Uma mensagem ao meu amigo Gabriel Muthisse
Gabriel, sabes que não tenho problemas contigo! Não sei se tu tens problemas comigo. Se tiveres, então resolve sem tentares me desacreditar imbecilmente.
E para te facilitar, hoje eu saio do "inbox" para te dizer o seguinte:
1. No seu tempo como líder da FRELIMO, Armando Guebuza mandou colocar quadros do aparelho do partido como administradores não executivos de empresas participadas pelo Estado, para poderem ter um cheque "condigno", porque o que o partido podia pagar não chegava para tanto.
2. Isso motivou os quadros do partido a trabalharem com força e entusiasmo inesgotáveis, colocando toda a sua inteligência/mediocridade ao serviço do partido; mas aquele arranjo era uma falcaltrua e era lesivo para o Estado.
3. Nas minhas "conversas" privadas com o líder do partido, meu pai e ídolo político, Armando Guebuza, eu o alertei sobre a ilegalidade/injustiça daquela prática, mas ele sempre tinha uma justificação me "convencer" do contrário e manter as suas decisões, mesmo as injustas, em detrimento de todo um povo.
4. Tu, Gabriel, eras o quê no aparelho do partido FRELIMO, nessa altura?...
5. Ainda vais dizer que estou a delirar?...
6. Sabes? Tu é que estás a delirar de susto!
7. Vamos lá parar por aqui com esta "brincadeira" que não é brincadeira! Mas antes quero que saibas que tu NÃO eras o ÚNICO com quem Armando Guebuza falava; eras apenas MAIS UM! O que acontecia, porém, era que as tuas ideias eram algo alinhadas ou menos contrárias ao que ele, Armando Guebuza, pensava e acreditava ser certo fazer. E hoje está a ficar claro que o vosso ego dominou as vossas converssas, não assuntos de interesse nacional. Não admira, pois, que tenhas participado nas negociações de paz com a RENAMO, sem sucesso marcante. O acordado de 5 de Setembro, produto do teu trabalho, foi violado quase logo a seguir às eleições de 2014! Sabes porquê? Não vamos falar disso aqui, não; fica sossegado! Aqui só te quero dizer que eu tinha acesso confidencial para tratar assuntos do partido e do Estado com Armando Guebuza, e que nem ele sabia bem como!... Conheci um pouco da pessoa de Armando Guebuza nessa "inusitada" interacção. Não é por acaso que o trato como meu "pai e ídolo político". Na nossa interacção, vezes houve que eu contrariei Armando Guebuza abertamente, e nessas vezes ele me ignorou. Mas houve outras em que ele concordou comigo; e quando concordou... saiu-se bem. Eu não procurava Armando Guebuza para lhe pedir "oportunidades"; eu o procurava para lhe oferecer o meu pensamento sobre Moçambique. Em 2006, recusei uma oferta de emprego nos Estados Unidos e voltei para casa com a determinação pessoal de contribuir para uma mudança positiva no meu país. Quando aqui cheguei, comecei a fazer o que devia no sentido de poder falar com o Armando Guebuza sobre Moçambique e sobre a sua liderança deste país e da FRELIMO. Isso demorou o tempo necessário até o Armando Guebuza travar a primeira conversa tetê-à-tetê comigo, em 2010. Nessa altura eu sabia e tinha reunido evidência bastante sobre o se que passava nas nossas instituições públicas, incluindo aquelas por onde tu passaste! Trata-me com reverência, porque eu sei mais sobre ti do que tu sobre mim, de certeza absoluta; e sobre Moçambique também posso dizer o mesmo!! Tu não sabes o que andei a fazer por onde passei neste planeta chamado Terra. Não te metas comigo de forma leviana! Não sou da tua estatura, nem estou abaixo de ti, intelectualmente falando! Pára de pensares como vinhas pensando até agora, sobre mim, e vamos todos contribuir, cada um fazendo a sua parte, para a construção de um Moçambique de paz e progresso!! (Ps: A FRELIMO vai ganhar as próximas eleições gerações de 15 de Outubro próximo, e tu poderás voltar a ter um cargo público, para te reconcialiares com o teu Presidente, se ainda quiseres! Isto também pode te parecer "delírio" dum físico, mas eu sei que tu tiveste papel activo e bom na preparação do início do presente ciclo de governação. Quiçá penses tu, qual eu que, não foi elegante teres ficado a sobrar na "distribuição" dos cargos...! Mas pensando bem, eu hoje acho que foi bom tu teres sido pretrido.)
Mais (eu) não disse, mesmo havendo.
Palavra d'onra!
Sem comentários:
Enviar um comentário