Agora o Planato de Mueda fica em Gaza! É a nova geografia de Moçambique.
Sinceramente não concordo com alguns dos títulos que se atribuem às pessoas. O Mediafax decidiu apelidar o novo Director-geral do SISE de “baixinho do planalto”. Moçambique possui muitos planaltos entre eles:
1. Planalto Moçambicano – nas províncias da Zambézia e Nampula;
2. Planalto de Niassa – na província de Niassa, ao longo do lago Niassa;
3. Planalto de Mueda- na província de Cabo Delgado;
4. Planalto de Chimoio na província de Manica;
5. Planalto de Marávia - na província de Tete junto a fronteira com Zimbabwe;
6. Planalto de Angónia – na província de Tete junto a fronteira com Malawi.
1. Planalto Moçambicano – nas províncias da Zambézia e Nampula;
2. Planalto de Niassa – na província de Niassa, ao longo do lago Niassa;
3. Planalto de Mueda- na província de Cabo Delgado;
4. Planalto de Chimoio na província de Manica;
5. Planalto de Marávia - na província de Tete junto a fronteira com Zimbabwe;
6. Planalto de Angónia – na província de Tete junto a fronteira com Malawi.
O general Lagos Lidimo é natural de Mueda e não de todo Planalto. Ele é general de 4 estrelas na reserva até a data da sua nomeação. Ele é antigo combatente da luta de libertação de Moçambique. Assumiu desde a luta armada de libertação, vários cargos de comando militar, desde comandante até chegar a Chefe de Estado-maior general das Forças Armadas de Moçambique, cargo que ocupou desde 1993-2008. Esteve na formação das forças conjuntas durante o processo de paz, Comandante da contrainteligência militar, comandante da guarda-fronteira.
Se estavámos a procura do mérito, temos do General Lidimo alguém que conhece o país todo a pé, de carro e de avião; alguém que conhece as peripécias da segurança interna e externa; alguém com experiência profissional e de gestão especializada; um veterano da Luta de Libertação. Ainda por cima coadjuvado por alguém que conhece a casa e seus contornos; Sérgio Cabá, meu Professor de História Política e Militar de Moçambique na UEM (2002-2003)
Toda essa experiência foi sacrificada para se olhar apenas ao facto de ser conterrâneo do Presidente Nyusi. Este país já teve dois Presidentes provenientes da mesma província; três presidentes da Frelimo são originários da mesma província. Três Primeiros-ministros deste país são da mesma província; os dois últimos governadores do Banco de Moçambique são da mesma província. Isso tudo nunca constituiu problema até o Presidente Nyusi nomear alguém da mesma província, ainda por cima com créditos firmados.
Pior, associar o homem à origem “montanhosa” está longe de ser um elogio ou reconhecimento. Assim, o General Lidimo, em vez de ser apreciado pelos seus créditos, é apreciado pela sua origem “montanhosa” e pela sua estatura baixa. Porém, a constituição condena a discriminação de cidadãos pelo critério da sua origem ou aparência. Um outro jornal teria apelidado o novo Governador de Banco de Moçambique de "Xerife“ de Washington”. Quer dizer, não poderia ser um moçambicano a trabalhar arduamente para reverter a situação monetária do país. Tinha que ser alguém de Washington, ainda por cima Xerife (polícia).
Alcunhas e alcunhas. Umas documentam o que somos de facto. Outras, os nossos preconceitos.
Alcunhas e alcunhas. Umas documentam o que somos de facto. Outras, os nossos preconceitos.
Sem comentários:
Enviar um comentário