sexta-feira, 21 de junho de 2013

Machanganas

Egidio Guilherme Vaz Raposo
“Machanganas”, este é o elogio de mim para vocês hoje!
Dedicado ao Sérgio Chusane, colega de trabalho

Os Tsonga (changanas, rongas em matswas) são o conjunto de povos mais rico de Moçambique. Todos indicadores possíveis de bem-estar assim atestam. Não existe em Moçambique um grupo étnico que vive melhor que os Tsonga! Os tsonga são do sul de Moçambique.
Este grupo detém aproximadamente 90% da ...riqueza nacional. Os melhores empresários são pertencentes a este grupo. Os melhores banqueiros também. Os melhores políticos da Frelimo, também. A história oficial está cheio de Tsongas como heróis e homens de bem. Os que operaram armas pesadas durante a luta armada são Tsongas. Este povo é abençoado.
Para não vos cansar com história de Moçambique, olhem apenas para o índice das 100 melhores empresas de Moçambique publicado pela KPMG e confrontem com o cadastro das entidades legais e confirmem que a esmagadora maioria Tsonga está na liderança ou é dona destas empresas.
Dos dez ricos de Moçambique, sete são Tsongas.
Desde os primórdios da independência, este grupo étnico esteve à cabeça da governação e da liderança política e económica do país razão que os possibilitou acumular as riquezas ao longo do tempo. Historicamente, o sul do paralelo 22 esteve desde os primórdios da colonização portuguesa orientada para os serviços, tirando o proveito de uma tradição migratória secular.
Esta prática possibilitou a revolução na economia familiar dos moçambicanos a sul de Moçambique. A monetarização da economia familiar foi uma consequência lógica. Foram por exemplo, os primeiros a beber vinho importado de Portugal; os primeiros a comprarem bicicletas e os primeiros a subir carro automóvel movido a combustível (diesel), quando ele chega a Moçambique nos primórdios do sec XX.
Numa altura em que as Companhias de Moçambique, Niassa e Zambézia ainda pagavam os trabalhadores em espécie, aqui já saboreavam o poder de comprar e vender.
À ascensão da independência nacional os Tsonga já estavam muito mais emancipados financeiramente que a maioria de outros povos a centro e norte do país.
A nossa independência fez muito pouco para mitigar as sequelas do colonialismo. Continuou a operar nos moldes “concessionários” como aliás tem acontecido até hoje.
Mitigar as assimetrias regionais não passaria por abocanhar o dinheiro amealhado pelos tsonga para dar/oferecer os Sena. Guebuza pensou muito bem com a sua política dos 7 milhões. Só que distorceram a filosofia. Era uma melhor oportunidade de potenciar os outros povos deixados para trás ao longo dos tais 500 anos de colonização. Não sei se vai a tempo.
E isto não é porque os Tsongas são espertos e únicos inteligentes deste país. Isto é porque a forma como a economia e as oportunidades estão estruturadas, coloca o Sul de Moçambique em primeiro lugar em tudo. E quanto mais perto de Maputo estiver, mais perto da “sorte” e do milagre Moçambicano se está. Por exemplo, a esmagadora maioria de nomeações, seja por confiança ou concurso público de funcionários do estado para cargos de direcção nacional é feita em Maputo. Ou seja, estar, viver em Maputo, proporciona ao funcionário público largas oportunidades de ser “apreciado” pelo superior hierárquico de tal sorte que não hesitaria em provê-lo a um cargo imediatamente subalterno numa primeira oportunidade. A inexistência daquilo que se chama PROGRESSÃO EM Y capaz de possibilitar a ascensão de funcionários públicos mediante critérios concretos desencadeia a corrida pelos poucos cargos existentes a partir dos quais se exerce a corrupção e outras formas clientelistas de partilha de recursos. Isto tudo só é possível em Maputo. Estar em outras cidades é de facto sujeitar-se ao esquecimento.
Dificilmente Pedro Cossa seria SG da Juventude da Frelimo se continuasse na sua terra natal ou em Xai-xai, cidade capital de Gaza. A vinda dos pais de Basílio Muhate a Maputo depois de lhe nascerem em Chimoio foi capital para a sua ascensão actual. Armando Guebuza “recusou” ser de Murrpula. Logo que nasceu seus pais voaram-no para Maputo onde afirmou-se como estudante e despertou o nacionalismo tendo se destacado um grande militante.
O único momento em que as coisas eram possíveis a partir de qualquer canto de Moçambique foi o tempo colonial do sec. XIX e XX. Por exemplo, nos primórdios do sec. XX a American Board, centro de Moçambique formou os primeiros doutores deste país entre os quais o Kamba Simango.
Atenção, não estou a dizer que o Tsonga ROUBARAM a riqueza dos macua por exemplo. Estou a dizer que ao longo dos anos da nossa independência faltaram ideias concretas para mitigar as assimetrias regionais. O que aconteceu foi o mesmo que se vive e se vê hoje. Uma interpretação histórica que celebra o que existe como legado colonial sem nunca espevitar a utopia enquanto lugar de possibilidades.
São 34+anos de independência e a história documenta a inexistência de investimentos sérios nas regiões centro e norte do país. Primeiro, o modelo de governação foi todo ele parasitário; a economia rendeira e a política patrimonialista. Não é possível corrigir as assimetrias assim. E posso acreditar que daqui a mais 34 anos não teremos logrado mitigá-las. Portanto, eu preferiria por uma abordagem de roptura e não celebracionista para explorar outras possibilidades de governação capazes de desabrochar o potencial da iniciativa privada, da inclusão económica e da autarcização. É PRECISO que haja esforços sensíveis que convençam as pessoas que o combate as assimetrias regionais está sendo feito e não apenas limitarmos à celebração dos efeitos coloniais.
O ponto aqui não é combater a riqueza dos Tsonga mas sim proporcionar condições para que outras etnias e outras regiões floresçam como os Tsonga. A pobreza é muito perniciosa e não ajuda os ricos. Os Tsonga seriam muito mais felizes se seus irmãos Yao ou Sena também fossem empreendedores como eles. E a miscigenação cultural fria assim sentido
.

  • Dino Foi Estou interessado nesta lista dos 10 mais ricos de Mocambique, mano. Thanks.

  • Cremildo Nhalungo I keep my heat

  • Jose Alexandre Faia Very good assertion ..

  • Erasmo Bone Alicene Aguardo a abordagem sobre os chuabos,mais velho. Um exemplo vivo e actual da tua abordagem de hoje,é de um mano meu(e até tem nome no facebook) que acabou aterrando em Quelimane vindo de Maputo,depois de terminada sua formaçäo superior,a procura de oportunidade de emprego. De várias chances que teve,até trabalhou em uma,concorreu para os quadros da migraçäo tendo sido apurado em primeiro lugar. Infelizmente,foi lhe dito que näo podiam admiti-lo porque näo têm cabimento salarial para o nível académico dele. O rapaz,voltou a Maputo e,agora está num bem bom.

  • David Elias Muito despertador, as vezes vivemos sem saber que estamos a viver... e os outros aproveitam - se desta soneca...

  • Marques Malua desculpem. hei-de vir limpar esta confusao. o S3 esta-me lixar o comentário.

  • Joao Pedro Esta análise tem um teor perigoso para um país em que conhece problemas étnicos ou seja, que não estejam em voga.
    O que produz ou cria a riqueza das pessoas, dos povos, das nações e etc.não é o facto de ser desta etnia, raça ou até cor, se for este o criterio aqui escolhido, posso assegurar que é frágil e desprovido de qualquer rigor científico. É de lamentar!

  • Marques Malua entao, acredito que não captaste o sentido nem o alcance do post, Joao Pedro...ate ja

  • Paulo Araujo Joao Pedro nao entendeu o post e muitos outros nao o entenderao infelizmente. Boa reflexão.

  • Sic Spirou ehheheh eish.

  • Manacque Mapotere com certeza

  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Joao Pedro, o que eh ciencia? Como disse Paulo Araujo, acho que não entendeu. Mas você fez muito esforço para não entender o post e desviar o seu sentido para acomodar os seus medos e seus preconceitos. Para tua informação, quase todos meus amigos nos dias que corre são Tsonga e com eles discuto isso de forma aberta. E discuti com eles antes de postar aqui, o que me deixa confortável. Desconforte-se sozinho, que o que esta dito eh só isto. E não insinue. Se este debate for-lhe útil para perceber alguma coisa agradeço. Mas se lhe proporciona dor, por favor, evite-o. Este debate esta para pessoas de bem, mas fortes.

  • Adriano Simão Uaciquete A forma como o Egídio Egidio Guilherme Vaz Raposo coloca o assunto não acrescenta valor ao debate necessário. Como escreveu Elisio Macamo no seu livro Planície sem fim, para chamar atenção aos críticos e defensores do equilíbrio étnico-regional, esta forma de colocar a discussão é pouco produtiva e é de quem gostaria de discutir o assunto mas parte de palpites informados pela situação existencial.

  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Adriano, como eh que deveria colocar? E nesta planicie sem fim (ja li o livro 7 vezes e julgo que o entendo melhor agora) o que pode acrescentar para ajudar a corrigir a tendência do meu texto? Nao eh so ler livros e vir cita-los aqui. EH preciso provar que leu-os e que os mesmos estão enquadrados neste debate. Senao um dia eu tambem irei citar um livro de receitas de cozinha aqui. Tsc.

  • Dobie Ralph Concordo totalmebte com a colocacao do Joao Pedro. Os factores de sucesso de uns poucos mocambicanos deriva grandemente de oportunidades que tiveram ou tem deterimento dos outros compatriotas seus. A instrucao eh factor fundamenental. O sucesso do grupo de pessoas que eh mencionado na dissertacao do Egidio nao nada a ver com factores antropológicos.

  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Dobie Ralph, sao as "oportunidades" aspectos congenitos?Alguem nasce com as oportunidades? O que sao oprtunidades? E onde estao? Como se aproveitam as oportunidades? Se elaborar um pouco nisto vera que o que escrevi faz sim sentido.

  • Nelson Nhanala Grande provocacao esta..... estou curioso em saber que Yao ou Sena poderia entrar nesta lista da corrida aos mais ricos comos os Rongas.

  • Simbe Alberto sera a riqueza tao importante?,gostaria ver tambem aqui medida a felicidade dos grupos etnicos.

  • Marques Malua Limpando a confusão anterior, dizia: Muito bem posto. Outro aspecto que convinha frisar era o de que a celebração do efeito colonial não devia ser tida como consequência racional da acção governativa da liderança Tsonga que foi sucessivamente assumindo o poder desde 1962. Nem tão pouco a falha na mitigação das assimetrias resultaria de uma estratégia intelectualmente concertada para a manutenção de uma hipotética supremacia etno-grupal. Antes pelo contrário, ela demonstra claramente, à semelhança da administração colonial portuguesa, a falta de capacidade de gestão efectiva do território em toda a sua extensão. É a prova que, durante os cerca de 50 anos, a liderança encabeçada pelos Tsongas, não conseguiu, ainda desfazer a concepção do Estado Colonial para o Estado Unido do Rovuma ao Maputo. (1) A transferência da capital de Moçambique da Ilha para Lourenço Marques em 1898 servia os interesses coloniais. Depois da independência, tivemos tempo para corrigir isso para usarmos o efeito multiplicador de uma capital que pudesse estar fora de Maputo. Mas não fizemos. (2) A concentração de todos os ministérios e serviços públicos importantes na capital, serve perfeitamente o modelo elitista colonial. Tivemos tempo de corrigir isso para um Pais extenso onde as suas gentes continuam a percorrer longos quilómetros para ter o conservatória notarial mais próxima. Mas não fizemos sob a liderança Tsonga. (3) etc, etc. Só para terminar, não devemos ter medo de dizer as coisas quando elas não estão bem. Mesmo que fossem outros e não os Tsongas a liderarem os governos desde sempre, a verdade é que não conseguimos corrigir, ainda, as assimetrias. E num contexto em que o projecto é construir um País assente na unidade nacional, este poste do Egidio aponta as fissuras que urge tapar nessa colossal estrutura de um País uno e não o contrário, como muitos querem fazer soar por aqui.

  • Marques Malua Já limpei os outros semi-comentários...perdoe-me quem tenha seguido

  • Arry Cristo Antes de fazer um juizo errado, gostaria de saber quais as etnias de João Pedro, Adriano Simão Uaciquete e Dobie Ralph?

  • Gerson Machevo yoweeee!!!!

  • Inocencio Banze Bom pedaço de escrita Egidio!!! Mais uma vez a não deixar seus créditos e medos em maus alheias... Só espero que as ideias apresentadas aqui sejam debatidas de forma honesta e despida de qualquer preconceito, ou outra qualquer coisa.

  • Egidio Canuma Parabens chara! A boca pequena ha muito que se fala disto. Podia se dizer ainda muita coisa. Para quem e' do sul ou Tsonga podera nao sentir o peso da carga que o texto carrega. Essa forma de estar em Mocambique enraizou-se de tal forma que quando Vaquina ascendeu a Primeiro Ministro, Alvarito Jornalista dum jornal da praca, escreveu sobre um pretenso "Lobby Macua". Eu ca nunca ouvi ninguem usar tal termo quando um Tsonga ou de qualquer outra etnia do sul ascende ao poder. Ou seja, as coisas atingiram um nivel tal onde se interioriza que o poder pertence ao sul, quando aparece um Macua no poder e' porque alguma coisa nao esta bem. This is some old bullshit!!!

  • Armando Nenane Estudamos em portugues. As nossas leis são em língua portuguesa. Mais de 70% da população moçambicana é analfabeta. Apenas 6,5% da população tem a língua portuguesa como língua materna. A língua oficial é portuguesa. Quem tem acesso à educação aprende primeiro a ler e segue o seu caminho para a prosperidade. Somos um país de desigualdades profundas, com o sul relativamente mais desenvolvido que o Centro e o Norte. Um ministro barbudo espantava-se com uma carta fulminante dos camponeses: "afinal os camponeses sabem escrever?", indagava. Além do debate étnico, não tenho dúvidas que o mano Egídio Velha Raposa tem em atenção questões de género, raça e outras diversidades. Então o crítico mais avisado não se aventurará para um debate destes sem encarar com frieza todas estas diferenças, aliás era próprio do colono dividir para reinar. Naturalmente que não se aceitará que aqui se levante um debate conducente à conflitos étnicos, sabido que foi esse tipo de raciocínio que levou às piores atrocidades cometidas contra os direitos humanos, não percamos de vista o genocídio do Ruanda. O que a Velha Raposa chama à atenção é que de facto há gente que se aproveita dessas diferenças para se instalar e se abastecer em detrimento dos outros, através de clientelismos, nepotismos, compadrios e outros ismos que não se compadecem com a ideia de Estado, aquele ente superior que é de todos e para todos. Ora, as Constituições modernas resultam de lutas seculares dos cidadãos contra o Estado, ou seja, contra aqueles que tendo ascendido ao poder público eram os únicos que podiam abusar dele. Desse tempo para cá o cenário não mudou muito. Em matérias de direitos humanos, tal como António Marinho e Pinto, identifico-me com todas as vítimas, sejam quais forem. Por isso, fui americano no alto de World Trade Center, como fui judeu em Auschvitz, alemão em Dresden, Japones em Hiroxima e Nagazaqui, negro no apartheid da África do Sul, marinheiro soviético em Kronstandt, herege na Inquisição, réu nos processos de Moscovo, tchetcheno em Grozni, chines em Tianamene e hoje, como não poderia deixar de ser, sou iraquiano em Bagdad e Bassorá. Tudo isto para dizer que identifico-me com os madjermanes, com os mineiros, com os desmobilizados, com os médicos e com todas as vítimas da prepotencia do poder, sejam elas, essas vítimas, machanganas, kotis, emakwas, masenas, mulatas, brancas, negras e pata ti pata ta. Em tudo que pensares, pensa nas vitimas primeiro e ai verás que fazes parte dessa amalgama que sofre. Bem vindos à cidade dos espelhos.

  • Angela Maria Serras Pires Contra factos nao ha argumentos. A frelimo sempre foi um partido controlado pelos sulistas mas azar o deles, o $ esta no Centro e Norte.

  • Filipe Uamba acho que sou o unico desgracado apesar de ser um Ronga.

  • Marques Malua Bem vindo à cidade dos espelhos sim. Mas muitos têm medo de olharem para a sua imagem reflectida neles.

  • Dobie Ralph Voltando as OPORTUNIDADES de que tanto me questiona o Egidio: nao entro debates falaciosos. Aliais, a propria dissertacao do Egidio aborda isso, corroborando com a minha colocacao. Cito Egidio "... os tsongas seriam muito mais felizes, se seus irmaos Yau ou Sena tambem fossem empreendedores como eles." Sera que nao sao? Ou nao tiveram as mesmas OPORTUNIDADES dos Tsongas? Falou tambem, o nosso Bom Egidio, das assimetrias. Elas existem, em alguns casos, ate sao intencionais.

    A terminar, quero lembrar ao Egidio que este Pais esta a crescer. Com todas as vissicitudes que este processo acarreta, mas o Pais esta a crescer. No Centro e no Norte estao a nascer universidades. E muitos mocambicanos estao ingressar nelas.

    Se vivermos, veremos o que sera Mocambique daqui ha 20 anos
    .

  • Egidio Guilherme Vaz Raposo


  • Dobie, mais uma vez imiscuiu-se do debate. Nao respondeu as minhas perguntas e citou-me fora do contexto. Encetou fuga em frente. Enfim...aiind aguardo por si.See Translation
  • Dobie Ralph "Imiscuiu-se do debate (...) "
    Em latim: immiscuere eh o mesmo dizer ou fazer algo relativamente alguma coisa que nao lhe diz respeito; interferir; intrometer-se.
    Sera isso que eu entendi? Achei que a dissertacao fosse publica, Egidio.
    Fico avisado. De facto e do jeito como dissertou so pode valer para esse publico restrito. Entao nao circule nesta auto-estrada ou nesta aldeia global. Certo?
    See Translation
  • Armando Nenane E por ai ficaram os Dobies, os circunstantes e outros actantes. A barcaça continua...See Translation
  • Marques Malua Mas eu insisto, se me permitem: são estes medos e estas falsas susceptibilidades que o Dobie e o Pedro mostram aqui, que urge descartar e debatermos Moçambique abertamente. Não se trata de pôr os não Tsongas contra os Tsongas. Este Post está a dizer,no meu entender, que todos nós, particularmente aqueles grupo de moçambicanos que assumer o leme dos destinos do País tem que olhar o País no seu todo, na sua generalidade e coordenar os esforços de desenvolvimento de forma a que não repliquem a estratégia bem conseguida do colono de divider para reinar que temos vindo a replicar até hoje que, feliz ou infelizmente os moçambicanos Tsongas têm segurado o leme da nação. Não se retira do post do Egidio a asserção de que os Tsongas ficaram ricos porque assumiram o poder. Ficou claramente esclarecido que, historicamente, a região sul de Moçambique esteve sujeito à condições politicas, economicas e mesmo finceiras que criaram oportunidades que as outras partes de Moçambique nunca tiveram. Entendo assim que, se antes andavamos a reboque do colono hoje, Tsongas ou não, somos donos do nosso País. Temos de olhar como desenvolver o País de uma forma equilibrada. Se o colono decidia parcelar o País e emprazar grandes porções de terra é porque lhe convinha. Mas nós não nos convém fazer issso hoje. Se o colono colocou estradas e luz só em Lourenço Marques e mais algumas vilas, é porque lhe convinha. A nós nos convém, conviria ou deve convir colocar a luz, estradas, agua potável, hospitais, postos de emprego, etc em todo território nacional. Porque é que os Diobies não falam disso e preferem invocar outras emoções que não foram implicitas aqui....
  • Manuel J. P. Sumbana You opened a can of worms, Egidio Guilherme Vaz Raposo. Parece que fiz boa escolha em mudar de Chope para Ronga. As minhas chances de deixar herança aos meus descendentes aumentara. Estás de parabéns por este Post. E o Marques Malua assentou bem os pontos nos ii. Gostei imenso.See Translation
  • Rabuquene Júlio Ámino FELIZ EXPLANAÇAO O LIVRO DE URIAS SIMANGO UM HOMEM UMA CAUSA EXPLICA TUDO.See Translation
  • Yussuf Adam simplificacoes.... ideologias ...See Translation
  • Dobie Ralph Nao sao medos nem falsas susceptibilidades, caro Marques Malua. A minha reaccao deriva da forma como o nosso ilustrissimo Egidio abordou o tema. Penso que o sr. Marques foi um autentico advogado do diabo, pois, dissipou algumas zonas de penumbras n dissertacao do nosso ilustre.
    Caros srs eu nao discuto peesoas. Se a minha discordancia ofendeu alguem, nao foi intencional. Eu discuto apenas ideias e sei admitir quando estou errado, desde que o demonstrem com argumentos convicentes.
    Tenho dito
    See Translation
  • Manuel J. P. Sumbana Dr. Yussuf Adam. Pode dar-nos algumas luzes?See Translation
  • Arry Cristo Perguntei sobre as etnias dos Senhores João Pedro, Adriano Simão Uaciquete e Dobie Ralph, apenas por curiosidade, mas pelo silêncio me parece que são da etnia em refência, o que explica de alguma forma as suas abordagens. Não querendo dizer que todos os Tsongas pensam igual, mas como não lhes afecta!!! o problema é dos outros, igual a outras formas de descriminação que só encomodam quando lhes toca...debater abertamente estes temas é de crucial importância e a história não pode ser esquecida...temos de a recordar e fazer o uso dela para melhorar alguns aspectos sociais, culturais, ECONOMICOS que inquietam os moçambicanos. Egidio Guilherme Vaz Raposo aguardo os seus comentarios sobre as restantes etnias, ou será que ficamos a espera das publicações e ciitações dos senhores João Pedro, Adriano Simão Uaciquete e Dobie Ralph como bons samaritanos que são...
  • Tiago Valoi Yaaaa, voce é um incitador de violência. Onde quer chegar com isso?See Translation
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Arry Cristo, iriei publicando. Mas por hora, vou esperar ate próxima quarta-feira. Sei que ate terça-feira da próxima semana haverá desenvolvimentos significativos em relação ao assunto mais importante do pais: a segurança.See Translation
  • Manuel J. P. Sumbana Chingondos só fazem confusâo. Boom. Parece que a unidade nacional anda enferma. Quem paga um copo?See Translation
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Hehehe,mais velho Manuel J. P. Sumbana, a unidade nacional nunca esteve forte. So nos discursos. Mas a dada altura a lideranca se distraiu!See Translation
  • Eugenio Abilio Abibo verdade doi , o portunidade na pratica nao existe como um povo do rovuma ao maputo. na pratica comexa do maputo ao rovuma, alguem ja prestou atenxao como os politicos comexam sempre do rovuma ao maputo, praticas no terro de desenvolvimento sempre de maputo ao rovuma ,ha duvida? concordo com Egidio, deixem de meter nas cabexa toda hora de pensamento politico, vejam as coisas na sua pratica so assim vamos contribuir para abrir as mentes dos outro conpatriotas.See Translation
  • Teresa Lopes 1- Maputo é uma cidade estruturalmente construída na altura da administracao colonial. Como qualquer capital sob o domínio Portugues, foi constrída para se destacar das demais. 2- Ao contrário das outras cidades pelo país for a, Maputo sobreviveu intacta a duas guerras: a de libertacao nacional e a civil. 3- O afluxo de "provincianos" para a grande capital nao é uma realidade singular de Mocambique. 4- Até 1992, o acesso ao país todo era limitado. Nao haviam estradas que suportassem uma ligacao sustentável entre as províncias, pelo que o desenvolvimento das províncias foi adiado pelos empresários- camada responsável pela maior parcela do fluxo económico/financeiro em Mocambique. 5- Desde 1992 até esta parte (com enfoque) nos últimos anos, tem se verificado um desenvolvimento crescente pelo país fora. Desenvolvimento esse tracado pelos Macuas, Senas, Rongas, Ndaus, etc. Portanto, eu acho que o Sr. Raposo está equivocado quando sugere que Maputo do nada é mais desenvolvido e ilogicamente apenas indo a Maputo é que se poderá destacar. Já foi frisado aqui que o número de Universidades no centro e norte do País aumentou mesmo antes da descoberta dos recursos. As vias rodoviárias e a aérea estao ao service do povo Mocambicano há já muito tempo. O que deve mudra, é de facto a cultura de centralizar o desenvolvimento nas cidades. Mas mesmo aqui, tem havio esforcos no sentido de reavivar os distritos. MACHEL destruiu o tribalismo. É lamentável que agitadores internacionais estejam a deturbar mentes no sentido de resgatar "desavencas" que nao passam de ciumes e invejas entre irmaos, coisa comum até aos mais civilizados. Já viu a diferenca entre o Alentejo e Lisboa?See Translation
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo A Sra Teresa Lopes leu e entendeu de forma lamentavelmente salteada o meu texto. Aposto que se o ler de novo chegara a conclusoes diferentes das que chegou. Nem posso aventurar em responder as suas acusacoes porque desfasadas d que disse. Quanto ao tribalismo alegadamente "destruido" pelo Samora, simplesmente isto corresponde a mentira. Caso contrario nao estariamo nos hoje celebrar as culturas e linguas nacionais. O festival nacioinal de danca trandicional, o festival nacional d ecultura e outros sao manifestacoes claras de que a tal morte decretada pelo Samora fora uma mentira para ele mesmo. A cultura e a tribo estao orgulhosamente mais vibrantes como nunca.See Translation



1 comentário:

Anónimo disse...

Este vai ser um dos grandes lemas a resolver entre o povo Moçambicano.
Eu estou convencido que existem cidadãos inclusive de raça branca que são mais nativos de Moçambique que por exemplo os descendentes de ZULOS que vieram fugidos da Zoolandia e se refugiaram no sul de Moçambique, inclusive dominaram os povos dessas zonas,....... gostaria de ouvir quem deste tema tenha mais conhecimentos.