Eduardo Knapp - 28.jan.2016/Folhapress | ||
Fachada do edifício Solaris, no Guarujá (SP) |
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A Polícia Federal concluiu o relatório a respeito da Operação Triplo X,
fase da Lava Jato, e indiciou Nelci Warken, dona de um tríplex no
condomínio Solaris em Guarujá, supostamente ligado ao ex-presidente
Lula.
Também foram indiciados funcionários da Mossack Fonseca no Brasil. No total, foram indiciadas sete pessoas.
Além de Nelci, estão na lista Maria Mercedes Quijano (chefe do escritório da Mossack no país), os funcionários do escritório de advocacia panamenho Luís Fernando Hernandez Rivero, Ricardo Honorio Neto, Renata Pereira Britto e Rodrigo Hernandez. O empresário Ademir Auada também aparece.
O relatório foi tornado público pelo juiz federal Sergio Moro, da Lava Jato, nesta quinta-feira (18). O ex-presidente Lula e seus familiares não foram indiciados.
A fase Triplo X foi deflagrada em janeiro para investigar suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção relacionadas ao condomínio Solaris, de responsabilidade da empreiteira OAS.
Na ocasião, os investigadores afirmaram que havia indícios de que os envolvidos haviam usado os serviços da Mossack Fonseca para abrir offshores (empresas no exterior) para ocultar o dinheiro envolvido no crime.
No condomínio, fica o apartamento tríplex cuja opção de compra pertencia à ex-primeira-dama Marisa Letícia.
O imóvel ainda é objeto de outra frente de apuração específica sobre a suposta concessão de vantagens indevidas por empreiteiras envolvidas na Lava Jato ao ex-presidente. A suspeita é a de que a OAS tenha reformado o triplex reservado a Marisa Letícia para beneficiar a família de Lula.
O ex-presidente nega que tenha sido favorecido ilicitamente por empreiteiras.
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