EUA
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Fotografia do filho doente pode acabar com carreira de fotógrafa
Quando
em 2014 a fotógrafa norte-americana Heather Whitten tirou algumas
imagens do marido com o filho doente ao colo debaixo do chuveiro, para
tentar baixar-lhe febre, nunca imaginou as complicações que se
seguiriam. O caso chegou ao Departamento de Proteção de Crianças e
Whitten terá de responder pela imagem em tribunal.
Fox
sofreu uma intoxicação por salmonelas e tinha febre muito alta. Para
tentar que a temperatura baixasse, o marido de Heather sentou-se debaixo
de água fria com o filho ao colo. Um momento de ternura que Heather -
especializada em fotografia de nascimentos - decidiu imortalizar em
imagens.
"Ele foi tão paciente,
carinhoso e tão forte como o nosso filho pequeno ao colo. Agarrei na
câmara para tirar algumas fotografias e acabei por partilhar", contou
Heather Whitten à BBC.
A fotografia foi
partilhada no Facebook e amplamente republicada, mas nem todos viram o
mesmo na imagem. Muitas pessoas consideraram a fotografia como algo
inapropriado e até a roçar a pedofilia. A rede social apagou a
publicação por duas vezes devido a denúncias, mas acabou por reconhecer o
erro e voltar a permiti-la, mas o caso não terminou aí.
"As
pessoas não ultrapassaram a nudez da imagem para descobrir a história.
Ficaram fixadas no facto de ambos estarem nus no chuveiro. Disseram que
eu tinha ultrapassado um limite. Que era demasiado íntima. Que não devia
ter sido partilhada publicamente. Mas eu não concordo", afirmou na
altura da publicação a fotógrafa que agora vai ter de responder pela
imagem, já que foram apresentadas queixas ao Departamento de Proteção de
Crianças do Arizona, o estado onde a família vive.
A
3 de fevereiro, Whitten vai ter de responder numa audiência
administrativa e, se for considerada culpada de negligência, a situação
vai ter impacto na vida profissional, já que poderá ter de deixar de
trabalhar com crianças durante 25 anos, revela uma publicação dedicada a
notícias de fotografia.
Na Internet, foi criada uma página de crowdfunding para ajudar a fotógrafa a pagar as custas de defesa - que entretanto já não aceita mais doações - e uma petição para pedir o arquivamento do caso.
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