25 de Fevereiro 17h49 - 173 Visitas
O Comité Internacional da Cruz Vermelha informou que 21 funcionários daquela organização foram afastados ou apresentaram demissão desde 2015 por terem pago por serviços de natureza sexual.
Outros dois elementos não tiveram os respetivos contratos renovados por causa de suspeitas de má conduta sexual, segundo avançou o director-geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Yves Daccord. “Estou profundamente triste ao reportar estes números”, disse o representante.
“Este comportamento é uma traição às pessoas e às comunidades em que estamos para servir”, reforçou Daccord.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha junta-se assim à lista de organizações humanitárias manchadas pelos comportamentos inapropriados dos respetivos funcionários, avança Lusa.
A organização não-governamental (ONG) britânica Plan International confirmou a existência de seis casos de abusos sexuais de menores e de exploração infantil cometidos por trabalhadores da entidade ou colaboradores externos.
A organização humanitária internacional Oxfam também se viu no centro de um escândalo após a descoberta de graves infrações e abusos sexuais cometidos por certos funcionários em países como Haiti, Chade, Sudão do Sul ou Libéria. Na quinta-feira passada, outro caso veio a público com a demissão do “número dois” do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o britânico Justin Forsyth. O representante apresentou demissão após ter sido acusado de comportamento inapropriado com colegas mulheres quando trabalhava na organização Save the Children.
Também em Fevereiro, a Médicos sem Fronteiras anunciou ter identificado 24 casos de assédio e de abuso sexual em 2017 no seio daquela organização não-governamental.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, decretou recentemente uma regra de tolerância zero face a qualquer comportamento sexual inapropriado que seja cometido dentro da organização ou das respetivas agências.
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