sexta-feira, 7 de junho de 2013

Quem quer paz não se esconde em legalismos duvidosos

Canal de opinião
Por: Noé Nhantumbo 
 
 
 
Serviços de segurança e policiais não seguraram Ben Ali nem Kadaafi…
 
Beira (Canalmoz) - Que se reúna o Conselho de Estado, que um Conselho e Anciãos sejam estabelecidos informalmente e se coloquem as reservas morais do país em acção pela paz em Moçambique. Urge substituir a teimosia por uma atitude convincente em prol da defesa dos verdadeiros interesses nacionais.
Não se pode governar Moçambique seguindo pela via dos desvios de linha e do empacotamento dos projectos nacionais. A agenda individual, privada não se substitui ao interesse dos milhões de moçambicanos que sofrem todos os dias de precariedades e miséria atroz.
Importa restabelecer a confiança mínima entre governantes e governados de tal modo seja possível delinear saídas de uma situação que pode ser explosiva a qualquer momento.
Esconder a verdade e camuflar situações é um meio garantido de desestabilizar um país. Quem se senta e cima dos problemas e ignora as evidências não pode merecer a confiança dos governados.
Moçambique sofre de uma crise profunda de liderança. 
O executivo governamental entendeu que o açambarcamento das prerrogativas dos outros poderes democráticos, judicial e legislativos, seria a fórmula adequada para governar e realizar sua agenda. Só que essa estratégia já mostrou seus limites e é completamente contrária ao estado de direito e democrático concordado através da assinatura do AGP.
Incluir o AGP na CRM terá sido feito mas não cumprido.  
E com vista a trazer os desenvolvimentos necessários para o país são chamados todos a dar a sua opinião. Quando o assunto toca a todos não se pode delegar. Entende-se que existem plataformas que devem ser utilizadas para que a palavra de todos chegue a ser ouvida e compreendida. Só que não se pode entreter cenários em que os participantes no diálogo nacional se escondam em legalismos de validade e praticabilidade nulas.
O status revela inconsistências com uma agenda nacional consensual e é isso que deve ser discutido sem tabus.
A pretensa infalibilidade de alguns actores políticos não vinga quando os mesmos não conseguem trazer inputs que façam o país avançar por caminhos estabilizadores.
Ao invés de vanglória e protagonismos de natureza duvidosa que não correspondem ao que se passa no país real é preciso que as figuras com responsabilidade histórica não deixem o barco à deriva.
Não bastam entrevistas e discursos televisionados para suster o avanço das forças sinistras que procuram a derrapagem do processo político moçambicano. É preciso uma acção concreta e um compromisso indefectível com a agenda da paz, desenvolvimento e democracia.
Não podemos deixar que Moçambique escorregue e se mantenha um país em que se vive de “esquemas” mais ou menos institucionalizados. 
Não se pode entreter uma situação claramente ditatorial em que os comandos da situação se circunscrevem a ditames vindos de círculos mais ou menos secretos.
A macroeconomia aparentemente favorável não pode esconder o sofrimento real de milhões de moçambicanos.
É pura ilusão e fabrico de crises bem como conflitos ignorar o imperativo do desenvolvimento inclusivo.
“Ser rico e viver rodeado de um mar de pobres” é uma bomba social com o potencial de explodir a qualquer momento.
Os fundamentos da “Primavera Árabe” não podem ser ignorados sob pena e repetirem no nosso país. Uma falsa estabilidade promovida por regimes extremamente repressivos degenerou em manifestações que se tornaram em violentas quando menos se esperava. 
Regimes que se tinham por estáveis e utilizando receitas do petróleo e gás desmoronaram-se a uma velocidade imprevisível e que apanhou os mais reputados analistas e especialistas de surpresa. 
Viu-se na verdade a falibilidade de toda um regime, vários neste caso, fundada numa suposta omnipresença de serviços de inteligência e terror policial.
A tampa da panela fervendo saltou e rapidamente milhões de cidadãos saíram a rua reclamando seus direitos e exigindo que suas perspectivas e interesses fossem acautelados.   
No cômputo geral foram milhares de mortos e hoje na Síria já se contam mais de oitenta mil mortos vítimas de uma violência avulsa e diversa. Se alguns falam de violência sectária e motivações extra nacionais visando uma mudança de regime a verdade é que décadas de sujeições criam condições propícias para a erupção de violência. 
Prevenção de conflitos, diplomacia proactiva é chamada a cumprir seu papel em Moçambique. Seria catastrófico que um país saído de uma guerra civil voltasse a esse cenário só porque seus políticos não conseguem estabelecer e cumprir com entendimentos mínimos de convivência política.
A reputação dos nossos políticos deve ser avaliada através de critérios que tenham a ver e significado para a verdadeira situação nacional.
Gente com créditos firmados na arena internacional, até premiada internacionalmente, deveria estar activamente engajada nos bastidores e em aberto na busca de soluções para problemas reais. Não se pode avaliar de outro modo uma situação que caminha a passos largos para uma confrontação.
Na prática temos dois exércitos em prontidão combativa a espera de ordens para início dos disparos. Muxungué ficará na história como palco do reatamento das hostilidades ou simplesmente como sinónimo de um mal entendido? 
Não nos podemos cansar de repetir que os moçambicanos querem a paz e que exigem esforços concretos de todos os intervenientes no diálogo nacional.
Esta é uma questão que ultrapassa as lideranças políticas e que clama pela intervenção pronta e urgente de todos.
Não há auto-regulação que tenha que ser outorgada aos políticos do mesmo modo que auto-regulação do mercado mostra as suas consequências desastrosas. É preciso que se imponham mínimos ao que se permite que nossos políticos façam. Democracia é democracia quando a alternância é naturalmente assumida por todos. Numa situação como a moçambicana não se pode hesitar em mostrar a “porta da rua” a quem se mostra incapaz de mostrar ou exibir soluções.
Chegou o tempo das decisões e deixar de lado toda e qualquer hesitação.
Mesmo os que se sentem seguros hoje tem tudo a perder se o reboliço regressar e se a violência se efectivar… (Noé Nhantumbo) 

2 comentários:

Anónimo disse...

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Rусeгz o

nіewіele nie zaκłuł ѕię w palec.
Wyωуżѕzył znаd śc.

Anónimo disse...

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