12.06.2018 às 9h09
Médico chinês reutilizou material médico e contaminou cinco mulheres com o vírus HIV. A justiça chinesa condenou o médico com dois anos e meio de prisão, após este ter assumido o erro
Um médico chinês foi condenado a dois anos e meio de prisão por infetar cinco mulheres, entre as quais duas grávidas, com o vírus do VIH, devido a procedimentos médicos negligentes, informou esta terça-feira a imprensa local.
Zhao Jinfang assumiu culpa por negligência, quando em dezembro de 2016 reutilizou material durante extrações de sangue àquelas pacientes, o que provocou a transmissão do VIH (vírus da imunodeficiência humana).
O próprio informou o hospital sobre os procedimentos negligentes, pelo que o tribunal ditou uma pena de dois anos e meio de prisão, detalha o jornal oficial Global Times.
O caso despertou polémica nas redes sociais, onde muitos internautas consideraram a sentença demasiado leve, tendo em conta que o acusado "arruinou a vida de cinco pessoas".
A Lei Criminal da China contempla penas de até três anos de prisão para pessoal médico que causa a morte ou lesão do paciente, devido a negligência.
Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA, há pelo menos 500.000 pessoas infetadas com o vírus no país asiático. A China é a nação mais populosa do mundo, com cerca de 1400 milhões de habitantes.
O primeiro 'boom' da SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida) no país aconteceu em meados dos anos 1990, na província de Henan, quando centenas de milhares de camponeses pobres ficaram infetados, devido a um esquema ilegal de comércio de sangue.
O sangue de diferentes origens era misturado e, depois de extraído o plasma para ser vendido à indústria de biotecnologia, injetado de novo nos camponeses, para evitar anemias.
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