Ontem, durante o noticiário da STV, Amurane foi acusado de ser gatuno por um membro do seu partido. As senhoras e aquele gajo, morderam os lábios inferiores para acusar aquele que é visto como um dos edis modelos nas bandas do Galo, e olharam de frente para as câmaras.
Eis que deparo-me, aqui no facebook, com elementos SS (simpatizantes secretos), a dizerem que a senhora e os seus acusaram o "sereno" do Amurane sem provas. Dizem eles que amurane era empresário antes de ser edil, ou que as casas em Portugal estão aos saldos, ou que esperemos a Procuradoria, ou, como disse o meu broda, "cadei as provas?" Juro?
Lembro-me que as mesmas pessoas têm um acusado de estimação, a quem imputam tudo o que acham que não vai bem na sua vida, mormente o mano Guebas, mas neste, estranha e convenientemente, já não há necessidade de provas, nem de antecedentes, e muito menos de circunstâncias. Basta a fé de que as coisas são assim mesmo, e assim serão.
Isto puxa-me à questão da convicção emocional, que é puramente guiada pela crença e pelo conforto das emoções em relação aos factos. Isto é, a gentxe procura construir "verdade" que amainam as nossas convicções e nos fazem ter argumentos, sem nunca precisar de factos para provar essa "verdade".
Esta visão é mais forte que a inteligência, que muitas das vezes fica subjugada para trabalhar para aquela. Isto é, as pessoas usam a inteligência que têm para reforçar esta convicção emocional, procurando justificações "muito inteligentes" para poderem manter a convicção emocional mais válida que ontem, claro, sem precisar de recorrer aos factos.
Esta situação unilateraliza o pensamento, e faz de nós uns autênticos crentes que somente precisam de reforçar a nossa zona de conforto para construirmos uma moral pessoal "isenta". É o que está a acontecer com os apaniguados SS.
Na verdade, Amurane, assim como mano Guebas, são simplesmente acusados, e não há nenhuma prova que possamos usar para validar essas acusações, e por isso, para mim, teremos que procurá-las primeiro, e mais tarde poderemos acusar, mas com algo válido nas mãos.
Se fosse que os meus amigos SS quisessem usar de verdade a ciência, eles iam fazer uma comparação paralela, e despertariam para o que de verdade aprenderam. Mas pelos vistos parece que isso não vai acontecer, e a convicção emocional vai vivendo com eles kulakumpendzuka.
Poupem-me dessa visão "científica" ancorada nas emoções. Procurem libertar-se de análises que já têm resultados mesmo antes de testar as hipóteses. A maioria de vocês sabem pensar, e por favor, façam-no.
Nhanisse!
Jorge Fernando Jairoce
SEGUNDO RAGENDRA DE SOUSA OS INFORMAIS NÃO PRODUZEM
Não concordo com a posição de o informal seja a causa do nosso fracasso econômico. Até, nos países desenvolvidos encontramos a economia informal. O problema é a nossa miopia econométrica, ou seja, não conseguimos medir a real capacidade de geração de renda desta economia não só para as famílias como também para economia nacional. Precisamos de organizar a actividade informal para que realmente todos possam pagar realmente aquilo que ganham, atenção eu disse organizar e não eliminar.
Também devemos buscar as causas da informalidade da nossa economia, até porque o informal as vezes alimenta o formal e vice versa. A nossa economia formal as vezes é perversa e promove níveis de corrupção e o poder público as vezes não conseguem captar também a sua produção. Quer dizer com isso, que precisamos de melhorar nosso regime tributário e fiscalização, mas acima de tudo encontrarmos mecanismos de enquadramento dos nossos informais numa lógica não só administrativa mas também educativa. Parece me que falta ideias do poder público para lidar com os informais.
De forma concreta, o Ragendra de Sousa não está conseguindo aplicar o seu catecismo econômico para lidar com a situação.
Outras questões entram em jogo no fracasso da economia como o clientelismo político, isto é, conflitos de interesse entre o público e privado, que fomentam o desvio de recursos públicos. Prova disso é a nata de alguns empresários sangue suga da praça, cuja empresas funcionam na sua James Bond . Poderei desenvolver mais o meu raciocínio.
Não concordo com a posição de o informal seja a causa do nosso fracasso econômico. Até, nos países desenvolvidos encontramos a economia informal. O problema é a nossa miopia econométrica, ou seja, não conseguimos medir a real capacidade de geração de renda desta economia não só para as famílias como também para economia nacional. Precisamos de organizar a actividade informal para que realmente todos possam pagar realmente aquilo que ganham, atenção eu disse organizar e não eliminar.
Também devemos buscar as causas da informalidade da nossa economia, até porque o informal as vezes alimenta o formal e vice versa. A nossa economia formal as vezes é perversa e promove níveis de corrupção e o poder público as vezes não conseguem captar também a sua produção. Quer dizer com isso, que precisamos de melhorar nosso regime tributário e fiscalização, mas acima de tudo encontrarmos mecanismos de enquadramento dos nossos informais numa lógica não só administrativa mas também educativa. Parece me que falta ideias do poder público para lidar com os informais.
De forma concreta, o Ragendra de Sousa não está conseguindo aplicar o seu catecismo econômico para lidar com a situação.
Outras questões entram em jogo no fracasso da economia como o clientelismo político, isto é, conflitos de interesse entre o público e privado, que fomentam o desvio de recursos públicos. Prova disso é a nata de alguns empresários sangue suga da praça, cuja empresas funcionam na sua James Bond . Poderei desenvolver mais o meu raciocínio.
Jorge Fernando Jairoce Os
informais durante o tempo da guerra dos 16 anos garantiram a
segurança alimentar, importando diversos produtos de países. A ideia de
que os informais não produzem induz nos a marginalização, criminalização
deste grupo que muito tempo tem contribuindo para estabilidade política
e economia do País num País onde o Estado não garantem emprego para a
maioria da população.
Matias Langa Boa reflexão!
Jerry Pateguana Eu
digo mais, este posicionamente acredito ser enquadrado na perspectiva
do governo pela incapacidade de capitalizacao da produçao que está nos
informais.
Nao sou economista mas algo percebo e vejo que o dinheiro nestes informais circula entre eles e isso nao dá a luz necessaria para a leitura do quao produzem.
Por exemplo o homem que lava carro, o homem que engraxa sapatos e a sra das castanhas, ainda nao entrei nos mercados e nos dumba nengues.
A pergunta é ..!!! Quem sao estes e quem por eles olha para um estudo devido da sua contribuiçao para a nossa economia.
O governo sabe ou nao sabe da venda de terrenos, sabe e vende, para onde vai o valor.
Enquanto a caroça estiver a frente dos bois jamais saberao donde como e quem contribui para a nossa economia
Nao sou economista mas algo percebo e vejo que o dinheiro nestes informais circula entre eles e isso nao dá a luz necessaria para a leitura do quao produzem.
Por exemplo o homem que lava carro, o homem que engraxa sapatos e a sra das castanhas, ainda nao entrei nos mercados e nos dumba nengues.
A pergunta é ..!!! Quem sao estes e quem por eles olha para um estudo devido da sua contribuiçao para a nossa economia.
O governo sabe ou nao sabe da venda de terrenos, sabe e vende, para onde vai o valor.
Enquanto a caroça estiver a frente dos bois jamais saberao donde como e quem contribui para a nossa economia
Elias Gilberto Djive Perfeito, Jorge Fernando Jairoce. Ha bastante que se fala da necessidade de formalizar os informais. Esta seria a solucao viavel.
Domus Oikos Concordo plenamente com a sua visão Jorge Fernando Jairoce.
Domus Oikos Os
informais fazem circular dinheiro e mercadorias isso já de per si uma
produção. Pra um economista já devia perceber isso. Único defeito do
informal está no facti de não contribuir directamente com impostos ao
Estado. Mas indirectamente contribui.
Domingos Duarte Ragendra é um economista do passado, precisa reciclar-se...
Afonso Dete isso
mesmo, aranjar mecanismos pra medir o contributo real do sector
informal. Na maioria dos nossos distritos a economia é informal.
Bernardino Bernardo Parabéns
pela análise holística da situação da informalidade em Moçambique.
Quero também concordar com o prof. Quando se refere que há uma
necessidade de se organizar o informal e o processo de tributação. Na
verdade não se conhece o volume de negócios do informal é por isso que
não se conseguir captar realmente os impostos neste sector, aliado
também a forte corrupção que alimenta tanto o formal e informal.
Arnaldo Williams Phelembe Talvez
o Dr. R. Sousa tenha recorrido a linguagem técnica empregue muitas
vezes em economia e áreas adjacentes, o que para os leigos na matéria
pode confundir-se com marginalização ou nulidade dos acima referidos!
Jaime Luis Jemuce Temos
que convidar o Ragendra de Sousa, a visitar o LUME da UFRGS para poder
ver a sua Tese de doutorado. A Tese ilustra de forma clara a
contribuição dos informais na economia moçambicana.
Rafael H. Madime Na
verdade, nao sei se o Prof. Ragendra tem dito isto para provocar ou
outra coisa. Mas, esta opinião que nos apresenta nao é verídica. Ele
deve reflectir melhor neste sector. Jorge Fernando Jairoce, parabéns pela modéstia reflexão.
Cochol Chol Ngomane Concordar plenamente com Jorge Fernando Jairoce, Regendra esta totalmente equivocado. Alias, basta recuar um pouco para ver que ele defendia o contrário.
Dercisio Tembe Bem dito...I agree
Hoje
terminei de ler um livro intitulado ‘’Petite Poucette’’ (Pequeno
Polegar – tradução Português - Francês), do historiador e filósofo
francês Michel Serres que desenvolveu uma visão do mundo baseada no
duplo conhecimento das ciências e das humanidades.
Quero partilhar 3 ideias que nos podem ajudar a analisar e compreender o mundo em que vivemos hoje:
1. Ele baptiza o livro de ‘’Pequeno Polegar’’, para fazer uma analogia ao poder que se instalou nos nossos dedos (destaque para o polegar) desde o surgimento das novas tecnologias de comunicação e informação – concrectamente as redes sociais. O autor refere que a escola e o estudante de hoje vivem um tsunami em constante mudança. Advoga ainda que no momento, estamos a experimentar uma inclinação imensa, comparável com o fim do Império Romano.
2. Michel Serres defende que no passado as sociedades ocidentais sofreram duas grandes revoluções: a transição do oral para a escrita e depois da escrita para a impressão, mas a terceira é a transição do impresso para às novas tecnologias. Cada uma dessas revoluções tem sido acompanhada por uma mudança política e social: durante a transição de oral a escrita foi inventada o ensino, por exemplo, mas hoje é difícil captar um ganho marcante, num mundo onde a cada dia surgem novas e melhores invenções.
3. Sustenta que hoje vivemos em tempos de crise profunda: nas finanças, na política, na família, na igreja...Ele chega a perguntar qual é a área da nossa vida quotidiana que não está em crise hoje? (nenhuma). Tudo repousa sobre a cabeça do ‘’Pequeno Polegar’’ que nos refugia dos verdadeiros problemas do quotidiano, cultivando o individualismo e o egoísmo exacerbados, escondidos no ecrã de um smartphone, tablet ou computador.
A tese deste autor é passível de críticas em vários aspectos, pois, as novas tecnologias de comunicação e informação – concrectamente as redes sociais possuem grandes vantagens, mas não é menos verdade que como sociedade precisamos reflectir sobre as nossas acções e a cuidar do nosso ‘’Pequeno Polegar’’ para que este não nos leve para um caminho sem volta.
Na verdade tudo reside no polegar e alguns estão a ler esta publicação através de uma acção que é conduzida pelos seus polegares.
Quero partilhar 3 ideias que nos podem ajudar a analisar e compreender o mundo em que vivemos hoje:
1. Ele baptiza o livro de ‘’Pequeno Polegar’’, para fazer uma analogia ao poder que se instalou nos nossos dedos (destaque para o polegar) desde o surgimento das novas tecnologias de comunicação e informação – concrectamente as redes sociais. O autor refere que a escola e o estudante de hoje vivem um tsunami em constante mudança. Advoga ainda que no momento, estamos a experimentar uma inclinação imensa, comparável com o fim do Império Romano.
2. Michel Serres defende que no passado as sociedades ocidentais sofreram duas grandes revoluções: a transição do oral para a escrita e depois da escrita para a impressão, mas a terceira é a transição do impresso para às novas tecnologias. Cada uma dessas revoluções tem sido acompanhada por uma mudança política e social: durante a transição de oral a escrita foi inventada o ensino, por exemplo, mas hoje é difícil captar um ganho marcante, num mundo onde a cada dia surgem novas e melhores invenções.
3. Sustenta que hoje vivemos em tempos de crise profunda: nas finanças, na política, na família, na igreja...Ele chega a perguntar qual é a área da nossa vida quotidiana que não está em crise hoje? (nenhuma). Tudo repousa sobre a cabeça do ‘’Pequeno Polegar’’ que nos refugia dos verdadeiros problemas do quotidiano, cultivando o individualismo e o egoísmo exacerbados, escondidos no ecrã de um smartphone, tablet ou computador.
A tese deste autor é passível de críticas em vários aspectos, pois, as novas tecnologias de comunicação e informação – concrectamente as redes sociais possuem grandes vantagens, mas não é menos verdade que como sociedade precisamos reflectir sobre as nossas acções e a cuidar do nosso ‘’Pequeno Polegar’’ para que este não nos leve para um caminho sem volta.
Na verdade tudo reside no polegar e alguns estão a ler esta publicação através de uma acção que é conduzida pelos seus polegares.
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