sábado, 11 de maio de 2019

Moro está amuado


Contrariado com várias medidas que tem de tomar por imposição do próprio presidente, o ministro Sergio Moro chegou a pensar em desistir, mas mantém-se no cargo por um projeto maior: uma vaga no STF
Quando Jair Bolsonaro chamou Sergio Moro à sua casa no Rio de Janeiro, no final de outubro, para convidá-lo oficialmente para ser o superministro da Justiça e Segurança Pública, o então juiz federal responsável pela Operação Lava Jato deixou claro ao recém-eleito presidente da República que acalentava o sonho de ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). "Mas não tenho vaga para o STF e sim para o Ministério da Justiça", enfatizou o presidente. Moro aceitou o ministério sem pestanejar. Seu plano era tornar-se um grande ministro, credenciando-se para a primeira vaga na Suprema Corte, que será aberta no ano que vem com a aposentadoria de Celso de Mello. Um amigo próximo lhe advertiu: "O problema é que para se manter ministro de um ministério que vai operar muito na área de costumes, onde o presidente é intolerante, o senhor vai ter que engolir muitos sapos e talvez não suporte esperar a abertura da vaga no STF". Moro foi taxativo: "Tenho limites. Se não aguentar, peço para sair".
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