segunda-feira, 17 de junho de 2013

Um até breve numa luta que vai deixar marcas!

Um até breve numa luta que vai deixar marcas!
Médicos suspendem greve ao 27º dia
Entre sexta-feira e sábado, vieram ao de cima os sinais de cisão entre a Associação Médica e os “Profissionais da Saúde Unidos”, pelo que a uns e a outros se tornou inevitável declarar o fim da greve, mesmo contra a sua vontade;
27 dias depois, os médicos e demais profissionais da Saúde decidiram pôr termo à greve e regressar ao trabalho, mesmo assumindo que não foi satisfeita nenhuma das reivindicações que tinham colocado ao Governo. Em comunicado lido no sábado, os médicos assumiram que “sem que tenhamos alcançado nenhum acordo, estando deveras insatisfeitos, a AMM e a CPSU, em respeito pela dor e sofrimento do povo solidário, declaram, hoje, dia 15 de Junho de 2013, a suspensão da greve geral dos profissionais de saúde!” Mas não foi um final pacífico e nem por vontade própria e genuína, que tanto médicos, como os profissionais da Saúde decidiram regressar ao trabalho. “O País” traz-lhe os contornos.
SEXTA-FEIRA, 20H40
A TVM suspende o alinhamento normal do seu telejornal e anuncia uma notícia de “Última Hora”: Adolfo Baú surge no ecrã, sozinho, e anuncia o fim da greve e o regresso ao trabalho por parte de “todos os profissionais da Saúde”, em reconhecimento ao sofrimento dos moçambicanos. Para quem acompanhou as aparições de Adolfo Baú, nos últimos 27 dias, foi notório que o líder da chamada Comissão dos Profissionais da Saúde Unidos estava visivelmente perturbado, fora da naturalidade que lhe foi reconhecida durante os dias da greve.
Fez uma declaração, sem direito a perguntas e, o que é espantoso, pela primeira vez sem ninguém da Associação Médica de Moçambique, sua parceira na greve. Cerca de meia hora mais tarde, a Associação Médica de Moçambique emite um comunicado, manifestando-se “surpreendida” com a aparição de Adolfo Baú, na TVM. Revela que na mesma sexta-feira equipas negociais dos médicos e dos profissionais da Saúde se tinham reunido até ao princípio da noite com quadros do MISAU, mas sem nenhum avanço nas questões-chave, pelo que não entendia a atitude de Adolfo Baú.
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