terça-feira, 5 de junho de 2018

Semanário SÁBADO nº 164 de 02.06.2018

Semanário | Ano IV | Edição 164 Data: 02 / Junho / 2018 40% de empresas em “queda livre” OLÁ PAZ PUBLICIDADE ENGANOSA CONSTRUÇÃO CIVIL INAE põe ponto final ROUBO DE BAGAGENS Pág. 05 Pág. 08 Macro Segurança iliba LAM 40% de empresas em “queda livre” “queda livre queda livre queda livre” 02 02 de Junho de 2018 Cooperação Os políticos americanos referiram que há espaço para mais investimentos seus em Moçambique na protecção da biodiversidade que nos caracteriza, olhando para a proteção de tartarugas e outros animais marinhos. “ Nyusi quer força americana nos projectos ambientais O e s t a d i s t a moçamb i c a n o r e c e b e u na última quarta uma delegação de congressistas norte-americanos representantes de dois partidos, democrata e republicano, com os quais discutiu aspectos importantes ligados à protecção do meio ambiente, principalmente em projectos de exploração mineira, uma área em que os americanos estão representados pela Anadarko e ExxnolMobil, nas plataformas de gás no norte de Moçambique. Par a isso, prevê – se que os políticos americanos vão escalar projectos da indústria extractiva onde actuam activamente para se inteirarem do cumprimento pelos executores, das rúbricas ambientais aprovadas por mecanismos internacionais que espelham para a emissão de menos gases tóxicos na atmosfera. De acordo com o estadista moçambicano, com os americanos precisamos cooperar nas áreas do petróleo e gás onde empresas moçambicanas estão acometidas com as americanas e estão a trabalhar bem e temos bons relacionamentos com elas. “Estamos agora para discutir sobre os procedimentos, falo da Anadarko e ExxonMobil, mas também outras empresas serão bene ciadas pelas estratégias de conservação ambiental”, reparou Nyusi. Os congressistas, por sua vez, mostraram-se abertos para continuarem a apoiar Moçambique em questões ambientais e de desenvolvimento sustentá- vel. Continuando, os polí- ticos americanos referiram que há espaço para mais investimentos seus em Moçambique na protecção da biodiversidade que nos caracteriza, olhando para a proteção de tartarugas e outros animais marinhos. Depois de encontro a portas fechadas que Nyusi teve com os congressistas, disse ser importante que eles visitem locais onde estão a investir pois dessa forma vão perceber o impacto económico que se veri ca e quiçá, verem áreas adjacentes de cooperação empresarial no norte do país. Recorde – se que de acordo com dados de prospeção feita na bacia do Rovuma, Moçambique tem quantidades de gás invejáveis, colocando-o no grupo dos maiores produtores do gás natural do mundo extraído em águas profundas que necessitam de avultados investimentos . Neste momento, está em curso o projecto para construção de uma re naria em terra que vai permitir a redução do gás natural em Gás Natural Liquefeito (GNL) que representa um óptimo combustível com diversas aplicações em automóveis e residências, comércio e indústria, para prover eletricidade e calor. É também utilizado como matéria-prima na indústria petroquímica (plásticos, tintas, bras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (transformado em ureia, amônia e derivados). Na geração de energia elétrica, tem sido bastante empregado nas termo-elétricas e em indústrias. Redacção Propriedade: SYABONGA, SA | Publicação: Jornal Sábado, Av. de Angola 2770 | Cell: 84 26 62 392 | Email: jornalsabado85@gmail.com Registo sob nº __02/GABINFO-DEC/2014 | Conselho de Administração: Salomão António: Presidente | Daniel Lucas: Administrador Direcção, Redacção e Publicidade: Av. de Angola, No 2770 Redacção: Nelson Malaia (84 892 9688) | Corespondente: Alexandre Chaúque (Inhambane) | Colaboradores Permanentes: Marcelo Panguana, Verónica Macamo | Fotografia: Jorge Tomé (Cel: 84 472 2637) Grafismo: LEM | Administração e Finanças: Zanina Sitoe (Cel: 82 610 0033) Distribuição e Expansão: Felizardo Comé (Cel: 84 510 4599) | Imprensão: S-Graphics, Lda Tchumene | Matola - Moçambique Ficha-Técnica Filipe Nyusi, Presidente da República 02 de Junho de 2018 03 Construção Civil HILÁRIO MAVOTA A China é um país que não está para brincadeiras em termos de exportação de empresas de construção, cuja actividade não se esgota na execução de obras no terreno. “ 40% de empresas em “queda livre” Osector de construção civil é vital para a economia de um país, ainda mais para estados como Moçambique que ainda necessita de projectos de infraestruturas económicas e sociais que alavancam o crescimento urbano numa economia em pujante crescimento como a nossa. Mesmo assim, quarenta por cento de empresas de construção civil estão em vias de falência devido a vários factores, dos quais fazem parte a crise nanceira de Moçambique e a concorrência da china na indústria imobiliária. A Federação moçambicana de Empreiteiros promoveu um encontro com vista a entender os factores que caracterizam pela negativa o declínio da indústria de construção civil nacional, já que as obras nunca param de se veri car ao longo do vasto Moçambique. Só na cidade capital, são visíveis inúmeras obras de propriedade privada que começaram a crescer rapidamente após a simpli cação de processos de atribuição do Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT) e licenças de construção, no âmbito do melhoramento do ambiente de negócios. O sector de construção civil na Confederação das Associações Económicas (CTA) representado por Nelson Muianga reconhece a problemática que se vive na construção civil, bem como a sua insustentabilidade e acredita que só programas concretos é que podem resolver a situação. A realidade do país mostra que obras de maior envergadura como pontes, grandes estradas e edifícios complexos não se encontram empresas moçambicanas como construtoras. Só para dar alguns exemplos, o Estádio Nacional de Zimpeto, a Estrada Circular de Maputo, o edifício da Presidência da República e a ponte Maputo – KaTembe são obras que estão na responsabilidade de empresas chinesas. As construções em Moçambique não param. Em todo o país é possível veri car – se diversas construções, algumas de grande envergadura, outras nem tanto. No entanto, o que há de comum nessas construções são as empresas que executam tais obras. A maior parte dos executores são empresas estrangeiras, mas nelas, a que mais se destacam são de origem chinesa, principalmente devido ao orçamento que estas apresentam nos concursos públicos. A China é um país que não está para brincadeiras em termos de exportação de empresas de construção, cuja actividade não se esgota na execução de obras no terreno mas sim, na criação de empresas que fornecem matéria – prima para empresas, como areeiros, fábrica de cimento, siderurgia, entre outras áreas ligadas à construção, facto que supera empresas moçambicanas na hora de apresentação de propostas. Em conversa com a DWÁfrica, o empreiteiro Lucas Barbosa refere que a solução para o problema é colocar as empresas moçambicanas a prestarem serviços, por exemplo, no sector da indústria extrativa. Barbosa acrescenta que é necessário dar oportunidade de acesso às áreas de prospeção e pesquisa. Ainda de acordo com a fonte, as empresas nacionais, ao entrarem num concurso com grandes empresas, estas têm mais vantagens do que as moçambicanas. As empresas moçambicanas aparecem com o seu asset, o título mineiro, e depois disso podem fazer parcerias com empresas que têm mais capacidades nanceiras. Citado ainda no mesmo site, Lucas Barbosa sustenta que os empreiteiros devem estar preparados para ganharem concursos para a prestação de serviços, arranjando condições técnicas e nanceiras para, num prazo de três meses, iniciarem os trabalhos de prospeção e pesquisas nessas áreas. Construção Civil em risco Agostinho Vuma, presidente da CTA Fotos: Jorge Tomé 04 02 de Junho de 2018 Negócios e Investimentos A Vale Moçambique conseguiu surpreender o presidente da CTA ao mostrar – se cumpridora dos termos da legislação ambiental usando diversas estratégias para que a poluição esteja a percentagens cada vez mais baixas. “ Vale investe USD 800 milhões na contratação das PME’s Passam apenas seis anos desde que a mineradora brasileira Vale iniciou suas actividades em minas de carvão mineral na província central de Tete. Desde essa época até hoje já investiu acima de 800 milhões de dólares na contratação de empresas de prestação de serviços, maioritariamente Pequenas e Mé- dias Empresas (PME’s) nacionais. A informação foi tornada pública no decurso de uma visita á Vale Moçambique de uma delegação da Confederação das Associações Económicas (CTA) liderada pelo presidente da agremiação Agostinho Vuma. A CTA está interessada em obter mais informação sobre abertura de investidores estrangeiros na contratação de empresas e mão-de-obra moçambicanas, com o objectivo de ver positivamente aplicada a lei do conteúdo local nas parcerias público – privadas. No local, durante a interação com a direcção daquela indústria carbonífera, Vuma e a sua delegação cou a saber que a Vale vem fazendo uso da referida lei mesmo antes de ser aprovada, ocupando deste modo um papel de destaque na dinamização da economia, já que os investimentos realizados na contratação de empresas moçambicanas garantem que os capitais circulem no sistema nanceiro nacional. O Presidente do Conselho da Administração (PCA) da Vale, Márcio Godoy falou de Moçambique como um país que, apesar de estar a conhecer uma crise económica, encontra – se a liderar o mundo no que tange à extração e exportação do carvão mineral, um recurso energético indispensável na indústria pesada que se espalha pelo mundo, sublinhando que tal façanha não seria possível sem o envolvimento de outras empresas que complementam o ciclo de produção daquele carbono, referindo-se às PME’s ,vistas como alavanca da economia moçambicana. Na opinião do Gody, há necessidade de uma cadeia de produção estruturada, forte e de alta produtividade para que se conjuguem esforços empresariais a nível local para o bem do país. Moçambique tem conhecido nos últimos anos um movimento estrangeiro com foco nas regiões cheias de recursos minerais, quer energéticos ou não, apesar de os ganhos ainda não se fazerem sentir na população, já que são investimentos de grande vulto cujos ganhos veri - cam – se a longo prazo. VALE MELHORA NA PROTECÇÃO AMBIENTAL Quando se fala de empresas de extracção mineira, principalmente ligadas ao carvão mineral e às areias pesadas, uma das preocupações é o impacto ambiental adstrito às actividades dessas empresas. O debate sobre ambiente sustentável na mineração é um imperativo global, cuja obrigação aparece plasmada nos contratos que as empresas rmam com o governo. Se por um lado temos a legislação explícita nos termos contratuais, por outro temos o desa o da aplicação da legislação e seu cumprimento, facto que tem sido difícil de se fazer sentir. Felizmente, a Vale Moçambique conseguiu surpreender o presidente da CTA ao mostrar – se cumpridora dos termos da legislação ambiental usando diversas estratégias para que a poluição esteja a percentagens cada vez mais baixas. Uma nota publicada no site da mineradora, a Vale tem uma capacidade instalada de produção anual de onze milhões de toneladas de carvão na mina de Moatize, na província de Tete. Para melhor responder à demanda de processamento de carvão, a Vale investiu na construção da maior central de enriquecimento de carvão do país. HILÁRIO MAVOTA Foto: Jorge Tomé 02 de Junho de 2018 05 o seu licenciamento envolve outras autoridades, como a saúde e as autarquias, com quem devemos trabalhar havendo necessidade de corrigir anomalias”, explicou. Nos últimos 15 dias, a inspecção apreendeu cerca de 1.4 milhões de meticais em produtos contrafeitos na província de Inhambane, Tete e Zambézia. Redacção Fiscalidade | Opinião Verónica Macamo REFLEXÕES Ali Mussa, porta-voz da INAE Constatadas as infracções, a inspecção promete retirar ou interditar a emissão da publicidade em causa, e ainda multar o respectivo autor. “ Publicidade enganosa tem dias contados Agências de publicidade que v e i c u l a m mensagens que atentam a moral pú- blica, em painéis e spots, bem como comerciantes que veiculam publicidade enganosa como forma de atrair clientes, vão passar a ser objecto de scalização da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE). A operação, que vai entrar em vigor nos próximos dias, visa igualmente aplicar o Código de Publicidade actualmente em vigor, segundo revelou Ali Mussa, porta-voz da INAE, em conferência de imprensa para o balanço quinzenal das actividades daquela instituição. “Há publicidade a xada na via pública, sobretudo nas cidades de Maputo e Matola, em que se faz o uso indevido dos símbolos nacionais, como a bandeira, o emblema da república, entre outros” explicou Ali Mussa. Constatadas as infracções, a inspecção promete retirar ou interditar a emissão da publicidade em causa, e ainda multar o respectivo autor. Mussa acrescentou ainda que com a medida pretende-se desencorajar a publicidade enganosa por parte de alguns agentes publicitários que podem incorrer em sanções, se encontrados à margem do que é recomendado. Questionado sobre a publicidade veiculada por alguns médicos tradicionais que a rmam curar todo o tipo de doenças, a fonte explicou que esta actividade não faz parte do âmbito de actuação da INAE. “Não queremos assumir taxativamente que os médicos tradicionais estão nesta actividade por negócio. Por outro lado, Fiscalização da INAE A vida humana e a mutação de valores (III) Dona Rosa só chorava, chorava inconsolável que até metia dó. - Calma dona Rosa. É uma situação triste e muito complicada, mas não se martirize, por amor de Deus, pois não vai resolver o problema, nesse estado, o que vai acontecer, é que vai complicar a situação da sua saúde que já aspira cuidados. - Acalmar? Acalmar numa situação destas? Numa situação pior que a própria morte? Eu preferia ter morrido do que viver um absurdo destes. Acho que alguém da minha família vai morrer, é manindji. - Não vai morrer ninguém dona Rosa. É o nosso mundo que está a fi car cada dia mais torto. Por favor, cuide do seu coração, pois, já não tem idade para aguentar tantas emoções. Sei que é complicado, mas pensando bem, alguém na família com idade e autoridade moral de ser conselheira tem de ter calma, para assumir melhor essa função. - Como vou conseguir aguentar uma grande dor como esta que carrego? A minha fi lha não dorme. A minha neta que foi obrigada pelo pai a ceder aos seus caprichos demoníacos, e com a obrigação de não revelar a ninguém, os abusos do pai, também está sempre a chorar. Tem medo do pai e nem aceita comer nada. Não comendo signifi ca que mais dias, menos dias, vai morrer por inanição. A minha fi lha abandonou a casa conjugal e foi refugiar-se na casa do meu fi lho mais velho. Que vida é esta meu Deus! e a senhora ainda me diz para fi car calma? - Eu sei que é duro e o comportamento da sua fi lha e da sua neta são compreensíveis, todavia, penso que o fundamental é tratar a jovem e a mãe para livrá-los de traumas. Se calhar vai ter que tratar também do seu gênro que, certamente, não deve estar com a sua mente sã. É que se estivesse com o juízo em dia, certamente não faria da sua própria fi lha, a sua vítima de violência sexual, num abuso sem precedentes. O comportamento do seu gênro mostra que não só não ama a fi lha, como não a respeita como pessoa, para além de ser um comportamento desviante. Mas agora que as pessoas da família sabem, certamente, que ele já deve estar com vergonha. Nunca pensou que a fi lha se libertaria da escravidão do próprio pai, revelando o segredo. -Não sei o que é isso de tratar de trauma, porque não conheço essa doença... mas se a senhora acha que essas consultas vão ajudar a minha fi lha e a minha neta podemos levá-las. Quanto ao meu gênro, para ser sincera, para mim ele tem problemas de pactos com o demónio. De facto, só pode estar sob controlo de algum espírito maligno. Certamente que aluguém lhe aldrabou ou o convenceu para procurar riqueza ou melhores condições de vida, recorrendo a curandeiros maldosos e quando é assim, o espírito mau com que fez pacto, sem saber que se trata do espírito maligno, só vai lhe destruir porque, como todos sabemos, o diabo só sabe roubar, destruir e matar. O diabo é assim desde que o mundo é mundo. Mãe, sabemos que existem pessoas, que por ambição e ignorância, recorrem a pactos com o diabo, usando curandeiros maus, esquecendo-se que qualquer bem ou fortuna tem de vir do suor de cada um, como diz a Bíblia Sagrada, e o resto é procurar a destruição pessoal e da família inteira, mas agora a nossa preocupação é outra, é como reduzir os malefícios decorrentes. 06 02 de Junho de 2018 Leia e publicite no Jornal Av. de Angola nº 2770 Contacto: 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com PUBLICIDADE Estado de Direito Carlos Pedro Mondlane Juiz de Direito Quis custodiet ipsos custodes?1 Em 1998, foi lançado nos Estados Unidos da Amé- rica um livro que imediatamente tornou-se um bestseller mundial. A obra chamava-se Digital Fortress e o autor, então desconhecido, chamava-se Daniel Brown. Era a sua primeira obra. O livro aborda a questão da segurança interior dos Estados Unidos quando a Agência Nacional de Segurança (NSA) é atacada. Através de um vírus informático, todas as barreiras de segurança são derrubadas e os hackers começam a atingir as fundações de segurança dos Estados Unidos da América. A premissa trazida no livro é de apurar, nessas circunstâncias, “quem guarda os seguranças?”. O conceito é fascinante. Perscrutando mais sobre esse conceito, descobre-se que o mesmo é um termo antigo proposto por Platão na sua obra A República. A expressão é baseada numa concepção simples. Numa sociedade, na defi nição de papéis, existem as pessoas normais e existem aquelas que as protegem. Mas quem protegerá os protectores? Quem os fi scalizará? O poeta romano Juvenal, nas suas Sátiras ironizava “Quis custodiet ipsos custodes?”, “quem guarda os guardas?” Se vale a pena teorizarmos sobre o que Platão ou Juvenal trazem nas suas sátiras, o cenário alcança tom de gravidade quando num país real, com instituição concretas, juízes, procuradores e polícias vêem-se, eles próprios, vítimas de crimes. A máquina repressiva do Estado é composta por todos aqueles que usando do jus imperi do Estado podem condicionar comportamentos. São os guardiões da República moderna, cuja acção é legitimada pelo contrato social de proteger a sociedade. O mal sucede sobretudo quando os criminosos, embasados na ideia de impunidade começam a matar os agentes da administração da justiça. No meio caminho matam também advogados e jornalistas de investigação criminal. E ante a incapacidade do Estado de dar resposta, encontrando os autores e os responsabilizando, vai crescendo a sensação de que tudo podem. São superiores à capacidade de resposta do próprio Estado. É a criminalidade a colocar desafi os para os órgãos da administração da justiça. Para falar deste tema é inevitável aludirmos a uma das mais signifi cativas transformações porque o mundo tem passado: a globalização. A globalização é hoje o fenómeno por detrás de maior comunicação e aprofundamento internacional entre os povos e com ela ocorre a transmissão e infl uência de valores culturais, sociais e económicos. Para esse estado de coisas contribuem a quebra das fronteiras tradicionais e o desenvolvimento da ciência e da técnica que têm o condão de tornar acessí- veis os meios de transporte e de comunicação. O impacto da globalização é visível em áreas como o comércio e transacções fi nanceiras, movimentos de capital e de investimento, migração e movimento de pessoas e disseminação de conhecimentos. Actualmente o mundo é uma pequena aldeia cheia de dependência entre os seus integrantes. Os fenómenos locais têm uma projecção global. São replicados, infl uenciados e vivenciados quase em simultâneo em todo o globo. No domínio social estes elementos têm uma força deveras signifi cativa, havendo, hoje, entre os países troca de modelos, perfi s e comportamentos socio-culturais. A globalização não traz, porém, só coisas boas. Traz atrelado, de modo indistinto, toda uma panóplia de actos e práticas dominantes. Também a criminalidade não escapou a essa evolução, transpondo ela, hoje, as fronteiras internas dos estados, sendo que os agentes do crime passaram a operar num plano transnacional. A localização estratégica do nosso país, constituindo ponto de entrada para os países do interland, torna-o interessante a todos os níveis. Há toda uma rede rodoviária, marítima, lacustre e fl uvial que liga Moçambique aos países vizinhos, tornando estes dependentes. E um terreno assim, aliado a extensão territorial signifi cativa e a fragilidade das instituições de controlo, é favorável para a instalação e desenvolvimento da criminalidade, em especial da criminalidade organizada. Mas o que é isso de criminalidade organizada? A criminalidade organizada pressupõe a prática de actos reiterados por um grupo de indivíduos que faz do crime o seu modo de vida. Esse conjunto de indivíduos, na verdade, associa-se em torno de objectivos comuns e passa a trabalhar de forma coordenada e assente em regras bem defi nidas. Cada um dos integrantes joga funções e tarefas muito bem esclarecidas, ao longo de certo período. A criminalização deste agrupamento decorre da motivação da sua criação, ou seja, do propósito de obter e acumular benefícios económicos por meios ilegais. Antes de ser tarefa exclusiva da justiça, o combate a este mal passa por maior moralização da própria sociedade para o ódio a estas práticas e consequentes denúncias. É um desafi o enorme para a Justiça o combate à criminalidade organizada. Por um lado porque esse combate tem que ser feito em estreita colaboração com entidades da administração da justiça de países estrangeiros, e, por outro lado, em atenção ao aparelhamento da nossa máquina jurídica e judiciária. Mais importante é o país dotar os seus guardiões de meios para se protegerem no combate ao crime organizado. Os fazedores da justiça, porque são eles que garantem as fundações do Estado, há uma responsabilidade acrescida do pró- prio Estado de garantir a sua segurança. Mais do que a outros. Sem querer signifi car que as vidas, integridade física ou psicológicas daqueles valem mais que a de comum cidadão. Garantir a segurança dos servidores da justiça não é para as próprias pessoas individualmente consideradas. É, em último ratio, para a sociedade. Nada é mais assustador que servidores da justiça condicionados por se sentirem inseguros no seu exercício profi ssional. Uma pessoa dominada por medo é susceptível de tomar decisões não baseadas no isenção e objectividade que lhe devem nortear, mas por outros critérios mais subjectivos. E se isso acontece é má Justiça. É injustiça… 1 Apresentação feita a propósito do Seminário do dia 9 de Maio de 2016, em Maputo, com o tema “O Crime Organizado e os Desafi os dos Orgaos da Administração da Justiça”. A criminalidade organizada pressupõe a prática de actos reiterados por um grupo de indivíduos que faz do crime o seu modo de vida. Esse conjunto de indivíduos, na verdade, associa-se em torno de objectivos comuns e passa a trabalhar de forma coordenada e assente em regras bem definidas. “ 02 de Junho de 2018 07 Sociedade PUBLICIDADE NELSON MALAIA Encontrados ladrões na LAM Nos últimos dias, circula pelas redes sociais e pelos meios de comunicação convencionais, um vídeo onde aparecem dois seguranças da empresa Macro Segurança, que de forma descontraí- da, aparecem no extravio de bagagens de passageiros. A carga furtada seguia para o carregamento num voo das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que tinha como destino a cidade de Chimoio, na província de Manica. Se até num passado bem recente episódios de desaparecimento de bagagens de passageiros era a canção quase que diária, onde se colocava até em causa a segurança e honestidade dos funcionários das Linhas Aéreas de Moçambique, parece ter-se encontrado a raiz do problema. Este problema coloca, em muitos casos, a empresa de bandeira em con ito com os seus clientes e via-se na situação de ressarcir os seus clientes, uma situação, diga-se já era uma dor de cabeça para os gestores da companhia aérea nacional que já não gozava de boa fama na sua gestão, aliada a outros problemas. Recorde-se que, vários passageiros interrogavam-se pela forma como as suas bagagens desapareciam visto que passavam pelo processo de controlo sob olhar seu atento mas que depois chegados ao destino davam falta das suas bagagens ou de parte dela por roubo ou extravio onde alguns pertences eram retirados, mas enquanto não se achasse o culpado, para os passageiros agastados com a situação acusavam os funcioná- rios da empresa aérea. Verdade ou não, o agrante dos dois seguranças que viviam uma festa autêntica com os pertences dos passageiros, é como se fosse um balão de oxigé- nio, um suspirar de alívio da LAM que adicionado a outros problemas sufoca a já debilitada companhia. MHS RESCINDE CONTRATO COM MACRO SEGURANCA Era expectável que tal acontece depois do sucedido, é que a empresa de gestão aeroportuária em terra, MHS, anunciou a rescisão do contrato com a empresa subcontratada, Macro Segurança, depois de terem sido agrados dois agentes daquela empresa de segurança privada a violarem volumes de bagagem, durante a semana no Aeroporto Internacional de Maputo. “Foi efectuada esta vandalização por dois agentes da Macro Segurança numa carga que ia a Chimoio. Essa carga já seguiu, entretanto, nós tomamos as seguintes medidas: vamos rescindir o contrato que temos com a Macro Segurança, no prazo de 90 dias teremos que contratar uma empresa para o efeito e exigimos que eles (Macro Segurança), instaurassem processos disciplinares contra os dois agentes de segurança e se necessário também o processo-crime e cível”, disse Ismael Gulli, director comercial da MHS. A MHS, que presta serviço de assistência aos passageiros em terra, desde o despacho de bagagem, embarque de passageiros, despacho de carga, bem como a movimentação de aeronaves através de tractores, incluindo as escadas rolantes para as aeronaves, avança que já vinha recebendo reclamações de clientes, embora com tendência para se amenizar, pois, houve reforço da segurança. “Temos tido alguns casos extremamente preocupantes, daí termos desenvolvido este programa de reforço à nossa capacidade de segurança”, disse. A violação ou roubo de bagagem nos aeroportos é algo recorrente a nível nacional e internacional e tem sido um dos focos de con ito entre os provedores de serviços aeroportuá- rios e os clientes. Roubo de bagagens 08 02 de Junho de 2018 Sector Empresarial IVETE AFONSO A Conferência Internacional de Cooperativas juntou empresários e gestores de empresas cooperativistas do Malawi, Quénia, Lesotho, Angola, Ruanda, Somália, Maurícias, Nigéria, África de Sul, Tunísia, Estados Unidos da América, Zimbabwe e terminou com a visita a algumas cooperativas agrícolas, que beneficiam do financiamento da AMPCM, criada em 2010. “ Maputo acolhe 5ª Conferência Internacional de Cooperativas Decorreu de 28 a 31 de Maio, em Maputo, a 5ª Conferência Internacional de Cooperativas, um evento que junta mais de 150 lí- deres e gestores de cooperativas ao nível mundial. A Conferência teve como objectivo promover acções que contribuam para o desenvolvimento do movimento cooperativo mundial como forma viável de promoção da produção, produtividade, riqueza e desenvolvimento socioeconómico inclusivo e sustentável, trocar experiências, boas práticas e oportunidades de negócios e parcerias. O evento de três dias, foi organizado pela Associação Moçambicana para a Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM) e teve como lema “Cooperativas para zero fome em África”. Helena Bandeira, presidente da AMPCM, a rmou que a conferência em curso, é um evento que já vem sendo preparado há cerca de seis meses e acontece numa altura em que Moçambique regista mudanças de comportamento consubstanciadas com surgimento de mais iniciativas empresariais viradas para o sector de cooperativas. De acordo com a presidente da Associação Moçambicana para a Promoção do Cooperativismo Moderno, neste momento a agremiação conta com 62 membros, que são as cooperativas e espera-se que até o nal deste ano, o nú- mero aumente. Segundo Arlindo Langa, secretário permanente do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos a criação de um Banco Cooperativo em África representa um pressuposto para viabilizar os negócios cooperativos para a avaliação dos objectivos de desenvolvimento sustentável. Langa defende a aposta da aplicação das tecnologias e inovação como meio catalisador para a melhoria dos processos produtivos, oferta de produtos nais ao mercado e melhoria de condições de vida. Por sua vez Cecílio Menezes, director executivo da AMPCM a rmou que Moçambique deve adoptar o cooperativismo como alternativa de desenvolvimento do país. A AMPCM divulgou em Maio último a nova lei das cooperativas com um carácter económico e que abrange todo tipo de cooperativas. De referir que a Conferência Internacional das Cooperativas juntou empresários e gestores de empresas cooperativistas do Malawi, Quénia, Lesotho, Angola, Ruanda, Somália, Maurícias, Nigéria, África de Sul, Tunísia, Estados Unidos da América, Zimbabwe e terminou com a visita a algumas cooperativas agrícolas, que bene - ciam do nanciamento da AMPCM, criada em 2010. Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado recentemente alertava que perto de 1,4 milhões de crianças podem morrer este ano devido à fome e malnutrição em apenas quatro paí- ses: Iémen, Nigéria e Sudão do Sul, por causa da guerra, e Somália, devido à seca, situação que pode ser mudada caso a AMPCM aumente esforços na produção e disponibilização de alimentos aos referidos países. UE PRETENDE INVESTIR 320 MILHÕES DE EUROS NA AGRICULTURA A União Europeia (UE) pretende investir a partir de 2019, durante um período de 7 anos, 320 milhões de Euros na agricultura concretamente nas províncias de Nampula e Zambézia. Segundo a chefe da unidade e cooperação da EU em Moçambique Isabel de Almeida, a instituição que representa tem vindo a investir no sector do desenvolvimento rural e nas províncias mencionadas pretendem melhorar também vias de acesso, nutrição, biodiversidade e energia. A União Europeia desembolsou recentemente um pouco mais de 22 milhões de euros para o apoio a programas de nutrição infantil, água e saneamento segundo a UNICEF, parceiro na iniciativa. O programa vai bene ciar 570 mil crianças menores de dois anos nas províncias da Zambézia e Nampula. A taxa de desnutrição crónica é de 41% na província da Zambézia e de 50% na província de Nampula, Maputo regista a taxa mais baixa do país com 26%. Cecílio Menezes, Director Executivo da AMPCM 02 de Junho de 2018 09 Sector Empresarial Sector agrário regista crescimento assinalável S egundo o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar Higino de Marrule o balanço do desempenho do sector agrário no decurso Primeiro Trimestre de 2018 é positivo apesar da ocorrência de algumas situações adversas como: pragas, doença, chuvas acima do normal nas zonas Centro e Norte e irregulares na zona Sul, que concorreram para a perda de culturas numa área de 188 mil hectares correspondente a 1,2% da área total, sendo que a cultura de milho foi a mais afectada, com perdas de 116 mil hectares. Nas culturas alimentares, perspectiva-se a produção de 3.3 milhões de toneladas de cereais o que representa um crescimento de 11% comparado com a campanha 2016/2017. O desa o do sector é de continuar a melhorar de campanha pós campanha, assim na segunda época, deve-se concentrar esforços na orientação dos produtores para o aproveitamento integral da água para a rega, bem como a produção de hortícolas nas zonas baixas. Por outro lado, maior atenção deve-se dar a vigilância epidemiológica e controlo de pragas e doenças que afectam tanto a produção de culturas como a produção de animais, disse De Marrule. A informação sobre o desempenho do sector agrário no decurso do primeiro trimestre de 2018 foi avançada pelo Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), durante a abertura do IV Conselho Coordenador do sector. FEIRA AGRO-PECUÁ- RIA NO IV CONSELHO COORDENADOR DO MASA Na sequência das actividades agendadas no IV Conselho Coordenador, o Ministro de Agricultura e Segurança Alimentar, Higino de Marrule, mostrou-se satisfeito na interacção que manteve com os expositores da província e Cidade de Maputo. A feira de exposição que esta aberta ao público de 31 de Maio a 01 de Junho, privilegia produtos agrá- rios de bandeira nessas províncias, concretamente hortícolas, frutas, aves e tubérculos. Na inauguração da exposição, o ministro incentivou os produtores a continuarem a engajados no sector agrá- rio de modo a abastecer os grandes mercados e supermercados, assim como alimentar a população moçambicana que cresce a ritmo acelerado. Para o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) que se faz a exposição sobre boas práticas alimentares, De Marrule orientou que continuassem com as suas iniciativas educativas aos munícipes, de modo a reduzir a desnutrição crónica. Redacção PUBLICIDADE Preços de Publicidade/Anúncios Tabela de Assinaturas ELECTRÓNICO Nas culturas alimentares, perspectiva-se a produção de 3.3 milhões de toneladas de cereais o que representa um crescimento de 11% comparado com a campanha 2016/2017. “ 10 02 de Junho de 2018 Seguros PUBLICIDADE Ler as “Vivências” é como ler uma vida, recortada por muitos temas, em relação aos quais se contam histórias, a partir de episódios pessoais, e depois se extraindo normalmente um ensinamento. É um livro de otimismo, que nos ajuda a ver a vida e os outros — e, por isso, a nós mesmo — de um modo agradável, com simplicidade e franqueza, e que revela uma humildade intrínseca e uma visão geral das coisas que é só a plenitude da maturidade pode dar. À venda nas livrarias da capital ou pelos contactos: 84 47 25 548 | 84 83 07 687 Jorge Bacelar Gouveia Professor Catedrático de Direito Árbitro, Advogado e Jurisconsulto 500 MT O objectivo da actualização é de conferir maior solidez e robustez financeira aos operadores dos seguros de modo a salvaguardar os interesses dos segurados. “ Governo agrava em mais 64 milhões no capital das seguradoras OG o v e r n o moçambicano decidiu, esta s e m a n a , fazer a revisão do capital social das sociedades de seguros a operar no país. Da actualização, o executivo acresceu o capital mínimo em 64 milhões de meticais, um pouco mais de 193,9 por cento do anterior mínimo do capital social inicial. Esta decisão foi tomada em sede da décima sétima sessão do Conselho de Ministros durante a semana. O capital social mínimo das sociedades de seguros estava xado em 33 milhões de meticais e com a actualização da última sessão do Conselho de Ministros passa para 97 milhões de meticais. De acordo com a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana, a medida tomada pelo executivo de Filipe Nyusi, tem em vista conferir maior solidez nanceira ás empresas de seguro e garantir maior segurança e comodidade aos segurados bem como colocar as empresas a assumirem riscos de maior dimensão. “O objectivo da actualização é de conferir maior solidez e robustez nanceira aos operadores dos seguros de modo a salvaguardar os interesses dos segurados, garantir indemnização de vida em tempo útil, reforçar a con ança dos segurados mas também habilitar os operadores a assumir riscos de grande dimensão”, disse Comoana. A nova actualização do capital social mínimo para a sociedade de seguros não abrange somente a novos investidores que pretendam entrar no mercado de seguros, mas também as empresas que já operam há algum tempo e que tinham como base os 33 milhões. Para tal, o Governo decidiu dar aos operadores em exercício três anos para se conformarem com as novas exigências. Para além do reajuste do capital mínimo para as seguradoras, o Conselho de Ministros aprovou ainda a proposta de revisão da lei 17/79, de 1 de Outubro, que aprova a Política de Defesa e Segurança a ser submetida à apreciação e aprovação da Assembleia da República. De acordo com a porta-voz do governo, a revisão daquele instrumento legal visa adequar à Constituição da República e à realidade que se vive no país. “O Conselho de Ministros decidiu adoptar uma Política de Defesa e Segurança mais actualizada, em conformidade com as dinâmicas e transformações que decorreram dentro e fora do país”, disse Ana Comoana, acrescentando que a revisão visa, ainda, fortalecer a capacidade das Forças de Defesa e Segurança de modo a assegurarem a soberania e a unidade nacional. Ainda na mesma sessão, o Governo apreciou as informações sobre o Campeonato Nacional de Futebol, o “Moçambola - 2018”; os Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a decorrer em São Tomé e Príncipe, de 21 a 28 de Julho; e da Conferência Internacional do Turismo baseado na Natureza, a decorrer na capital do país, de 7 a 9 de Junho. Redacção 02 de Junho de 2018 11 Economia NELSON MALAIA A associação vai reconhecer os vendedores de crédito e outros nos mercados. “ Partido Frelimo apadrinha criação da Associação de Vendedores de Crédito OPartido Frelimo a nível do comité da cidade de Maputo, em coordenação com os diferentes revendedores de recargas de telemóvel e pacotes iniciais, está engajado na criação da Associação de Vendedores de Crédito de Moçambique (AVCM). A iniciativa surgiu dos próprios comerciantes que viram no partido dos camaradas o melhor parceiro para buscar apoio por forma a constituir, legalmente, a agremiação. Na última quarta-feira, uma comissão técnica do partido Frelimo delegada para estar a frente do processo, os juristas Mário Mandava e Suzette Dalsuco, reuniram com vários revendedores oriundos de vários cantos da cidade de Maputo com o propósito de alinhavar vários aspectos, entre eles, proceder com a legalização, incentivar aos que pela primeira vez participavam do encontro e explicar a importância de se constituírem em associação. O encontro serviu igualmente para a apresentação da proposta dos estatutos que vão reger a agremiação. Na verdade, este não era o primeiro encontro, pois, segundo Mandava “trata-se duma iniciativa que já vem sendo desenhada desde o passado mês de Março, estando neste momento a se preparar a documentação exigida. A Associação não tem ns lucrativos. Tem por objectivos reconhecer o trabalho dos vendedores de crédito que diariamente estão nas ruas, nas praças ou mesmo em pequenas bancas a garantirem o sustento e renda das suas famílias. “Nós gostamos e abraçamos a vossa iniciativa e propusemo-nos a apoiar. A associação vai reconhecer os vendedores de crédito e outros nos mercados. Vai permitir igualmente lutar pela dignidade e ganhos da actividade”, disse quando explicava sobre a importância e objectivos da associação em processo de criação. O antigo deputado da Frelimo acrescentou ainda que com a associação em funcionamento pleno poderá ajudar na discussão de novas formas de venda e de rendimentos em termos de lucros na recargas e pacotes iniciais. O Primeiro-secretário da Frelimo a nível da cidade de Maputo, Francisco Mabjaia, apela para que a associação a ser criada seja um propó- sito de união de facto e que a sua constituição respeite a unidade nacional. “Que a associação esteja espelhada na unidade nacional e seja aberta para todos e que não seja palco de intrigas”, disse apelando para que a iniciativa se multiplique por todos os distritos municipais e tenha respectivas representações. Em entrevista, os futuros membros da AVCM mostram-se satisfeitos com o apoio prestado pelo partido na capital do país, como é o caso de Carlos Massingue. O nosso entrevistado agradeceu a prontidão do partido em apoiar a iniciativa e aproveitou para descrever quão a sua actividade é dura não deixando de lado o facto de ser uma actividade cuja rentabilidade é bastante ín ma, principalmente numa era em que crescem cada vez mais plataformas electrónicas de recarregamento de telemóveis. “No nosso trabalho não ganhamos quase nada, é duro. Trabalhamos ao sol, á chuva e a percentagem do lucro é reduzida. Com a associação espero uma melhor organização.” Já a dona Percina Tembe, também vendedora de cré- dito no mercado Adelina, espera da associação ter o reconhecimento pela actividade que exerce e espera através da associação poder negociar directamente a percentagem de lucro com as operadoras e assim aumentar a margem de lucro e expandir o seu negócio. Actualmente, a margem de lucro na venda de recargas, segundo as nossas fontes, circunscreve-se na compra aos revendedores autorizados a grosso que já cobram uma percentagem às operadoras e por sua vez os venderes a retalho retiram 10 por cento em cada recarga, variando o lucro entre 1 a 10 meticais nas recargas de 10 a 100 meticais. Para os próximos passos, espera-se a conclusão do processo de legalização, como são os casos do cumprimento da assinatura de pelo menos 10 membros fundadores, conforme exige a lei e seguidamente vai-se proceder com a preparação da assembleia geral onde serão eleitos os principais órgãos sociais que vão dirigir a associação. Na cidade de Maputo Carlos Massingue Francisco Mabjaia dirigindo-se aos vendedores de crédito da cidade de Maputo Percina Tembe Fotos: Jorge Tomé 12 02 de Junho de 2018 Economia HILÁRIO MAVOTA • Energias alternativas, solução para expansão da electricidade Para além dos preços, outra intervenção do governo solicitada pelos agricultores de Nampula, bem como por aqueles que adquirem os produtos, é a reabilitação de estradas para permitirem melhor escoamento de produtos agrícolas. “ Filipe Nyusi dá nota positiva à província de Nampula F oi no Posto Administrativo de Macule onde o chefe do estado Filipe Nyusi, inaugurou, no decurso da sua visita de trabalho à província de Nampula uma micro estação de energia solar que já está a ser expandida pelas famí- lias da região e já é vista como alternativa à de Cahora Bassa que ainda não chegou naquele ponto do país. O presidente da Repú- blica esteve no norte do país, na província mais populosa de Moçambique, para se inteirar do nível do cumprimento do Plano Quinquenal do Governo (PQG) referente a este mandato que já está a espreitar seu m. Como é de praxe, houve a interação com população que não perdeu a oportunidade para reconhecer os feitos do presente executivo, começando pelo aspecto de fazer iluminar com energia alguns distritos que desde a independência não sabiam o que era conviver com energia eléctrica. A província de Nampula está a registar crescimento em várias áreas de actividade económica quer seja na agricultura, pecuária, pesca e indústria diversa. Aliás, durante suas andanças pela província, Nyusi visitou uma feira de agronegócios onde constatou que a nal de contas, aquele ponto tem soluções para combater a desnutrição, lembrando que Nampula tem maior índice da mesma. Depois de andar pelas exposições, o presidente subiu ao pódio para se dirigir aos expositores e explicar que o tomate, a batata, o peixe, feijão e tudo quanto são capazes de produzir, se consumido de forma organizada pode melhorar a dieta do povo. “Não devemos comer mandioca todos os dias e levarmos o restante dos produtos para venda. Temos de comer aqueles produtos também, darmos aos nossos lhos para que combatam o problema da desnutrição”, disse Nyusi. Numa outra abordagem, o chefe de estado olhou para o futuro de Moçambique, e considerou a pequenada como aquela que vai garantir a continuidade do sucesso, mas que essa garantia deve ser construída a partir de hoje, junto das nossas famílias pois é lá que sai o alicerce de um estado. Até porque o ditado diz que cuidar uma criança é cuidar uma nação. Todavia, os agricultores do Distrito de Eráti, local onde se organizou a feira, pediram a intervenção do governo na aplicação do preço dos produtos agrí- colas, dando exemplo do feijão, que tem sido sua aposta na comercialização. Os agricultores lamentaram o facto de o preço aplicado ser insustentável quando comparado com o investimento feito para sua produção. Para além dos preços, outra intervenção do governo solicitada pelos agricultores de Nampula, bem como por aqueles que adquirem os produtos, é a reabilitação de estradas para permitirem melhor escoamento de produtos agrícolas. Nyusi cou tocado com as preocupações do povo e prometeu que as acções do governo têm em vista a realização de actividades que satisfaçam todos os moçambicanas, e em relação a infraestruturas, o presidente disse que as obras nas referidas estra- 02 de Junho de 2018 13 Economia Economia Filipe Nyusi dá nota positiva à província de Nampula das começam no próximo mês de Junho, tendo referenciado que já foi adjudicado o empreiteiro e que o tribunal Administrativo já organizou todo o procurement, para a realização de obras. Ainda no distrito de Eráti, concretamente na localidade de Alua, o presidente Nyusi inaugurou um sistema de distribuição de água que neste momento garante o precioso líquido a 24 mil habitantes. No que tange à energia eléctrica, uma preocupação que a população apresentou nas edições anteriores em que o chefe do estado se deslocou àqueles pontos, Nyusi garantiu que esta é a última vez que o pedido é feito, dado que a Electricidade de Moçambique (EDM) já fez o estudo de viabilidade e já tem o material adquirido para que a corrente da rede nacional de Cahora Bassa possa chegar o mais rapidamente possível a Eráti. NACALA RECEBE NOVA FÁBRICA DE CIMENTO A ida do chefe de estado ao norte do país tinha em vista diversas agendas. Nos lugares visitados por ele, várias acções foram realizadas ao longo dos quatro dias da sua estadia. A título de exemplo, em Nacala Nyusi inaugurou uma fábrica de cimento cujo investimento é avaliado em dez milhões de dólares americanos de capitais chineses e moçambicanos na proporção de 85 e 15%, respectivamente. O presidente disse, no momento da inauguração, que o investimento é uma demonstração clara de que, apesar de Moçambique estar em crise, os parceiros ainda acreditam em oportunidades de negócio e aplicação de capitais no nosso país. As potencialidades que Moçambique possui, são, segundo o chefe do Estado, um chamariz aos empresários que pretendem crescer economicamente explorando novos mercados e aproximando – se de zonas de abundância da matéria – prima. “Os investidores continuam a acreditar em Moçambique, sobretudo quando se tem uma fábrica que é a terceira de Nampula e a terceira maior em termos de produção. Como vimos no comício, a população continua a precisar de mais cimento ao mesmo tempo que não para de reclamar pelo preço do cimento”, disse o estadista moçambicano numa nota patente no sitio da presidência da república citada pelo “O País”. Na mesma ocasião, Nyusi recomendou a direcção da indústria Cimentos Malaia a praticar preços aceitáveis para contrabalançar, numa indústria que emprega até o momento cerca de 60 trabalhadores, dos quais 48 moçambicanos e cuja capacidade de produção ascende para mais de 25 mil toneladas anuais. Nyusi não saiu do local sem acautelar aos investidores sobre observância de medidas de segurança, direito dos trabalhadores, regras de higiene, sem que isso impeça o incremento da produção. Em Nampula, Filipe Nyusi visitou os distritos de Nacala, Mogincual, Larde, Meconta e Eráti. A página o cial da presidência da república tem uma nota que refere que o tempo não foi su ciente para visitar e inaugurar todos os empreendimentos e infraestruturas construídos na província de Nampula, informação que obteve do governador provincial Victor Borges. Mesmo assim, a satisfação é enorme por parte do estadista que viu um acréscimo assinalável na produção de alimentos, bem como nos planos de incremento de produção do caju, um produto com elevado valor comercial no mercado externo. 14 02 de Junho de 2018 Negócios CTA cria fórum de agronegócios Indonésia pretende reforçar cooperação com Moçambique AConfederação das Ass o c i a ç õ e s Económicas de Moçambique (CTA) está cada vez mais a adoptar formas mais e cazes e actuais de viabilização de seus negó- cios a todos os níveis. A recente direcção da CTA esteve reunida no distrito de Marracuene para fazer monitoria do plano estratégico 2017 – 2020, onde aproveitou para traçar algumas linhas de acção e identi cação de novas estratégias. Uma das novidades trazidas pela CTA é a criação de um fórum de agro negócios. A se concretizar, vislumbram – se momentos do desenvolvimento da agricultura e potenciação da actividade tida como de garante da sustentabilidade alimentar no nosso país. Re ra – se - que devido à falta de investimentos sérios no sector agrícola é um factor do declínio da nossa economia. A produção de comida em Moçambique tem - se mostrado fraca. Só para elucidar, há dias os produtores de frango na província cenAIndonésia pre ten d e r e f o r ç a r as relações bilaterais com Moçambique em diferentes áreas comercias. A informação foi revelada no encontro que o conselho directivo da Confederação das Associações Econó- micas de Moçambique (CTA) manteve com a delegação empresarial da Indonésia que está em Moçambique à protral de Sofala mostraram se agastados com previsões de abandonarem a actividade devido à falta de uma fábrica de cereais. Segundo os agricultores, os frangos morrem por falta de comida prejudicando o investimento aplicado, daí olharem o abandono da produção como uma saída. Um fórum de negócios cura de oportunidades de negócios e de parcerias. Para Luis Magaço, presidente do Comité da Política Financeira da CTA o investimento vai permitir com que as PME´s tenham acesso ao mercado de 200 milhões de pessoas, “a Indonésia tem mesmas características com Moçambique e isso vai criar várias oportunidades a empresas moçambicanas de criar um leque de regiões que podem exportar “. seria um convite aos investidores nacionais e internacionais a repararem mais para agricultura como uma área de produção que embora carregue riscos, os resultados da sua actuação garantem mercado e sustentabilidade do negócio. Entretanto, um outro entrave na agricultura prende – se com indústrias de processamento e infraestrutuO Presidente da Polí- tica Financeira da CTA a rmou igualmente que a Indonésia espera que Moçambique seja o maior centro de negócios em África e há necessidade de começar a colocar o plano em prática. As relações económicas entre as duas partes neste momento veri cam-se apenas no sector turístico, “muitos moçambicanos tem passado férias na Indonésia “, mas em termos comerciais ainda há muito pouco investimento. “Um dos sectores que é importante para nós é o das Pequenas e Médias Empresas- PME´s por isso nas discussões foi focado a estimulação e desenvolvimento do sector, mercados, commodities como Moçambique é um bom parceiro para fortalecer a área, indústria farmacêutica, construção e mineração”, disse Daniel Simanjuntak, director de relações africanas da Indonésia. Moçambique pode aproras de escoamento de produção até aos mercados. Já houve vezes em que o tomate apodreceu na província de Manica por falta de escoamento e de uma fábrica que pudesse transforma – lo em pasta para não se perder. O agronegócio é responsável pela integração de diversos sectores da economia moçambicana que veitar na sua congénere a área tecnológica, bancária, e shopping mall que são negócios vendidos pela internet e televisão. A CTA pretende, em Julho próximo, organizar um fórum empresarial na Indonésia para discutir problemas e áreas especí cas de investimentos. De referir que no âmbito das relações existentes entre os dois países a Indonésia investiu em Moçambique, até ao nal de 2015, cerca de 180 milhões estão directamente ligados aos produtos e subprodutos advindos da actividade agrícola ou pecuária, possibilitando a confecção de roupas, a elaboração de produtos de higiene pessoal, biotecnologias, e principalmente o produto “in natura” que é servido na mesa de todos os moçambicanos diariamente. Redacção de dólares americanos na área dos hidrocarbonetos em Moçambique, com destaque para o gás natural. No momento há dois investimentos já feitos em Moçambique por duas empresas indoné- sias. Um na área de gás num investimento de 175 milhões de dólares. O segundo é da construção de uma fábrica em Pemba, num valor que varia entre 3 a 5 milhões de dólares. Redacção Sector privado nacional O agronegócio é responsável pela integração de diversos sectores da economia moçambicana que estão directamente ligados aos produtos e subprodutos advindos da actividade agrícola. “ 02 de Junho de 2018 15 Educação A imaginação é a chave. Cada um é um cientista; entretanto, o cientista é guiado por uma inextinguível e constante sede pelo saber.” “ Willow International School promove feira de ciência e tecnologia A W i l l o w Internat i o n a l S c h o o l promoveu feira de ciência e tecnologia uma actividade extra-curricular que encoraja os estudantes a buscarem o conhecimento, uma vez que eles assumem que o aprender fora da sala de aulas é um elemento chave e integrado para as suas experiências. O mundo, impressionado, sentiu o ar do campus da Willow International School, com os visitantes a espelharem as suas reacções, a medida que iam de stand para stand, apreciando os projectos exibidos pelos jovens estudantes da escola. Para os cientistas do futuro, seus pais, professores e todos presentes no evento, este foi realmente uma ocasião prazerosa e de grande satisfação. O evento consistiu na apresentação de projectos inovadores elaborados pelos estudantes. Os estudantes exibiram projectos em Física, Quí- mica, Biologia e mais. O recinto da escola esteve decorado a preceito nesse dia. Um ambiente festivo pairou por entre os alunos e professores. “A imaginação é a chave. Cada um é um cientista; entretanto, o cientista é guiado por uma inextinguível e constante sede pelo saber.” A senhora Solange Matsinhe do Ministério de Ciência, Tecnologia e Ensino Técnico-Profissional e Ivaldo Quincardete, do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano foram os convidados de especiais ao evento. O director da escola endereçou a mensagem de boas-vindas. Após a abertura da feira seguiu-se a oportunidade para os convidados especiais visitarem os pavilhões. Os senhores Quincardete e Solange expressaram a sua elevada satisfação e agradeceram a escola por organizarem tal evento. Eles despenderam o seu tempo visitando cada stand; sua presença inspirou bastante os jovens estudantes. Os mesmos aconselharam os estudantes a se motivarem na sua busca pela inovação. Estiveram expostos 103 projectos da Escola Primária e 30 da secundária. Apesar de elaborados por mentes jovens os projectos eram excepcionais e inovativos, facto que atraiu a atenção dos visitantes. Os presentes apreciaram bastante os projectos. Brevemente serão anunciados os vencedores desta feira de ciências. “Espero que a nossa escola venha a organizar mais vezes estas feiras de ciências no futuro. Diverti-me muito hoje. Espero participar na feira do próximo ano!” afirmou uma estudante da escola. Redacção PUBLICIDADE 16 02 de Junho de 2018 Agricultura DOMINGOS PARAFINO, Tete Importa referir que os praticantes de agricultura de vale de Nhartanda (sector privado) gasta em media mensalmente por falta de queda irregular de chuva mais de 2 mil meticais para o processo de irrigação. “ Distrito de Tete falha metas previstas para presente safra agrícola Odistrito de Tete poderá não c u m p r i r as metas plani cadas para a presente campanha agrícola 2017/2018 devido a queda irregular de chuva veri - cada no mês de Dezembro de 2017 e das inundações de áreas de cultivos veri cadas no mês de Fevereiro. A informação foi avançada pelo administrador do distrito de Tete Mendes Cardoso, durante uma entrevista concedida esta semana ao nosso semanário para avaliação preliminar da primeira sementeira, numa altura em que o governo tem vindo a incentivar a população na prática de agricultura como base de sustento e de desenvolvimento socioeconómico do país. Cardoso deu a conhecer à nossa reportagem que para a campanha em curso foram plani cados para cultivo cerca de 16 mil hectares de culturas como milho, mapira e mexoeira para o sector familiar e outros cereais para o sector privado tais como pepino, abóbora, feijão, couve entre outros. Da área prevista segundo a nossa fonte corresponde a um crescimento de 11,8 por cento em relação ao período de 2016 e uma produção estimada a vinte e cinco mil toneladas de produtos diversos com a percentagem apontada para 18,5 por cento comparado com igual período do ano ndo. O administrador do distrito de Tete disse que na primeira sementeira da presente safra agrícola foram lavrados cerca de 12 mil hectares entre sector familiar e privado que corresponde ao crescimento de 4,2 porcento do plani cado e doze por cento em relação ao ano de 2016. Mendes Cardoso disse que daquela área lavrada para a primeira sementeira cerca de seis mil hectares são tido como perdidas devido a queda irregular de chuva. “Tivemos como área perdida para a primeira sementeira uma área de 6.649 hectares o que corresponde a 46 porcento do plani cado e deste nú- mero 5.650 hectares são do sector privado”- disse na entrevista o chefe do executivo do governo distrital de Tete, Mendes Cardoso. Por outro lado o nosso entrevistado deu a conhecer ainda que para a presente safra agrícola foram cultivados mais de mil toneladas de maxoera sobre tudo no bairro Degue o que segundo do administrador pode garantir a população daquele bairro a não passar fome nos próximos dias. “No sector familiar temos a dizer que apesar de todas as consequências que a população passou por falta de chuva, tivemos a produção de 1.550 toneladas de maxoera”- acrescentou. No outro desenvolvimento, o chefe do executivo do distrito de Tete, aponta que decorre um trabalho de sensibilização da população para apostar a segunda sementeira e para que isso aconteça decorre a campanha de distribuição de semente. Outrossim, Mendes Cardoso apontou o uso de moto-bomba para o sector privado, um apelo que pode ser direcionado para os agricultores de vale de Nhartanda que perdeu as suas culturas na primeira sementeira. “ Estamos a fazer um trtrabalho de sensibilização a população de modo a fazer aposta da segunda sementeira para recuperar o que foi perdido e ao mesmo tempo estamos a distribuir semente”- frisou. Importa referir que os praticantes de agricultura de vale de Nhartanda (sector privado) gasta em media mensalmente por falta de queda irregular de chuva mais de 2 mil meticais para o processo de irrigação. Campanha agrícola 2017/2018 02 de Junho de 2018 17 Recursos Subsidiárias da Rosneft e ExxonMobil receberam três áreas para eventual exploração num concurso organizado em 2015 pelo Instituto Nacional de Petróleo (INP). “ Moçambique projecta acordo com petrolíferas Rosne e ExxonMobil Moçamb i q u e projecta assinar, no nal do ano, um acordo com as petrolíferas Rosne (Rússia) e ExxonMobil (EUA) sobre exploração de gás natural no norte do país, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, José Pacheco. “O projecto para desenvolvimento de campos (de exploração) de gás no Norte de Moçambique está agora em discussão. O plano passa por assinar um acordo este ano e lançar o projecto de desenvolvimento de campos em Moçambique com a participação da Rosne e da ExxonMobil”, referiu o governante, durante uma visita o cial à Rússia esta semana, citado pela TASS, agência de informação daquele país. José Pacheco falava após um encontro com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov. Pacheco disse ter conversado com a administração da petrolífera russa durante o Fórum Económico Internacional, em São Petersburgo, encontro em que participou durante a actual visita à Rússia juntamente com especialistas moçambicanos do sector do gás natural. Subsidiárias da Rosne e ExxonMobil receberam três áreas para eventual exploração num concurso organizado em 2015 pelo Instituto Nacional de Petróleo (INP). O arranque dos trabalhos de perfuração, por um período de quatro anos, estava previsto para o segundo semestre de 2016, mas nunca chegou a ser assinado um acordo com o Governo moçambicano, recorda a TASS. A Rosne e a ExxonMobil receberam licenças para as áreas A5-B, na bacia do rio Angoche, Z5-C e Z5-D na bacia do Zambeze, acrescenta. Entretanto, outros dois consórcios preparam já investimentos para iniciar a exportação de gás natural em grande escala para todo o mundo dentro de cinco a seis anos nas áreas 4 e 1 da bacia do Rovuma. O Fórum Económico Internacional de São Petersburgo é uma plataforma que reúne os líderes das potências económicas emergentes e representantes de diversas organizações para identi car e deliberar sobre os desa os mais importantes com os quais a Rússia, os mercados em desenvolvimento e o mundo em geral se deparam. Na edição de 2017 do Fórum, participaram mais de 14 mil empresários, responsáveis de organizações internacionais, personalidades políticas, peritos, cientistas e jornalistas de 143 países. Os empresários representavam mais de 700 empresas russas e 400 estrangeiras. Redacção Leia e publicite no Jornal Av. de Angola nº 2770 Contacto: 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com PUBLICIDADE 18 02 de Junho de 2018 Turismo Estimado Leitor, informamos que estamos em período de renovação das assinaturas e de adesão de novos subscritores para o ano de 2018. Para mais informações contacte pelos seguintes endereços: Cell: (+258) 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com Administração ASSINATURAS 2017 PUBLICIDADE Leia e publicite no Jornal Av. de Angola nº 2770 Contacto: 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com NELSON MALAIA A condução de Johnam ao INATUR acontece numa altura em se prepara a Conferência Internacional do Turismo baseado na Natureza, a decorrer na cidade de Maputo, de 7 a 9 de Junho. “ PM desa a para aumento de empregos e de receitas Moçamb i q u e tem o privilé- gio de estar localizado ao longo da costa oceânica, o que lhe confere uma beleza marítima e um potencial turístico bastante atractivo, sem deixar de lado as reservas e parques nacionais. Ao conferir posse ao director-geral do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), Romualdo Johnam, o primeiro-ministro desa ou ao novo dirigente a incrementar o número de empregos e o volume de receitas. Segundo Carlos Agostinho do Rosário o actual contributo da área do turismo para a economia nacional ainda está aquém do desejado a avaliar pelo potencial turístico de que o país dispõe. O dirigente recordou que o sector constitui uma das prioridades do Governo, mas em contrapartida, continua a contribuir com taxas baixas o crescimento da economia nacional. “Actualmente, o sector contribui com apenas com apenas 2,3% para o Produto Interno Bruto. Esta percentagem desa a a todos nós, uma vez que o nosso país possui enorme potencial turístico e, na nossa acção governativa, a área do turismo constitui uma das nossas prioridades, tendo em conta as áreas turísticas e de conservação existentes em Moçambique’’, disse. Para Rosário, ao novo timoneiro do turismo coloca-se igualmente o desa o de tornar o país num destino turístico de referência da região e do mundo, o que passa naturalmente por melhorar o sector e a assegurar a sua promoção. Nos últimos anos há cada vez mais formados nas áreas de turismo em diferentes instituições de ensino técnico médio e superior que vê o seu talento e conhecimentos relegados por falta de oferta de emprego para a sua área de formação acabando, muitas vezes, por trabalhar numa outra área. Este cenário, Agostinho de Rosá- rio quer ver minimizado. É que com a capitalização do potencial turístico nacional está a esperança de aumentar o número de empregos para os moçambicanos, um número que o Primeiro - ministro acredita que pode superar os actuais 61 mil trabalhadores absorvidos por este sector. “Recomendamos ao INATUR para, no exercício das suas funções de promoção e valorização da nossa riqueza cultural, paisagística e faunística, assegurar que cada um dos intervenientes da área do turismo, tanto público como privado, continuem a dar a sua contribuição na geração de mais emprego e aumento da renda”, acrescentou. Por outro lado, o primeiro-ministro quer a valorização e capacitação dos recursos humanos, visando a promoção do turismo doméstico. A condução de Johnam ao INATUR acontece numa altura em se prepara a Conferência Internacional do Turismo baseado na Natureza, a decorrer na cidade de Maputo, de 7 a 9 de Junho. De acordo com o Relató- rio de Competitividade de Viagens e Turismo 2017, do Fórum Económico Mundial, Moçambique e Angola estão entre os 10 destinos turísticos que deverão registar na próxima década um maior crescimento da procura para viagens de lazer. Uma tendência que, certamente, Johnam não deverá coloca-la em xeque. O novo director-geral do INATUR substitui Albino Celestino que dirigia o Instituto desde 2015. Até Janeiro do presente ano, Johnam era Conselheiro Económico para área de Turismo e Cultura no Brasil. Ao novo director-geral do INATUR 02 de Junho de 2018 19 Meio Ambiente Publicidade Publicidade Leia e publicite no Jornal Av. de Angola nº 2770 Contacto: 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com saímos às sextas-feiras 20 02 de Junho de 2018 Cultura O turismo é importante na promoção do emprego pois movimenta a economia local” quanto maior for o número de visitantes maior será o desenvolvimento da economia”, disse Chapman. “ Francisco de Assis conquista diploma Ocozinheiro moçamb i c a n o , Francisco de Assis, natural de Maputo, conquistou diploma em mérito de preparação de alimentos no curso de culinária avaliado em 510 mil randes num período de um ano (2017) na City & Guilds- Cristina Martin Culinary School em Plettenberg Bay na África de Sul. No meio de 50 cozinheiros locais, de Assis foi seleccionado para participar na formação. Na formação foram cinco cozinheiros dos quais com a excepção de Moçambique todos são falantes da língua inglesa nomeadamente, África de Sul, Zâmbia, Seychelles , Tanzânia e Nigéria. O cozinheiro de apenas 27 anos de idade consagrou-se vencedor,” por acaso havia a barreira linguística mais consegui ultrapassar em apenas um mês porque era o único cozinheiro falante da língua portuguesa na Cristina Martin Culinary Art School e o estar ligado a industria hoteleira facilitou a interacção. Esta foi a minha primeira viagem no extrangeiro”. Como tantas vezes acontece, a ligação de Assis com a comida vem de longe. “Sempre gostei de cozinhar e faço-o com amor e o resultado esta de como as coisas saem e o reconhecimento pelo trabalho feito. O curso foi mais intensivo e reduzido para 8 meses. Acreditei em mim e nos conhecimentos que adquiri na escola e na componente prática que venho exercendo. Foi um sonho ganhar o diploma para seguir a carreira e agora pelo reconhecimento internacional, agradeço desde já a oportunidade ao Southern Sun por representar a empresa e o país”. A condecoração foi reconhecida através da qualidade demostrada desde o preparo e apresentação dos pratos, higiene e segurança no trabalho, nutrição e saúde dos alimentos. E porque todo trabalho é um sacrifício o cozinheiro deixou escapar que chegou a queimar a mão tirando a panela do fogo no período de exame. De Assis fez um curso de pastelaria e é afectado como cozinheiro desde 2011 onde entrou como estagiário e dois anos depois foi promovido para a pastelaria no Hotel Southern Sun. A fonte busca o seu próprio incentivo para ter sucesso no trabalho que faz dia á dia. Para Bruce Chapman, director geral da Southern Sun, hotel tem como base a formação do recurso humano, “muitos trabalhadores já realizaram intercâmbios de formação para muitos países com destaque para a Nigéria no âmbito da hotelaria e turismo”. Acrescentando que o Southern Sun passou por momentos comprometedores devido a conjuntura económica do país, “tivemos dois anos intensos devido a crise nanceira e a instabilidade política que assolava Moçambique mas com a adopção de estratégias que o governo vem adoptando no âmbito económico a situação vai in uenciar o incremento de número de turistas”. O turismo é importante na promoção do emprego pois movimenta a economia local” quanto maior for o número de visitantes maior será o desenvolvimento da economia”, disse Chapman. Segundo Eunice Gaveta, directora dos Recursos Humanos do Southern Sun o jurado além do preparo dos alimentos observou igualmente outras qualidades como a capacidade de aprender, o trabalho em equipa e principalmente a humildade e a perfeição do cozinheiro. Acrescentando que em Moçambique temos representadas as três marcas do Tsongo Sun nomeadamente o Southern Sun com 269 quartos localizado na avenida da Marginal, o Stayeasy no Baia Mall com 125 quartos os dois em Maputo e o Tete Ferry Sun localizado em Tete nas margens do rio Zambeze com 143 vilas. Hotel Southern Sun emprega 368 trabalhadores dentre homens e mulheres. O hotel tem um local de responsabilidade social onde os artistas locais expõem as suas obras sem pagar nenhum valor ao hotel. O Tsogo Sun é um grupo hoteleiro africano com uma variedade de marcas que dão acomodação em todos os mercados e oferecem uma distribuição de hotéis na África do Sul, como também em Moçambique, Zâmbia, Seychelles e Abu Dhabi nos principais centros urbanos e principais destinos. O grupo Tsogo Sun tem vasta gama de hotéis também na Tanzânia, Nigéria, Emiratos Árabes Unidos e Quénia. Totalizando aproximadamente 14.500 quartos, 14 casinos e 250 centros de conferencias, combinando os locais favoritos com suas próprias marcas de hotéis. Seus hotéis são operados sob as seguintes marcas, Southern Sun Hotels, Resorts, Sun Square, Maia, Sandton Sun, Beverly Hills, Palazzo, 54 on Bath, Suncoast, Towers, Intercontinental, Crowne Plaza, Holiday Inn, Steayeasy e Sun 1. De referir que Moçambique participou na maior feira do turismo africano o Africa’s Travel Indaba que decorreu de 8 à 10 de Maio, na cidade de Durban, na África do sul e contou a participação de 22 países africanos. Moçambique faz-se representar na feira com 20 expositores, entre agências de viagens, hotéis, linhas aéreas e o Instituto Nacional do Turismo (INATUR). A feira é organizada pela South African Tourism, agência de promoção do turismo na África do Sul e pelo ministério do Turismo daquele país. Redacção Mérito de preparação de alimentos na África de sul Foto: Jorge Tomé 02 de Junho de 2018 21 Cultura A Multichoice África tem vindo nos últimos vinte anos a ser uma plataforma acessível para a exibição de vários filmes de conteúdo local através de vários canais dos pacotes da DSTV. “ Lançado programa de formação “Multichoice Factory” AMultichoice Moç a m b i q u e lançou, na cidade de Maputo, durante a semana o projecto denominado Multichoice Factory, uma iniciativa que consiste em capitalizar talentos para área de cinema nos países africanos por meio de uma selecção para bene ciar-se duma formação na área de produção de lmes locais. São no total vinte jovens para cada região, sendo que em Moçambique serão seleccionados dois. A Multichoice Factory vai abranger todos os paí- ses africanos a nível das regiões, para tal, segundo o director da Multichoice Moçambique, Paulo Leandro, serão constituídas três academias de formação. Leandro disse na ocasião que o projecto tem em vista, para além de explorar talentos locais, explorar o vasto mosaico cultural e histórico de que a África dispõe. “Como todos sabem, o continente africano está mergulhado numa rica e diversi cada história de viver apaixonadamente através das nossas línguas, da arte, da música e especialmente de contar histó- rias, o cerne de quem somos no mundo. Os jovens terão a oportunidade de se bene ciar de um programa de formação intensivo durante 12 meses avaliado na necessidade se pessoal preparado para desenvolver a indústria nacional de cinema. Para tal, a Multichoice África constituirá três academias localizadas, no Quénia, Nigéria e na Zâmbia”, disse. A Multichoice África tem vindo nos últimos vinte anos a ser uma plataforma acessível para a exibição de vários lmes de conteúdo local através de vários canais dos pacotes da DSTV. Paulo Leandro olha para a indústria criativa como um grande impulsionador da economia nacional. “Na Multichoice entendemos que a indústria criativa, as nossas famílias e a sociedade em geral são três partes de uma experiência que ao longo do tempo in uenciou as nossas vidas, o nosso país e o nosso continente”, sublinhou. Leandro vai mais longe, ao reclamar da falta de espaço e relegação da indústria criativa ao último plano. “A história do desenvolvimento africano é de nida pelo investimento na vasta riqueza mineral deixando as nossas indústrias criativas a se defender sozinhas na franja do desenvolvimento económico por demasiado tempo. Como resultado, os sectores cinematográ cos e televisivos não se desenvolveram ao passo de outras indústrias no nosso continente e não por falta de talento, paixão ou imaginação. E verdade que somos abundantemente abençoados nessas áreas mas o espaço dado foi na melhor das hipóteses limitado e na pior relegado a granja da economia dominante deixando de lado sonhos não realizados, talentos inexplorados e histórias por escrever”, lamentou. Apesar destes constrangimentos e sentir a indústria criativa beliscada e ofuscada por outras áreas da economia, Leandro acredita que com o projecto, que considera “fábrica de talentos”, bons tempos virão e colocará jovens cineastas no centro de histórias de desenvolvimento africano e vai conectar diferentes pontos sociais aos pontos económicos. Já para o cineasta, João Ribeiro, a iniciativa vai permitir que o cinema moçambicano seja cada vez uma referência visto que já se destaca através de vários prémios arrecadados pelo mundo fora. Segundo o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, presente no evento, “a Multichoice Factory vai evitar que muitas histórias sejam enterradas porque somos uma civilização de tradição oral. Somos feitos de contos que passaram de geração em geração há milénios e que devem ser preservados para as futuras gerações.” Duduru disse que a expectativa do Governo em torno do projecto é que seja uma resposta à necessidade do desenvolvimento do cinema moçambicano. “De um total de 106 lmes produzidos em Moçambique nos últimos cinco anos, apenas 52 foram lmes nacionais, cerca de metade, sendo que na sua maioria são documentários”, disse. Para o governante, estes dados são bastante encorajadores, porém há muito trabalho a ser feito no sector de modo a gerar mais receitas. “Embora a média da produção seja encorajadora, e embora cineastas moçambicanos tenham merecido prémios além fronteira, o desa o ainda é enorme, sobretudo naquilo que concerne a urgência de estabelecimento de cadeia de produção cinematográ ca em que a produção se transforme realmente num produto consumido pelo público e que tenha retorno dos investimentos”, acrescentou. De acordo com o relató- rio, a indústria criativa tem sido um dos principais impulsionadores das economias dos países desenvolvidos e também dos países em desenvolvimento. A título de exemplo, só no primeiro trimestre deste ano, a china facturou para os cofres do Estado um pouco mais de 301 biliões de dólares provenientes da indústria criativa. Para promover o cinema NELSON MALAIA Fotos: Jorge Tomé 22 02 de Junho de 2018 Desporto NELSON MALAIA NELSON MALAIA • Madagáscar volta ser o carrasco Mambas uma vez mais sai pela porta pequena Multichoice Moçambique oferece várias opções de transmissão de jogos Apesar de ter amealhado mais três pontos no último jogo do grupo A, diante das Seychelles, a selecção nacional de futebol, os Mambas, cam mais uma vez em terra nesta competição. A equipa de todos nós perdeu o primeiro lugar a favor de Madagáscar que no jogo inaugural derrotou os moçambicanos por duas bolas a uma. A esta altura, a passagem do quarto de hora, os Mambas estavam apurados, em face do nulo que se veri cava no embate entre Madagáscar e Comores. Olhando para o jogo com as Seychelles, Moçambique dominava o jogo, quase que deixava o seu adversário apagado em campo, pois, que pressionava em toda largura do terreno e obrigava o adversário a jogar mais recuado. Depois foi Edmilson, aos 43 minutos, numa combinação com Luís Miquissone, a ter oportunidade de marcar, mas a rematar por cima. O intervalo chegava com os Mambas a vencer a tangente, um resultado escasso em função do que fez nos primeiros 45 minutos, ARússia, de 14 de Junho a 15 de Julho, vai ser palco da maior festa futebolística mundial onde igualmente será epicentro da televisão mundial. onde teve maior pendor ofensivo. Mas ainda assim, era um resultado No reatamento, os Mambas continuaram mais agressivos encurralando o seu adversário ate que depois de muito tempo, é que na primeira vez que as Seychelles chegaram com algum perigo, zeram o empate. Cruzamento da Trinta e duas selecções disputam o Campeonato do Mundo da FIFA e a Multichoice, através dos canais Super Sport, vai transmitir em directo os 64 jogos em todos os seus pacotes, exceptuando o GOtv Lite. A Multichoice tem um painel composto por espedireita e Franque, batido, viu Tamboo restabelecer a igualdade para o desespero dos moçambicanos que viam o sonho de chegar aos quartos-de- nal totalmente perdido. Num outro jogo, o Madagáscar já vencia por uma bola a selecção das Comores, o que punha a equipa nacional mais pressionada e nervosa o cialistas da modalidade e irão acompanhar e comentar os bastidores e todas as partidas da vigésima edição do Compeonato do Mundo da FIFA. De acordo com Paulo Leandro, Director Geral da Multichoice Moçambique, a transmissão em alta de - nição é uma das vastas funcionalidades oferecidas por qualquer descodi cador da DStv. Os usuários do Explora bene ciarão do serviço de cacth up, onde poderão ser encontrados os destaques, resultados, calendário e jogos realizados adicionados a função recuar, pausar e gravar. Nas sociedades modernas, as disputas pelo remoto que motivava o adversário a ganhar mais terreno no seu caudal ofensivo. Mas porque a esperança a é última a morrer, os Mambas voltaram a entrar no jogo. Aos 72, Jeitoso marca o golo dos Mambas, num livre cobrado por Edmilson directo para a cabeça de outro central, mas a festa dos moçambicanos controlo estão cada vez mais evidentes e a DStv oferece o serviço de Extraview, que permite a visualização de canais diferentes, em dois compartimentos na mesma residência, com única subscrição. “A GOtv vai transmitir os jogos do Mundial, sendo 54 jogos para o pacote Essencial e todos no pacote GOtv Plus e Max contando com uma transmissão digital”, disse Leandro. A oferta da Multichoice é a melhor solução de mercado para ver o Campeonato do Mundo da FIFA sem perder nenhum detalhe do jogo ou ainda estava nas mãos dos malgaxes que continuavam a ganhar noutra partida. En m, mais uma edição que os Mambas não conseguem ir mais longe nesta prova que ainda não lograram erguer o canecão. O Madagáscar, vencedor do grupo A, vai nos quartos-de- nal, vai defrontar a selecção da África do Sul. bastidores, dada sua vasta experiencia de transmissão e disponibilidade de canais dedicados. A Multichoice está presente em Moçambique desde 1995 e já celebra a 7ª edição de transmissão do maior evento futebolístico do mundo. Para este torneio, a Multichoice está a desenvolver uma campanha de comunicação que engloba Spots televisivos, Rádio, jornal, entre outras formas de contacto com o cliente. E para permitir que todos vejam a festa mundial, desde 1 de Maio até 31 de Julho, os pacotes estão a preços promocionais. Mundial Rússia 2018 Enfim, mais uma edição que os Mambas não conseguem ir mais longe nesta prova que ainda não lograram erguer o canecão. “ COSAFA 02 de Junho de 2018 23 Internacional A categoria parou no dia 21 de Maio para exigir uma redução nos preços do óleo diesel - que subiram mais de 50% nos últimos 12 meses. “ Greve dos camionistas: Brasil retoma a rotina Pouco a pouco, o Brasil começou nesta quarta-feira a se recuperar dos efeitos causados pela greve dos camioneiros, que durou dez dias e paralisou serviços como fornecimento de combustíveis e distribuição de alimentos e insumos médicos, levando o país à beira do colapso. A categoria parou no dia 21 de Maio para exigir uma redução nos preços do óleo diesel - que subiram mais de 50% nos últimos 12 meses. A vertiginosa redução só foi possível porque, além de atender todas as reivindicações principais do sector, o Governo Michel Temer passou a agir em várias frentes para encurralar os que não seguiram o acordo rmado com as entidades classistas e não encerraram a movimento. Entre eles, há radicais que lançam mão até de violência para impedir a desmobilização e novos atores que aderiam ao movimento ampliando suas pautas, os que o Governo chama de “in ltrados”. Uma das principais acções foi colocar as forças de segurança, inclusive militares, de maneira mais ostensiva nas estradas, reforçar investigações policiais contra suspeitos de locaute (greve patronal) e de impedirem a livre circulação, além de patrocinar acções judiciais contra as empresas e os camioneiros que se negaram a cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinava a liberação de todas as rodovias brasileiras. Nesta quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes acatou um pedido da Advocacia-Geral da União e emitiu 141 milhões de reais em multas para esses infractores. O valor é de 100.000 reais para as empresas e de 10.000 reais para os motoristas autónomos. A vitória na Justiça fez com que a AGU pedisse uma ampliação dessa multa de 339 milhões de reais. O pedido não foi julgado, por ora. Com a redução das áreas de manifestações, a gestão federal informou que cerca de 53% dos combustíveis que estavam retidos nos bloqueios chegaram ao seu destino. Além disso, cinco grandes corredores de caminhões foram completamente desbloqueados. Diante dessa melhora no movimento nas rodovias, o chefe do Estado-Maior e coordenador da força-tarefa do Governo, almirante Ademir Sobrinho, estima que entre cinco e sete dias o problema do desabastecimento deverá ser solucionado. Até o próximo dia 4 de Junho as Forças Armadas poderão continuar agindo nas estradas. Desde domingo, quando Temer anunciou que atenderia a todas as demandas dos camioneiros, houve um aumento dos protestos porque representantes de outras categorias engrossaram o movimento. Nos últimos três dias, alguns desses novos manifestantes, chamados pelo Governo de “in ltrados”, passaram a impedir a desmobilização dos camioneiros. Essa acção resultou na morte de um motorista de caminhão de 70 anos de idade, em Vilhena (RO). Ele tentava furar um dos bloqueios quando foi atingido na cabeça por uma pedra que atravessou o pára-brisas de seu caminhão. A Polícia Federal prendeu o suposto assassino, além de um líder desse grupo que queria impedir a circulação dos caminhões. “[Esse crime] é um exemplo trágico do equí- voco da violência política e da tentativa de constranger um movimento que começou com reivindicações, muitas delas justas e foram em sua integralidade atendidas pelo Governo”, disse o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, no tom cuidadoso para não atacar o movimento que conta com a simpatia da população insatisfeita com o Governo. Redacção Leia e publicite no Jornal Av. de Angola nº 2770 Contacto: 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com PUBLICIDADE No eixo da retina Foto: Jorge Tomé “Ninguém desenvolverá alguma vez as faculdades da sua inteligência se, pelo menos, não intercalar alguns momentos de solidão na sua vida”. - Thomas de Quincey (1785-1859), escritor britânico Pensamento da semana: Av. de Angola 2770 email: jornalsabado85@gmail.com Leia e publicite no Jornal Av. de Angola nº 2770 Contacto: 84 26 62 392 E-mail: jornalsabado85@gmail.com Leia e publicite Jornal PUBLICIDADE Maputo acolhe Conferência Internacional Turismo Acidade de Maputo acolhe nos dias 7, 8 e 9 de Junho próximo a Conferência Internacional Turismo Baseado na Natureza, um evento anual que decorre pela primeira vez em Moçambique, segundo o comunicado de imprensa enviada a nossa redacção. A conferência realiza-se de forma rotativa entre os países membros da Global Wildlife Program, uma parceria global liderada pelo Banco Mundial, que promove a conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável, combatendo o trá co ilícito de vida selvagem. “Pretende-se debater assuntos globais ligados ao desenvolvimento do turismo de natureza nas áreas de conservação. Pretendemos também juntar individualidades, especialistas e parceiros de conservação, onde iremos discutir e aprender experiências e boas prá- ticas na região e no mundo”, disse Nilza Chipe, assessora de conferência juntamente com o Ministério da Cultura e Turismo. De acordo com os organizadores, esta conferência está alinhada com a política do Governo de desenvolver o turismo baseado na natureza, fortalecendo o papel das áreas de conservação na geração de receitas para o país e no desenvolvimento das comunidades. Neste evento, que é uma das maiores conferências mundiais sobre a conservação da vida selvagem, Moçambique tem uma oportunidade de apresentar o ambiente facilitador de investimentos no turismo de conservação, partilhar a experiência nacional na transformação das áreas de conservação em bens turísticos sustentáveis bem como ouvir experiências dos outros países na gestão da biodiversidade. “Será um marco no renascimento das áreas de conservação em Moçambique, considerando a riqueza da nossa biodiversidade e das paisagens. Vamos poder partilhar com o mundo inteiro o rico capital natural, atraindo assim investimentos para as nossas áreas de conservação”, concluiu Nilza Chipe. Redacção comunicação no Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), um dos co-organizadores da 

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