segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Diogo Piçarra já respondeu às acusações de plágio


O músico português diz em comunicado oficial que ficou surpreendido com as semelhanças, apontadas esta tarde, entre a 'Canção do Fim' que leva ao Festival da Canção e um cântico da Igreja Universal do Reino de Deus





Diogo Piçarra já respondeu às acusações de plágio num comunicado oficial enviado pela sua editora, a Universal Music Portugal, aos meios de comunicação social.

O músico português diz que tem a "consciência tranquila" e mostra-se surpreendido com as semelhanças entre 'Canção do Fim', canção com a qual venceu ontem a segunda semifinal do Festival da Canção, e 'Abre os Meus Olhos', um cântico da Igreja Universal do Reino de Deus. "Eu próprio sou quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico".

Acrescenta de seguida que "desconhecia por completo" o tema da IURD e garante que continuará "a defender a [sua] música por acreditar que foi criada sem segundas intenções": "nunca participaria numconcurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer".



© Foto cedida pela RTP Diogo Piçarra responde a acusações de plágio. “A minha consciência está tranquila”

"A simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que nunca estará nesta posição", começa por dizer Piçarra, "faz parte da vida de um compositor e é algo que todos nós iremos 'sofrer' a vida toda". Explica depois que a ideia para 'Canção do Fim' surgiu em 2016, durante o processo de composição para "do=s", o seu mais recente álbum, "mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música".

As semelhanças entre os dois temas foram apontados esta tarde e rapidamente as acusações de plágio se espalharam pelas redes sociais: "é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber que a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói". O músico termina o comunicado a dizer "afinal as pessoas 'quando olham, veem tudo', no entanto, só o lado mau que procuram destruir. Mas, infelizmente, informo que isso nunca acontecerá".





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