Caros colegas e compatriotas.
Os profissionais de saúde estiveram ontem numa marcha bastante concorrida, como puderam vêr pelas imagens, por algumas artérias da cidade do Maputo.
Estamos bastante unidos e continuamos a manifestar a nossa posição - respeito, dignidade, melhoria das condições de trabalho e das condições de vida dos profissionais.
...
Continuaremos a pautar sempre por um movimento pacífico, ao contrário daquilo que assistimos ontem, à tentativa de impedir um direito constitucional e à força repressiva que nos aguardava no Repinga caso a marcha seguisse esse curso.
A AMM através do seu gabinete de informação sempre pautou e continuará a pautar pela verdade, transparência, integridade, determinação nos actos e nas palavras. Toda informação por nos emitida tem fundamento e pode ser comprovada. Reiteramos que qualquer contra informação que recebam tenham o cuidado de repudiá-la. A nossa luta tem adversários dentro do SNS pintados de subsídios de chefia que se esforçam a todo custo para manter as regalias em detrimento da causa colectiva. Não se deixem enganar.
O documento em anexo mais uma prova que há colegas que lutam contra a dignificação da classe médica e dos profissionais de saúde, por uma justiça salarial, por um estatuto digno e por melhores condições de trabalho.
Como o documento diz, o estatuto da pós-graduação é omisso. Acreditamos que a OrMM está atenta aos atropelos e em nenhum momento compactuará com tamanha barbaridade.
No entanto tivemos conhecimento através de médicos que estiveram presentes num encontro decorrido esta manhã no HCM em que o MISAU comunicou verbalmente a suspensão de toda a pós-graduação, alegadamente por não haver condições para tal.
Tal posicionamento pelo MISAU é claramente uma retaliação aos médicos nesta situação que em grande número aderiram ao movimento.
É nosso entender que sendo a paralisação legítima, como veio o porta voz do Governo reconhecer, não deveria haver espaço para tais posicionamentos, que minam ainda mais a já frágil confiança existente entre as partes.
Soubemos também por alguns orgãos de informação que o MISAU vai contratar médicos estrangeiros, e certamente dentre estes haverá médicos especialistas.
E perguntamos:
1 Afinal há dinheiro para pagar médicos estrangeiros? É nosso conhecimento que a todos os estrangeiros, o MISAU paga um salário mais alto que aos moçambicanos e paga ainda o seu alojamento, por vezes por vários meses em hoteis pelo país fora, quanto custa isso?
2 Afinal Moçambique tem especialistas suficientes e pode dar-se ao luxo de interromper a especialização às centenas de médicos em treino pelo país?
Há ainda alguém que tenha dúvidas que a luta é justa? Depois das humilhações a que estamos sujeitos como classe nos últimos dias?
Será que o diálogo pode ser frutuoso nestas condições?
Há alguém que prefira abdicar de ter uma vida digna a uma vida de humilhação, salário injusto e estatuto esclavagista? Depois de todo esforço iniciado e com apoio de toda opinião pública?
"Se queremos constituir uma Classe respeitada, temos de estar prontos a abdicar dos nossos interesses individuais, aqueles que vão contra o bem comum. Temos de deixar de procurar safarmo-nos individualmente à custa de outros colegas ou em detrimento das sociedades em que participamos. Temos que parar de nos agredir e, antes, solidarizarmo-nos."
"NA MEMÓRIA DE ÁFRICA E DO MUNDO, PÁTRIA BELA DOS QUE OUSARAM LUTAR"
“NÓS JURAMOS POR TI, OH MOÇAMBIQUE, NENHUM TIRANO NOS IRÁ ESCRAVIZAR”See more
Os profissionais de saúde estiveram ontem numa marcha bastante concorrida, como puderam vêr pelas imagens, por algumas artérias da cidade do Maputo.
Estamos bastante unidos e continuamos a manifestar a nossa posição - respeito, dignidade, melhoria das condições de trabalho e das condições de vida dos profissionais.
...
Continuaremos a pautar sempre por um movimento pacífico, ao contrário daquilo que assistimos ontem, à tentativa de impedir um direito constitucional e à força repressiva que nos aguardava no Repinga caso a marcha seguisse esse curso.
A AMM através do seu gabinete de informação sempre pautou e continuará a pautar pela verdade, transparência, integridade, determinação nos actos e nas palavras. Toda informação por nos emitida tem fundamento e pode ser comprovada. Reiteramos que qualquer contra informação que recebam tenham o cuidado de repudiá-la. A nossa luta tem adversários dentro do SNS pintados de subsídios de chefia que se esforçam a todo custo para manter as regalias em detrimento da causa colectiva. Não se deixem enganar.
O documento em anexo mais uma prova que há colegas que lutam contra a dignificação da classe médica e dos profissionais de saúde, por uma justiça salarial, por um estatuto digno e por melhores condições de trabalho.
Como o documento diz, o estatuto da pós-graduação é omisso. Acreditamos que a OrMM está atenta aos atropelos e em nenhum momento compactuará com tamanha barbaridade.
No entanto tivemos conhecimento através de médicos que estiveram presentes num encontro decorrido esta manhã no HCM em que o MISAU comunicou verbalmente a suspensão de toda a pós-graduação, alegadamente por não haver condições para tal.
Tal posicionamento pelo MISAU é claramente uma retaliação aos médicos nesta situação que em grande número aderiram ao movimento.
É nosso entender que sendo a paralisação legítima, como veio o porta voz do Governo reconhecer, não deveria haver espaço para tais posicionamentos, que minam ainda mais a já frágil confiança existente entre as partes.
Soubemos também por alguns orgãos de informação que o MISAU vai contratar médicos estrangeiros, e certamente dentre estes haverá médicos especialistas.
E perguntamos:
1 Afinal há dinheiro para pagar médicos estrangeiros? É nosso conhecimento que a todos os estrangeiros, o MISAU paga um salário mais alto que aos moçambicanos e paga ainda o seu alojamento, por vezes por vários meses em hoteis pelo país fora, quanto custa isso?
2 Afinal Moçambique tem especialistas suficientes e pode dar-se ao luxo de interromper a especialização às centenas de médicos em treino pelo país?
Há ainda alguém que tenha dúvidas que a luta é justa? Depois das humilhações a que estamos sujeitos como classe nos últimos dias?
Será que o diálogo pode ser frutuoso nestas condições?
Há alguém que prefira abdicar de ter uma vida digna a uma vida de humilhação, salário injusto e estatuto esclavagista? Depois de todo esforço iniciado e com apoio de toda opinião pública?
"Se queremos constituir uma Classe respeitada, temos de estar prontos a abdicar dos nossos interesses individuais, aqueles que vão contra o bem comum. Temos de deixar de procurar safarmo-nos individualmente à custa de outros colegas ou em detrimento das sociedades em que participamos. Temos que parar de nos agredir e, antes, solidarizarmo-nos."
"NA MEMÓRIA DE ÁFRICA E DO MUNDO, PÁTRIA BELA DOS QUE OUSARAM LUTAR"
“NÓS JURAMOS POR TI, OH MOÇAMBIQUE, NENHUM TIRANO NOS IRÁ ESCRAVIZAR”See more
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