Para liquidar a dívida que se arrasta há muito tempo, a EDM encontrou duas formas: uma é a redução das perdas significativas registadas pela empresa e outra consiste em encontrar um balanço entre a energia que a EDM compra dos seus fornecedores, nomeadamente, Gigawatt, Kuvaninga, CTRG e Cahora Bassa, para que tenha um custo sustentável para a empresa.
“Se conseguirmos essas duas equações, teremos, certamente, recursos suficientes para, no espaço deste ano, resolver os 14 milhões”, disse Mateus Magala, PCA da EDM, à nossa equipa de reportagem.
Mas a EDM não tem apenas dívidas. Segundo o PCA da empresa, alguns clientes devem-lhe cerca de três mil milhões de meticais, equivalentes a 50 milhões de dólares. Fazem parte da lista dos devedores da EDM: instituições públicas e privadas, os institutos de comunicações, rádios e companhias de água.
Uma outra forma encontrada pela EDM para reforçar a sua capacidade financeira é a cobrança de dívidas a seus clientes. A empresa lançou, há pouco tempo, uma campanha de cobranças e já começou a negociar com os devedores os planos de pagamento de cada uma das dívidas.
Para os clientes que aceitam pagar as dívidas seguindo o referido plano, o Presidente da EDM explica que continuarão a consumir a energia, já os que não aceitam pagar suas dívidas, Magala alerta que poderão ficar sem a corrente eléctrica porque “a energia não é gratuita e tem um custo de aquisição”.
Depois do aviso sobre a campanha de cobrança das dívidas, muitos devedores começaram a pagar. “Mesmo a Saúde já começou a reagir positivamente a este chamamento e já fez pagamentos que são muito encorajadores”, disse Mateus Magala.
Não são só as dívidas que preocupam a direcção da EDM: avanço de projectos associado a financiamentos que tornaram-se difíceis também. Por exemplo, alguns projectos cruciais da empresa estão atrasados ou paralisados por dificuldade de acesso ao crédito, porque há três anos que o Governo moçambicano enfrenta dificuldades de acesso por causa da dívida do país que é insustentável, isto é, se a EDM quiser financiar-se agora, teria de buscar financiamentos muito caros.
“Nós, ao aceitarmos esses financiamentos muito caros, estaríamos a hipotecar a vida dos nossos filhos e nossos netos. Por isso, acabamos por não requerer a esses financiamentos e certamente limitamos a possibilidade de fornecer energia de qualidade aos moçambicanos”, considera Mateus Magala.
Embora o país tenha uma empresa produtora de grandes quantidades de energia, a HCB, o nível de acesso à energia eléctrica, tem um dos mais baixos níveis de acesso de África e do Mundo. “Com cerca de 28 milhões de habitantes, estamos com um nível de acesso de 28%”, sublinha o Presidente da EDM. Porém, a meta da EDM é garantir energia para todos os moçambicanos até 2030.
Para alcançar electrificar todo o país, a EDM teria de fazer pelo menos 450 mil ligações por ano, o que custaria meio bilião de dólares por ano nos próximos 12 anos. Só para os próximos anos serão necessários seis biliões de dólares em investimentos, diga-se, é um objectivo ambicioso.
“Contando com outra infra-estrutura como de geração e transmissão, esse número, certamente pode chegar aos 10 a 12 biliões de dólares nos próximos 12 anos. Aí podíamos dizer que temos infra-estrutura necessária, tanto de geração como de distribuição à cada casa”, refere Mateus Magala.
Apesar das adversidades enfrentadas pelo país, entre elas a dívida insustentável, o PCA da EDM revelou ao O País Económico que, nos últimos três anos, conseguiu mobilizar cerca de 1.3 biliões de dólares em financiamentos, sendo metade constituído por donativos e outra parte multi-concessional.
O valor já existente não satisfaz, mas ajuda a responder as necessidades básicas de energia eléctrica. Há uma componente de investimento em infra-estrutura de geração e transmissão que não está a ser coberta pelo montante, que só podia ser coberta pelos empréstimos, que neste momento, são difíceis.
Entretanto, neste momento, a EDM está a começar a produzir a central solar de Mocuba, na Zambézia, com capacidade de 41 megawatts de energia. Seu financiamento é, segundo Magala, baseado numa inovação financeira em que a empresa não usa as garantias do Estado como tem acontecido normalmente, mas a parceria público-privada que ajudam a minimizar os custos.
“Temos nesse processo a Noruega, através do seu fundo, a contribuir concessionalmente, na verdade, em termos de donativo, nós também contribuímos com algum valor e temos o sector privado que também contribui com o risco coberto pelas instituições internacionais como o caso de IFC do Banco Mundial, que vem para dar essa garantia. Conseguimos uma inovação para continuarmos a obter financiamento”, explica o Presidente do Conselho de Administração da EDM.
Central eléctrica de emergência de Nacala ainda sem financiamento
A Electricidade de Moçambique (EDM) planeava construir uma central de geração de energia eléctrica de emergência com capacidade para produção de 80 megawatts para responder a procura cada vez mais crescente em Nacala e aliviar a pressão na região norte do país criada com o surgimento de novos empreendimentos, mas tal ainda não aconteceu por falta de financiamento.
O Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique explica que o projecto devia ser financiado pelo governo japonês, através de um empréstimo, mas isso não aconteceu por causa da situação de endividamento do Estado moçambicano que ultrapassou limites recomendáveis.
O projecto é orçado em 80 milhões de dólares, que seriam financiados pelo Japão em forma de crédito concecional – ou seja muito mais barato, que só pode ser em forma de crédito. Como solução, a EDM pretende convencer o governo japonês a reduzir o valor para o nível aceitável de donativo, que é 20 milhões de dólares, o máximo aceitável, de modo a avançar com o projecto em novos mordes.
“Como é sabido, a região norte do país tem grandes problemas de geração e de infra-estruturas. É um projecto de emergência porque numa determinada altura ficamos sem energia no norte e é por isso que tivemos que por a central flutuante, que não é uma solução de longo termo para nós, é transitória”, considera Magala.
A central de emergência seria detida a 10 por cento pela EDM, enquanto na actual central flutuante, a EDM está numa parceria onde tem de alugar equipamento por período determinado, que depois terá de devolver o equipamento e ficar sem capacidade de geração.
Estratégia de electrificação e plano director publicados em breve
Porque as necessidades de energia são enormes, a Electricidade de Moçambique está a produzir uma estratégia de electrificação e um plano directo que brevemente serão publicados. Nos últimos três anos, explica o PCA da EDM, Mateus Magala, a empresa tem vindo a implementar reformas com vista a promover a mudança de atitude e de mentalidade de todos os trabalhadores na instituição.
“Mudança da forma como prestamos serviços, o melhoramento do nosso desempenho, o profissionalismo e também a contribuição para o desenvolvimento do sector dentro da região austral e como um factor de inclusão e de coesão social“, disse.
Mateus Magala acredita que tem recursos humanos que podem crescer e podem desempenhar um papel importante na transformação da economia de Moçambique.
“Muitas vezes não conseguimos realizar o nosso potencial por causa da atitude. A nossa atitude limita-nos a ter maiores ambições”, diz Magala. TVM exibe falso vídeo de reivindicação dos ataques em Palma
A Televisão de Moçambique TVM divulgou no seu boletim noticioso na noite de Quarta-feira, 30 de Maio, um falso vídeo de reivindicação de autoria dos ataques em Cabo Delgado.
De acordo com a notícia vinculada pelo canal de televisão nacional, o grupo de pelo menos cinco homens assumiu a autoria do assassinato de dez cidadãos nacionais no posto administrativo de Ulombe, no distrito de Palma, através de um vídeo.
No vídeo, os indivíduos, com as respectivas caras cobertas e empunhando armas do tipo AKM mostrando a sua admiração por Allah, são apresentados pela TVM como os autores do bárbaro ataque que se registou na presente semana em Palma.
Entretanto, o vídeo circulou nas redes sociais no mês de Janeiro de 2018, conforme afirma Borges Nhamire, investigador do Centro de Integridade Pública na sua página do Facebook:
Borges Nhamire
há 20 horas
Noticia muito irresponsável da TVM
Penso que a TVM publicou uma noticia irresponsável no seu telejornal de ontem. O Video que apresenta como de terroristas de Mocimboa da Praia já circula desde Janeiro deste ano e nao ha certeza de que o mesmo tenha sido gravado em Moçambique sequer. O Mendes Mutenda ate ja disse num desses debates que era dublagem. Mas a noticia da TVM ja está a correr o mundo a indicar que um grupo terrorista reivindicou o mais recente ataque no qual 10 pessoas foram decapitadas.
No link abaixo se pode ver a noticia da TVM no telejornal de ontem.
O mesmo vídeo pode ser encontrado no youtube, com a data de publicação de 28 de Janeiro de 2018 através do seguinte endereço
https://www.youtube.com/watch?v=mO3W5-009_M .
A seguir, veja a peça exibida pela TVM:
De acordo com a notícia vinculada pelo canal de televisão nacional, o grupo de pelo menos cinco homens assumiu a autoria do assassinato de dez cidadãos nacionais no posto administrativo de Ulombe, no distrito de Palma, através de um vídeo.
No vídeo, os indivíduos, com as respectivas caras cobertas e empunhando armas do tipo AKM mostrando a sua admiração por Allah, são apresentados pela TVM como os autores do bárbaro ataque que se registou na presente semana em Palma.
Entretanto, o vídeo circulou nas redes sociais no mês de Janeiro de 2018, conforme afirma Borges Nhamire, investigador do Centro de Integridade Pública na sua página do Facebook:
Borges Nhamire
há 20 horas
Noticia muito irresponsável da TVM
Penso que a TVM publicou uma noticia irresponsável no seu telejornal de ontem. O Video que apresenta como de terroristas de Mocimboa da Praia já circula desde Janeiro deste ano e nao ha certeza de que o mesmo tenha sido gravado em Moçambique sequer. O Mendes Mutenda ate ja disse num desses debates que era dublagem. Mas a noticia da TVM ja está a correr o mundo a indicar que um grupo terrorista reivindicou o mais recente ataque no qual 10 pessoas foram decapitadas.
No link abaixo se pode ver a noticia da TVM no telejornal de ontem.
O mesmo vídeo pode ser encontrado no youtube, com a data de publicação de 28 de Janeiro de 2018 através do seguinte endereço
https://www.youtube.com/watch?v=mO3W5-009_M .
A seguir, veja a peça exibida pela TVM:
NOTA: Qual a intenção da TVM ao transmitir mais esta falsidade? Nada ali é feito ao acaso. Então porquê? E será que dará alguma explicação?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 10:13 in Informação - Imprensa, Política - Partidos, RADIO - TV | Permalink | Comments (1) ShareThis
01/06/2018
Editorial: Até quando essa “vaidadezinha”?
O regime mercantilista da Frelimo continua descaradamente a empurrar o país para a desgraça. Há quatro décadas no poder, o desenvolvimento de Moçambique continua eternamente adiado, ou seja, presentemente, o nosso país é um dos mais infame na face da terra, fruto de má governação mesclada com a incompetência aguda.
Ao longos dos sensivelmente 43 anos dirigindo os destinos desta nação, o Governo da Frelimo está mais preocupado em espoliar os moçambicanos. Não se tem assistido a grandes mudanças na vida da população. Há cada vez mais escassez de unidades hospitalares, escolas, e as vias de acesso continuam uma vergonha, e o acesso à água potável ainda é uma miragem.
Após colocar o país numa situação financeira bastante preocupante e lastimável, o Governo de Filipe da Frelimo prevê a gravar a condição dos moçambicanos contraindo mais dividas. Ou seja, o Governo de Nyusi pretende aumentar a Dívida Pública Interna durante o exercício económico de 2018 em pelo menos 84,2 biliões de meticais para financiar o seu Orçamento do Estado. É sabido que pelo terceiro ano consecutivo os Parceiros de Cooperação não têm estado a apoiar Moçambique devido às dívidas contraídas ilegalmente sem o aval do Estado.
O país pode sair desta situação calamitosa em que se encontra, porém, o mesmo não acontece devido a vaidade política do partido no poder. O Governo da Frelimo não tem a humildade suficiente para aceitar que é o maior e principal problema deste país. Basta o Governo de Nyusi preencher as lacunas que o Fundo Monetário Internacional identificou no Relatório da Kroll sobre as dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM para o país sair da desgraça em que se encontra.
Sócio da Montepuez Ruby Mining enfrenta processo no Tribunal Superior de Londres
Por abusos contra direitos humanos em Montepuez
O escritório de advocacia Leigh Day emitiu uma acção criminal na Alta Corte de Londres contra a Gemfields Limited, uma empresa de mineração sediada em Londres, proprietária da Fabergé e cujos endossos de celebridades incluíram Mila Kunis e Sophie Cookson.
O processo começou a correr em Abril último, quando o escritório de advocacia ficou sensibilizado com a situação da violação de direitos humanos em Montepuez, norte do país, região onde ocorrem rubis, pedra preciosa de alto valor comercial no mercado internacional. “Nos processos judiciais, mais de 100 moçambicanos alegam violações graves dos direitos humanos na Mina de Rubi de Montepuez, no Norte de Moçambique, que é propriedade da subsidiária moçambicana da Gemfields Limited, na qual detém 75% do controle accionário”, refere um comunicado de imprensa da Leigh Day, distribuído a partir de Londres que indica que “os processos formais foram cumpridos na Gemfields Limited em abril de 2018”.
Os Requerentes, segundo a mesma nota de imprensa, alegam que os mineiros artesanais e membros das comunidades locais em torno da mina sofreram graves abusos dos direitos humanos durante muitos anos nas mãos das forças de segurança na mina de Gemfields em Moçambique. “Os requerentes alegam que a Gemfields possui uma operação altamente integrada, afirmando que eles têm uma estratégia de “mineração a mercado” e, portanto, estão ativamente envolvidos na operação operacional da Mina de Rubi de Montepuez”, lêse ainda na nota de imprensa, cujo conteúdo temos vindo a citar.
As vítimas disseram a Leigh Day que foram baleados, espancados, submetidos a tratamento humilhante e abuso sexual, detidos ilegalmente e / ou forçados a realizar trabalho braçal. Igualmente, quatro reclamantes estão trazendo reclamações em nome de seus filhos que supostamente foram mortos a tiros por forças de segurança na Mina de Rubi.
O escritório de advocacia Leigh Day emitiu uma acção criminal na Alta Corte de Londres contra a Gemfields Limited, uma empresa de mineração sediada em Londres, proprietária da Fabergé e cujos endossos de celebridades incluíram Mila Kunis e Sophie Cookson.
O processo começou a correr em Abril último, quando o escritório de advocacia ficou sensibilizado com a situação da violação de direitos humanos em Montepuez, norte do país, região onde ocorrem rubis, pedra preciosa de alto valor comercial no mercado internacional. “Nos processos judiciais, mais de 100 moçambicanos alegam violações graves dos direitos humanos na Mina de Rubi de Montepuez, no Norte de Moçambique, que é propriedade da subsidiária moçambicana da Gemfields Limited, na qual detém 75% do controle accionário”, refere um comunicado de imprensa da Leigh Day, distribuído a partir de Londres que indica que “os processos formais foram cumpridos na Gemfields Limited em abril de 2018”.
Os Requerentes, segundo a mesma nota de imprensa, alegam que os mineiros artesanais e membros das comunidades locais em torno da mina sofreram graves abusos dos direitos humanos durante muitos anos nas mãos das forças de segurança na mina de Gemfields em Moçambique. “Os requerentes alegam que a Gemfields possui uma operação altamente integrada, afirmando que eles têm uma estratégia de “mineração a mercado” e, portanto, estão ativamente envolvidos na operação operacional da Mina de Rubi de Montepuez”, lêse ainda na nota de imprensa, cujo conteúdo temos vindo a citar.
As vítimas disseram a Leigh Day que foram baleados, espancados, submetidos a tratamento humilhante e abuso sexual, detidos ilegalmente e / ou forçados a realizar trabalho braçal. Igualmente, quatro reclamantes estão trazendo reclamações em nome de seus filhos que supostamente foram mortos a tiros por forças de segurança na Mina de Rubi.
Recorde aqui:
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique informou em Agosto de 2017 que os vídeos postos a circularem nas redes sociais e na mídia nacional e internacional mostram que os mineiros artesanais são espancados e abusados dentro da concessão mineira. “A Comissão concluiu que os perpetradores incluíam tanto os funcionários da segurança interna na Mina Ruby como as forças de segurança do Estado moçambicano”, acrescenta a nota de imprensa, para depois prosseguir que “a Gemfields Limited, com sede em Londres, é especializada na produção de gemas coloridas.
STV-Noite Informativa (comentários) 31.05.2018(video)
Comentários de Adelino Buque. Não editado pela STV-SOICO
STV-Opinião no Feminino 31.05.2018(video)
Tema:Cabo Delgado, Palma. Não editado pela STV-SOICO
CNE adia para 15 de Junho o início de inscrições de candidaturas para as eleições autárquicas
A Comissão Nacional de Eleições anunciou, ontem, o adiamento do início da inscrição dos partidos políticos, coligações de partidos e de grupos de cidadãos proponentes de candidaturas para as eleições municipais de 10 de Outubro.
A inscrição devia ter início amanhã, 1 de Junho, com duração de quinze dias, mas vai realizar-se de 15 a 30 de Junho.
A CNE adiou também o período da indicação dos mandatários de candidaturas e a sua credenciação, que também vai decorrer de 15 a 30 de Junho. As mudanças devem-se à alteração verificada no calendário do recenseamento eleitoral. A informa ção foi divulgada, ontem, quinta-feira, em conferência de imprensa, pelo porta-voz do órgão, Paulo Cuinica. “A CNE fez o ajustamento do calendário das eleições autárquicas de 10 de Outubro, para conformar o calendário com a alteração do período de recenseamento, nomeadamente no que diz respeito à inscrição de proponentes e à apreciação de candidaturas”, disse Paulo Cuinica e acrescentou que o que fica alterado no calendário é o período de inscrição dos proponentes, que passa de 1 a 15 de Junho para 15 a 30 de Junho. A indicação dos mandatários dos proponentes e a sua credenciação passa a decorrer em simultâneo com a inscrição.
Esta pode ser a primeira alteração ao calendário eleitoral, tendo em conta as mudanças feitas com a revisão da Constituição da República, que vão forçar a revisão da Lei Eleitoral, devido à introdução do sistema de lista única para eleição dos membros de Assembleia Municipal e do presidente do Conselho Municipal, em que o cabeça-de-lista passa a ser presidente do Conselho Municipal.
A revisão da Lei Eleitoral deve ter em conta o calendário eleitoral, nos termos do qual a apresentação de candidaturas deve decorrer de 21 a 27 de Julho. A Assembleia da República vai reunir-se em Sessão Extraordinária, em Junho, para aprovar a nova legislação eleitoral. A aprovação e promulgação da nova lei antes de 21 de Junho evita uma nova alteração ao calendário eleitoral.
Sobre as possíveis implicações no calendário eleitoral para responder à revisão da Constituição, Paulo Cuinica declarou: “Nós estamos a trabalhar com a legislação que está em vigor. Quando chegar essa legislação, vamos ter que nos ajustar a essa nova legislação.
Todos os agentes políticos vão ter que se ajustar a essa nova legislação, mas, olhando para o período que se propõe, provavelmente não haverá grandes alterações. Se for necessário voltar-se a ajustar o calendário a essa nova realidade, assim será”. (André Mulungo)
CANALMOZ – 01.06.2018
A inscrição devia ter início amanhã, 1 de Junho, com duração de quinze dias, mas vai realizar-se de 15 a 30 de Junho.
A CNE adiou também o período da indicação dos mandatários de candidaturas e a sua credenciação, que também vai decorrer de 15 a 30 de Junho. As mudanças devem-se à alteração verificada no calendário do recenseamento eleitoral. A informa ção foi divulgada, ontem, quinta-feira, em conferência de imprensa, pelo porta-voz do órgão, Paulo Cuinica. “A CNE fez o ajustamento do calendário das eleições autárquicas de 10 de Outubro, para conformar o calendário com a alteração do período de recenseamento, nomeadamente no que diz respeito à inscrição de proponentes e à apreciação de candidaturas”, disse Paulo Cuinica e acrescentou que o que fica alterado no calendário é o período de inscrição dos proponentes, que passa de 1 a 15 de Junho para 15 a 30 de Junho. A indicação dos mandatários dos proponentes e a sua credenciação passa a decorrer em simultâneo com a inscrição.
Esta pode ser a primeira alteração ao calendário eleitoral, tendo em conta as mudanças feitas com a revisão da Constituição da República, que vão forçar a revisão da Lei Eleitoral, devido à introdução do sistema de lista única para eleição dos membros de Assembleia Municipal e do presidente do Conselho Municipal, em que o cabeça-de-lista passa a ser presidente do Conselho Municipal.
A revisão da Lei Eleitoral deve ter em conta o calendário eleitoral, nos termos do qual a apresentação de candidaturas deve decorrer de 21 a 27 de Julho. A Assembleia da República vai reunir-se em Sessão Extraordinária, em Junho, para aprovar a nova legislação eleitoral. A aprovação e promulgação da nova lei antes de 21 de Junho evita uma nova alteração ao calendário eleitoral.
Sobre as possíveis implicações no calendário eleitoral para responder à revisão da Constituição, Paulo Cuinica declarou: “Nós estamos a trabalhar com a legislação que está em vigor. Quando chegar essa legislação, vamos ter que nos ajustar a essa nova legislação.
Todos os agentes políticos vão ter que se ajustar a essa nova legislação, mas, olhando para o período que se propõe, provavelmente não haverá grandes alterações. Se for necessário voltar-se a ajustar o calendário a essa nova realidade, assim será”. (André Mulungo)
CANALMOZ – 01.06.2018
Posted at 10:26 in Eleições 2018 Autarquicas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
FIFA 2018 RUSSIA - Calendário dos jogos do Campeonato do Mundo de Futebol
Faça o download de um calendário(em excel) onde basta colocar os resultados de cada jogo e as classificações vão aparecendo automaticamente.
A 14 de Junho acontece o primeiro jogo.
OBS: As horas indicadas são de Brasília(Brasil). Para Portugal acrescente 4 horas e para Moçambique 6 horas.
Baixe aqui Download Cópia de tabela-da-copa-fifa-2018
31/05/2018
Televisão de Moçambique exibe vídeo de grupo a reivindicar decapitação de 10 pessoas
A Televisão de Moçambique (TVM) exibiu um vídeo com um grupo armado e de cara tapada que, segundo o canal, reivindica a decapitação de 10 pessoas no norte do país, numa mensagem em que cita Alá.
Fonte da direção de informação da TVM, contactada pela Lusa, indicou que o vídeo foi obtido junto das autoridades que investigam o caso.
A mensagem, com duração de 30 segundos, acompanhada pela legenda “alegado grupo terrorista”, foi emitida na noite de quarta-feira no Telejornal, um dos principais noticiários diários do canal.
LUSA – 31.05.2018
NOTA: Se esteve, neste momento já não está disponibilizado, na página da TVM, o telejornal do dia 30, embora lá encontremos o do dia 29, como o Jornal da Tarde de 31.05.2018. Será que se esqueceu de pedir autorização para o difundir?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 23:31 in Defesa, Informação - Imprensa, Justiça - Polícia - Tribunais, RADIO - TV | Permalink | Comments (0) ShareThis
O último construtor do Império(Repetição)
Foi o construtor da barragem de Cahora-Bassa, assim lhe tendo cabido a sina de ter posto de pé o mais colossal empreendimento deixado por Portugal em todo o seu antigo império, que, segundo os cronistas da época, foi de Sofala a Meaco, no Japão, considerado apogeu máximo na imensidão do Índico. Em 1968, quando Castro Fontes, director do Gabinete do Plano do Zambeze e colega de profissão, o sondou sobre a hipótese de ir construir Cabora-Bassa (grafia então usada), isso só podia ter-lhe acontecido a ele. Tinha apreciável experiência na construção de barragens, incluindo a de Cambambe, no rio Cuanza, em Angola, inaugurada em 1963, por Américo Tomás.
Fernando Braz de Oliveira, de ofício engenheiro civil, tem 83 anos. Sabia dele e um pouco da história da sua vida. Mas não o conhecia nem sabia do seu paradeiro. Está aqui, à minha frente, na casa que habita em Sesimbra, incrustada numa encosta virada ao mar e àquela imensidão azul que leva para longe os pensamentos que marcaram a sua vida. Para o Songo, do outro lado do mundo.
Vê-se que já lhe falta vigor e viço à memória. Tem com ele uma espécie de «anjo-da-guarda», que lhe colmata as insuficiências e vela pelo seu bem-estar: Bacar, um negro cor de chocolate, nascido na ilha de Moçambique, com a particularidade de ser muçulmano - o que o distingue mas ao mesmo tempo o aparenta com um patrão que, sendo católico, viveu uma vida inteira de convivência ecuménica. Bacar também vale naquele cenário como uma reminiscência viva de Moçambique - representado em muitas evocações plásticas espalhadas pela casa.
Posted at 22:53 in Cahora-Bassa - Vale do Zambeze, Letras e artes - Cultura e Ciência, Opinião, Portugal | Permalink | Comments (0)ShareThis
STV-Jornal da Noite 31.05.2018(video)
Não editado pela STV-SOICO
Al Shabaab moçambicano reivindica em vídeo ataques em Cabo Delgado
Escrito por Adérito Caldeira em 31 Maio 2018
Um grupo de cinco homens com vestes civis, turbante cobrindo a cara e empunhado fuzis de assalto Avtomat Kalashnikov modelo de 1947 (AK47) aparecem num vídeo divulgado pelas redes sociais reivindicado a autoria dos ataques que aterrorizam o Norte da província de Cabo Delgado.
No vídeo divulgado pela Televisão de Moçambique nesta quarta-feira 30 um dos homens, aparentemente o líder, afirma que: “Hoje estivemos em Mocímboa da Praia, e a iniciativa nós começamos assim aos poucos mas insha Allah acreditamos que Allah vai nos ajudar, porque como ele disse (palavras em árabe)”.
“ Allah vai nos dar apoio, não precisamos de apoio de ninguém porque somos capazes. Mas porque nós já iniciamos assim, insha Allah confiamos nele e Allah sempre nos estará a olhar”, acrescenta o homem que, segundo com a televisão pública, será um dos membros do movimento denominado Al Shabaab que tem protagonizado ataques a civis e enfrentado as Forças de Defesa e Segurança desde Outubro de 2017.
Apesar de aparentemente defenderem a ideologia islâmica um estudo de académicos moçambicanos sobre o grupo constatou que estes homens embora tenham propaganda baseada na recuperação dos valores tradicionais do islão, o islão actualmente praticado nas mesquitas dos distritos do Norte da província de Cabo Delgado “está degradado por isso eles entram nas mesquitas calçados e munidos de armas brancas, acabando por criar os seus próprios espaços de culto”.
O Sheik Saide Habibe, co-autor a par de João Pereira e de Salvador Forquilha, afirmou no lançamento do estudo, no passado dia 22, que este movimento apregoa o não reconhecimento da estrutura do Estado e a implantação da sharia da maneira como eles concebem.
“Acabar com a relação do Estado com as lideranças das mesquitas e impedir a educação formal das crianças e substituí-la por uma educação corânica, mudar atitudes e comportamentos das mulheres em termos de indumentária, para eles qualquer muçulmano, principalmente aqueles líderes religiosos estão na linha de fogo, são principais alvos deles”, aprofundou Saide Habibe.
@VERDADE – 31.05.2018
Um grupo de cinco homens com vestes civis, turbante cobrindo a cara e empunhado fuzis de assalto Avtomat Kalashnikov modelo de 1947 (AK47) aparecem num vídeo divulgado pelas redes sociais reivindicado a autoria dos ataques que aterrorizam o Norte da província de Cabo Delgado.
No vídeo divulgado pela Televisão de Moçambique nesta quarta-feira 30 um dos homens, aparentemente o líder, afirma que: “Hoje estivemos em Mocímboa da Praia, e a iniciativa nós começamos assim aos poucos mas insha Allah acreditamos que Allah vai nos ajudar, porque como ele disse (palavras em árabe)”.
“ Allah vai nos dar apoio, não precisamos de apoio de ninguém porque somos capazes. Mas porque nós já iniciamos assim, insha Allah confiamos nele e Allah sempre nos estará a olhar”, acrescenta o homem que, segundo com a televisão pública, será um dos membros do movimento denominado Al Shabaab que tem protagonizado ataques a civis e enfrentado as Forças de Defesa e Segurança desde Outubro de 2017.
Apesar de aparentemente defenderem a ideologia islâmica um estudo de académicos moçambicanos sobre o grupo constatou que estes homens embora tenham propaganda baseada na recuperação dos valores tradicionais do islão, o islão actualmente praticado nas mesquitas dos distritos do Norte da província de Cabo Delgado “está degradado por isso eles entram nas mesquitas calçados e munidos de armas brancas, acabando por criar os seus próprios espaços de culto”.
O Sheik Saide Habibe, co-autor a par de João Pereira e de Salvador Forquilha, afirmou no lançamento do estudo, no passado dia 22, que este movimento apregoa o não reconhecimento da estrutura do Estado e a implantação da sharia da maneira como eles concebem.
“Acabar com a relação do Estado com as lideranças das mesquitas e impedir a educação formal das crianças e substituí-la por uma educação corânica, mudar atitudes e comportamentos das mulheres em termos de indumentária, para eles qualquer muçulmano, principalmente aqueles líderes religiosos estão na linha de fogo, são principais alvos deles”, aprofundou Saide Habibe.
@VERDADE – 31.05.2018
Posted at 12:01 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos, Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0) ShareThis
História da Integração Regional Transnacional – Paulo Figueira
O artigo que me cabe analisar é de Allen Isaacman e Barbara Isaacman, publicado em 2015 no Journal of Southern African Studies e denomina-se “Extending South Africa’s Tentacles of Empire: The Deterritorialisation of Cahora Bassa Dam”. Allen Isaacman é professor regente na Universidade de Minnesota, Estados Unido, tirou o seu doutoramento na Universidade de Wisconsin e foi distinguido em 2013 pela African Studies Association pelos seus contributos ao desenvolvimento do Continente1. Barbara Isaaacman é uma antiga advogada criminal, que viveu e lecionou em Moçambique na Universidade Eduardo Mondlane. Publicou nos finais dos anos 70, Women, the Law and Agrarian Reform in Mozambique obra pela qual se tornou conhecida e é uma investigadora independente2.
Ao longo do artigo os autores demonstram como a barragem de Cahora Bassa foi inicialmente projetada para ser um projeto de desenvolvimento, que permitiria o controlo de cheias e estimularia a agricultura, a silvicultura, mineração, produção industrial, mas ao invés se transformou num projecto de segurança, quer para Portugal, quer para a África do sul.
Leia aqui Download MEHEA - História da Integração Regional Transnacional - Paulo Figueira
Ao longo do artigo os autores demonstram como a barragem de Cahora Bassa foi inicialmente projetada para ser um projeto de desenvolvimento, que permitiria o controlo de cheias e estimularia a agricultura, a silvicultura, mineração, produção industrial, mas ao invés se transformou num projecto de segurança, quer para Portugal, quer para a África do sul.
Leia aqui Download MEHEA - História da Integração Regional Transnacional - Paulo Figueira
NOTA: É pena o autor deste artigo não ter também lido CABORA BASSA-A última epopeia de A. Santos Martins(2005).
Terrorismo em crescendo no norte de Cabo Delgado e a “tranquilidade” das autoridades
A Polícia está a subestimar um problema sério - António Frangoulis, antigo dirigente da Polícia, diz que um dos maiores defeitos é a nega de aceitarmos o pensamento dos técnicos em relação a determinada matéria
- “E quando tiver já barbas brancas e de arame é quando vamos começar a tentar andar atrás do prejuízo” – idem
Numa altura em que já se está a perder a conta do número dos assassinatos, maioritariamente por decapitação e com a acção do grupo a fazer-se sentir já, em pelo menos, quatro distritos do norte de Cabo Delgado, continua a criar estranheza e um verdadeiro mal-estar a forma como as Forças de Defesa e Segurança (FDS) têm estado a lidar com o assunto do “terrorismo” com inspiração islâmica no norte da província de Cabo Delgado. Uma das questões, que muito se critica, é o facto de as FDS continuarem a insistir numa aparente tranquilidade e com um discurso retórico que tenta dar uma imagem de que “está tudo bem por aquelas bandas”, quando, na verdade, toda a província de Cabo Delgado está a viver um clima de terror, incerteza e insegurança.
Em relação a esta postura, que em muito preocupa a sociedade, o mediaFAX falou, esta quarta-feira, com António Frangoulis, antigo director da Polícia de Investigação Criminal ao nível da cidade de Maputo. Questionado, Frangoulis não hesitou em associar o discurso da Polícia à busca do que considera “exercício da autoridade do Estado”, sem entretanto, assegurar condições para que esse discurso seja coerente racional e justo. Para este antigo dirigente da corporação moçambicana, há claramente uma tentativa de “subestimar um problema que é tão sério e grave” e que, a olhos vistos, cresce e torna-se, a cada dia que passa, mais bicudo.
Um dos discursos recorrentes das FDS, particularmente emitido pelo porta-voz da Polícia da República de Moçambique, Inácio Dina, é que as actuais ocorrências em Cabo Delgado não podem ser, necessariamente, associadas à ocorrência de 5 de Outubro de 2017, dia em que pela primeira vez e de forma estrategicamente organizada, um grupo de cerca de 30 terroristas atacou posições da Polícia no distrito da Mocímboa da Praia.
Entende a Polícia que maior parte das situações que tem estado a ocorrer não são, necessariamente, ataques terroristas, mas sim acções criminais comuns. Nisto, analistas, tanto nacionais, assim como estrangeiros, não conseguem dissociar o fenómeno 5 de Outubro, com a actual insegurança e terror que se vive no norte de Cabo Delgado. Ou seja, estes últimos entendem que se está sim perante grupo ou grupos que agem dentro da mesma linhagem de objectivos.
- “E quando tiver já barbas brancas e de arame é quando vamos começar a tentar andar atrás do prejuízo” – idem
Numa altura em que já se está a perder a conta do número dos assassinatos, maioritariamente por decapitação e com a acção do grupo a fazer-se sentir já, em pelo menos, quatro distritos do norte de Cabo Delgado, continua a criar estranheza e um verdadeiro mal-estar a forma como as Forças de Defesa e Segurança (FDS) têm estado a lidar com o assunto do “terrorismo” com inspiração islâmica no norte da província de Cabo Delgado. Uma das questões, que muito se critica, é o facto de as FDS continuarem a insistir numa aparente tranquilidade e com um discurso retórico que tenta dar uma imagem de que “está tudo bem por aquelas bandas”, quando, na verdade, toda a província de Cabo Delgado está a viver um clima de terror, incerteza e insegurança.
Em relação a esta postura, que em muito preocupa a sociedade, o mediaFAX falou, esta quarta-feira, com António Frangoulis, antigo director da Polícia de Investigação Criminal ao nível da cidade de Maputo. Questionado, Frangoulis não hesitou em associar o discurso da Polícia à busca do que considera “exercício da autoridade do Estado”, sem entretanto, assegurar condições para que esse discurso seja coerente racional e justo. Para este antigo dirigente da corporação moçambicana, há claramente uma tentativa de “subestimar um problema que é tão sério e grave” e que, a olhos vistos, cresce e torna-se, a cada dia que passa, mais bicudo.
Um dos discursos recorrentes das FDS, particularmente emitido pelo porta-voz da Polícia da República de Moçambique, Inácio Dina, é que as actuais ocorrências em Cabo Delgado não podem ser, necessariamente, associadas à ocorrência de 5 de Outubro de 2017, dia em que pela primeira vez e de forma estrategicamente organizada, um grupo de cerca de 30 terroristas atacou posições da Polícia no distrito da Mocímboa da Praia.
Entende a Polícia que maior parte das situações que tem estado a ocorrer não são, necessariamente, ataques terroristas, mas sim acções criminais comuns. Nisto, analistas, tanto nacionais, assim como estrangeiros, não conseguem dissociar o fenómeno 5 de Outubro, com a actual insegurança e terror que se vive no norte de Cabo Delgado. Ou seja, estes últimos entendem que se está sim perante grupo ou grupos que agem dentro da mesma linhagem de objectivos.
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Hermínio Morais nomeado administrador não executivo da “Petromoc”
Hermínio Morais é major-general na reserva da Renamo.
Num claro expediente de “inclusão” e de acomodação, o Instituto de Gestão das Participações do Estado (EGEPE) mandou nomear Hermínio Morais, major-general na reserva da Renamo, para o cargo de administrador não executivo da “Petromoc”.
O CANALMOZ teve acesso a uma nota interna da “Petromoc” que oficializa a remodelação do Conselho da Administração da empresa petrolífera nacional, e há novas caras. Eis a composição do novo Conselho de Administração da “Petromoc”: Hélder Chambisse é o novo presidente do Conselho da Administração, substituindo Fernando Odebe Uache, que era presidente da Comissão Executiva; Mário Vicente Sitoe é administrador financeiro; Sérgio Pedro Fotine é administrador comercial; José Kamphambe é administrador comercial; Xarzada Zeelemena Orá é administradora não executiva; Hermínio Morais é administrador não executivo.
Gideon Ndobe é presidente da Mesa da Assembleia-Geral. Cezerilo Matuce é presidente do Conselho Fiscal. Armando Artur, ex-ministro da Cultura, e que já lá estava como administrador não executivo, é vogal do Conselho Fiscal.
Cessam funções: Fernando Odebe Uache, que era presidente da Comissão Executiva; Ovídio Sarmento Rodolfo, que era administrador das Operações; Piedade Macamo, que estava no Conselho Fiscal. (Matias Guente)
CANALMOZ – 31.05.2018
Num claro expediente de “inclusão” e de acomodação, o Instituto de Gestão das Participações do Estado (EGEPE) mandou nomear Hermínio Morais, major-general na reserva da Renamo, para o cargo de administrador não executivo da “Petromoc”.
O CANALMOZ teve acesso a uma nota interna da “Petromoc” que oficializa a remodelação do Conselho da Administração da empresa petrolífera nacional, e há novas caras. Eis a composição do novo Conselho de Administração da “Petromoc”: Hélder Chambisse é o novo presidente do Conselho da Administração, substituindo Fernando Odebe Uache, que era presidente da Comissão Executiva; Mário Vicente Sitoe é administrador financeiro; Sérgio Pedro Fotine é administrador comercial; José Kamphambe é administrador comercial; Xarzada Zeelemena Orá é administradora não executiva; Hermínio Morais é administrador não executivo.
Gideon Ndobe é presidente da Mesa da Assembleia-Geral. Cezerilo Matuce é presidente do Conselho Fiscal. Armando Artur, ex-ministro da Cultura, e que já lá estava como administrador não executivo, é vogal do Conselho Fiscal.
Cessam funções: Fernando Odebe Uache, que era presidente da Comissão Executiva; Ovídio Sarmento Rodolfo, que era administrador das Operações; Piedade Macamo, que estava no Conselho Fiscal. (Matias Guente)
CANALMOZ – 31.05.2018
Posted at 11:11 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)ShareThis
Palma sob terror
Na província de Cabo Delgado
Nyusi e Frelimo entretidos com a festa do aniversário do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique, realizado em Matchedje.
Comissão Política do partido Frelimo não se pronuncia sobre o terror em Palma, estando ocupada a tratar dos preparativos da festa dos 50 anos do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique.
Enquanto na imprensa internacional se noticia com preocupação a acção macabra do grupo terrorista não identificado que matou dez pessoas à catanada, no dia 27 de Maio, em Palma, mais precisamente na aldeia “25 de Junho” e na aldeia de Monjane, as autoridades nacionais continuam em silêncio. O Conselho de Ministros esteve reunido, na terça-feira, mas não abordou o assunto, e nenhum dirigente do Estado se pronunciou publicamente sobre os acontecimentos em Palma. Na quarta-feira, Filipe Nyusi dirigiu a reunião da Comissão Política do partido Frelimo, a qual, segundo o comunicado que foi distribuído à imprensa no final, também não abordou a questão de Palma.
Segundo o comunicado da Comissão Política do partido Frelimo, a reunião de quarta-feira abordou quatro assuntos: a aprovação, na generalidade e por unanimidade, da proposta da revisão da Constituição pela Assembleia da República; as deslocações de Filipe Nyusi às províncias de Sofala e Nampula, no quadro das visitas presidenciais; a participação da população nos locais visitados; os preparativos das cerimónias da passagem dos 50 anos da realização do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique, que se vão realizar no dia 25 de Julho, no posto administrativo de Matchedje, distritode Sanga, província do Niassa.
No comunicado não há qualquer referência aos dez moçambicanos que foram decapitados pelo grupo de terroristas que está a semear pânico na província Cabo Delgado, o que mostra algum desnorte do Governo e da Comissão Política do partido Frelimo.
A Polícia informou, na terça-feira, através do porta-voz Comando-Geral, Inácio Dina, que foram mortos dez cidadãos, com recurso a catanas, e que, entre as vítimas, há dois adolescentes, com 15 e 16 anos de idade, que andavam à procura de ratazanas, que são utilizadas para alimentação.
Segundo a Polícia, os ataquesocorreram em aldeias diferentes. Cinco vítimas, incluindo os dois adolescentes, foram atacadas na aldeia “25 de Junho”. As outras cinco vítimas foram atacadas na aldeia de Monjane. A Polícia diz que reforçou o efectivo nas duas aldeias e nos arredores e que está no encalço dos autores dos ataques. Disse também que a vida está a voltar à normalidade nas duas aldeias.
CANALMOZ – 31.05.2018
NOTA: Absoluta insensibilidade da Frelimo e do Governo moçambicano. Que diferença entre o que se passou na Bélgica e o que se passa em Moçambique. Segundo Matsinhe na “Frelimo era uso fuzilar”, pelo que a insensibilidade demonstrada não é de admirar, desde que “eles” continuem no bem bom! E O POVO, O “PATRÃO”, NADA DIZ, NADA FAZ?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Nyusi e Frelimo entretidos com a festa do aniversário do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique, realizado em Matchedje.
Comissão Política do partido Frelimo não se pronuncia sobre o terror em Palma, estando ocupada a tratar dos preparativos da festa dos 50 anos do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique.
Enquanto na imprensa internacional se noticia com preocupação a acção macabra do grupo terrorista não identificado que matou dez pessoas à catanada, no dia 27 de Maio, em Palma, mais precisamente na aldeia “25 de Junho” e na aldeia de Monjane, as autoridades nacionais continuam em silêncio. O Conselho de Ministros esteve reunido, na terça-feira, mas não abordou o assunto, e nenhum dirigente do Estado se pronunciou publicamente sobre os acontecimentos em Palma. Na quarta-feira, Filipe Nyusi dirigiu a reunião da Comissão Política do partido Frelimo, a qual, segundo o comunicado que foi distribuído à imprensa no final, também não abordou a questão de Palma.
Segundo o comunicado da Comissão Política do partido Frelimo, a reunião de quarta-feira abordou quatro assuntos: a aprovação, na generalidade e por unanimidade, da proposta da revisão da Constituição pela Assembleia da República; as deslocações de Filipe Nyusi às províncias de Sofala e Nampula, no quadro das visitas presidenciais; a participação da população nos locais visitados; os preparativos das cerimónias da passagem dos 50 anos da realização do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique, que se vão realizar no dia 25 de Julho, no posto administrativo de Matchedje, distritode Sanga, província do Niassa.
No comunicado não há qualquer referência aos dez moçambicanos que foram decapitados pelo grupo de terroristas que está a semear pânico na província Cabo Delgado, o que mostra algum desnorte do Governo e da Comissão Política do partido Frelimo.
A Polícia informou, na terça-feira, através do porta-voz Comando-Geral, Inácio Dina, que foram mortos dez cidadãos, com recurso a catanas, e que, entre as vítimas, há dois adolescentes, com 15 e 16 anos de idade, que andavam à procura de ratazanas, que são utilizadas para alimentação.
Segundo a Polícia, os ataquesocorreram em aldeias diferentes. Cinco vítimas, incluindo os dois adolescentes, foram atacadas na aldeia “25 de Junho”. As outras cinco vítimas foram atacadas na aldeia de Monjane. A Polícia diz que reforçou o efectivo nas duas aldeias e nos arredores e que está no encalço dos autores dos ataques. Disse também que a vida está a voltar à normalidade nas duas aldeias.
CANALMOZ – 31.05.2018
NOTA: Absoluta insensibilidade da Frelimo e do Governo moçambicano. Que diferença entre o que se passou na Bélgica e o que se passa em Moçambique. Segundo Matsinhe na “Frelimo era uso fuzilar”, pelo que a insensibilidade demonstrada não é de admirar, desde que “eles” continuem no bem bom! E O POVO, O “PATRÃO”, NADA DIZ, NADA FAZ?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 11:04 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
A cruzada da oposição após Dhlakama
EDITORIAL
Se, até há um par de dias, era compreensível que a Renamo viesse a público argumentar que o debate da sucessão e do futuro da Organização não era uma prioridade, com o corpo do líder ainda quente, começamos agora a entrar para uma fase em que esse debate já não se pode catar nem por sentimentalismos funerários nem por cinismo. A vida deve continuar, e a variedade de perguntas que se levantou logo que a morte do presidente da Renamo foi oficializada começa a reivindicar resposta e com alguma legitimidade.
A forma como a Renamo vai gerir o fim do "mito Afonso Dbiakama vai ser determinante para a sua própria sobrevivência como força política relevante. A Renamo viveu, desde a sua criação, com uma identidade circunscrita ás habilidades do seu dirigente, num sistema de "one man show", que conciliava dos dons da politica à sua maneira e os dons mihtares, com os quais forçava consensos e respeito com a situação.
Se o general Ossufo Momade reúne essas duas condições numa só pessoa, o tempo vai dizer. Mas, para já, o tempo é o recurso que se apresenta menos disponível para a própria Renamo.
Do nosso ponto de vista, a escolha do general Ossufo Momade, transitória ou não, só tem mento de for a única entidade capaz de garantir articulação entre Maputo e a Serra da Gorongosa. Se for por aí, tudo bem. Mas se Ossufo Momade for para responder a questões de exposição como a nova cara da Renamo também na frente politica e intelectual, então podemos afirmar com alguma segurança que o processo após Dbiakama começou com um pecado original
Poderá argumentar-se que Ossufo Momade, em termos de percurso ou carreira politica, tem a bagagem aceitável e o mínimo exigível, respondendo em sua defesa o facto de ter sido secretáho-geral da Organização e com experiência parlamentar, mas falta ao general Ossufo Momade o mais importante para um dirigente politico do século actual: o carisma político e o necessário dom da oratória capaz de trazer uma nova mensagem.
Posted at 10:38 in Eleições 2018 Autarquicas, Opinião | Permalink | Comments (0) ShareThis
30/05/2018
STV-Jornal da Noite 30.05.2018(video)
Não editado pela STV.SOICO
Polícia confirma crime “hediondo” em Cabo Delgado mas tranquiliza que o Al Shabaab em Moçambique está “bastante fragilizado”
O Comando-Geral Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou a decapitação de dez cidadãos na província de Cabo Delgado pelo chamado Al-Shabaab. “Destas vítimas temos dois que eram adolescentes” lamentou Inácio Dina, o porta-voz da instituição, que afirmou que a situação nos distritos é estacionária porque as Forças de Defesa e Segurança estão a “caçar este grupo de indivíduos que está bastante fragilizado”, no entanto não sabe quantos membros restam deste movimento que académicos apuraram ter recrutado centenas de jovens. Entretanto o Governador da provinha nortenha revelou que o grupo fez outras duas vítimas mortais no distrito de Macomia.
A PRM confirmou a ocorrência de crimes hediondos nas aldeias de 25 de Junho e Monjane, no distrito de Palma, a Norte da província de Cabo Delgado sem no entanto conseguir precisar quando efectivamente aconteceram. “Há relatos de um ter sido às 22 horas e outro ter sido ao amanhecer (do dia 26 para 27) mas ainda estamos a apurar”, disse a jornalistas em Maputo o porta-voz da corporação.
“Foram sim dez concidadãos que perderam a vida com recurso a armas brancas, especificamente do tipo catana. Lamentar que destas vítimas temos dois que eram adolescentes, de 15 e 16 anos, que se estavam a deslocar para a sua actividade de busca de alimento, nas zonas rurais tem-se buscado ratazanas. Este grupo de criminosos encontrou estes dois adolescentes e retirou-lhes a vida”, detalhou Dina.
Posted at 20:39 in Antropologia - Sociologia, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
PERY DE LINDE E O PARQUE NACIONAL DA GORONGOSA(Repetição)
Entre as diversas datas das mais destacadas acções nacionais e estrangeiras em benefício da conservação da vida animal selvagem tem posição digna de citação especial a de 18 de Outubro de 1920.
João Pery de Linde, governador do Território de Manica e Sofala, sob a administração da Companhia de Moçambique, de 15 de Novembro de 1910 a 7 de Maio de 1913, de 21 de Junho de 1914 a 16 de Junho de 1919 e ainda de 28 de Junho de 1920 a 7 de Julho de 1921, ao olhar a herança única de zonas de fauna selvagem, soube antecipar-se à progressiva destruição, mandando, com elevada sensibilidade e superior visão, por despacho, reservar parte da circunscrição da Gorongosa para usufruto único dessa fauna, e determinou aos respectivos Serviços de Agrimensura o estudo da área e consequente demarcação.
O governante, interessado e activo, concretiza em breve a sua tão inteligente quão excepcional e oportuna iniciativa, criar.do, através da Ordem de Serviço n." 4178, publicada no Boletim Oficial n.º 6 da Companhia de Moçambique, datada de 2 de Março de 1921, «uma reserva de caça com a área de cerca do 1000 km3 para assegurar a protecção da fauna e da flora existentes na circunscrição da Gorongosa».
É de salientar que Pery de Linde ultrapassou o seu pensamento inicial, só por si tão digno como construtivo, valorizando-o, ou antes, completando-o, pois tornou extensiva à flora a mesma protecção.
Francisco Chigogoro desmente "Dossier & Factos"
Ao Director do Jornal Dossiers & Factos
Senhor Serôdio Towo
Francisco Chigogoro, referenciado na edição 267 do vosso jornal como um dos políticos que se encontra em desacordo com a direcção do MDM, na pessoa do Senhor Daviz Simango, presidente da organização política a que eu pertenço. Sobre este assunto (Dívidas e pecados políticos de Daviz) tenho os esclarecimentos seguintes:
- A vossa fonte não me consultou sobre os supostos problemas a que fez menção;
2. Citou o meu nome sem ouvir a minha opinião ou ponto de vista, limitando-se a meter toda a gente no mesmo saco a fim conferir alguma credibilidade às suas mentiras;
- Eu não pertenço a nenhuma ala ou grupo de fofocas ou de descontentes e agitadores;
- Eu sou membro fundador do MDM e estou em pleno acordo com o meu partido e me solidarizo completamente com a direcção máxima do MDM
- O Dossiers & Factos pecou gravemente ao escrever e publicar sem ouvir as partes envolvidas na estória, tal como recomendam as boas práticas de um jornalista sério e equilibrado.
Senhor Director,
Eu exijo que o meu posicionamento venha a ser publicado na vossa próxima edição.
Respeitosamente,
Francisco Chigogoro
Maputo, 30 de Maio de 2018.
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