivos da
associação em processo de
criação.
O antigo deputado da
Frelimo acrescentou ainda
que com a associação em
funcionamento pleno poderá
ajudar na discussão de novas
formas de venda e de rendimentos
em termos de lucros
na recargas e pacotes iniciais.
O Primeiro-secretário da
Frelimo a nível da cidade de
Maputo, Francisco Mabjaia,
apela para que a associação
a ser criada seja um propó-
sito de união de facto e que
a sua constituição respeite
a unidade nacional. “Que a
associação esteja espelhada
na unidade nacional e seja
aberta para todos e que não
seja palco de intrigas”, disse
apelando para que a iniciativa
se multiplique por todos
os distritos municipais e
tenha respectivas representações.
Em entrevista, os futuros
membros da AVCM mostram-se
satisfeitos com o
apoio prestado pelo partido
na capital do país, como é o
caso de Carlos Massingue.
O nosso entrevistado agradeceu
a prontidão do partido
em apoiar a iniciativa e
aproveitou para descrever
quão a sua actividade é dura
não deixando de lado o facto
de ser uma actividade
cuja rentabilidade é bastante
ín ma, principalmente
numa era em que crescem
cada vez mais plataformas
electrónicas de recarregamento
de telemóveis. “No
nosso trabalho não ganhamos
quase nada, é duro.
Trabalhamos ao sol, á chuva
e a percentagem do lucro é
reduzida. Com a associação
espero uma melhor organização.”
Já a dona Percina Tembe,
também vendedora de cré-
dito no mercado Adelina, espera
da associação ter o reconhecimento
pela actividade
que exerce e espera através
da associação poder negociar
directamente a percentagem
de lucro com as operadoras
e assim aumentar a margem
de lucro e expandir o seu negócio.
Actualmente, a margem de
lucro na venda de recargas,
segundo as nossas fontes, circunscreve-se
na compra aos
revendedores autorizados a
grosso que já cobram uma
percentagem às operadoras
e por sua vez os venderes a
retalho retiram 10 por cento
em cada recarga, variando
o lucro entre 1 a 10 meticais
nas recargas de 10 a 100 meticais.
Para os próximos passos,
espera-se a conclusão do processo
de legalização, como
são os casos do cumprimento
da assinatura de pelo menos
10 membros fundadores,
conforme exige a lei e seguidamente
vai-se proceder
com a preparação da assembleia
geral onde serão eleitos
os principais órgãos sociais
que vão dirigir a associação.
Na cidade de Maputo
Carlos Massingue
Francisco Mabjaia dirigindo-se aos vendedores de crédito da cidade de Maputo
Percina Tembe
Fotos: Jorge Tomé
12 02 de Junho de 2018
Economia
HILÁRIO MAVOTA
• Energias alternativas, solução para expansão da electricidade
Para além dos
preços, outra
intervenção do
governo solicitada
pelos agricultores
de Nampula, bem
como por aqueles
que adquirem
os produtos, é a
reabilitação de
estradas para
permitirem melhor
escoamento de
produtos agrícolas.
“
Filipe Nyusi dá nota positiva à província de Nampula
F
oi no Posto Administrativo
de
Macule onde o
chefe do estado
Filipe Nyusi,
inaugurou, no decurso
da sua visita de trabalho
à província de Nampula
uma micro estação de
energia solar que já está a
ser expandida pelas famí-
lias da região e já é vista
como alternativa à de Cahora
Bassa que ainda não
chegou naquele ponto do
país.
O presidente da Repú-
blica esteve no norte do
país, na província mais
populosa de Moçambique,
para se inteirar do
nível do cumprimento do
Plano Quinquenal do Governo
(PQG) referente a
este mandato que já está a
espreitar seu m. Como é
de praxe, houve a interação
com população que não
perdeu a oportunidade
para reconhecer os feitos
do presente executivo, começando
pelo aspecto de
fazer iluminar com energia
alguns distritos que desde
a independência não sabiam
o que era conviver
com energia eléctrica.
A província de Nampula
está a registar crescimento
em várias áreas de actividade
económica quer seja
na agricultura, pecuária,
pesca e indústria diversa.
Aliás, durante suas andanças
pela província, Nyusi
visitou uma feira de agronegócios
onde constatou
que a nal de contas, aquele
ponto tem soluções para
combater a desnutrição,
lembrando que Nampula
tem maior índice da mesma.
Depois de andar pelas
exposições, o presidente
subiu ao pódio para se
dirigir aos expositores e
explicar que o tomate, a
batata, o peixe, feijão e
tudo quanto são capazes
de produzir, se consumido
de forma organizada
pode melhorar a dieta do
povo. “Não devemos comer
mandioca todos os
dias e levarmos o restante
dos produtos para venda.
Temos de comer aqueles
produtos também, darmos
aos nossos lhos para que
combatam o problema da
desnutrição”, disse Nyusi.
Numa outra abordagem,
o chefe de estado olhou
para o futuro de Moçambique,
e considerou a pequenada
como aquela que vai
garantir a continuidade do
sucesso, mas que essa garantia
deve ser construída
a partir de hoje, junto das
nossas famílias pois é lá
que sai o alicerce de um estado.
Até porque o ditado
diz que cuidar uma criança
é cuidar uma nação.
Todavia, os agricultores
do Distrito de Eráti, local
onde se organizou a feira,
pediram a intervenção do
governo na aplicação do
preço dos produtos agrí-
colas, dando exemplo do
feijão, que tem sido sua
aposta na comercialização.
Os agricultores lamentaram
o facto de o preço
aplicado ser insustentável
quando comparado com o
investimento feito para sua
produção.
Para além dos preços,
outra intervenção do governo
solicitada pelos
agricultores de Nampula,
bem como por aqueles que
adquirem os produtos, é
a reabilitação de estradas
para permitirem melhor
escoamento de produtos
agrícolas.
Nyusi cou tocado com
as preocupações do povo
e prometeu que as acções
do governo têm em vista
a realização de actividades
que satisfaçam todos
os moçambicanas, e em
relação a infraestruturas,
o presidente disse que as
obras nas referidas estra-
02 de Junho de 2018 13
Economia Economia
Filipe Nyusi dá nota positiva à província de Nampula
das começam no próximo
mês de Junho, tendo referenciado
que já foi adjudicado
o empreiteiro e que o
tribunal Administrativo já
organizou todo o procurement,
para a realização de
obras.
Ainda no distrito de
Eráti, concretamente na
localidade de Alua, o presidente
Nyusi inaugurou um
sistema de distribuição de
água que neste momento
garante o precioso líquido
a 24 mil habitantes. No
que tange à energia eléctrica,
uma preocupação que a
população apresentou nas
edições anteriores em que
o chefe do estado se deslocou
àqueles pontos, Nyusi
garantiu que esta é a última
vez que o pedido é feito,
dado que a Electricidade
de Moçambique (EDM) já
fez o estudo de viabilidade
e já tem o material adquirido
para que a corrente da
rede nacional de Cahora
Bassa possa chegar o mais
rapidamente possível a
Eráti.
NACALA RECEBE
NOVA FÁBRICA
DE CIMENTO
A ida do chefe de estado
ao norte do país tinha em
vista diversas agendas. Nos
lugares visitados por ele,
várias acções foram realizadas
ao longo dos quatro
dias da sua estadia. A título
de exemplo, em Nacala
Nyusi inaugurou uma
fábrica de cimento cujo
investimento é avaliado
em dez milhões de dólares
americanos de capitais
chineses e moçambicanos
na proporção de 85 e 15%,
respectivamente.
O presidente disse, no
momento da inauguração,
que o investimento é uma
demonstração clara de
que, apesar de Moçambique
estar em crise, os parceiros
ainda acreditam em
oportunidades de negócio
e aplicação de capitais no
nosso país. As potencialidades
que Moçambique
possui, são, segundo o chefe
do Estado, um chamariz
aos empresários que pretendem
crescer economicamente
explorando novos
mercados e aproximando –
se de zonas de abundância
da matéria – prima.
“Os investidores continuam
a acreditar em
Moçambique, sobretudo
quando se tem uma fábrica
que é a terceira de Nampula
e a terceira maior
em termos de produção.
Como vimos no comício,
a população continua a
precisar de mais cimento
ao mesmo tempo que
não para de reclamar pelo
preço do cimento”, disse
o estadista moçambicano
numa nota patente no sitio
da presidência da república
citada pelo “O País”.
Na mesma ocasião, Nyusi
recomendou a direcção
da indústria Cimentos Malaia
a praticar preços aceitáveis
para contrabalançar,
numa indústria que emprega
até o momento cerca
de 60 trabalhadores, dos
quais 48 moçambicanos e
cuja capacidade de produção
ascende para mais de
25 mil toneladas anuais.
Nyusi não saiu do local
sem acautelar aos investidores
sobre observância
de medidas de segurança,
direito dos trabalhadores,
regras de higiene, sem que
isso impeça o incremento
da produção.
Em Nampula, Filipe
Nyusi visitou os distritos
de Nacala, Mogincual,
Larde, Meconta e Eráti. A
página o cial da presidência
da república tem uma
nota que refere que o tempo
não foi su ciente para
visitar e inaugurar todos
os empreendimentos e infraestruturas
construídos
na província de Nampula,
informação que obteve do
governador provincial Victor
Borges. Mesmo assim,
a satisfação é enorme por
parte do estadista que viu
um acréscimo assinalável
na produção de alimentos,
bem como nos planos de
incremento de produção
do caju, um produto com
elevado valor comercial
no mercado externo.
14 02 de Junho de 2018
Negócios
CTA cria fórum de agronegócios
Indonésia pretende reforçar
cooperação com Moçambique
AConfederação
das Ass
o c i a ç õ e s
Económicas
de Moçambique
(CTA) está cada
vez mais a adoptar formas
mais e cazes e actuais de
viabilização de seus negó-
cios a todos os níveis. A
recente direcção da CTA
esteve reunida no distrito
de Marracuene para fazer
monitoria do plano estratégico
2017 – 2020, onde
aproveitou para traçar
algumas linhas de acção
e identi cação de novas
estratégias.
Uma das novidades trazidas
pela CTA é a criação
de um fórum de agro negócios.
A se concretizar,
vislumbram – se momentos
do desenvolvimento
da agricultura e potenciação
da actividade tida
como de garante da sustentabilidade
alimentar no
nosso país.
Re ra – se - que devido
à falta de investimentos
sérios no sector agrícola é
um factor do declínio da
nossa economia. A produção
de comida em Moçambique
tem - se mostrado
fraca. Só para elucidar,
há dias os produtores de
frango na província cenAIndonésia
pre ten d e
r e f o r ç a r
as relações
bilaterais
com Moçambique em
diferentes áreas comercias.
A informação foi
revelada no encontro
que o conselho directivo
da Confederação
das Associações Econó-
micas de Moçambique
(CTA) manteve com a
delegação empresarial
da Indonésia que está
em Moçambique à protral
de Sofala mostraram
se agastados com previsões
de abandonarem a
actividade devido à falta
de uma fábrica de cereais.
Segundo os agricultores,
os frangos morrem por
falta de comida prejudicando
o investimento
aplicado, daí olharem o
abandono da produção
como uma saída.
Um fórum de negócios
cura de oportunidades de
negócios e de parcerias.
Para Luis Magaço, presidente
do Comité da Política
Financeira da CTA o
investimento vai permitir
com que as PME´s tenham
acesso ao mercado de 200
milhões de pessoas, “a Indonésia
tem mesmas características
com Moçambique
e isso vai criar várias
oportunidades a empresas
moçambicanas de criar
um leque de regiões que
podem exportar “.
seria um convite aos investidores
nacionais e internacionais
a repararem
mais para agricultura como
uma área de produção que
embora carregue riscos, os
resultados da sua actuação
garantem mercado e sustentabilidade
do negócio.
Entretanto, um outro entrave
na agricultura prende
– se com indústrias de processamento
e infraestrutuO
Presidente da Polí-
tica Financeira da CTA
a rmou igualmente que
a Indonésia espera que
Moçambique seja o maior
centro de negócios em
África e há necessidade de
começar a colocar o plano
em prática.
As relações económicas
entre as duas partes neste
momento veri cam-se
apenas no sector turístico,
“muitos moçambicanos
tem passado férias na Indonésia
“, mas em termos
comerciais ainda há muito
pouco investimento.
“Um dos sectores que
é importante para nós é
o das Pequenas e Médias
Empresas- PME´s por isso
nas discussões foi focado
a estimulação e desenvolvimento
do sector, mercados,
commodities como
Moçambique é um bom
parceiro para fortalecer a
área, indústria farmacêutica,
construção e mineração”,
disse Daniel Simanjuntak,
director de relações
africanas da Indonésia.
Moçambique pode aproras
de escoamento de produção
até aos mercados.
Já houve vezes em que o
tomate apodreceu na província
de Manica por falta
de escoamento e de uma
fábrica que pudesse transforma
– lo em pasta para
não se perder.
O agronegócio é responsável
pela integração de
diversos sectores da economia
moçambicana que
veitar na sua congénere a
área tecnológica, bancária,
e shopping mall que são negócios
vendidos pela internet
e televisão.
A CTA pretende, em Julho
próximo, organizar um
fórum empresarial na Indonésia
para discutir problemas
e áreas especí cas
de investimentos.
De referir que no âmbito
das relações existentes
entre os dois países a Indonésia
investiu em Moçambique,
até ao nal de
2015, cerca de 180 milhões
estão directamente ligados
aos produtos e subprodutos
advindos da actividade
agrícola ou pecuária,
possibilitando a confecção
de roupas, a elaboração
de produtos de higiene
pessoal, biotecnologias, e
principalmente o produto
“in natura” que é servido
na mesa de todos os moçambicanos
diariamente.
Redacção
de dólares americanos
na área dos hidrocarbonetos
em Moçambique,
com destaque para o gás
natural.
No momento há dois
investimentos já feitos
em Moçambique por
duas empresas indoné-
sias. Um na área de gás
num investimento de 175
milhões de dólares. O segundo
é da construção de
uma fábrica em Pemba,
num valor que varia entre
3 a 5 milhões de dólares.
Redacção
Sector privado nacional
O agronegócio
é responsável
pela integração
de diversos sectores
da economia
moçambicana que
estão directamente
ligados aos produtos
e subprodutos
advindos da
actividade agrícola.
“
02 de Junho de 2018 15
Educação
A imaginação
é a chave. Cada
um é um cientista;
entretanto, o
cientista é guiado
por uma inextinguível
e constante
sede pelo saber.”
“
Willow International School
promove feira de ciência e tecnologia
A W i l l o w
Internat
i o n a l
S c h o o l
promoveu
feira de ciência e tecnologia
uma actividade
extra-curricular que
encoraja os estudantes
a buscarem o conhecimento,
uma vez que eles
assumem que o aprender
fora da sala de aulas
é um elemento chave e
integrado para as suas
experiências.
O mundo, impressionado,
sentiu o ar do
campus da Willow International
School, com os
visitantes a espelharem
as suas reacções, a medida
que iam de stand
para stand, apreciando
os projectos exibidos pelos
jovens estudantes da
escola.
Para os cientistas do
futuro, seus pais, professores
e todos presentes
no evento, este foi realmente
uma ocasião prazerosa
e de grande satisfação.
O evento consistiu na
apresentação de projectos
inovadores elaborados
pelos estudantes.
Os estudantes exibiram
projectos em Física, Quí-
mica, Biologia e mais. O
recinto da escola esteve
decorado a preceito nesse
dia. Um ambiente festivo
pairou por entre os
alunos e professores.
“A imaginação é a chave.
Cada um é um cientista;
entretanto, o cientista
é guiado por uma
inextinguível e constante
sede pelo saber.”
A senhora Solange
Matsinhe do Ministério
de Ciência, Tecnologia e
Ensino Técnico-Profissional
e Ivaldo Quincardete,
do Ministério de
Educação e Desenvolvimento
Humano foram os
convidados de especiais
ao evento.
O director da escola
endereçou a mensagem
de boas-vindas. Após a
abertura da feira seguiu-se
a oportunidade para
os convidados especiais
visitarem os pavilhões.
Os senhores Quincardete
e Solange expressaram a
sua elevada satisfação e
agradeceram a escola por
organizarem tal evento.
Eles despenderam o seu
tempo visitando cada
stand; sua presença inspirou
bastante os jovens
estudantes. Os mesmos
aconselharam os estudantes
a se motivarem na
sua busca pela inovação.
Estiveram expostos
103 projectos da Escola
Primária e 30 da secundária.
Apesar de elaborados
por mentes jovens os
projectos eram excepcionais
e inovativos, facto
que atraiu a atenção dos
visitantes. Os presentes
apreciaram bastante os
projectos. Brevemente serão
anunciados os vencedores
desta feira de ciências.
“Espero que a nossa
escola venha a organizar
mais vezes estas feiras de
ciências no futuro. Diverti-me
muito hoje. Espero
participar na feira do
próximo ano!” afirmou
uma estudante da escola.
Redacção
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16 02 de Junho de 2018
Agricultura
DOMINGOS
PARAFINO, Tete
Importa referir
que os praticantes
de agricultura de
vale de Nhartanda
(sector privado)
gasta em media
mensalmente por
falta de queda
irregular de
chuva mais de
2 mil meticais
para o processo
de irrigação.
“
Distrito de Tete falha metas
previstas para presente safra agrícola
Odistrito de
Tete poderá
não
c u m p r i r
as metas
plani cadas para a presente
campanha agrícola
2017/2018 devido a queda
irregular de chuva veri -
cada no mês de Dezembro
de 2017 e das inundações
de áreas de cultivos
veri cadas no mês de Fevereiro.
A informação foi
avançada pelo administrador
do distrito de Tete
Mendes Cardoso, durante
uma entrevista concedida
esta semana ao nosso semanário
para avaliação
preliminar da primeira
sementeira, numa altura
em que o governo
tem vindo a incentivar a
população na prática de
agricultura como base de
sustento e de desenvolvimento
socioeconómico
do país.
Cardoso deu a conhecer
à nossa reportagem que
para a campanha em curso
foram plani cados para
cultivo cerca de 16 mil
hectares de culturas como
milho, mapira e mexoeira
para o sector familiar e
outros cereais para o sector
privado tais como pepino,
abóbora, feijão, couve entre
outros. Da área prevista
segundo a nossa fonte corresponde
a um crescimento
de 11,8 por cento em relação
ao período de 2016 e
uma produção estimada a
vinte e cinco mil toneladas
de produtos diversos com
a percentagem apontada
para 18,5 por cento comparado
com igual período
do ano ndo.
O administrador do distrito
de Tete disse que na
primeira sementeira da
presente safra agrícola foram
lavrados cerca de 12
mil hectares entre sector familiar
e privado que corresponde
ao crescimento de
4,2 porcento do plani cado
e doze por cento em relação
ao ano de 2016. Mendes
Cardoso disse que daquela
área lavrada para a primeira
sementeira cerca de seis
mil hectares são tido como
perdidas devido a queda irregular
de chuva. “Tivemos
como área perdida para a
primeira sementeira uma
área de 6.649 hectares o que
corresponde a 46 porcento
do plani cado e deste nú-
mero 5.650 hectares são do
sector privado”- disse na
entrevista o chefe do executivo
do governo distrital de
Tete, Mendes Cardoso.
Por outro lado o nosso
entrevistado deu a conhecer
ainda que para a presente
safra agrícola foram
cultivados mais de mil toneladas
de maxoera sobre
tudo no bairro Degue o que
segundo do administrador
pode garantir a população
daquele bairro a não passar
fome nos próximos dias.
“No sector familiar temos
a dizer que apesar de todas
as consequências que a população
passou por falta de
chuva, tivemos a produção
de 1.550 toneladas de maxoera”-
acrescentou.
No outro desenvolvimento,
o chefe do executivo
do distrito de Tete,
aponta que decorre um trabalho
de sensibilização da
população para apostar a
segunda sementeira e para
que isso aconteça decorre
a campanha de distribuição
de semente. Outrossim,
Mendes Cardoso apontou
o uso de moto-bomba para
o sector privado, um apelo
que pode ser direcionado
para os agricultores de vale
de Nhartanda que perdeu
as suas culturas na primeira
sementeira. “ Estamos
a fazer um trtrabalho de
sensibilização a população
de modo a fazer aposta da
segunda sementeira para recuperar
o que foi perdido e
ao mesmo tempo estamos a
distribuir semente”- frisou.
Importa referir que os
praticantes de agricultura
de vale de Nhartanda (sector
privado) gasta em media
mensalmente por falta
de queda irregular de chuva
mais de 2 mil meticais para
o processo de irrigação.
Campanha agrícola 2017/2018
02 de Junho de 2018 17
Recursos
Subsidiárias
da Rosneft
e ExxonMobil
receberam três
áreas para eventual
exploração num
concurso organizado
em 2015 pelo
Instituto Nacional
de Petróleo (INP).
“
Moçambique projecta acordo com
petrolíferas Rosne e ExxonMobil
Moçamb
i q u e
projecta
assinar,
no nal
do ano, um acordo com as
petrolíferas Rosne (Rússia)
e ExxonMobil (EUA)
sobre exploração de gás
natural no norte do país,
anunciou o ministro dos
Negócios Estrangeiros e
Cooperação de Moçambique,
José Pacheco.
“O projecto para desenvolvimento
de campos (de
exploração) de gás no Norte
de Moçambique está agora
em discussão. O plano
passa por assinar um acordo
este ano e lançar o projecto
de desenvolvimento
de campos em Moçambique
com a participação da
Rosne e da ExxonMobil”,
referiu o governante, durante
uma visita o cial à
Rússia esta semana, citado
pela TASS, agência de informação
daquele país.
José Pacheco falava após
um encontro com o chefe
da diplomacia russa, Sergei
Lavrov.
Pacheco disse ter conversado
com a administração
da petrolífera russa durante
o Fórum Económico Internacional,
em São Petersburgo,
encontro em que
participou durante a actual
visita à Rússia juntamente
com especialistas moçambicanos
do sector do gás
natural.
Subsidiárias da Rosne
e ExxonMobil receberam
três áreas para eventual
exploração num concurso
organizado em 2015 pelo
Instituto Nacional de Petróleo
(INP).
O arranque dos trabalhos
de perfuração, por um período
de quatro anos, estava
previsto para o segundo
semestre de 2016, mas nunca
chegou a ser assinado
um acordo com o Governo
moçambicano, recorda a
TASS.
A Rosne e a ExxonMobil
receberam licenças
para as áreas A5-B, na bacia
do rio Angoche, Z5-C e
Z5-D na bacia do Zambeze,
acrescenta.
Entretanto, outros dois
consórcios preparam já investimentos
para iniciar a
exportação de gás natural
em grande escala para todo
o mundo dentro de cinco a
seis anos nas áreas 4 e 1 da
bacia do Rovuma.
O Fórum Económico
Internacional de São Petersburgo
é uma plataforma
que reúne os líderes das potências
económicas emergentes
e representantes de
diversas organizações para
identi car e deliberar sobre
os desa os mais importantes
com os quais a Rússia,
os mercados em desenvolvimento
e o mundo em geral
se deparam.
Na edição de 2017 do
Fórum, participaram mais
de 14 mil empresários, responsáveis
de organizações
internacionais, personalidades
políticas, peritos,
cientistas e jornalistas de
143 países. Os empresários
representavam mais de 700
empresas russas e 400 estrangeiras.
Redacção
Leia e publicite no Jornal
Av. de Angola nº 2770
Contacto: 84 26 62 392
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18 02 de Junho de 2018
Turismo
Estimado Leitor, informamos que estamos em período de
renovação das assinaturas e de adesão de novos subscritores
para o ano de 2018.
Para mais informações contacte pelos seguintes endereços:
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NELSON MALAIA
A condução de
Johnam ao INATUR
acontece numa
altura em se
prepara a Conferência
Internacional do
Turismo baseado
na Natureza, a
decorrer na cidade
de Maputo, de
7 a 9 de Junho.
“
PM desa a para aumento
de empregos e de receitas
Moçamb
i q u e
tem o
privilé-
gio de
estar localizado ao longo
da costa oceânica, o que
lhe confere uma beleza
marítima e um potencial
turístico bastante atractivo,
sem deixar de lado as
reservas e parques nacionais.
Ao conferir posse ao
director-geral do Instituto
Nacional do Turismo
(INATUR), Romualdo
Johnam, o primeiro-ministro
desa ou ao novo
dirigente a incrementar o
número de empregos e o
volume de receitas.
Segundo Carlos Agostinho
do Rosário o actual
contributo da área do turismo
para a economia
nacional ainda está aquém
do desejado a avaliar pelo
potencial turístico de que o
país dispõe. O dirigente recordou
que o sector constitui
uma das prioridades
do Governo, mas em contrapartida,
continua a contribuir
com taxas baixas o
crescimento da economia
nacional. “Actualmente, o
sector contribui com apenas
com apenas 2,3% para
o Produto Interno Bruto.
Esta percentagem desa a a
todos nós, uma vez que o
nosso país possui enorme
potencial turístico e, na
nossa acção governativa,
a área do turismo constitui
uma das nossas prioridades,
tendo em conta
as áreas turísticas e de
conservação existentes em
Moçambique’’, disse.
Para Rosário, ao novo timoneiro
do turismo coloca-se
igualmente o desa o
de tornar o país num destino
turístico de referência
da região e do mundo, o
que passa naturalmente
por melhorar o sector e a
assegurar a sua promoção.
Nos últimos anos há
cada vez mais formados
nas áreas de turismo em
diferentes instituições de
ensino técnico médio e superior
que vê o seu talento
e conhecimentos relegados
por falta de oferta de emprego
para a sua área de
formação acabando, muitas
vezes, por trabalhar
numa outra área. Este cenário,
Agostinho de Rosá-
rio quer ver minimizado.
É que com a capitalização
do potencial turístico nacional
está a esperança de
aumentar o número de
empregos para os moçambicanos,
um número que o
Primeiro - ministro acredita
que pode superar os actuais
61 mil trabalhadores
absorvidos por este sector.
“Recomendamos ao INATUR
para, no exercício das
suas funções de promoção
e valorização da nossa riqueza
cultural, paisagística
e faunística, assegurar que
cada um dos intervenientes
da área do turismo,
tanto público como privado,
continuem a dar a sua
contribuição na geração de
mais emprego e aumento
da renda”, acrescentou.
Por outro lado, o primeiro-ministro
quer a valorização
e capacitação dos
recursos humanos, visando
a promoção do turismo
doméstico.
A condução de Johnam
ao INATUR acontece
numa altura em se prepara
a Conferência Internacional
do Turismo baseado
na Natureza, a decorrer na
cidade de Maputo, de 7 a 9
de Junho.
De acordo com o Relató-
rio de Competitividade de
Viagens e Turismo 2017,
do Fórum Económico
Mundial, Moçambique e
Angola estão entre os 10
destinos turísticos que deverão
registar na próxima
década um maior crescimento
da procura para
viagens de lazer. Uma tendência
que, certamente, Johnam
não deverá coloca-la
em xeque.
O novo director-geral
do INATUR substitui Albino
Celestino que dirigia
o Instituto desde 2015.
Até Janeiro do presente
ano, Johnam era Conselheiro
Económico para
área de Turismo e Cultura
no Brasil.
Ao novo director-geral do INATUR
02 de Junho de 2018 19
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saímos às
sextas-feiras
20 02 de Junho de 2018
Cultura
O turismo é
importante na
promoção do
emprego pois
movimenta a
economia local”
quanto maior for
o número de
visitantes
maior será o
desenvolvimento
da economia”,
disse Chapman.
“
Francisco de Assis conquista diploma
Ocozinheiro
moçamb
i c a n o ,
Francisco
de Assis,
natural de Maputo,
conquistou diploma em
mérito de preparação de
alimentos no curso de
culinária avaliado em
510 mil randes num período
de um ano (2017)
na City & Guilds- Cristina
Martin Culinary
School em Plettenberg
Bay na África de Sul.
No meio de 50 cozinheiros
locais, de Assis foi seleccionado
para participar
na formação. Na formação
foram cinco cozinheiros
dos quais com a excepção
de Moçambique todos são
falantes da língua inglesa
nomeadamente, África de
Sul, Zâmbia, Seychelles ,
Tanzânia e Nigéria.
O cozinheiro de apenas
27 anos de idade
consagrou-se vencedor,”
por acaso havia a barreira
linguística mais consegui
ultrapassar em apenas um
mês porque era o único
cozinheiro falante da língua
portuguesa na Cristina
Martin Culinary Art
School e o estar ligado a
industria hoteleira facilitou
a interacção. Esta foi
a minha primeira viagem
no extrangeiro”.
Como tantas vezes acontece,
a ligação de Assis com
a comida vem de longe.
“Sempre gostei de cozinhar
e faço-o com amor e
o resultado esta de como
as coisas saem e o reconhecimento
pelo trabalho
feito. O curso foi mais intensivo
e reduzido para 8
meses. Acreditei em mim
e nos conhecimentos que
adquiri na escola e na componente
prática que venho
exercendo. Foi um sonho
ganhar o diploma para seguir
a carreira e agora pelo
reconhecimento internacional,
agradeço desde já a
oportunidade ao Southern
Sun por representar a empresa
e o país”.
A condecoração foi reconhecida
através da qualidade
demostrada desde
o preparo e apresentação
dos pratos, higiene e segurança
no trabalho, nutrição
e saúde dos alimentos.
E porque todo trabalho
é um sacrifício o cozinheiro
deixou escapar que
chegou a queimar a mão
tirando a panela do fogo
no período de exame.
De Assis fez um curso
de pastelaria e é afectado
como cozinheiro desde
2011 onde entrou como
estagiário e dois anos depois
foi promovido para a
pastelaria no Hotel Southern
Sun. A fonte busca o
seu próprio incentivo para
ter sucesso no trabalho
que faz dia á dia.
Para Bruce Chapman,
director geral da Southern
Sun, hotel tem como base
a formação do recurso
humano, “muitos trabalhadores
já realizaram intercâmbios
de formação
para muitos países com
destaque para a Nigéria
no âmbito da hotelaria e
turismo”.
Acrescentando que o
Southern Sun passou por
momentos comprometedores
devido a conjuntura
económica do país, “tivemos
dois anos intensos
devido a crise nanceira
e a instabilidade política
que assolava Moçambique
mas com a adopção de
estratégias que o governo
vem adoptando no âmbito
económico a situação vai
in uenciar o incremento
de número de turistas”.
O turismo é importante
na promoção do emprego
pois movimenta a economia
local” quanto maior
for o número de visitantes
maior será o desenvolvimento
da economia”, disse
Chapman.
Segundo Eunice Gaveta,
directora dos Recursos
Humanos do Southern
Sun o jurado além do preparo
dos alimentos observou
igualmente outras
qualidades como a capacidade
de aprender, o trabalho
em equipa e principalmente
a humildade e a
perfeição do cozinheiro.
Acrescentando que em
Moçambique temos representadas
as três marcas
do Tsongo Sun nomeadamente
o Southern Sun
com 269 quartos localizado
na avenida da Marginal,
o Stayeasy no Baia
Mall com 125 quartos os
dois em Maputo e o Tete
Ferry Sun localizado em
Tete nas margens do rio
Zambeze com 143 vilas.
Hotel Southern Sun
emprega 368 trabalhadores
dentre homens e mulheres.
O hotel tem um
local de responsabilidade
social onde os artistas locais
expõem as suas obras
sem pagar nenhum valor
ao hotel.
O Tsogo Sun é um grupo
hoteleiro africano com
uma variedade de marcas
que dão acomodação
em todos os mercados e
oferecem uma distribuição
de hotéis na África
do Sul, como também em
Moçambique, Zâmbia,
Seychelles e Abu Dhabi
nos principais centros urbanos
e principais destinos.
O grupo Tsogo Sun tem
vasta gama de hotéis também
na Tanzânia, Nigéria,
Emiratos Árabes Unidos
e Quénia. Totalizando
aproximadamente 14.500
quartos, 14 casinos e 250
centros de conferencias,
combinando os locais favoritos
com suas próprias
marcas de hotéis. Seus
hotéis são operados sob
as seguintes marcas, Southern
Sun Hotels, Resorts,
Sun Square, Maia, Sandton
Sun, Beverly Hills,
Palazzo, 54 on Bath, Suncoast,
Towers, Intercontinental,
Crowne Plaza,
Holiday Inn, Steayeasy e
Sun 1.
De referir que Moçambique
participou na maior
feira do turismo africano o
Africa’s Travel Indaba que
decorreu de 8 à 10 de Maio,
na cidade de Durban, na
África do sul e contou a
participação de 22 países
africanos. Moçambique
faz-se representar na feira
com 20 expositores, entre
agências de viagens, hotéis,
linhas aéreas e o Instituto
Nacional do Turismo
(INATUR). A feira é organizada
pela South African
Tourism, agência de promoção
do turismo na África
do Sul e pelo ministério
do Turismo daquele país.
Redacção
Mérito de preparação de alimentos na África de sul
Foto: Jorge Tomé
02 de Junho de 2018 21
Cultura
A Multichoice África
tem vindo nos
últimos vinte anos a
ser uma plataforma
acessível para a
exibição de vários
filmes de conteúdo
local através de
vários canais dos
pacotes da DSTV.
“
Lançado programa de formação
“Multichoice Factory”
AMultichoice
Moç
a m b i q u e
lançou, na
cidade de
Maputo, durante a semana
o projecto denominado
Multichoice Factory,
uma iniciativa que consiste
em capitalizar talentos
para área de cinema nos
países africanos por meio
de uma selecção para bene
ciar-se duma formação
na área de produção
de lmes locais. São no
total vinte jovens para
cada região, sendo que
em Moçambique serão seleccionados
dois.
A Multichoice Factory
vai abranger todos os paí-
ses africanos a nível das
regiões, para tal, segundo
o director da Multichoice
Moçambique, Paulo Leandro,
serão constituídas três
academias de formação.
Leandro disse na ocasião
que o projecto tem em vista,
para além de explorar
talentos locais, explorar o
vasto mosaico cultural e
histórico de que a África
dispõe. “Como todos sabem,
o continente africano
está mergulhado numa
rica e diversi cada história
de viver apaixonadamente
através das nossas línguas,
da arte, da música e especialmente
de contar histó-
rias, o cerne de quem somos
no mundo. Os jovens
terão a oportunidade de se
bene ciar de um programa
de formação intensivo
durante 12 meses avaliado
na necessidade se pessoal
preparado para desenvolver
a indústria nacional de
cinema. Para tal, a Multichoice
África constituirá
três academias localizadas,
no Quénia, Nigéria e na
Zâmbia”, disse.
A Multichoice África
tem vindo nos últimos
vinte anos a ser uma plataforma
acessível para a exibição
de vários lmes de
conteúdo local através de
vários canais dos pacotes
da DSTV. Paulo Leandro
olha para a indústria criativa
como um grande impulsionador
da economia
nacional. “Na Multichoice
entendemos que a indústria
criativa, as nossas famílias
e a sociedade em geral
são três partes de uma
experiência que ao longo
do tempo in uenciou as
nossas vidas, o nosso país
e o nosso continente”, sublinhou.
Leandro vai mais longe,
ao reclamar da falta de
espaço e relegação da indústria
criativa ao último
plano. “A história do desenvolvimento
africano é
de nida pelo investimento
na vasta riqueza mineral
deixando as nossas indústrias
criativas a se defender
sozinhas na franja do desenvolvimento
económico
por demasiado tempo.
Como resultado, os sectores
cinematográ cos e televisivos
não se desenvolveram
ao passo de outras
indústrias no nosso continente
e não por falta de talento,
paixão ou imaginação.
E verdade que somos
abundantemente abençoados
nessas áreas mas o
espaço dado foi na melhor
das hipóteses limitado e na
pior relegado a granja da
economia dominante deixando
de lado sonhos não
realizados, talentos inexplorados
e histórias por
escrever”, lamentou.
Apesar destes constrangimentos
e sentir a indústria
criativa beliscada e
ofuscada por outras áreas
da economia, Leandro
acredita que com o projecto,
que considera “fábrica
de talentos”, bons tempos
virão e colocará jovens cineastas
no centro de histórias
de desenvolvimento
africano e vai conectar diferentes
pontos sociais aos
pontos económicos.
Já para o cineasta, João
Ribeiro, a iniciativa vai
permitir que o cinema moçambicano
seja cada vez
uma referência visto que já
se destaca através de vários
prémios arrecadados pelo
mundo fora.
Segundo o Ministro da
Cultura e Turismo, Silva
Dunduro, presente no
evento, “a Multichoice Factory
vai evitar que muitas
histórias sejam enterradas
porque somos uma civilização
de tradição oral.
Somos feitos de contos
que passaram de geração
em geração há milénios e
que devem ser preservados
para as futuras gerações.”
Duduru disse que a expectativa
do Governo em
torno do projecto é que seja
uma resposta à necessidade
do desenvolvimento do
cinema moçambicano. “De
um total de 106 lmes produzidos
em Moçambique
nos últimos cinco anos,
apenas 52 foram lmes nacionais,
cerca de metade,
sendo que na sua maioria
são documentários”,
disse. Para o governante,
estes dados são bastante
encorajadores, porém há
muito trabalho a ser feito
no sector de modo a gerar
mais receitas. “Embora a
média da produção seja
encorajadora, e embora
cineastas moçambicanos
tenham merecido prémios
além fronteira, o desa o
ainda é enorme, sobretudo
naquilo que concerne a urgência
de estabelecimento
de cadeia de produção
cinematográ ca em que
a produção se transforme
realmente num produto
consumido pelo público e
que tenha retorno dos investimentos”,
acrescentou.
De acordo com o relató-
rio, a indústria criativa tem
sido um dos principais impulsionadores
das economias
dos países desenvolvidos
e também dos países
em desenvolvimento. A
título de exemplo, só no
primeiro trimestre deste
ano, a china facturou para
os cofres do Estado um
pouco mais de 301 biliões
de dólares provenientes da
indústria criativa.
Para promover o cinema
NELSON MALAIA Fotos: Jorge Tomé
22 02 de Junho de 2018
Desporto
NELSON MALAIA
NELSON MALAIA
• Madagáscar volta ser o carrasco
Mambas uma vez mais sai pela porta pequena
Multichoice Moçambique oferece várias
opções de transmissão de jogos
Apesar de
ter amealhado
mais
três pontos
no último
jogo do grupo A, diante
das Seychelles, a selecção
nacional de futebol,
os Mambas, cam mais
uma vez em terra nesta
competição. A equipa de
todos nós perdeu o primeiro
lugar a favor de
Madagáscar que no jogo
inaugural derrotou os
moçambicanos por duas
bolas a uma.
A esta altura, a passagem
do quarto de hora, os
Mambas estavam apurados,
em face do nulo que se
veri cava no embate entre
Madagáscar e Comores.
Olhando para o jogo
com as Seychelles, Moçambique
dominava o
jogo, quase que deixava o
seu adversário apagado em
campo, pois, que pressionava
em toda largura do
terreno e obrigava o adversário
a jogar mais recuado.
Depois foi Edmilson, aos
43 minutos, numa combinação
com Luís Miquissone,
a ter oportunidade de
marcar, mas a rematar por
cima.
O intervalo chegava com
os Mambas a vencer a tangente,
um resultado escasso
em função do que fez
nos primeiros 45 minutos,
ARússia, de 14
de Junho a 15
de Julho, vai
ser palco da
maior festa
futebolística mundial onde
igualmente será epicentro
da televisão mundial.
onde teve maior pendor
ofensivo. Mas ainda assim,
era um resultado
No reatamento, os Mambas
continuaram mais
agressivos encurralando
o seu adversário ate que
depois de muito tempo, é
que na primeira vez que as
Seychelles chegaram com
algum perigo, zeram o
empate. Cruzamento da
Trinta e duas selecções disputam
o Campeonato do
Mundo da FIFA e a Multichoice,
através dos canais
Super Sport, vai transmitir
em directo os 64 jogos em
todos os seus pacotes, exceptuando
o GOtv Lite.
A Multichoice tem um
painel composto por espedireita
e Franque, batido,
viu Tamboo restabelecer a
igualdade para o desespero
dos moçambicanos que
viam o sonho de chegar
aos quartos-de- nal totalmente
perdido. Num outro
jogo, o Madagáscar já vencia
por uma bola a selecção
das Comores, o que punha
a equipa nacional mais
pressionada e nervosa o
cialistas da modalidade e irão
acompanhar e comentar os
bastidores e todas as partidas
da vigésima edição do Compeonato
do Mundo da FIFA.
De acordo com Paulo
Leandro, Director Geral da
Multichoice Moçambique,
a transmissão em alta de -
nição é uma das vastas funcionalidades
oferecidas por
qualquer descodi cador da
DStv.
Os usuários do Explora bene
ciarão do serviço de cacth
up, onde poderão ser encontrados
os destaques, resultados,
calendário e jogos realizados
adicionados a função
recuar, pausar e gravar.
Nas sociedades modernas,
as disputas pelo remoto
que motivava o adversário
a ganhar mais terreno no
seu caudal ofensivo.
Mas porque a esperança
a é última a morrer, os
Mambas voltaram a entrar
no jogo. Aos 72, Jeitoso
marca o golo dos Mambas,
num livre cobrado por Edmilson
directo para a cabeça
de outro central, mas
a festa dos moçambicanos
controlo estão cada vez mais
evidentes e a DStv oferece
o serviço de Extraview, que
permite a visualização de
canais diferentes, em dois
compartimentos na mesma
residência, com única subscrição.
“A GOtv vai transmitir os
jogos do Mundial, sendo 54
jogos para o pacote Essencial
e todos no pacote GOtv Plus
e Max contando com uma
transmissão digital”, disse
Leandro.
A oferta da Multichoice é a
melhor solução de mercado
para ver o Campeonato do
Mundo da FIFA sem perder
nenhum detalhe do jogo ou
ainda estava nas mãos dos
malgaxes que continuavam
a ganhar noutra partida.
En m, mais uma edição
que os Mambas não conseguem
ir mais longe nesta
prova que ainda não lograram
erguer o canecão. O
Madagáscar, vencedor do
grupo A, vai nos quartos-de-
nal, vai defrontar a
selecção da África do Sul.
bastidores, dada sua vasta
experiencia de transmissão
e disponibilidade de canais
dedicados.
A Multichoice está presente
em Moçambique desde 1995
e já celebra a 7ª edição de
transmissão do maior evento
futebolístico do mundo.
Para este torneio, a Multichoice
está a desenvolver
uma campanha de comunicação
que engloba Spots televisivos,
Rádio, jornal, entre
outras formas de contacto
com o cliente. E para permitir
que todos vejam a festa
mundial, desde 1 de Maio até
31 de Julho, os pacotes estão
a preços promocionais.
Mundial Rússia 2018
Enfim, mais
uma edição que
os Mambas não
conseguem ir
mais longe nesta
prova que ainda
não lograram
erguer o canecão.
“
COSAFA
02 de Junho de 2018 23
Internacional
A categoria
parou no dia
21 de Maio
para exigir uma
redução nos
preços do óleo
diesel - que
subiram mais
de 50% nos
últimos 12 meses.
“
Greve dos camionistas: Brasil retoma a rotina
Pouco a pouco,
o Brasil começou
nesta
quarta-feira
a se recuperar
dos efeitos causados
pela greve dos camioneiros,
que durou dez dias e
paralisou serviços como
fornecimento de combustíveis
e distribuição
de alimentos e insumos
médicos, levando o país à
beira do colapso.
A categoria parou no
dia 21 de Maio para exigir
uma redução nos preços
do óleo diesel - que subiram
mais de 50% nos últimos
12 meses.
A vertiginosa redução só
foi possível porque, além
de atender todas as reivindicações
principais do
sector, o Governo Michel
Temer passou a agir em
várias frentes para encurralar
os que não seguiram
o acordo rmado com as
entidades classistas e não
encerraram a movimento.
Entre eles, há radicais que
lançam mão até de violência
para impedir a desmobilização
e novos atores
que aderiam ao movimento
ampliando suas pautas,
os que o Governo chama
de “in ltrados”.
Uma das principais acções
foi colocar as forças de
segurança, inclusive militares,
de maneira mais ostensiva
nas estradas, reforçar
investigações policiais contra
suspeitos de locaute (greve
patronal) e de impedirem
a livre circulação, além de
patrocinar acções judiciais
contra as empresas e os camioneiros
que se negaram a
cumprir a decisão do Supremo
Tribunal Federal, que
determinava a liberação de
todas as rodovias brasileiras.
Nesta quarta-feira, o
ministro do Supremo Tribunal
Federal Alexandre
de Moraes acatou um pedido
da Advocacia-Geral
da União e emitiu 141
milhões de reais em multas
para esses infractores.
O valor é de 100.000 reais
para as empresas e de
10.000 reais para os motoristas
autónomos. A vitória
na Justiça fez com que a
AGU pedisse uma ampliação
dessa multa de 339
milhões de reais. O pedido
não foi julgado, por ora.
Com a redução das áreas
de manifestações, a gestão
federal informou que cerca
de 53% dos combustíveis
que estavam retidos nos
bloqueios chegaram ao seu
destino. Além disso, cinco
grandes corredores de caminhões
foram completamente
desbloqueados.
Diante dessa melhora no
movimento nas rodovias,
o chefe do Estado-Maior e
coordenador da força-tarefa
do Governo, almirante
Ademir Sobrinho, estima
que entre cinco e sete dias
o problema do desabastecimento
deverá ser solucionado.
Até o próximo dia
4 de Junho as Forças Armadas
poderão continuar
agindo nas estradas.
Desde domingo, quando
Temer anunciou que atenderia
a todas as demandas
dos camioneiros, houve
um aumento dos protestos
porque representantes de
outras categorias engrossaram
o movimento. Nos últimos
três dias, alguns desses
novos manifestantes,
chamados pelo Governo
de “in ltrados”, passaram
a impedir a desmobilização
dos camioneiros. Essa
acção resultou na morte de
um motorista de caminhão
de 70 anos de idade, em
Vilhena (RO). Ele tentava
furar um dos bloqueios
quando foi atingido na cabeça
por uma pedra que
atravessou o pára-brisas de
seu caminhão.
A Polícia Federal prendeu
o suposto assassino,
além de um líder desse
grupo que queria impedir
a circulação dos caminhões.
“[Esse crime] é um
exemplo trágico do equí-
voco da violência política e
da tentativa de constranger
um movimento que começou
com reivindicações,
muitas delas justas e foram
em sua integralidade atendidas
pelo Governo”, disse
o ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann,
no tom cuidadoso para
não atacar o movimento
que conta com a simpatia
da população insatisfeita
com o Governo. Redacção
Leia e publicite no Jornal
Av. de Angola nº 2770
Contacto: 84 26 62 392
E-mail: jornalsabado85@gmail.com
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No eixo da retina Foto: Jorge Tomé
“Ninguém desenvolverá alguma vez as faculdades da sua inteligência se, pelo menos, não intercalar alguns
momentos de solidão na sua vida”. - Thomas de Quincey (1785-1859), escritor britânico
Pensamento da semana:
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Maputo acolhe Conferência Internacional Turismo
Acidade de
Maputo acolhe
nos dias
7, 8 e 9 de Junho
próximo
a Conferência Internacional
Turismo Baseado na Natureza,
um evento anual que
decorre pela primeira vez
em Moçambique, segundo
o comunicado de imprensa
enviada a nossa redacção.
A conferência realiza-se de
forma rotativa entre os países
membros da Global Wildlife
Program, uma parceria global
liderada pelo Banco Mundial,
que promove a conservação
da natureza e o desenvolvimento
sustentável, combatendo
o trá co ilícito de vida
selvagem.
“Pretende-se debater assuntos
globais ligados ao desenvolvimento
do turismo de natureza
nas áreas de conservação.
Pretendemos também juntar
individualidades, especialistas
e parceiros de conservação,
onde iremos discutir e aprender
experiências e boas prá-
ticas na região e no mundo”,
disse Nilza Chipe, assessora de
conferência juntamente com
o Ministério da Cultura e Turismo.
De acordo com os organizadores,
esta conferência está
alinhada com a política do
Governo de desenvolver o
turismo baseado na natureza,
fortalecendo o papel das áreas
de conservação na geração de
receitas para o país e no desenvolvimento
das comunidades.
Neste evento, que é uma das
maiores conferências mundiais
sobre a conservação da
vida selvagem, Moçambique
tem uma oportunidade de
apresentar o ambiente facilitador
de investimentos no
turismo de conservação, partilhar
a experiência nacional
na transformação das áreas de
conservação em bens turísticos
sustentáveis bem como
ouvir experiências dos outros
países na gestão da biodiversidade.
“Será um marco no renascimento
das áreas de conservação
em Moçambique, considerando
a riqueza da nossa
biodiversidade e das paisagens.
Vamos poder partilhar
com o mundo inteiro o rico
capital natural, atraindo assim
investimentos para as nossas
áreas de conservação”, concluiu
Nilza Chipe. Redacção
comunicação no Ministério da
Terra, Ambiente e Desenvolvimento
Rural (MITADER),
um dos co-organizadores da
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