Mas, em vez disto, todos os últimos dirigentes da Casa Branca, procuraram com invejável teimosia fazer da região uma "zona de instabilidade permanente". São ajudados por muitos, mas sobretudo pelos americanos de origem albanesa que, do outro lado do oceano, são considerados muito influentes.
 Hoje vivem nos EUA de 300 a 500 mil albaneses. Se antes todos apoiavam Ibrahim Rugova, no início de 1998 a maioria passou para o "grupo de apoio" de Hashim Thaci. Cerca de 2 bilhões de dólares foram transferidos legalmente para as suas contas bancárias. Na primavera de 1998 os americanos, inesperadamente para todo o mundo, desistiram das operações de busca de depósitos secretos de armas dos rebeldes albaneses e de perseguição aos extremistas mais "ativos".
 E depois Washington simplesmente jogou "o jogo das conversações" com Hashim Thaci e seus homens, que rapidamente agradeceram seus protetores americanos: os EUA tomaram os Balcãs sobre seu controle – militar, ideológico e econômico.
 É claro que Thaci foi ajudado não apenas pelos americanos, mas também pelos vizinhos de Tirana. Ainda depois da crise albanesa de 1997, quando o povo destruiu todos os depósitos de armas do exército popular albanês, ficou claro que as armas em breve estariam em mãos do Exército de Libertação de Kosovo (ELK).
 O comércio de armas foi organizado rapidamente e através da fronteira aberta partiram constantes envios para Thaci e seus subordinados. Além disso foram a Kosovo representantes da diáspora albanesa de todo o mundo. Eles entraram nas fileiras dos combatentes do ELK. Forneceram-lhes não apenas metralhadoras Kalashnikov, mas também armamentos pesados, projéteis antitanque.
 Durante alguns anos, o norte da Albânia esteve fora do controle do governo central. Era um território onde bandos se rivalizavam, discutiam pelos mercados e chocavam-se em tiroteios aterrorizando a população. Todos se dedicaram à especulação de armas, oferecendo barato metralhadoras, granadas, lança-minas e munições roubados de quartéis na Albânia. Qualquer um podia rapidamente ganhar uma fortuna, porque os kosovares pagavam generosamente pelas armas. Os especuladores inundaram Kosovo de tal quantidade de armamentos que se podia armar vários exércitos. Os fornecimentos de armas à vezes estavam em mãos de bandos de criminosos. E com isto ninguém temia que seu negócio pudesse ser impedido. Pois eles se tornaram “aliados” dos americanos e contra os aliados nunca se combate.