História de amor e espanto!
-Ministério Público já deduziu a acusação
Na estóica tentativa de perceber os contornos que ditaram o assassinato macabro de Valentina da Luz Guebuza, o Diário de Notícias (DN) trás hoje alguns excertos empacotados naquilo que é a acusação do Ministério Público (MP).
Este processo inaugura o ano. Matriculado como Querela n°01/2017/ 10ª, os autos têm, por outro lado, a particularidade de terem sido velozes.
Obedeceram uma velocidade não comum nos tribunais moçambicanos, onde os processos empoeiram-se enquanto os funcionários fazem vista grossa. Há-de ser este, provavelmente, um dos grandes problemas da sobrelotação das cadeias moçambicanas.
Recorde-se que Valentina Guebuza foi assassinada no dia 14 de Dezembro do ano de ontem. A 23 deste Janeiro prestes a findar, o MP já tem a acusação.
É escusado dizer que a justiça moçambicana ainda protege os mais fortes? A vítima era filha do então Presidente da República, Armando Guebuza.
Fazendo jus aos autos, a convivência sã entre Zófimo Muiuane e Valentina Guebuza há muito que se havia esboroada, apesar de a generalidade das pessoas que mantinham laços familiares e de amizade com o casal perceber o contrário.
O ciúme de Zófimo Muiuane era doentio. Tanto assim é que em certa data de Outubro do ano passado, ele “arrancou e escondeu o passaporte, bilhete de viagem e telemóveis da vítima (Valentina Guebuza), como forma de inviabilizar a sua viagem para a República da África do Sul, onde tinha uma consulta médica marcada”.
Zófimo procedeu daquela forma porque “insinuou que na referida viagem, a vítima ia se encontrar com alguém (entenda-se amante) “.
O ora arguido, segundo os autos, chegou ao extremo de obrigar ao ajudante de campo de Valentina Guebuza para que lhe prestasse toda a informação relativa aos locais onde ela frequentava e os nomes das pessoas com quem se encontrava. Era comum, Zófimo Muiuane trancar Valentina no quarto.
Foi isto tudo que levou com que Valentina Guebuza procurasse os seus padrinhos, nomeadamente Amosse Baltazar Zita e Feliciano Gundana, para que tentassem aplacar o seu esposo.
Efectivamente, os padrinhos anuíram ao pedido. E porque Zófimo Muiuane já tinha na sua agenda uma viagem para o Japão, adiou-se o encontro. Mas a 11 de Dezembro de 2016 ele regressou e foi a própria Valentina que ligou aos padrinhos lhes informando que o esposo já estava de regresso a Maputo.
Os padrinhos ligaram para Zófimo e combinou-se que o referido encontro seria na residência do casal, algures na Polana Cimento, por volta das 18 horas do dia 14 de Dezembro.
Os padrinhos, à data e hora combinadas, deslocaram-se à casa do casal, fazendo-se acompanhar pelas respectivas esposas. Rezam aos autos, em posse do DN, que ao recebê-los, Zófimo tentou dar entender que estava em paz com a sua esposa. Haveria de ser a própria Valentina a desmenti-lo prontamente.
Do diálogo não houve consensos. Era pretensão de Valentina que o esposo saísse de casa até que as coisas se aquietassem. Zófimo não acolheu a ideia, alegadamente porque não tinha para onde ir já que havia arrendado a sua casa. Ademais, no calor da discussão, chegou, na presença dos padrinhos, a chamar a esposa de “estúpida, maluca e burra”.
A “mediação” dos padrinhos foi até às zero horas. Não houve consensos. Ao despedirem-se do casal, eles recomendaram ao esposo para que fosse mais tolerante e ficou combinado que voltavam numa data a agendar.
Mal os padrinhos viraram as costas, rezam os autos, Zófimo começou a agredir Valentina com recurso às suas mãos. A agressão foi forte e existe um laudo médico que atesta o facto. Posto isto, sacou da sua arma e desferiu-lhe um número incontável de tiros. Sendo que um a atingiu na zona do tórax e outro no abdómen.
Foi a ajudante de campo, de nome Raquel, que ouvindo os disparos correu de imediato ao quarto do casal. Encontrou Valentina a esvair-se em sangue. Segundo ela, a vítima tentou balbuciar qualquer coisa, mas tal não foi possível dada a agonia. Zófimo assistia inerte ao que acabara de fazer.
Raquel, a ajudante de campo, questionou Zófimo o porquê daquele procedimento, ele, segundo o que consta nos autos, respondeu nos seguintes termos: “Já fiz…me ofendeu muito diante dos padrinhos…ela me humilhou…”.
Aliás, asseguram os autos que Zófimo tinha a arma consigo carregada mesmo durante o encontro que tiveram com os padrinhos.
Portanto, este é o “sumo” que se pode extrair da acusação do MP, em que consta ainda que Zófimo, para além da arma com cuja efectuou os disparos fatais, detinha mais quatro, clandestinamente.
Nas buscas realizadas na sua residência e escritórios, foi apreendido um documento de identificação sul-africano, no qual o ora arguido é identificado como Washington Dubi, de nacionalidade sul-africana.
Ao ser questionado sobre aquele documento, Zófimo não foi convincente. Ele respondeu que achou o documento na via pública tendo posteriormente substituído a fotografia do titular, pela sua.
Pelo conjunto do que está aqui exposto, o MP acusa Zófimo Muiuane em autoria moral e material de um crime de homicídio voluntário qualificado; crimes de falsificação de documentos autênticos ou que fazem prova plena; um crime de armas proibidas e um crime de violência psicológica.
Aguarda-se, no entanto, pela instrução contraditória ainda sem data marcada.
(Laurindos Macuácua)
DN – 26.01.2017
Unay Cambuma ·
MUDANÇA DE STATUS QUO
Como ja tinha previsto em Janeiro de 2016, Dlakama mostrou-se mais Homem de Paz do que muitos esperavam. É claro que o Presidente Nyusi vai fazendo o seus jogos políticos de equilíbrio de forma a não perder a sua base de Antigos Combatentes (já que o suporte de Guebuza não o abona muito nesse período de grandes descobertas de dívidas colossias. À Propósito, Paz a alma da Sra Valentina a quem muitos a chamavam de Guibuzina).
Também disse em algum momento que a mente de um general é insondável. E Dlakama é General. Assim, baralhou tudo e todos ao decretar ou concordar em decretar a Tregua até Março. Alguns analistas ficaram sem rumo, os facebokeiros de campanha andam baralhados e sem notícias, alguns até já dão MENTícias (plagiando Chaquatica Nzero). Outros simplesmente sumiram ou tornaram muito irregulares. O Negócio de guerra acabou. Nisso dá a visão curta. É preciso ver longe, muinto longe, cuidando dos espinhos próximos.
Não são só os comunicadores que estão baralhados. Alguns oficiais da FDS que já tinham montado esquemas de henriquecimento ilícito com base em roubo, assassinatos e até desvio da logística militar e de outros bens e fundos do Estado, viram os seus projectos inviabilizados.
A Minha Preocupaçção agora é com os Esquadrões da Morte ou a “terceira força” (sobre este assunto desenvolvo num outro Post). Mas o que se sabe, o fim destes tipos de grupos controlados pelo Estado (pessoas gansterizadas) têm sempre um fim penoso: ou são eliminados por ser uma ameaça ao próprio Estado ou seus mandantes ou eles, vendo o seu “papel” desvalorizado, vão contra o Estado. De todas as formas eles saem a perder. Teremos uma vaga de mortes dos membros de esquadrões de morte se a trégua se transformar numa Paz Perpérua (leam esse livro de Emmanuel Kant – A Paz Perpétua).
Isso acontece quando se Muda o Status Quo.
Tosten Poporopo
PS1. Passou por aqui um Presidente de Turquia que nos deu a ideia de que os seus compariotas que estão em Moçambique com estabelecimentos comerciais ou de ensino são terroristas ou apoiam o terrorismo. Acabou de colocar Moçambique na lista dos países que protege terroistas. Maluco o Homem,né?
PS 2. Este ano é do Congresso do Meu Partido FRELIMO. Vai começar a queima de imagens entre os camaradas. A OJM e a OMM estará numa corrida desenfreda de busca de padrinhos para ser qualquer coisa. O meu conselho é que se evite. Nem sempre dá certo.
PS 3. Uma varredura na contabilidade do Município de Nampula despoleta denúncia de uma MDM corrupta, Gatuna e porca. Os putos foram tramados os se tramaram?
Tosten Poporopo.
Comentários
Benjamim Jose Ribaue Pena do meu Pais.
Gosto · 11 min
Alves Selemane Selemane Ak se deve ak se paga, opositores da oposiçao vao se transformar em inimigos de todos lados
Gosto · 28 min
Nelson Arnaldo Arnaldo Arnaldo País ingovernavel ...
Gosto · 1 · 23 min
Roro Simoes País do pandza
Gosto · 4 min
Jorge Ofissane Cuinhane Ainda é sedo!
Gosto · 16 min
Nelo Artur Leo O Pais sem comando...!!!!!
Ericino de Salema
24/1 às 14:13 ·
"Viver com as cheias" ou "longe das cheias"?
Proferindo a oração de sapiência por ocasião da abertura do ano lectivo 2001/2002 na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o Prof. José Negrão defendeu que, no lugar do que se pensava em meados da década de 70 do século XX, de que "tinha que se viver longe das cheias", o evento extremo de 2000 contribuiu para a emergência de novo "conhecimento qualitativo", na esteira do que "tem que se aprender a viver com as cheias". O essencial do que o finado Prof. Negrão defendeu nessa oração de sapiência acha-se inserto na edição de 2005 do Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano. "O povo não é burro", disse ele naquela cerimônia, que decorreu no Centro Cultural da UEM.
Cerca de 16 anos depois, o Presidente da República, Filipe Nyusi, diz, a propósito das cheias, que "há famílias que estão ainda a insistir em ficar nas zonas inseguras". Frisa que "negociar com alguém (...) que está a viver em zona que sabe que é de risco não faz sentido".
Se entendo bem o que disse o PR, talvez ninguém deveria viver num distrito como Chókwè. Ou seja, "viver com as cheias" não parece fazer parte das cogitações do nosso PR...
Comentários
Adelino Branquinho Quando estava a ver e ouvir o noticiario, numa das televisoes, ouvi o Presidente a dizer exactamente isso. Depois de escuta-lo, falei para os meus botoes: `O senhor Presidente, nao seria melhor e mais inteligente, mandar construir diques, pequenas barragens, canais para se controlar este fenomeno ciclico? Bem, so falei para os meus botoes.
Gosto · 4 · 24/1 às 15:39
Silvestre Baessa Filipe
Traduzido do Inglês
A cadeira vazia...Ver Original
Gosto · 4 · 24/1 às 16:00
Kuyengany Produções Coitado do Nyussi
Gosto · 24/1 às 17:51
Simao Benzane Meu caro Ericino de Salema! A preocupacao do Presidente da Republica, neste momento face a situacao E salvar vidas humanas que estao em risco. Mas precisamos no futuro desenvolver accoes que nos permitam viver com as cheias, reabilitando diques de proteccao ou construindo outros, construindo canais e barragens para maior aproveitamento desta agua que vai nos fazer muita falta daqui a alguns meses. Mas o problema de momento tem que se salvar vidas humanas.
Gosto · 24/1 às 18:51
Tony Ndzawana Um discurso malthusiano.
As pessoas são responsáveis por estarem em locais inseguros, então que se lixem.
Aí faltou GFG.
Gosto · 1 · 24/1 às 19:12
Hlomulo Zimba Cadê os assessores de comunicação?
Gosto · Ontem às 13:10
Cle Cle Simao Benzane volte a ler o que o Ericino de Salema postou. Nao faça defesas emocionais e simpatizantes... Interpretaçao do texto.... Quem fez. O descurso? Quando fez? As cheias quando ocorreram? Etc. Será que esta salvar vidas? Ou brincar de estar preocupado? Quanto tempo passa? Eu aprendi com o pouco da vida que tenho que custa mais corrigir ou remediar algo do que se tivessemos feito certo. Acho que da para perceber o que poderia dizer mais sobre isto.
-Ministério Público já deduziu a acusação
Na estóica tentativa de perceber os contornos que ditaram o assassinato macabro de Valentina da Luz Guebuza, o Diário de Notícias (DN) trás hoje alguns excertos empacotados naquilo que é a acusação do Ministério Público (MP).
Este processo inaugura o ano. Matriculado como Querela n°01/2017/ 10ª, os autos têm, por outro lado, a particularidade de terem sido velozes.
Obedeceram uma velocidade não comum nos tribunais moçambicanos, onde os processos empoeiram-se enquanto os funcionários fazem vista grossa. Há-de ser este, provavelmente, um dos grandes problemas da sobrelotação das cadeias moçambicanas.
Recorde-se que Valentina Guebuza foi assassinada no dia 14 de Dezembro do ano de ontem. A 23 deste Janeiro prestes a findar, o MP já tem a acusação.
É escusado dizer que a justiça moçambicana ainda protege os mais fortes? A vítima era filha do então Presidente da República, Armando Guebuza.
Fazendo jus aos autos, a convivência sã entre Zófimo Muiuane e Valentina Guebuza há muito que se havia esboroada, apesar de a generalidade das pessoas que mantinham laços familiares e de amizade com o casal perceber o contrário.
O ciúme de Zófimo Muiuane era doentio. Tanto assim é que em certa data de Outubro do ano passado, ele “arrancou e escondeu o passaporte, bilhete de viagem e telemóveis da vítima (Valentina Guebuza), como forma de inviabilizar a sua viagem para a República da África do Sul, onde tinha uma consulta médica marcada”.
Zófimo procedeu daquela forma porque “insinuou que na referida viagem, a vítima ia se encontrar com alguém (entenda-se amante) “.
O ora arguido, segundo os autos, chegou ao extremo de obrigar ao ajudante de campo de Valentina Guebuza para que lhe prestasse toda a informação relativa aos locais onde ela frequentava e os nomes das pessoas com quem se encontrava. Era comum, Zófimo Muiuane trancar Valentina no quarto.
Foi isto tudo que levou com que Valentina Guebuza procurasse os seus padrinhos, nomeadamente Amosse Baltazar Zita e Feliciano Gundana, para que tentassem aplacar o seu esposo.
Efectivamente, os padrinhos anuíram ao pedido. E porque Zófimo Muiuane já tinha na sua agenda uma viagem para o Japão, adiou-se o encontro. Mas a 11 de Dezembro de 2016 ele regressou e foi a própria Valentina que ligou aos padrinhos lhes informando que o esposo já estava de regresso a Maputo.
Os padrinhos ligaram para Zófimo e combinou-se que o referido encontro seria na residência do casal, algures na Polana Cimento, por volta das 18 horas do dia 14 de Dezembro.
Os padrinhos, à data e hora combinadas, deslocaram-se à casa do casal, fazendo-se acompanhar pelas respectivas esposas. Rezam aos autos, em posse do DN, que ao recebê-los, Zófimo tentou dar entender que estava em paz com a sua esposa. Haveria de ser a própria Valentina a desmenti-lo prontamente.
Do diálogo não houve consensos. Era pretensão de Valentina que o esposo saísse de casa até que as coisas se aquietassem. Zófimo não acolheu a ideia, alegadamente porque não tinha para onde ir já que havia arrendado a sua casa. Ademais, no calor da discussão, chegou, na presença dos padrinhos, a chamar a esposa de “estúpida, maluca e burra”.
A “mediação” dos padrinhos foi até às zero horas. Não houve consensos. Ao despedirem-se do casal, eles recomendaram ao esposo para que fosse mais tolerante e ficou combinado que voltavam numa data a agendar.
Mal os padrinhos viraram as costas, rezam os autos, Zófimo começou a agredir Valentina com recurso às suas mãos. A agressão foi forte e existe um laudo médico que atesta o facto. Posto isto, sacou da sua arma e desferiu-lhe um número incontável de tiros. Sendo que um a atingiu na zona do tórax e outro no abdómen.
Foi a ajudante de campo, de nome Raquel, que ouvindo os disparos correu de imediato ao quarto do casal. Encontrou Valentina a esvair-se em sangue. Segundo ela, a vítima tentou balbuciar qualquer coisa, mas tal não foi possível dada a agonia. Zófimo assistia inerte ao que acabara de fazer.
Raquel, a ajudante de campo, questionou Zófimo o porquê daquele procedimento, ele, segundo o que consta nos autos, respondeu nos seguintes termos: “Já fiz…me ofendeu muito diante dos padrinhos…ela me humilhou…”.
Aliás, asseguram os autos que Zófimo tinha a arma consigo carregada mesmo durante o encontro que tiveram com os padrinhos.
Portanto, este é o “sumo” que se pode extrair da acusação do MP, em que consta ainda que Zófimo, para além da arma com cuja efectuou os disparos fatais, detinha mais quatro, clandestinamente.
Nas buscas realizadas na sua residência e escritórios, foi apreendido um documento de identificação sul-africano, no qual o ora arguido é identificado como Washington Dubi, de nacionalidade sul-africana.
Ao ser questionado sobre aquele documento, Zófimo não foi convincente. Ele respondeu que achou o documento na via pública tendo posteriormente substituído a fotografia do titular, pela sua.
Pelo conjunto do que está aqui exposto, o MP acusa Zófimo Muiuane em autoria moral e material de um crime de homicídio voluntário qualificado; crimes de falsificação de documentos autênticos ou que fazem prova plena; um crime de armas proibidas e um crime de violência psicológica.
Aguarda-se, no entanto, pela instrução contraditória ainda sem data marcada.
(Laurindos Macuácua)
DN – 26.01.2017
Unay Cambuma ·
MUDANÇA DE STATUS QUO
Como ja tinha previsto em Janeiro de 2016, Dlakama mostrou-se mais Homem de Paz do que muitos esperavam. É claro que o Presidente Nyusi vai fazendo o seus jogos políticos de equilíbrio de forma a não perder a sua base de Antigos Combatentes (já que o suporte de Guebuza não o abona muito nesse período de grandes descobertas de dívidas colossias. À Propósito, Paz a alma da Sra Valentina a quem muitos a chamavam de Guibuzina).
Também disse em algum momento que a mente de um general é insondável. E Dlakama é General. Assim, baralhou tudo e todos ao decretar ou concordar em decretar a Tregua até Março. Alguns analistas ficaram sem rumo, os facebokeiros de campanha andam baralhados e sem notícias, alguns até já dão MENTícias (plagiando Chaquatica Nzero). Outros simplesmente sumiram ou tornaram muito irregulares. O Negócio de guerra acabou. Nisso dá a visão curta. É preciso ver longe, muinto longe, cuidando dos espinhos próximos.
Não são só os comunicadores que estão baralhados. Alguns oficiais da FDS que já tinham montado esquemas de henriquecimento ilícito com base em roubo, assassinatos e até desvio da logística militar e de outros bens e fundos do Estado, viram os seus projectos inviabilizados.
A Minha Preocupaçção agora é com os Esquadrões da Morte ou a “terceira força” (sobre este assunto desenvolvo num outro Post). Mas o que se sabe, o fim destes tipos de grupos controlados pelo Estado (pessoas gansterizadas) têm sempre um fim penoso: ou são eliminados por ser uma ameaça ao próprio Estado ou seus mandantes ou eles, vendo o seu “papel” desvalorizado, vão contra o Estado. De todas as formas eles saem a perder. Teremos uma vaga de mortes dos membros de esquadrões de morte se a trégua se transformar numa Paz Perpérua (leam esse livro de Emmanuel Kant – A Paz Perpétua).
Isso acontece quando se Muda o Status Quo.
Tosten Poporopo
PS1. Passou por aqui um Presidente de Turquia que nos deu a ideia de que os seus compariotas que estão em Moçambique com estabelecimentos comerciais ou de ensino são terroristas ou apoiam o terrorismo. Acabou de colocar Moçambique na lista dos países que protege terroistas. Maluco o Homem,né?
PS 2. Este ano é do Congresso do Meu Partido FRELIMO. Vai começar a queima de imagens entre os camaradas. A OJM e a OMM estará numa corrida desenfreda de busca de padrinhos para ser qualquer coisa. O meu conselho é que se evite. Nem sempre dá certo.
PS 3. Uma varredura na contabilidade do Município de Nampula despoleta denúncia de uma MDM corrupta, Gatuna e porca. Os putos foram tramados os se tramaram?
Tosten Poporopo.
“Mamã” Graça Machel, que trilho é esse da sua filha?
do lado da evidência
Nos últimos dias, o cardápio do assunto relativo à violência doméstica tem estado a ser servido à mesa dos moçambicanos, num caso que envolve Josina Ziyaya Machel – filha de Samora Machel e Graça Machel – e Rofino Licuco, seu ex-namorado, no qual a “Jo”, para os mais mais próximos, perdeu um dos olhos e se queixou na África do Sul.
Na chamada Nação do Arco-Íris, a filha de Graça Machel, esta uma das mais emblemáticas figuras na luta dos mais desfavorecidos, perdeu o caso num tribunal local e dias depois veio se queixar em Maputo, onde o caso de alegada violência teria ocorrido.
A pergunta que não se quer calar: por que Josina não se queixou primeiro em Maputo e fê-lo em primeira instância no país do seu antigo padrasto?
Será que os nossos tribunais servem para ela como tubo de escape, quando não bem sucedida na nação onde a sua “mamã” foi primeira-dama?
Para quem como escriba teve acesso aos demais documentos apensos ao processo que volta ao tribunal próximo dia 2 de Fevereiro, não deixa de ser espantoso que Josina tenha avisado por SMS ao seu ex-namo rado que a sua família tinha decidido sacrificá-lo.
Numa delas está mesmo escrito, pelo punho e letra da “Jo” que :“Deus nos Salve. Os Macheles receberam o verídico hoje. Querem teu sangue. Decidiram hoje que vamos ao tribunal. Prepara-te”.
Que verídico é esse que os Macheles confiam? Na justiça moçambicana e não na sul-africana para onde se foram queixar em primeiro lugar?
Em entrevistas várias, com destaque para uma na famosa BBC de Londres, Josina Ziyaya Machel, em grande entrevista, fez cair lágrimas de mulheres que se reviam na sua vitimização, sem no entanto contar das razões verídicas de que a sua família quer o “sangue” do seu antigo namorado, que, segundo os autos, de tudo fez para a ajudar depois do incidente que a tirou a vista.
Aliás, este até foi por ela aconselhado a arranjar seguranças....
Será que “Jo” está sendo usada, como se fala por alguns círculos, de estar a ser projectada como nova activista de uma causa que não lhe pertence?
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: “Mamã” Graça Machel, que trilho é esse da sua filha?
luis nhachote
CORREIO DA MANHÃ - 26.01.2017
Ontem, quando o Nini Satar publicou, a partir de seus longínquos recantos, peças processuais sobre o caso do Estado contra Zofimo, alegado assassino de Valentina Guebuza, ninguém protestou. Mas Nini estava a violar o segredo de justiça, a não ser que tenha sido o suspeito (Zofmo) a fornecer-lhe as peças.
O que eu duvido...duvido que Zofimo estivesse interessado em expor aqueles detalhes da acusação antes da instrução contraditória terminar. Mas...mas nenhum pio da banda das nossas magistraturas, que só ululam alto quando se trata de exigir mordomias, como até conseguiram muito bem recentemente. Ninguem mesmo questiona como é que Nini teve acesso aqueles papeis. Muito estranho...estranho também o silencio de juristas e advogados que pululam por estas bandas. Why?
O que eu duvido...duvido que Zofimo estivesse interessado em expor aqueles detalhes da acusação antes da instrução contraditória terminar. Mas...mas nenhum pio da banda das nossas magistraturas, que só ululam alto quando se trata de exigir mordomias, como até conseguiram muito bem recentemente. Ninguem mesmo questiona como é que Nini teve acesso aqueles papeis. Muito estranho...estranho também o silencio de juristas e advogados que pululam por estas bandas. Why?
Comentários
Benjamim Jose Ribaue Pena do meu Pais.
Gosto · 11 min
Alves Selemane Selemane Ak se deve ak se paga, opositores da oposiçao vao se transformar em inimigos de todos lados
Gosto · 28 min
Nelson Arnaldo Arnaldo Arnaldo País ingovernavel ...
Gosto · 1 · 23 min
Roro Simoes País do pandza
Gosto · 4 min
Jorge Ofissane Cuinhane Ainda é sedo!
Gosto · 16 min
Nelo Artur Leo O Pais sem comando...!!!!!
Ericino de Salema
24/1 às 14:13 ·
"Viver com as cheias" ou "longe das cheias"?
Proferindo a oração de sapiência por ocasião da abertura do ano lectivo 2001/2002 na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o Prof. José Negrão defendeu que, no lugar do que se pensava em meados da década de 70 do século XX, de que "tinha que se viver longe das cheias", o evento extremo de 2000 contribuiu para a emergência de novo "conhecimento qualitativo", na esteira do que "tem que se aprender a viver com as cheias". O essencial do que o finado Prof. Negrão defendeu nessa oração de sapiência acha-se inserto na edição de 2005 do Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano. "O povo não é burro", disse ele naquela cerimônia, que decorreu no Centro Cultural da UEM.
Cerca de 16 anos depois, o Presidente da República, Filipe Nyusi, diz, a propósito das cheias, que "há famílias que estão ainda a insistir em ficar nas zonas inseguras". Frisa que "negociar com alguém (...) que está a viver em zona que sabe que é de risco não faz sentido".
Se entendo bem o que disse o PR, talvez ninguém deveria viver num distrito como Chókwè. Ou seja, "viver com as cheias" não parece fazer parte das cogitações do nosso PR...
Comentários
Adelino Branquinho Quando estava a ver e ouvir o noticiario, numa das televisoes, ouvi o Presidente a dizer exactamente isso. Depois de escuta-lo, falei para os meus botoes: `O senhor Presidente, nao seria melhor e mais inteligente, mandar construir diques, pequenas barragens, canais para se controlar este fenomeno ciclico? Bem, so falei para os meus botoes.
Gosto · 4 · 24/1 às 15:39
Silvestre Baessa Filipe
Traduzido do Inglês
A cadeira vazia...Ver Original
Gosto · 4 · 24/1 às 16:00
Kuyengany Produções Coitado do Nyussi
Gosto · 24/1 às 17:51
Simao Benzane Meu caro Ericino de Salema! A preocupacao do Presidente da Republica, neste momento face a situacao E salvar vidas humanas que estao em risco. Mas precisamos no futuro desenvolver accoes que nos permitam viver com as cheias, reabilitando diques de proteccao ou construindo outros, construindo canais e barragens para maior aproveitamento desta agua que vai nos fazer muita falta daqui a alguns meses. Mas o problema de momento tem que se salvar vidas humanas.
Gosto · 24/1 às 18:51
Tony Ndzawana Um discurso malthusiano.
As pessoas são responsáveis por estarem em locais inseguros, então que se lixem.
Aí faltou GFG.
Gosto · 1 · 24/1 às 19:12
Hlomulo Zimba Cadê os assessores de comunicação?
Gosto · Ontem às 13:10
Cle Cle Simao Benzane volte a ler o que o Ericino de Salema postou. Nao faça defesas emocionais e simpatizantes... Interpretaçao do texto.... Quem fez. O descurso? Quando fez? As cheias quando ocorreram? Etc. Será que esta salvar vidas? Ou brincar de estar preocupado? Quanto tempo passa? Eu aprendi com o pouco da vida que tenho que custa mais corrigir ou remediar algo do que se tivessemos feito certo. Acho que da para perceber o que poderia dizer mais sobre isto.
Sem comentários:
Enviar um comentário