quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Rui Rangel falta a sessão de trabalho no Tribunal da Relação por “razões pessoais”


EM ATUALIZAÇÃO
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O juiz Rui Rangel faltou esta quinta-feira a uma sessão de trabalho no Tribunal da Relação de Lisboa alegando "razões pessoais". Rangel ia decidir sobre quatro processos esta tarde.
Esta quinta-feira, e como habitualmente, deveria reunir a 9.ª secção criminal do Tribunal da Relação de Lisboa. Rui Rangel é um dos juízes que faz parte desta secção e esta quinta-feira deveria ser relator do acórdão em três processos e juiz-asa num quarto.
Os quatros julgamentos estavam marcados para as 14h30. No entanto, cerca de uma hora depois o presidente do Tribunal de Relação de Lisboa, Orlando Santos Nascimento, informou os jornalistas de que o juiz desembargador Rui Rangel “não estará presente na sessão de trabalho por razões de natureza pessoal”.
Rui Rangel é um dos 12 arguidos no âmbito da Operação Lex — cinco deles encontram-se detidos. O juiz desembargador está a ser investigado num processo em que estão em causa crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada. Na sequência da investigação, na passada terça-feira foram realizadas 33 buscas, 20 das quais a casas, três a escritórios e sete a empresas e a três postos de trabalho, onde se inclui o Tribunal da Relação de Lisboa, SAD do Benfica e o estádio da Luz.
A investigação corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) na sequência de uma certidão extraída do processo que, em 2016, foi aberto e culminou na detenção de José Veiga e de Paulo Santana Lopes, designado Rota do Atlântico, tal como já explicou o Observador.

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