sexta-feira, 10 de maio de 2019

Filha e genro de professora assassinada no Montijo vão a julgamento


Foi Diana Fialho que comunicou o desaparecimento da mãe, em setembro de 2018. O corpo foi encontrado carbonizado. Diana e o marido estão acusados de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
Diana Fialho e o marido, Iuri Mata estão em prisão preventiva desde 7 de setembro do ano passado
Diana Fialho e o marido, Iuri Mata, vão mesmo ser julgados por suspeita de co-autoria na morte de Amélia Fialho, professora e mãe da arguida. O juiz de instrução do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, Carlos Delca, decidiu esta sexta-feira, na decisão instrutória, levar a julgamento o casal acusado dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
O pedido de abertura de instrução — fase facultativa em que um juiz de instrução criminal decide se o processo segue para julgamento —foi requerido pela advogada da arguida, Tânia Reis. A defesa pedia a nulidade da acusação e o arquivamento imediato do inquérito, alegando que o relatório da autópsia do corpo de Amélia Fialho ainda não foi anexado ao processo, mesmo depois de acusação estar redigida.
O caso é de setembro do ano passado. Diana Fialho comunicou o desaparecimento da mãe através da sua página do Facebook, no dia 3 de setembro — três dias depois de Amélia ter, alegadamente, desaparecido. A participação do desaparecimento foi, aliás, o que levou a Polícia Judiciária (PJ) a suspeitar da filha e do genro de Amélia: alguns elementos não batiam certo, levando a PJ a começar a realizar diligências nesse sentido.
Amélia terá sido morta em casa, depois de drogada e agredida violentamente no crânio com um martelo, que foi depois deitado ao Rio Tejo. O corpo da professora terá sido depois transportado, na bagageira de um carro, e queimado, na zona de Pegões, no Montijo, concelho de Setúbal — onde viria a ser encontrado, no dia 5 de setembro. Nem 48 horas depois, o casal era detido por suspeitas de envolvimento na morte.
A filha e o genro foram então detidos pela PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal. Os detidos foram presentes a tribunal e receberam a medida de coação mais gravosa: estão em prisão preventiva desde 7 de setembro do ano passado. 

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